Because I’m happy

Clap along, if you know what happiness is to you

O trem ia sair, Lilly abraçou o pai, acenou para a mãe – a relação das duas andava uma merda, aquilo já era um avanço para ambas – e pulou no trem. O apito soou e antes mesmo que ela começasse a procurar uma cabine sentiu o corpo ser puxado, ela conhecia aquelas mãos, sorriu, fechando os olhos e correspondendo ao beijo dos lábios macios de Scorpius Malfoy.

Ele fechou a porta da cabine e sorriu ao separar-se do beijo. Ela também sorriu, sentira saudades. Lilly o abraçou forte e ele correspondeu forte também, sentindo o corpo pequeno e esguio da garota contra o seu.

-Eu juro que se nas próximas férias te levarem para longe por qualquer tempo que seja eu vou atrás – ele sussurrou, beijando-a de novo. Ela sorriu, bagunçando os cabelos dela.

-Foi só um mês, Scorp... Mas eu também fiquei morrendo de saudades – ele sorriu e a beijou novamente, apertando-a mais contra si.

-Não foi só um mês, foi tipo uma eternidade – ele resmungou, sentando-se e puxando-a para seu colo. Logo depois disso seus amigos começaram a entrar na cabine, pelo menos conseguiram alguns minutos a sós, que valeram pelo resto da viagem.

Lilly estava realmente feliz em estar nos braços do garoto, era a melhor sensação do mundo... E caramba, sentira mais falta do que pensara, respirou fundo sorvendo o cheiro de menta dele, era o melhor cheiro do mundo.

-Sua mãe se comportou? – ele perguntou em um sussurro, Lilly deu de ombros não queria estragar aquele momento. Scorpius percebeu isso.

Sentira falta do sorriso de Lilly, sentira falta do corpo dele, sentira falta daqueles cabelos ruivos e dos olhos profundos, não iria estragar a felicidade dela, então apenas beijou seu pescoço e a puxou para outro beijo.

-Por Merlin, vocês dois querem parar? – Rose pediu, enroscando-se em James, agora que não estavam em família os dois poderiam ficar juntos – Até parece que não se veem há uma eternidade.

-Deixa os dois, Rose – James a puxou para um beijo – Mamãe e papai não deixaram ela falar com ele nesse mês que fomos pro Egito – Rose franziu o cenho e sorriu.

-Tá bom, podem se pegar a vontade, mas se quiserem se comer vão pra uma cabine vazia – Lilly ficou super vermelha e Scorpius deu risada.

-Idem pros dois – Scorpius respondeu e foi a vez de Rose ficar vermelha. Eles riram. A porta da cabine se abriu e Albus entrou com um chupão no pescoço.

-Em cinco segundos o Hugo vai entrar com a mesma cara de inocente que ele e logo em seguida vão começar a falar das vítimas, apostam quanto? – foi a vez de Lilly falar, Albus soltou um olhar atônito. Logo em seguida Hugo entrou ofegante e sorriu para todos até olhar Albus.

-Peguei a Anna, cara, melhor boquete de todos os tempos – foi o que Hugo disse e Albus abriu a boca para responder, mas antes disso todos caíram na risada.

-Tão previsíveis assim? – Albus pediu encarando a irmã mais nova no colo de Scorpius, ia reclamar, mas preferiu apenas franzir o cenho.

-Sempre – Lilly sorriu.

Aquela viagem poderia durar para sempre, os momentos mais felizes da sua vida com certeza sempre aconteciam naquele trajeto e naquele momento nenhum daqueles que estavam na cabine, principalmente Lilly e Scorpius queriam que aquilo acabasse.