Miguel e Davi escrita por Lola Vésper


Capítulo 23
Capítulo 23 – SexyBack – 15/08


Notas iniciais do capítulo

Eu nunca escrevi nada desse tipo... Então me desculpem se tiver alguma coisa equivocada! Espero que gostem!



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Luzes por todos os lados, pessoas por todos os lados, uma música eletrônica tocando alto. Aqui ou ali era possível ver alguns casais se agarrando. Na maioria das vezes, parecia que as leis da física não se aplicavam ao lugar e dois corpos podiam ocupar o mesmo lugar no espaço.

Miguel estava meio receoso quando entrou. Agora estava assustado. Apenas o sorriso de Davi e aquele seu cheiro de mar, que confirmava que ele estivera na praia, o impedia de sair de debandada para fora do lugar.

– O que achou? – Davi gritou. Miguel apenas o entendeu porque conseguir ler seus lábios. Nenhum som chegou a ele.

– Um pouco animado demais – respondeu, na esperança que o namorado o ouvisse.

Davi apenas riu. Mas, de novo, Miguel só soube disso porque pôde ver seu rosto naquele sorriso que gostava tanto.

– Não seja chato! – Davi berrou e, desta vez, Miguel pôde ouvi-lo.

Tinha a resposta na ponta da língua. Teria dito que não estava sendo chato coisa nenhuma. Apenas falando a verdade. Davi sabia que não era do estilo de gostar de tanto barulho e o namorado sabia. Miguel também sabia que Davi gostava daquilo tudo e que realmente não se importava que Miguel fosse justamente o oposto.

Mas não teve tempo de responder nada. No momento seguinte tinha Davi colado ao seu corpo, movendo-se bem de devagar e tão perto… Miguel não protestou. Davi colocou a mão no membro do namorado e apertou de leve a região. Sentindo o volume que começava a se formar, ele riu na orelha dele, começando a beijar de neve seu pescoço e fazendo os cabelos de sua nuca se arrepiarem.

Miguel nunca se sentira desse jeito. Nunca tinha o feito se sentir como Davi fazia.

– Eu te amo. – o com cheiro de sal disse.

Miguel estava definitivamente duro naquele momento. Teve vontade de gritar para que Davi se ajoelhasse naquele momento e o chupasse.

Mas estavam em público, no meio de uma balada. Uma balada hétero ainda. Não teria pegado bem se Davi o chupasse ali mesmo.

E o corte no rosto de Miguel ainda não cicatrizara. Tão ansioso para apanhar de novo, seu idiota? Pensou.

Controlou-se. Em público não.

E teve que se esforçar muito para não ceder. Ainda mais com Davi passando as mãos por seu corpo e o beijando com tanta veemência, os corações próximos e batendo no ritmo da música eletrônica e alta.

**I think it's special what's behind your back/ So turn around and I'll pick up the slack! **

Eles estavam no quarto de Miguel. Deviam tudo isso a complexidade de Gui. Sim, Gui, o namorado de Bia. Aquele complicado que ninguém conseguia acompanhar a lógica e que achou quer seria legal perder alguns dias de aula e ir até o Rio ver a namorada, mesmo sabendo que tinha repetido o segundo colegial por faltas e que ainda não terminara o terceiro ano enquanto a namorada – mais nova, diga-se de passagem – já estava no primeiro ano da faculdade.

Mas, ótimo. Assim o apartamento de Miguel e Bia ficava vazio enquanto o casal sabia para aproveitar os poucos momentos que tinham juntos antes de Gui voltar para o Rio Grande do Sul.

Davi talvez não deve estar reclamando de Gui. Afinal, ele sabia que o verdadeiro motivo de ele ter saído da sua pacata Lagoa Vermelha fora para ajudá-lo a espancar os dois babacas que tinham batido em Miguel uma semana antes.

E Davi ainda se deliciava com a cena.

Talvez, no final, tivesse apenas muito que agradecer a Gui. Afinal, nada daquilo seria possível sem ele.

Davi estava por baixo de Miguel na cama. Ele puxou a camiseta do outro para fora e foi certa surpresa que percebeu as cicatrizes em seu abdômen. Elas tinham aumentado, percebeu. Certo, já tinha tocado consciência de que Miguel sempre andava cheio de cortes e machucado algumas vezes piores do que outras, mas mesmo quando perguntava, o outro evitara o assunto. Sabia que ele não apanhara de novo, porque se tivesse, Bia teria dito a verdade. E mesmo ela se esquivava das perguntas. Um dia, Davi sabia. Aquele dia não era ainda.

Mas, as cicatrizes de Miguel não eram importantes. O importante era que eles estavam juntos.

– Vamos até o fim? – perguntou Miguel, entre os beijos que os dois trocavam.

Davi o segurou, derrubando-o e colocando-se por cima.

– Vamos até onde você quiser hoje. – falou, sorrindo. – Seu sou escravo.

Miguel pareceu gostar, afinal, sorria também.

Davi olhou por um tempo para aqueles olhos escondidos pelos cabelos sempre no rosto. Era sincero quando dizia que realmente se sentia mexido por eles.

Começou a descer. O volume na calça de Miguel era visível. O sentira na balada, mas estavam em público e não podia fazer nada. No privado, porém, podia.

A ideia de sair da balada fora de Miguel. Davi relutara, mas agora que tinham chegado ali, ele agradeci pela ideia.

Foi para baixo, abaixando a calça de Miguel e colocando seu pau para fora.

Colocou-o na boca.

Os gemidos de Miguel apenas o incentivavam.

– Meu Deus! – o outro exclamou.

Quando saiu de seu pau e voltou ao seu corpo, surpreendeu o que Miguel disse:

– Quando eu disse até o final – começou baixo, arrepiante. – Tinha outra coisa em mente.

– Tinha é? – ele continuou, ainda beijando seu pescoço, sem prestar muita atenção.

– Sim. – e demorou alguns segundos antes de empurrar Davi para o lado, tirando-o de cima dele. – Espera aí.

– Porra, Miguel! – Davi protestou.

– É sério – o homem continuou, levantando as calças e saindo da cama. – Espera um pouco.

Sem ter nenhuma outra opção, Davi ficou na cama, deitando e frustrado, enquanto Miguel deixava o quarto sem grandes explicações.

**I'll let you whip me if I misbehave!/ It's just that no one makes me feel this way**

Quando Miguel voltou, Davi se surpreendeu primeiro. Não podia acreditar no que o menino tinha em mãos.

– O que é isso? – perguntou.

– Camisinhas e lubrificante – Miguel falou, sorrindo e pulando na cama ao mesmo tempo. – Tá achando o quê? Me preparei pra essa noite…

Davi não sabia se sorria ou arregalava os olhos.

– Cara, eu te amo. Sério mesmo.

Miguel jogou a cabeça para trás, rindo.

– Só chega mais perto.

Davi obedeceu. Os dois ainda se beijaram mais uma vez, deixando que as línguas explorassem amplamente.

E o resto daquela noite foi noite foi cheio de dores e prazeres. Mais prazeres do que dores, eles tinham que admitir.


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Notas finais do capítulo

Comentários? *-*



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