Tom & Mary - jornada musical escrita por IsaOli


Capítulo 26
Caminho de volta para o amor


Notas iniciais do capítulo

Capítulo inspirado na música "Way back into love" Letra e música
Eu estou com os capítulos atrasados devido ao fim de semana e espero conseguir terminar no prazo. Esse capítulo é longo porque nele é resolvido uma grande questão.



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Tom e Mary pareciam estar vivendo com uma sombra sobre eles, como se houvesse uma nuvem em cima da cama deles toda noite. Os dois ficaram tanto tempo sozinhos, presos no passado, presos aos fantasmas de Sybil e Matthew que eles acreditaram que nunca mais poderiam seguir em frente.

Mary escondeu suas esperanças em um lugar seguro, caso essa situação toda pudesse ser consertada; Ela passava o tempo que tinha sozinha para limpar a mente de todas as coisas ruins e reservar um espaço para ele, para o que eles poderiam ter juntos um dia, porque tudo o que ela queria era encontrar um caminho de volta para o amor, ela sabia que não conseguiria seguir em frente se não fosse pelo seu amor por ele.

Ela olhava pela janela, todas aquelas luzes da cidade, coisas que ela não poderia ver a partir de Downton, essas luzes artificiais escondiam o brilho das estrelas, que para ela faziam muito mais sentido. E não era só das luzes das estrelas que ela sentia falta, ela sentia falta também da luz que emanava dele e que aquecia seu coração. Ele definitivamente não era um homem para se passar somente uma noite, mas uma vida inteira juntos.

Mary pensava "Isso tem que acabar, minha vida não pode ser arruinada assim pra sempre, eu espero que Deus me ajude a me livrar dessa, que tudo se resolva! E tudo o que eu quero é encontrar um caminho de volta para o amor... para você; E eu espero que isso seja real, que você também sinta ainda o que eu também sinto por você. Eu espero que você ainda esteja aí por mim, até o fim"

Tom resolver contratar um detetive que o ajudasse a descobrir mais sobre o passado de Tony. "Eu preciso que você faça isso rápido, pois a vida de uma pessoa muito importante para mim pode estar correndo perigo" foi o aviso dele para o detetive que rapidamente viajou para Londres para colher mais informações. Tom foi falar com o policial novamente; "Eu gostaria de mais informações sobre o que aconteceu, sei que pode parecer estranho, mas eu suspeito de alguém e só gostaria de falar quem é se puder saber mais sobre o caso e ter mais convicção." ele disse para o policial, sr. Grandberg.

"Há uma testemunha, um conhecido de jogos de azar do sr. Green. Green disse á ele que tinha feito uma coisa aqui nessa casa e que algumas pessoas sabiam disso, e que por isso temia por sua vida. Disse também que o patrão estava agindo de modo estranho com ele depois que voltaram de Downton; Ele disse que iria tentar levantar algum dinheiro e dar o fora por algum tempo, que se mudaria para outro lugar onde não seria facilmente encontrado; Mas ao que parece isso nunca aconteceu, quando ele saiu do pub onde estavam, ele viu um homem vestindo um casaco preto e um cartola surgindo atrás de Green e alguns minutos depois ouviu a sirene e descobriu que ele havia sido morto cerca de uma quadra á frente. Ele viu esse homem perto do acidente, como se quisesse garantir que o homem estava realmente morto, mas quando a testemunha tentou passar pela multidão e se achegar perto do homem, ele desapareceu. A única coisa que conseguiu ver é que o homem estava vestido como se quisesse se disfarçar, tentando se parecer com outra pessoa, e que ele usava um anel com uma pedra vermelha e brilhante no dedo mindinho." O homem olhou para Tom, era tudo o que tinha. "O que eu quero saber agora Sr. Branson, é o que esse homem fez aqui de tão ruim e quem sabia o que ele fez, pois esse pode ter sido o motivo dele ter sido assassinado. O senhor sabe de alguma coisa?"

"Não sei, ainda não sei. O que eu posso fazer é tentar descobrir isso, pois certamente o que aconteceu, deve ter sido no andar debaixo, e algum dos criados deve saber. Eu tenho motivos para suspeitar de uma pessoa que não mora aqui, mas que esteve aqui e que teve muito contato com o valete." Tom respondeu ao sr. Grandberg, com um ar terrivelmente preocupado. "Eu tomei a liberdade de contratar um detetive particular e espero que o sr. não se sinta ofendido, mas a segurança das pessoas que amo pode estar comprometida. Pedi que ele me trouxesse mais informações e por hora não tenho muito; Eu só gostaria de confirmar antes, mas o senhor já investigou o Sr. Gillingham?"

