Agora eles não sabiam dizer quem foi ou quem ficou. A verdade é que os dois se separaram meio juntos, com meias palavras e muitas reticências, nenhuma união deles parecia muito estável.

E a cada separação era ainda menos.

O que era uma tortura tanto para Paul quanto para Verônica. Mas por ironia do destino aquilo apenas fazia com que eles fossem melhor no que faziam, Paul estava sempre inspirado e escrevendo pra caralho e Verônica... Bem ela estava se matando nos treinos e arrebentando nas lutas.

O problema é que eles não conseguiam esquecer um do outro, porque eles nunca aprenderam e nem ensinaram um o outro a esquecer. Eles só aprenderam a desejar e querer e nunca a esquecer.

Porque no fundo sabia que era impossível esquecer.

E que ficariam sempre naquele jogo idiota de ir-vir-ir e de no ir se entregar nos braços vazios de outras pessoas, bem ao menos o Paul que terminava de acabar com seu emocional fazendo isso.

Era uma merda... Mas até aprenderem teriam que ou aprender a esquecer ou aprender a ficar.

Agora, que faço eu da vida sem você?

Você não me ensinou a te esquecer

Você só me ensinou a te querer

E te querendo eu vou tentando te encontrar

Vou me perdendo

Buscando em outros braços seus abraços

Perdido no vazio de outros passos

Do abismo em que você se retirou

E me atirou e me deixou aqui sozinho