Crônicas de nós dois escrita por LittleHobbit


Capítulo 25
Way Back Into Love


Notas iniciais do capítulo

Desculpem, desculpem, desculpem DD: Não queria ter atrasado, mas não tive escolha... Espero que me perdoem.
Enfim, quando vi que a música era Way Back Into Love quase surtei huashuas' Sou apaixonada pelo filme - pra quem não sabe, é Letra e Música ♥
O nome é super sugestivo e, por isso, resolvi fazer a parte final da minha pequena trilogia (capítulos 19 e 24). Espero que gostem o/



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Era manhã de quinta-feira. O dia estava claro e o clima era ameno, e House esperava que Wilson estivesse de bom humor naquele dia em particular.

Estivera com a mente ocupada graças ao seu último caso e não tivera oportunidade de conversar realmente com o moreno. Mas agora, com o mistério resolvido e o paciente sendo encaminhado de volta pra casa, podia, finalmente, colocar seu plano em prática. Não que tivesse um plano.

A única coisa que sabia era que queria Wilson de volta e já estaria com meio caminho andado se a secretária do moreno não estivesse sendo um pé no saco:

–Já disse que o Dr. Wilson não quer ser incomodado - a morena disse.

–Tem certeza de que era por mim que ele não queria ser incomodado? - tentou House, com um olhar falsamente gentil. - Ele podia estar se referindo ao Dr. Muller.

–Deixe-me ver: cabelo grisalho, olhos azuis, personalidade insuportável, manco da perna direita - disse de forma irônica. - Isso te lembra alguma coisa?

–O Dr. Muller não sofreu um acidente tempos atrás? E aquela personalidade? Ele é tão narcisista!

–Com licença, Dr. House, tenho mais o que fazer - disse a mulher começando a perder a paciência.

–Não se fazem mais secretárias como antigamente! - exclamou alto o suficiente para que a mulher, que passara a se afastar, o escutasse. - Era melhor quando vocês só dormiam com os seus chefes!

House recebeu um olhar frio da secretária, que voltou a entrar em sua sala. O grisalho suspirou de forma pesada e passou a mancar em direção ao elevador. Não devia ser tão difícil encontrar Wilson.

E de fato não fora, bastara, apenas, que House perguntasse às enfermeiras qual era o paciente com câncer mais deprimido no momento. Wilson era atraído pelos problemas das outras pessoas. Podia-se dizer que o moreno se alimentava daquilo, por assim dizer.

E ali estava ele. Levemente inclinado sobre o homem deitado na cama, a mão do homem apertava seu braço com força aparente e Wilson sorria de maneira carinhosa. Era óbvio que o moreno o confortava por ele ter câncer, ou alguma coisa assim, mas House não gostou nenhum pouco de toda aquela atenção.

O grisalho abriu a porta de correr com a ajuda da bengala e com um sorriso no rosto, exclamou:

–Hey, Jimmy!

Wilson o olhou surpreso e o olhar do cara com câncer o alcançou, de forma indagativa.

–O que você está fazendo aqui? - o moreno perguntou.

–Vim conversar - House disse dando de ombros.

–Quem é ele? - o homem questionou com as sobrancelhas unidas.

–Este é o Dr. House - Wilson disse num suspiro cansado. - Dr. House este é Benjamin, meu paciente. Como me achou?

–Falei com a sua secretária - House disse ignorando o paciente.

–Não acredito que Beth...

–Ela não disse nada - House o cortou. - O que, a propósito, é um ótimo motivo para demiti-la.

–Então como você sabia...

–Você é um Messias, onde mais estaria se não com os enfermos? - questionou de forma sarcástica.

Benjamin o olhou surpreso com a grosseria, mas Wilson se desculpou pelo amigo.

–Por favor, conversamos depois, estou ocupado - Wilson disse.

House o olhou com o rosto baixo e Wilson soube que nada seria tão fácil como parecia ser. House era imprevisível demais nessas coisas.

–Vai mesmo fazer isso? - disse com a voz teatralmente magoada. - Você não me liga, não quer conversar. Dormimos juntos e você vai simplesmente esquecer...

Aquela altura os olhos de Benjamin se encontravam arregalados em direção de Wilson, que apenas olhava para House com os olhos cerrados, as mãos nas cinturas.

–Certo, certo - disse de forma apressada. - Vamos conversar, de preferencia longe de qualquer um que não seja surdo.

O moreno saiu pisando forte da sala de seu paciente, se despedindo brevemente do mesmo com um pedido de desculpas constrangido. House ainda ficou ali, com um sorriso no rosto, e antes que o moreno deixasse a sala, disse, mais para que Benjamin o escutasse do que para o próprio Wilson:

–Se você soubesse quanta saudade eu tenho da sua bunda!