"Eu realmente não me importo do sr. ter contratado um detetive, toda ajuda é bem -vinda. O Visconde Gillingham, o patrão do sr. Green? Nós o interrogamos e ele disse que Green não estava trabalhando com ele nesse dia, disse que se encontrou com Lady Mary e ela mesma me confirmou por telefone" O policial concluiu.

"Pois se o senhor pudesse levantar mais informações em Londres sobre eles eu agradeceria muito; Enquanto isso vou conversar com os empregados e tentar descobrir o máximo que puder" Tom pediu para o Sr. Grandberg;

"Sra Hughes, eu estou perguntando para a senhora pois sei que tudo o que o sr. Carson sabe ele contaria para a senhora, assim como a maioria dos criados; eu sei que a senhora guarda o segredo de todos, se alguém sabe de alguma coisa sobre isso, essa pessoa é você. E eu preciso que a senhora me conte, a vida de Lady Mary pode estar correndo perigo." Tom argumentava à portas fechadas e cochichando dentro da sala de visitas da governanta. ela percebeu que Tom falava sério e sabia de algo que talvez ela ainda não soubesse.

"Não é meu segredo e não deveria ser eu a contar, mas isso está indo longe demais e acredito que o sr saberá o que fazer; O sr. Green abusou de Anna, a violentou, eu mesma a encontrei machucada em estado de choque. Tive que contar ao sr. Bates o que aconteceu, mas não disse quem foi. Anna contou a Mary para que Mary pedisse ao Sr. Gillingham que se livrasse do valete; Ao que sei, Lady Mary pediu para que o Vinconde mandasse Sr. Green embora; Depois de alguns dias, o próprio sr. Gillingham veio trazer a notícia para Lady Mary de que o valete fora assassinado. Eu desconfio que o sr. Bates tenha de algum modo descoberto e se vingado, como sei que ele iria para forca por isso e que Anna morreria de desgosto, nunca tive coragem de dizer nada; Lady Mary também não, ela está protegendo Sr. Bates." Sra Hughes terminou de falar e tomou um copo de água, nervosa, como se agora tudo fosse descambar mais uma vez; Tom estava atônito; Sentia uma pena terrível de Anna e agora raiva do valete, ele merecera aquilo; Mas Tom não poderia deixar isso impune se fosse Tony o assassino, pois Mary correria riscos demais ao lado desse homem, mesmo que ela o amasse, que era o que Tom ainda tinha medo.

"Tom, telefone para você" Edith foi chamá-lo na biblioteca; "Um tal de Sr. Landin". Era o detetive; "Sr. Branson, estou te ligando pois descobri algumas coisas; Alguns amigos de jogos do Sr. Green disse que ele uma vez contou na mesa que estava jogando á pedido do patrão, que o patrão tinha problemas com jogos e de fato constatei que em alguns lugares o sr. Gillingham deve dinheiro e em outros ele fora banido por trapacear. Disseram também que Green roubava algumas coisas do patrão e trocava por fichas pois ele também era um viciado em jogos. Green estava perdendo o dinheiro do patrão nas apostas e também estava o roubando. Um dos caras, que percebi que sabia mais, me contou depois que Green também fazia alguns serviços sujos para Gillingham."

Conversados, Tom achou que deveria falar com o sr. Grandberg e também tentar falar com Mary e avisá-la do perigo.

"Sr. Branson, tenho que te agradecer por ter nos dado a dica. Fomos atrás de mais informações é voltamos a falar com a irmã dele, e descobrimos que ele enviou uma carta á ela avisando que temia morrer, e que tinha medo do sr. Gillingham seu patrão, que iria ficar um tempo longe mas que mandaria notícias. Essa carta foi enviada no dia da morte dele mas por um desvio nos Correios só chegou até ela quase um mês depois de quando falamos com ela pela primeira vez. Como ela temia sua vida, pois é uma mulher humilde com 3 filhos para criar, e sabia que o irmão era metido em encrenca, achou melhor não tocar mais nesse assunto. Nossa testemunha disse que há grandes chances de reconhecer o homem que ele viu naquele dia, caso o veja novamente. Eu vou procurar o sr. Gillingham e o levar até a delegacia para ser reconhecido pela testemunha; " O sr. Grandberg parecia muito animado sobre as pistas e estava disposto a resolver logo esse caso, Tom aproveitou e contou tudo o que também descobriu para ele e também contou onde Tony estava e pediu que pudesse ir juntamente com ele, pois Mary estava com Gillingham e poderia estar correndo perigo. "Diante de todas as informações, creio que terei a intimação nas minhas mãos ainda hoje." O policial dizia agora um tanto satisfeito com o rumo das investigações. "Eu preciso avisá-la, vou encontrar o telefone de onde eles estão e pedir para que ela se mantenha segura" Tom disse preocupado. "Mas tome cuidado, ele não pode suspeitar de nada até chegarmos lá ou ele poderá fugir, levando-a como refém"

