Tom & Mary - jornada musical escrita por IsaOli


Capítulo 22
Agora


Notas iniciais do capítulo

Capítulo inspirado na música "Right Now" de One Direction



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Quando Robert disse que precisava voltar à Londres, Mary deu um jeito de acompanhá-lo, ela queria estar perto do pai o máximo que podia, porque sabia que a vida era muito curta. "Eu queria muito ir com vocês, mas acho melhor ficar e cuidar da sua mãe" Tom disse para ela durante o costumeiro chá da tarde no momento em que finalmente Thomas havia deixado os dois a sós. "Acho melhor você ficar, Tony com certeza irá na minha tia, ela não sabe de nada então vai fazer um jantar e convidar alguns amigos. Embora eu não esteja com cabeça para isso e preferia que você fosse comigo, mamãe precisa de você aqui." Ele deu um sorriso pacificador para ela. "Eu só quero que você saiba que independente de nós não ficarmos juntos e até se você se casar com outro, você nunca vai ser deixada por si mesma, eu vou estar aqui por você" Mary apertou a mão de Tom e deu um suspiro profundo enquanto buscava as palavras dentro dela, palavras que eram tão sentidas e verdadeiras que eram difíceis de serem ditas. "Agora eu entendo o que fez Sybil desistir de qualquer coisa por você, Tom! Me lembro quando vocês voltaram de Dublin e eu ainda não te conhecia bem, perguntei para ela se tinha se arrependido de alguma coisa" Os olhos de Tom marejaram e ele não se conteve em perguntar "E o que ela te disse?" . Mary sorriu se lembrou exatamente da irmã bem diante dela naquela sala "Ela disse: -Nunca, jamais! Eu gostaria que você o conhecesse melhor Mary, soubesse quem ele é de verdade- e eu disse á ela que eu iria conhecer você melhor, e que também iria dar valor em quem você é. Sybil estava completamente certa do que dizia e agora eu também."

Tom pôs a xícara no colo, se lembrou imediatamente da conversa que ele teve com Matthew antes do casamento. "Eu disse para Matthew que ele jamais seria feliz com outra mulher enquanto você ainda caminhasse na Terra. Dava para ver como ele te amava, como sempre te amou, até o fim. Hoje eu entendo o valor daquelas palavras, é provável que eu te ame até o fim das nossas vidas." Mary sorriu da forma mais doce possível para ele; Saber que ela teria o amor dele era reconfortante, embora ela também achasse que fosse um pouco egoísta da parte dela já que eles estavam fadados a viverem separados também.

"Engraçado pensar que eu só tive certeza que eu amava Matthew quando eu vi ele e Sybil fazendo uma cena romântica na minha frente! Pra mim Sybil sempre foi a mulher mais bonita que eu já ví e a única que me fazia perder a segurança diante dos homens!" Mary agora cavava memórias mais fundas. "Fiquei aliviada quando Matthew propôs namoro para mim e não a ela." E então ela sorriu.

"Ah eu me lembro de ver Sybil apaixonada por Matthew, foi muito dolorido para mim porque eu era perdidamente apaixonado por ela e ela ainda não queria se casar comigo, graças á Deus que foi uma paixão passageira!" Ele sorriu.

"Estranho como nossos caminhos se cruzaram de formas tão diferentes naquele exato momento não é? Foi aquele dia em que ela se machucou que eu percebi que a amava muito, naquela mesma noite que ela se apaixonou por Matthew que então você percebeu que também o amava e foi também o dia que nós dois tivemos nossa primeira conversa amigável, você estava tão nervosa que até segurou a minha mão por alguns segundos antes de perceber que eu era apenas o motorista, o destino de nós quatro se cruzaram de uma forma estranha em um só dia." Tom se lembrou admirado.

"Você tem uma ótima memória!" Mary sorriu enquanto voltava no tempo "Eu me lembro que disse que queria quebrar o seu pescoço!" ela pôs a mão na boca para abafar a risada. "Mas depois eu ajudei Sybil a te defender para meu pai, porque eu sabia que você não teve culpa de nada." Tom também sorriu "Achei bom mesmo, embora naquela época eu não dava a mínima para o que seu pai pensava."

"Bom, seguindo com esse nosso destino travesso, vou subir e ajudar Anna a preparar as minhas malas para a viagem de amanhã, nos vemos no jantar!" Mary disse se levantando e colocando a xícara de lado. Tom continuou ali com as lembranças de um passado confuso, bonito e triste.

De manhã ele fez questão de levar Robert e Mary até a estação de trem para desejar-lhes boa sorte. Mary teve que despistar o pai na viagem, dizendo que iria fazer compras perto de onde ele precisava ir para poder acompanhá-lo até o centro.

"E como estão as coisas com Tony, minha querida?" o pai perguntou durante o caminho. Mary limpou a garganta e se ajeitou no assento: "Normal papai, caminhando como sempre, hoje ele vai estar na tia Rosamund" Robert percebeu certo desconforto na filha e resolveu não prosseguir com essa conversa.

Mary subiu o mais rápido que pôde depois do jantar, disse que estava com dor de cabeça, não queria conversar muito com Gillingham, na verdade a conversa de todos era um tanto sem graça para ela. Ninguém mais fazia ela rir como Tom, ela queria que ele estivesse lá.

Logo as luzes da casa se apagaram, e ficou tarde da noite, mas a noite chamava Mary para ficar acordada; Ela ouvia o som de uma cantoria lá embaixo, definitivamente ela nunca iria morar em Londres! Os pensamentos dela eram em torno de Tom, de como ela sabia que eles não poderiam voltar a sonhar com um lar construído por eles, que quando ela voltasse, ela não poderia voltar para ele, pelo menos não por enquanto - era o que a fé gritava lá do fundo do coração dela "Não por enquanto... não significa nunca".

De uma coisa ela sabia: ela não ficaria sozinha nunca, ele estaria com ela. "Eu não vou estar sozinha" ela amava essa sensação de que pelo menos ele não iria embora. Mas tudo era novo para ela, Mary não queria perder seu pai e essa notícia não era boa. Aquilo era novo para ela e isso deixava ela com muito medo.

"Eu queria que você estivesse comigo aqui e agora" Ela se lembrou das noites em que o corpo de Tom fazia o seu corpo relaxar e ela dormir em paz nos braços dele "Na verdade toda noite eu sinto que preciso de você, e eu não posso lutar contra esse sentimento porque eu sempre vou querer você do meu lado, agora mesmo e em cada instante" Tom era tão doce com ela, sempre segurando seus desejos e preservando Mary por causa de seu amor, nunca atravessando a linha, amando-a do modo mais respeitoso que poderia ser, mas ela sabia que dormir nos braços dele já era o suficiente. Ela abraçou o travesseiro, o cobertor, tudo o que tinha a sua volta, buscando sentir o calor dele e sussurando: " eu queria que você estivesse aqui comigo agora"


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