Foi com isso que Wilson se viu obrigado a agarrar House pela manga do paletó e arrastá-lo para longe de Benjamin, ou de qualquer outra pessoas que pudesse escutar aquelas baboseiras.

Caminharam até a sala do moreno em silencio absoluto, e mesmo depois de mais da metade do caminho ter passado, Wilson ainda segurava a manga de House de maneira firme.

Wilson abriu a porta de madeira de sua sala e permitiu que o grisalho entrasse primeiro no local. House foi se acomodar no sofá e o moreno ficou a sua frente, o olhando de forma séria, as mãos na cintura e as sobrancelhas unidas.

–Fale de uma vez, eu tenho trabalho a fazer - o moreno disse num suspiro.

–Eu estava falando sério quando disse que sentia falta da sua bunda - disse de forma sarcástica.

Wilson teria rido se fosse numa outra situação. Aquele ser não conseguia deixar de agir como um adolescente irresponsável que só sabe usar do sarcasmo pra se livrar de conversas sérias. Mas não daquela vez, Wilson podia sentir o que o mais velho queria e tinha que ter certeza que o grisalho diria a verdade antes de resolver fazer alguma coisa.

–Você quer, por favor, falar sério sobre algo pelo menos uma vez na sua vida? - questionou impaciente.

–Não sei se vou me sentir a vontade fazendo isso - House disse o olhando de baixo.

–Então você pode voltar pra, seja lá o que você estava fazendo antes de vir me incomodar - Wilson disse coçando a nuca de forma nervosa.

House suspirou de forma pesada, espaçando os braços abertos nas costas do sofá e recostando o corpo contra o mesmo, de maneira preguiçosa. Fitou os olhos castanhos em desafio e sorriu de forma torda.

–O que quer? - Wilson perguntou irritado.

–Quero que as coisas voltem a ser como antes - e sua voz saiu amarga. - Antes de deixarmos de ser... namorados.

A palavra ainda era engraçada em sua boca, mas ele gostou de usá-la daquela fora, para definir Wilson.

–Você sabe que foi para as coisas "voltarem ao que eram antes" que terminamos, certo? - disse em tom acusatório. - Sabe que a culpa foi sua, não sabe?

–Isso não importa mais - House disse com toda a convicção que possuía.

Ele não conseguia ver as coisas como deveria. Quando estava com Wilson estava cego pelo medo de se machucar, não conseguia ver que era de Wilson que estava com medo, e que ter medo do moreno não fazia sentido algum. Porque ele fora o único que sempre o entendera.

Ele apenas estivera sozinho por tempo demais. Retraído atrás dos seus muros, vivendo um passado doloroso que ele não conseguia deixar pra trás. Não podia seguir em frente com Wilson, não enquanto ele ainda vivesse nessa escuridão sem fim.

–Acha que está pronto agora? - Wilson perguntou, ele estava cansado. - Acha que consegue me aceitar agora?

House sorriu. Ficar aquele tempo longe do moreno fora bom para limpar a mente. Para fazê-lo entender que precisava dele e que apenas esperava que ele sempre estivesse ali, quando ele finalmente abrisse seu coração pra ele, e que apenas pra ele o abriria. Ele apenas precisava de um caminho de volta para Wilson.

–Eu preciso de você - disse.

–Só isso? - questionou. - Simples assim?

House levantou-se do sofá macio e deu uns poucos passos em direção ao moreno, que o olhou com desconfiança nos olhos castanhos. House sorriu mais uma vez enquanto levava as mãos firmes até o rosto macio do moreno. Acariciou a bochecha de Wilson com os polegares, de forma suave.

–É tudo que eu preciso saber agora.

House aproximou o rosto do alheio e esperou. Wilson suspirou de forma pesada antes de envolver o tecido das roupas do grisalho com os dedos e trazer o corpo de House até o seu. Juntou seus lábios em um beijo sofrego e repleto de uma saudade dolorosa. Aproveitando do calor e do gosto do outro.

Braços envolveram os corpos alheios em um abraço apertado e quente. Olhos se procuraram cheios de promessas sinceras de compromissos eternos e lábios se juntavam uma, duas, três vezes em beijos suaves e doces.

House havia finalmente achado um caminho de volta.


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Notas finais do capítulo

Mais da metade do capítulo é besteira e eu peço desculpas por isso. Sou péssima com diálogos também DD:
Desculpem. Vamos apenas ignorar que eu escrevi esse capítulo, certo? :x



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