Crônicas de nós dois escrita por LittleHobbit


Capítulo 21
Right Now


Notas iniciais do capítulo

Capítulo inspirado pela música Right Now, do One Direction.
Ai meu Deus, o mês está acabando DD: Nem estou sofrendo por antecipação, né? aushaushuahs'
Enfim, gostei bastante de escrever com a música. O capítulo se passa durante, ou depois de ter terminado, o episódio 18 da sexta temporada asuhaush' E eu não gosto da Sam, por isso estava com o House enquanto ele estava tentando arruinar o relacionamento do Wilson com ela ♥
Aproveitem.



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House sentia o rosto queimar. O vento frio acertava seu rosto com violência descuidada, mas ele nem pensou em reclamar. Todo seu corpo parecia se agitar, a adrenalina corria por suas veias e seu cérebro trabalhava com uma rapidez quase abusiva. Mas a sensação era boa, era muito boa.

Mancou, da forma mais rápida que sua perna permitia, para dentro do hospital. Fugindo do inverno rigoroso do lado de fora do prédio. Não parou ou falou com alguém - não que normalmente fizesse isso. -, correu diretamente para o elevador, apertando um dos botões enquanto amaldiçoava sua perna por não poder correr escadas acima.

Finalmente descobrira o que a mulher poliandra tinha. Infelizmente não era nada relacionado com os diversos caras com quem ela dormia com o consentimento do marido, mas isso não deixava o torpor da epifania mais fraco. E House ainda se sentia entorpecido e eufórico.

Embora parecesse, o grisalho não estava correndo para a sua sala, ou até o quarto de sua paciente. Não estava correndo para o laboratório ou até a sala de Cuddy, para algum consentimento de tratamento maluco. House corria até a sala de Wilson.

Já bipara Foreman, informando que a mulher tinha Púrpura de Henoch-Schönlein. Sobre o tratamento da paciente, bem, que seus capachos cuidassem disso - era pra isso que eles serviam, no final das contas. - Ele mesmo tinha assuntos muito mais importantes para tratar no momento.

Sam voltara recentemente para a vida de Wilson. A loira era a primeira das ex-mulheres do moreno. Fora a que mais marcara sua vida também, ela era sua ferida mais antiga. House conhecera Wilson na época em que estavam se separando e, por isso, teve oportunidade de ver em que estado aquela mulher o deixara. Quebrado.

Ela era uma vadia loira que queria, simplesmente, retomar sua vida com o moreno como se nada houvesse acontecido. O mais patético era que Wilson realmente estava caindo em toda aquela baboseira. Sam o queria de volta e Wilson parecia corresponder àquele sentimento.

Mas House não iria aceitar aquilo com tanta facilidade.

Tentara fazer Wilson abrir os olhos para a situação. Tentou fazê-lo entender que a loira apenas voltaria a machucá-lo. Que ela só iria usá-lo e depois jogá-lo fora, como fizera na primeira vez. Mas Wilson era um idiota romântico que acreditava que as pessoas podiam mudar, que elas mereciam segundas chances.

Por isso resolvera mudar sua abordagem sobre o assunto. E por isso corria pelo corredor movimentado, desviando de médicos e de pacientes em cadeiras de rodas. Sentindo o corpo queimar em excitação e adrenalina pela provável besteira que estava prestes a fazer. Mas aquilo não importava, nunca fora a pessoa mais sensata do mundo mesmo.

Sua perna latejava insistentemente pelo esforço, mas sabia que valeria a pena no final. Estava sendo levado por uma onda quente de euforia que era causado, em boa parte, pela epifania com sua paciente. Seus olhos haviam se aberto, não só para a doença da mulher, mas para tudo que o cercava. Havia, finalmente, percebido o que todo aquele desconforto em relação à Sam significava.

Havia percebido o que todos os anos que passara com Wilson significavam. E era tudo tão ridiculamente óbvio. Precisava dar um jeito naquilo naquele mesmo momento.

Naquele momento. Parado em frente a porta do moreno. O coração acelerado contra a garganta, a respiração ofegante pela corrida, a perna doendo e a ânsia de que aquilo acontecesse logo.

Provavelmente pela primeira vez em sua vida, batera os nós dos dedos finos contra a madeira da porta da sala do moreno, esperando que ele a viesse abrir. Sorriu ao focalizar os olhos castanhos e gentis.

Wilson o olhava de forma indagativa, mas House não deu o tempo necessário para que formasse uma pergunta. Empurrou Wilson para dentro da sala e, num impulso quase desesperado, juntou seus lábios nos dele.

Caminharam aos tropeços até o sofá da sala. Wilson parecia confuso demais para ter alguma reação, as mãos postadas nos ombros do grisalho, apertando o tecido com força. Despencaram contra o tecido macio e os lábios se soltaram um do outro de forma um tanto abrupta.

E segundos depois estavam novamente se procurando com as bocas e mãos. Se conheciam bem demais para necessitarem de palavras. No fundo sempre souberam que a situação, em que se encontravam naquele momento, era inevitável e que ela aconteceria mais cedo ou mais tarde. Sabiam que seus corpos atraiam um ao outro e que aquilo não era algo que se podia simplesmente controlar.

E então eles estavam sem folego, deitados ou jogados, contra o sofá quente. Os corpos pegando fogo, como se aquele nem fosse um dia frio de final de novembro em Nova Jersey.

–Certo - Wilson disse quando havia recuperado um pouco do folego que perdera. - O que diabos foi isso?

O olhos castanhos encontraram os azuis cheios de um brilho contagiante. E House soube que Wilson sabia muito bem o que fora aquilo tudo. Que ele entendia e correspondia o que havia acontecido ali. E soube que Wilson apenas queria ouvir o que seus olhos já sabiam.

E House soube que queria estar daquela forma pra sempre. Desejando que o agora fosse eterno e que ele sempre pudesse ter Wilson daquela forma. Apenas pra si.


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Notas finais do capítulo

Eu tentei passar uma sensação de urgência pela narração, que foi um pouco do que a música me passou e espero ter chegado ao meu objetivo aushau' Pergunto a vocês se consegui o/
Até amanhã ♥



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