Os dois haviam deixado a praia logo depois do pôr do sol e jantaram em um fast food antes de irem para a casa de Davi. Mas, desta vez, diferente das outras, eles não entraram calmamente. A porta foi aberta com violência e a primeira coisa que Miguel fez ao vê-la fechada novamente foi tirar a blusa de Davi, ainda beijando-o sem parar.

– Tem certeza que não tem ninguém em casa? – perguntou pela terceira vez desde que tinha entrado no prédio.

– Claro que sim, porra! Já te disse que não tem ninguém em casa de noite! – E Davi continuou beijando Miguel, sem parar, excitado.

Nenhum dos dois tinha ultrapassado nenhum limite com qualquer um que eles tinham conhecido antes. Já beijaram vários outros garotos, ambos, mas nunca tinha passado disso. Certo que Miguel já pegara em algumas bundas e passara a mão por baixo de algumas blusas e que Davi já chegar mesmo a enfiar a mão na calça de outro cara para encontrar seu membro rígido ali, mas nada tinham feito nada demais… Claro, não tinha meios de fazer nada muito pervertido, até porque não tinham comprado nada. Mas havia algumas coisas que ainda podiam fazer.

– Cuidado! – Miguel gritou, mas era tarde demais. Davi bateu as costas no abajur de chão que caiu com um estrondo. – Droga!

Mas Davi apenas ria, enquanto equilibrava-se no braço do sofá, puxando Miguel para mais perto e continuando a beijá-lo com ardor.

De repente, Miguel tinha empurrado Davi para o sofá e estava em cima dele, tirando a camiseta também e passando as mãos pela barriga do namorado, sentindo o membro dele por baixo de si, o volume crescendo cada vez mais.

E Miguel não podia negar. Sentia tesão também. Os cabelos de Davi ainda estavam um pouco molhados depois de ele ter entrado no mar e o cheiro de sal o deixava antes mais animado. Era consumido pelo desejo, pela vontade, e um jeito que nunca acontecera antes. Não importava que não podiam fazer tudo o que tinham vontade, alguns beijos não lhe seriam suficientes desta vez.

Sentiu de repente a mão de Davi entrando em sua bermuda e seu pau saltou para fora quando ele puxou a bermuda e a cueca.

Miguel foi para trás, de repente, sentando-se no braço do sofá, um pouco incomodado com seu pau à vista. Davi riu, acompanhando o movimento do outro, ficando de joelhos no sofá e beijando o pescoço de Miguel repetidas vezes, com mais força em algumas. Miguel sentiu um arrepio e gemeu enquanto o outro fazia uma trilha de beijos pelo seu corpo, indo cada vez mais para baixo.

Encorajado com o prazer e a aprovação do outro, Davi continuou descendo e, de repente, tinha seu pau na boca.

Miguel olhou para baixo para ver o que o de cabelos com cheiro de sal faria. Mas logo olhou para cima de novo, segurando o tecido do sofá como pôde, tentando conter-se e não gemer alto demais.

Não precisou de muito para explodir em prazer. Não queria ter feito dentro da boca de Davi, mas ele não pareceu se importar muito. Ele virou a cabeça para cima, procurando os olhos de Miguel e sorriu, limpando a boca enquanto voltava a beijar os lábios dele.

Miguel não conseguia explicar o prazer que sentia com Davi. Cada toque, cada carícia, cada beijo. Sentia-se completo, seguro e perfeitamente à vontade. Céus, cada vez que as mãos de Davi passavam por seu corpo era com uma sensação nova…

– Você é lindo. – Davi disse. E, assim, nu da cintura para cima como estava, Miguel o teria confundido com a estatua de Michelangelo, não fosse pelo toque quente.

– E você é meu – Foi a resposta que conseguiu formular, acariciando a nuca dele e beijando seus lábios mais uma vez e outra e outra,

Sentia o coração de Davi batendo perto do seu. Sentia seu pau duro e apertou-o de leve. Sentia o cheiro forte de sal que vinha de seus cabelos. Sentia a pele macia e a textura da calça jeans. E podia ver os olhos cor de mel pingados de ver.

– Eu te amo – Miguel disse por fim, começando a ficar suado.

Eles trocaram as posições e se divertiram mais uma vez.

Miguel não soube por quanto tempo os dois ficaram se beijando no sofá, mesmo depois de seus membros não estarem mais tão animados quanto eles. Acabaram dormindo ali mesmo. Um aconchegando o outro em seus braços. E, apenas acordaram quando a irmã de Davi chegou do curso noturno, gritando ao não reconhecê-los e achando que se travam de estranhos.

E, foi assim que Miguel voltou para casa, vestido sua camiseta no chão rapidamente, e Davi ficou em casa com a irmã, que o olhava como que exigindo explicações.