Between Letters and Numbers escrita por Miss Melindre


Capítulo 22
Capítulo 22 - Eu acredito e muito!


Notas iniciais do capítulo

Olá, amores! Eu sei que demorei, mas foi por um bom motivo! Passei na faculdade! ~todos comemoram~
Bom, espero que gostem!



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“Eu não quero deixá-lo agora. Você sabe que eu acredito e como.”

Something – Beatles.

Eu estava sentada em minha cama observando Thomas caminhar de um lado pro outro no quarto. Ele estava nervoso e falava sem parar sobre a petulância de sua mãe.

— Por que ela tem que ser tão... Tão... Ela!

— Thomas, esquece isso. Já passou. Vem cá...

Ele continuava a andar de um lado pro outro. Eu já estava começando a ficar nervosa de novo, apenas em observá-lo com tamanha aflição. Eu queria acalmá-lo e deixá-lo bem. Não sabia o que fazer, até lembrar-me de algo que talvez ajudasse.

— Só um minuto! — Disse saindo do quarto antes que ele protestasse. Desci as escadas rapidamente, indo para a cozinha, onde eu sabia que Jasmine estava.

— Ei!

Ela soltou um grito de susto e virou-se para mim com uma cara de reprovação.

— Você é louca?! Quase me matou do coração.

— Tá, desculpa, mas antes de morrer me diz onde você colocou as coisas que estavam no seu quarto?

— Bom, eu coloquei tudo na garagem.

— O violão também?

— Sim, por quê? Vai fazer uma serenata?

Sorri de lado para Jasmine e a puxei para a garagem.

{...}

— Eu não acredito que você vai fazer isso!

— Fica quieta e começa a jogar as pedrinhas no três.

Jasmine estava com quatro pedrinhas nas mãos. Eu pretendia mesmo fazer uma serenata improvisada para Thomas. Eu queria acalmá-lo e também demonstrar para ele o quanto eu me importo e o quanto estou feliz ao seu lado.

Quando eu morava em Liverpool, participava de um clube que conservava e passava adiante a história dos Beatles. Lá, nós aprendíamos a tocar, cantar e saber o verdadeiro significado das canções emblemáticas da banda. E isso agora me veio a calhar.

Eu estava parada na frente da minha própria casa, com meu violão antigo nas mãos, pronta para fazer uma serenata para o meu namorado que me esperava nervoso em meu quarto. É isso mesmo?

Jasmine me olhava divertida, enquanto eu respirava fundo, pronta para começar a tocar.

— Vamos lá! — Eu disse posicionando meus dedos no braço do violão. — 1, 2, 3...

Ela começou a jogar as pedrinhas na janela do meu quarto, para chamar a atenção de Thomas. Enquanto eu começava a tocar os primeiros acordes de Something dos Beatles.

Na terceira pedrinha, meu namorado abriu a janela e olhou para baixo, abrindo aquele sorriso lindo a me ver parada ali. Então comecei:

Alguma coisa no jeito que ele se move me atrai como nenhum outro amor. Alguma coisa no jeito como ele me convence. Não quero deixá-lo agora. Você sabe que acredito e muito.

A melodia saía exatamente do jeito que aprendi no clube de Liverpool. Meus dedos ainda sabiam exatamente o local das notas e eu estava impressionada com isso. Minha voz era suave, e eu procurava manter minha afinação sob controle. Não era nenhuma cantora profissional, mas sabia de umas técnicas que disfarçavam bem.

Durante toda música Thomas me olhava com olhos amorosos e eu sentia que estava conseguindo alcançar meu objetivo de acalmá-lo. Alguns vizinhos saíram na porta para presenciar a cena, deixando-me um pouco nervosa. Jasmine fazia o coro da música, fazendo-me sorrir enquanto cantava.

Quando terminei, os poucos vizinhos bateram palmas e eu acenei com a cabeça, correndo para dentro de casa. Thomas descia as escadas rapidamente, vindo ao meu encontro.

— Essa foi a coisa mais linda do mundo. — Ele disse sorrindo e me abraçou pela cintura.

— Você gostou? — Perguntei ansiosa e ele não respondeu. Puxou-me para mais perto e selou nossos lábios.

Coloquei minhas mãos em volta do seu pescoço e aprofundei o beijo. Ficamos assim por um tempo, até precisarmos respirar.

— Eu te amo! — Ele falou olhando-me fundo nos olhos.

— Eu te amo! — Respondi com a mesma profundidade.

— Vou ali tomar minha injeção de insulina. — Jasmine resmungou indo pra cozinha.

Nós rimos da reclamação da ruiva e subimos de mãos dadas para o quarto, procurando por um pouco mais de privacidade.

— Você é a pessoa mais surpreendente que eu conheço! Não sabia que você sabia tocar violão!

— E eu não sei... — Comentei rindo e sentando-me na cama. — Aprendi algumas músicas apenas.

— Sua voz é linda, sabia?

— Para, Thomas! Eu só sou afinadinha.

— Não. É verdade! Você tem um tom suave, agradável, gostoso de ouvir...

Eu estava começando a ficar vermelha com as declarações dele, quando ele sentou-se ao meu lado na cama e ajeitou uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.

Ficamos um tempo em silêncio, apenas nos olhando e acariciando nossas mãos. Eu sorri. Seu toque era extremamente delicioso, me causava arrepios e outras coisas mais.

— Quero te beijar... — Ele disse baixinho.

— Beija. — Respondi já de olhos fechados.

Senti seus lábios nos meus logo em seguida. Era um beijo devagar, explorando com destreza todas as mínimas sensações que aquilo poderia causar. Suas mãos seguravam minha cintura fortemente, enquanto as minhas repousavam sobre seus braços.

Comecei a inclinar meu corpo para trás, a fim de deitar-me na cama. Ele entendeu meu recado e lentamente deitou-se ao meu lado, sem separar nossos lábios por um segundo sequer.

As mãos de Thomas que anteriormente estavam em minha cintura, agora passeavam por meus braços, acariciando-os com a ponta dos dedos, me deixando arrepiada.

Seus lábios desgrudaram dos meus e antes que eu tivesse tempo de protestar os senti em meu pescoço, traçando um caminho de beijos curtos e deliciosos.

— Thomas... — Disse baixinho, sentindo minha sanidade escorrer como água por meus dedos.


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Notas finais do capítulo

Sou má e deixarei a continuação dessa cena por conta de vocês :3
Beijinhos!