Tom & Mary - jornada musical escrita por IsaOli


Capítulo 15
Oceano


Notas iniciais do capítulo

Capítulo 15, inspirado na música Oceano de Djavan



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Assim que o dia amanheceu e Tom despertou, olhou lá fora e viu como o tempo estava feio e lembrara imediatamente de como o tempo no mar do amor também havia ruído para os dois.

Ele sabia que ela estava lá, mas não estaria mais lá para ele, Mary era tão perto e tão distante que o fazia sentir só; ele não entendia o que estava acontecendo, mas se ela queria que as coisas fossem assim, ele iria respeitá-la. Se ela finalmente decidiu que isso tinha que acabar, então tudo bem.

Mas não estava tudo bem. Ele se sentia como uma terra seca, do qual nada nasceria ali se ela não estivesse ali. Era como se longe dela, tudo estivesse parando de funcionar. Ele não tinha mais ideias para ajudar os arrendatários, já não sabia que decisões tomar quando acontecia algum problema, ninguém sabia como ele sofria por dentro porque ele fazia o máximo para não mostrar.

Amar Mary tinha se transformado em um deserto cheio de temores, sentia que sua vida cavalgava sem destino no lombo dessas dores. Ele sentia falta do calor do abraço dela, daquele abraço que acreditou que pudesse pertencer a ele.

Ele desejava ela e isso se agravou depois daquela noite, e se tornou terrivelmente difícil quando de repente ela disse que era mesmo o fim.... ele pensou tantas vezes que deveria ser o fim que quando teve um ponta de esperança, a vida veio lhe mostrar que suas esperanças eram vãs. Ele a amava e tudo que ele queria é que ela viesse novamente o fazer feliz, como naquela noite em que ela veio a procura dele como um rio que deságua em um oceano.

Ele desaprendera a viver se não fosse por ela, por esse amor, pelas crianças... como se ele precisasse dessa família sempre funcionando pra poder viver de verdade. "Só sei viver, se for por você" ele quase disse a ela um momento de desespero.

O que é o amor, se não quase uma dor?

Mary tentava não pensar nele mais, embora fosse uma tarefa difícil. Ela sonhava sempre com ele, e isso não podia controlar. Tudo rui. Se apaixonar por Tom, ela concluiu, havia se transformado em um deserto árido cheio de temores. Ela acreditava piamente que só ela quem o amou, era ela solitária percorrendo um deserto perigoso e tudo o que ela viu de bonito, não tinha passado de miragens, de ilusões.

Ele ainda estava lá, e provavelmente ficaria, isso a aliviava um pouco. Se ela não pode ser feliz, que as crianças fiquem bem, não mereciam sofrer por causa dos dois.

Deixou de fluir para ele, desviou o percurso do seu amor. Embora se distanciando dele, ela sentia cada vez mais que tudo estava parando, tudo ficava estagnado e sem vida. Ninguém sabia como ela sofria.

Mas nos sonhos dela, que não iriam se submeter ao seu raciocínio lógico, ela corria para Tom todas as noites, se espalhava nos braços dele entre os lençóis, e se fundia em um só elemento com ele, tal qual um rio que deságua em um oceano.


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