Tom & Mary - jornada musical escrita por IsaOli


Capítulo 13
Só Hoje


Notas iniciais do capítulo

Capítulo inspirado na música "Só hoje" do Jota Quest



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Tom voltou para a Irlanda apenas para buscar algumas coisas importantes que haviam ficado lá e poder se despedir da mãe. Mary voltou com as crianças e Anna para Downton.

Ele fez a viagem com calma, era a recomendação de Mary. "Descanse em Liverpool antes de pegar o navio, vá ver seu irmão; Depois descanse em Dublin um ou dois dias antes de voltar, nada vai sair do lugar" Ele sorriu pra ela com o carinho de sempre e talvez um pouco mais.

Sua mãe chorou ao saber que o filho estava realmente voltando para Downton "Eu achei que você fosse trabalhar em um jornal por aqui, querido! Me prometa que virá mais vezes!" ele a abraçou "Eu prometi a uma pessoa especial para mim que não iria deixar Downton, mamãe! Eu preciso fechar um ciclo lá, quem sabe quando tudo estiver encaminhado eu vá para algum outro lugar e refaça a minha vida, por enquanto ainda tenho muitas coisas a resolver" ele estava triste ao dizer aquelas palavras, a mãe sabia que ele estava com o coração machucado, por uma paixão mal resolvida. "Filho, eu espero que essa paixão mal resolvida pela qual você sofre, possa ser resolvida de uma vez, eu sei que Sybil iria querer te ver feliz, meu filho, eu sei! E eu te dou a minha benção sobre isso, não sofra por amor a vida inteira, principalmente se esse amor estiver ao seu alcance!" ela lhe beijou na testa. "Eu não sei se está ao meu alcance mamãe; Acho que não" ele desabafou durante um abraço apertado. "Faça-o estar querido!"

Tom encontrou Caroline - a moça do jornal- no navio para Liverpool; Tirando a parte de que Tom e ela "tinham alguma coisa" e de que "Ele finalmente estava pondo um ponto final" o fato de que Tom realmente a conhecia e que eles conversaram - não em um baile- mas na padaria perto da casa de sua mãe, era verdade. Foi uma conversa boba, pra saber como andava a vida; De repente se encontraram no mesmo navio enquanto olhavam para o mar. Eles conversaram bastante sobre vários assuntos, até que assuntos do coração vieram á tona.

"Depois que eu rompi com ele, eu desencantei, não penso mais em romances e pelas circunstâncias atuais, acho que as chances de um verdadeiro romance são remotas" ela desabafou sorrindo; "Depois que Sybil morreu eu também parei de pensar em romances; tinha minha filha para cuidar e uma família inteira para lidar, minhas dúvidas internas, achei que nunca mais iria me apaixonar..." Tom revelou.

"Mas pela forma que você disse isso, você se apaixonou?" Ela perguntou curiosa; "Por quem eu não devia, para minha desgraça, logo quando tudo começou, resolvemos colocar um ponto final, não havia chances disso dar certo" ela se solidarizou: "A vida ás vezes sabe ser muito cruel mais de uma vez, com algumas pessoas" ele olhou para ela com um sorriso resignado "Pois é"

Eles se despediram na plataforma, ela ficou de lhe escrever de vez em quando para mandar jornais da Irlanda e mantê-lo mais informado, desejaram boa sorte. No trem, Tom voltou a pensar em Mary;

Em Downton, depois de 3 dias longe dele, ela já estava morrendo de saudade. Quase não dormira a noite, ele era o causador da insônia dela. Tom não parecia ter defeitos, era o que ela pensava; "às vezes a perfeição no caráter dele me irrita, não é possível que esse homem não tenha um pecado cometido sequer, um erro grave daqueles que a gente se envergonha!" escreveu em seu diário. Ela sentia muita falta dele, das discussões bobas, da forma como tomavam chá juntos na biblioteca, lembrava disso toda vez que entrava lá. Lembrava-se dos dias normais que eles tinham, juntos praticamente o tempo todo; Lembrou-se de como ele a levava pra casa depois desses dias normais, sempre com frases exageradas sobre algum inquilino, sobre seu pai, sobre a babá, só pra lhe fazer sorrir. Hoje ela precisava dele, e para sua alegria, ele estava chegando.