Tom conseguiu o telefone com Cora e ligou para lá; Para seu alívio Mary antendeu;

"Eu sei que não deveria estar te ligando, mas eu precisava, me diga está sozinha ou não?" Ele perguntou para Mary que estava com o coração na mão ao ouvir a voz dele. "Eu estou sozinha agora, aconteceu alguma coisa?". Tom deu um suspiro aliviado. "Talvez isso faça sentido para você ou talvez não; Antes de dizer o que preciso te dizer eu devo te perguntar se você confia em mim. Você sabe que eu não faria nada para te machucar de propósito, não sabe Mary? Isso não tem a ver com o que aconteceu entre nós, o que eu vou dizer tem a ver com você, com a sua segurança."

"Você é a única pessoa em quem eu confio, Tom! Eu conheço você e sei como você não seria capaz de nenhuma maldade." ela respondeu já com lágrimas nos olhos.

"Tony não é o homem que talvez você pense que ele é. Ele é perigoso Mary, muito perigoso; Se eu estiver certo sobre o que eu estou suspeitando, talvez você saiba disso já, mas se estiver enganado, você precisa confiar em mim!" Tom estava preocupado e Mary sabia disso.

"Me diga onde vocês estão. Tony é procurado pela polícia, você tem que confiar em mim e não dizer nada á ele, Me dê o endereço onde estão e se mantenha a salvo, não conte nada para ele pois pode ser pior. Nós vamos chegar aí ainda hoje, fique calma e quando tudo tiver se resolvido eu lhe explico melhor, mas agora não há tempo."

Mary confiava nele, claro que confiava. Deu o endereço a ele e fez tudo o que ele pediu, embora depois ficou com medo de que pudesse acontecer alguma coisa com ele. "O que Tony foi capaz de fazer para a polícia estar atrás dele?" ela pensava nervosa. Tony chegou uma hora depois; Mary o convenceu a tomar um banho e descansar para que eles fossem até o restaurante do hotel comer. Tony estava feliz que Mary finalmente estava aceitando melhor a situação entre eles. Quando o jantar ia ser servido a polícia e Tom chegaram. Tony relutou em ir para delegacia, os olhos de Mary estavam arregalados, ela estava apavorada com tudo o que estava passando. Quando finalmente o colocaram no carro e o levaram, Tom se sentou com ela na delegacia e explicou tudo; "Estão interrogando-o e depois a testemunha vai fazer o reconhecimento; Eu espero que você não esteja muito triste por isso" Mary olhou para Tom, ele estava com um olhar ressabiado, com medo de que ela dissesse que amava Tony e iria sofrer por ele. Ela deu um sorriso aliviada. "Eu vou ser a mulher mais feliz do mundo se conseguir me livrar dele! Ele estava me chantageando, Tom!" e agora ela transformou o discreto sorriso em um choro de alívio. Ele a abraçou. "Você precisa contar isso para a polícia também; Ele tem que pagar por todos os crimes que cometeu." Mary fez que sim com a cabeça; Olhou pra ele "Eu achei que nunca mais fosse te ver!" Ele sorriu e disse "Eu também"

Sr. Granberg entrou na sala onde estavam; "A testemunha o reconheceu; Ele ainda usa o mesmo anel. Acabou confessando o crime, alegando legítima defesa, mas as evidências provam o contrário." Mary fez sua queixa de assédio e chantagem e ela e Tom tiveram que ficar no hotel e no mesmo quarto, pois era o único disponível.

Ela adormeceu no carro, parecia exausta. Tom ficou preocupado com tudo o que ela poderia ter passado aqueles dias sozinha com ele. Se sentiu um pouco culpado por ter demorado tanto para perceber. Por ter acreditado que Mary era uma mulher capaz de agir daquela maneira. Ele a abraçou, cobrindo-a com seu casaco enquanto ela dormia. Fazia uma semana que Mary não dormia nada e agora que ela sabia que Tom sabia de tudo e que Tony não poderia mais fazer nada ela finalmente se rendeu ao sono.


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Notas finais do capítulo

Nessa história há alguns personagens originais como: A irmã e amigos de Green e os dois detetives.



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