Between Letters and Numbers escrita por Miss Melindre
Notas iniciais do capítulo
Hi guys!
Desculpem a demora.
Espero que gostem!
"Você não o encontrará bebendo e jogando. Jogando dados, fora de casa até às três da manhã. Você nunca descobrirá uma traição sua. Você o encontrará ao meu lado."
Next to me - Emeli Sandé.
Os raios de sol que invadiram minha janela, me obrigaram a abrir os olhos. Não que isso fosse uma tarefa difícil, julgando que eu teria uma belíssima visão quando o fizesse. E eu não falo da vista privilegiada da minha janela, mas no rapaz encantador que estava deitado ao meu lado.
Thomas ainda dormia tranquilamente quando comecei a fitá-lo, sendo invadida por flashbacks da noite anterior. E que noite! Se eu tivesse que descrevê-la em apenas uma palavra, com certeza seria: incrível.
Eu ainda estava abismada com a conexão que tivemos naquele momento mágico. Não foi nada apressado, ou impulsivamente. Eu tinha certeza que era aquilo que queria. Queria senti-lo por completo, para que assim, pudesse me apaixonar ainda mais por ele.
O toque de Thomas era delicado e apropriadamente forte quando deveria ser. Suas mãos pareciam conhecer bem os lugares que me dariam prazer e mesmo não sendo a minha primeira vez com um garoto, foi algo que ficou marcado para sempre.
Ele abriu os olhos e sorriu com aquele sorriso que derretia o meu coração. Por alguns instantes ficamos em silêncio, apenas admirando um ao outro. Entre sorrisos e olhares, eu suspirava de felicidade.
Era incrível o poder que ele tinha sobre mim. Sobre meus sentimentos, sobre o que me fazia rir. Ao mesmo tempo que era assustador algo tão intenso. Ainda mais intenso do que o que sentia por Jamie.
— Eu te amo! — Fui eu quem quebrou o silêncio.
Aquilo estava preso na minha garganta e a cada dia eu sentia cada mais necessidade de expressar meus sentimentos. Se possível, eu gostaria de gritar para o mundo o quanto amo Thomas Mitchell.
— Eu te amo, minha princesa!
{...}
A semana passou correndo, e o dia das apresentações da entrevista tinha chegado. Jasmine estava atrasada para darmos a justificativa para o professor, já que não tínhamos conseguido entrevistar ninguém. Eu começava a suspeitar que ela me deixaria sozinha nessa, quando avistei a ruiva aparecer no início do corredor com sua mãe em seu encalço.
Não entendi o que a senhora Rose estava fazendo ali, mas sorri simpática quando ela aproximou-se de mim.
— Hey, Louise! — Ela disse sorridente, abraçando-me.
Nós nunca tínhamos nos falado pessoalmente, mas sempre conversávamos por telefone, ou por Skype. Ela era um doce, com uma risada extremamente contagiante, assim como a filha.
— É um prazer conhecê-la pessoalmente, senhora Rose.
— O prazer é todo meu, querida. Eu sou grata por tudo que fez pela Jasmine e quando ela me ligou explicando o que a cobra da minha irmã tinha feito à você, eu tive que atender aos pedidos de minha filha, e vir eu mesma ajudar vocês com essa entrevista.
— Mamãe é acionista na empresa dos pais de Thomas, ela sabe como funciona tudo e pode ser que o professor aceite, e até goste mais, da entrevista ao vivo.
— Não acredito que você deslocou sua mãe de Londres até aqui só pra ser entrevistada por nós! — Falei incrédula, pronta para dar uma bronca em Jasmine.
— Claro que não, né?
— Querida, eu estava com viagem marcada para fechar um contrato de vendas das ações. A única coisa que Jasmine fez foi antecipar minha chegada em dois dias.
Suspirei aliviada com a explicação da senhora Rose e abracei Jasmine, comemorando o que poderia ser nossa salvação.
{...}
Eu abraçava Thomas enquanto comemorávamos meu 9,0 na entrevista com a mãe da Jasmine. O professor tinha amado a convidada e também toda a nossa performance, tanto que deixou claro que só não fecharíamos por que, teoricamente, burlamos as regras.
— Estou orgulhoso de você, amor! — Thomas disse, olhando-me com admiração.
— Orgulhoso de quê? O mérito é todo da Mine.
— Não estou falando disso... — Ele soltou seu sorriso torto, encarando-me com olhos maliciosos.
— Thomas! — O repreendi assim que me dei conta que ele estava falando sobre ontem à noite.
— Foi uma performance incrível... — Ele pontuou, tocando a minha cintura e me puxando para um abraço.
Beijei o seu pescoço no caminho que meus braços fizeram para entrelaçá-lo e sussurrei no seu ouvido:
— Estamos ficando craques nisso, hein?
Eles estreitou os olhos, enquanto mordia os lábios e em seguida me arrancava o melhor beijo do mundo. Eu estava completamente viciada nele. Em seus beijos, em seu toque, nas suas conversas, no seu corpo...
— Quer parar com isso... Preciso ir à reunião do comitê de festas. — Eu disse me esquivando com dificuldade de seu abraço.
— Precisa mesmo! — Ouvimos a voz de Jasmine atrás de nós, cheia de graça em seu tom.
Quando nos viramos pra fitar a ruiva, fomos surpreendidos com sua companhia. Não era Hadi como estávamos acostumados. Era alguém com quem ela nunca falava, por isso tamanha surpresa da nossa parte.
— Oi, gente! — Charles acenou para nós com um pouco de constrangimento, já que estávamos fitando-o ao lado de Jasmine como se ele fosse um extraterrestre fazendo contato com uma humana.
— Oi, Charles! — Respondemos em uníssono, rindo de sua cara de espanto.
— Vocês dois são ridículos! — Jasmine comentou.
— Eu concordo. — Hadi completou chegando para a conversa. — Quem são ridículos?
— Thomas e Louise. — Charles respondeu.
— Por qual motivo?
Antes que Jasmine abrisse a boca para responder, eu a interrompi.
— Hadi, você não achou estranho os dois juntos? Nunca se falam, ficam tímidos um perto do outro, e agora simplesmente começam a andar juntos. Aí tem coisa.
A ruiva me olhou com um olhar fulminante, enquanto Hadi se preparava para falar.
— Não, Louise. Vocês não sabiam? — Ele fez uma cara de espanto. — Charles pegou a Jasmine na primeira semana de aula. Depois teve um rolo aí, que não sei direito, e os dois pararam de se falar. Por isso a torta de climão.
— Idiota! — Charles xingou.
— Parabéns, pessoal! Vocês acabaram de ganhar o prêmio de pessoas mais indiscretas e sem noção que eu conheço.
Ela disse saindo de perto da gente e Hadi fez uma careta de desaprovação.
— Mine! — Tentei ir atrás dela, mas Charles foi em meu lugar.
— Não precisava ter aberto tudo assim na cara deles, cara. — Thomas disse para o argeliano.
— Nem venha, senhor Thomas. Eu apenas estava cumprindo minha função de informante.
Reviramos os olhos, enquanto o moreno ia embora.
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Desculpem qualquer erro. Não deu pra revisar!