"Mamãe, estou indo me encontrar com Tom na plataforma, ele chega no trem das três." ela comunicou a mãe durante o almoço. "Mas filha, você deveria descansar e..." Mary a interrompeu "Não vou morrer por ir de carro até a estação e voltar"

Ela esperava ele ansiosa; Só a presença dele seria capaz de deixá-la feliz. Tom estava cansado, e com o pensamento nela. Ele sabia que iria reencontrá-la e que os dois teriam que aprender a conviver no mesmo teto como amigos civilizados. Mas hoje ele precisava muito vê-la... mesmo que ela estivesse de mau-humor, ele precisava dela ao lado dele, de ver um sorriso.

Tom chegou, ele não estava esperando por ela. Ela surgiu de trás da fumaça do trem com um sorriso largo nos lábios. "O quê você está fazendo aqui?" ele sorriu de volta enquanto a questionava. "Vim te levar pra casa" ela se aproximou, com um olhar de promessas fáceis, querendo dizer mais do que podia, veio em direção a ele e lhe deu um beijo de um jeito que o fez rir: Beijara a bochecha, pegando um pouco o canto da boca. Eles foram para Downton, Tom perguntando se as crianças estavam se comportando bem.

Sybbie e George esperavam com a babá, e todos os empregados estavam lá fora para receber Tom, ele estava surpreso. "Estamos todos felizes com a sua volta Sr. Branson" Carson disse com um ar de satisfação. "Meu caro Tom, como você fez falta" Robert exclamou puxando-o para um abraço enquanto Isis latia e pulava de felicidade. Tudo isso era maravilhoso e revigorante, mas tudo o que ele precisava mesmo, era dela.

Tom foi tomar um banho e vestir roupas limpas, desceu para o jantar, contou as novidades para Edith, Cora contou a todos como ele fora o herói de Mary em Londres, Isobel e Violet trocaram algumas farpas entre si enquanto a conversa era sobre a Irlanda. Foram todos para cama. Durante a noite, Mary não conseguia dormir, ele era o causador da insônia dela; Quando ela viu as luzes do quarto dele acesas, ela não teve dúvidas de que deveria ir lá.

Toc-toc-toc "Posso entrar?" ela disse baixinho. Ele estava sem camisa, pediu um minuto para vestir o roupão e abriu a porta "Aconteceu alguma coisa?" ele perguntou preocupado. "Aconteceu, não consigo dormir e a culpa é sua!" ela lhe respondeu, ele sorriu "Entre" ela estava com aqueles olhos de promessas fáceis de novo.

Mary chegou perto dele "Hoje eu preciso te abraçar, sentir teu cheiro de roupa limpa pra esquecer os meus anseios e dormir em paz" Ela o abraçou, cafungando seu roupão, seu pescoço, sentindo o cheiro dele, o cheiro inebriante dele. "Hoje eu preciso ouvir qualquer palavra tua, tuas frases exageradas que me fazem sentir alegria em estar viva" ela começou a passar as mãos no cabelo dele. "Hoje eu quero ouvir você suspirar me dizendo que eu sou a causadora da sua insônia e que eu faço tudo errado sempre" ela começou a desamarrar o roupão dele e olhou nos olhos dele "Só hoje!"

Tom a pegou no colo e levou ela para a cama dele, Mary o olhou surpreso. "Hoje eu também preciso de você" Ele apagou a luz e deitou ao lado dela, puxando ela sobre seu braço esquerdo. "Hoje eu preciso de você com qualquer humor com qualquer sorriso, te beijar na boca de um jeito que te faça rir... hoje só tua presença vai me deixar feliz, me fazer esquecer dos anseios e dormir em paz" Ele a beijou apaixonadamente "Eu não sei como vai ser daqui pra frente" Tom disse pra ela, pensando na possibilidade de que os dois poderiam dar certo. Ela o abraçou. "Vamos pensar só no hoje, só hoje!" e eles finalmente se entregaram um para o outro de um jeito tão bonito, cheio de amor e perfeito que chega a ser inenarrável embora não tenha passado de beijos e afagos, pois Tom com muito esforço não permitiu que ultrapassem o limite dos carinhos que por si só, faziam arrepios percorrerem por toda a espinha... e então, depois de se aninhar nos braços dele, os dois se aquietaram e finalmente dormiram em paz.


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Notas finais do capítulo

*Caroline é personagem original, foi a moça que Tom citou na carta que escreveu para Mary, dizendo que tinha se interessado por ela.... Caroline ainda vai aparecer algumas vezes na história....



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