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Verônica respirou fundo, odiava os treinos físicos na escola, mas a culpa de estar ali era dela, poderia não estar, mas não contente em fazer parte da academia e dos treinos de lá, entrou no grupo de luta do colégio. Talvez gostasse de se ferrar.

Paul ajeitou o som, fazia umas duas semanas que ele e Verônica estavam ficando, mas ainda não tinham admitido isso para ninguém. Já estava na hora de fazer algo a respeito disso e deixar todos sabendo que ela era dele, ele faria isso do seu jeito e provavelmente apanharia muito depois disso, mas valeria à pena.

–Tem certeza que vai fazer isso? – Richard, o baterista da banda e o que sempre pensava muito antes de fazer alguma coisa potencialmente idiota, perguntou pela milésima vez.

–Tenho – ele sorriu, ligando o microfone do sistema de som do colégio, tivera o maior trabalho para convencer a diretora de que aquilo era uma boa ideia e que ia ser legal, agora não dava mais para voltar atrás – Oi, oi galerinha. Estão me ouvindo? - Verônica e toda a equipe de luta pararam de fazer os abdominais para escutar, ela reconheceu a voz e franziu o cenho, o que diabo Paul estava fazendo?

–Não é a voz do Paul? – alguém perguntou olhando para ela, que deu de ombros.

–É o que parece...

–Vocês devem estar se perguntando o que o McKenzie tá fazendo no sistema de som? Bem, estou aqui para amenizar as fofocas e afirmar que: sim, eu e a Verônica Smoak estamos juntos e que eu a amo muito – todos da sala olharam para Verônica, que não pode evitar de corar – Ela deve estar corada e querendo me matar, mas meu amor eu não consigo tirar meus olhos de você e essa... Bem, essa é pra você.

Ele começou a cantar. Verônica sentiu o corpo inteiro se arrepiar, a voz dele tinha esse efeito sobre ela, sempre teve. Paul também sentiu o corpo inteiro se arrepiar. Isso sempre acontecia quando cantava, principalmente se fosse para ela, quase sempre era para ela e por ela.

Quando ele terminou, Verônica sentiu que seu coração poderia explodir que não faria diferença alguma, pois ele estava tão acelerado que era como se estivesse explodindo a cada batida.

–Smoak – o treinador a chamou – Pode sair e ir atrás desse cara, ele merece.

–Ah... Ahm. Tá – ela sorriu, gaguejando a única coisa que conseguia falar, saiu da sala correndo até chegar à sala onde ficavam os equipamentos do sistema de som, chegou ao mesmo tempo em que Paul e a banda saiam de lá. Ela se jogou em seus braços, abraçando-o fortemente como se tudo aquilo pudesse acabar em um segundo – Obrigada, eu te amo – sussurrou para ele.

–Também te amo, Vê – ele respondeu, rodopiando-a e a beijando como se o mundo fosse só deles e como se aquele momento nunca fosse acabar.

You're just too good to be true
Can't take my eyes off you
You feel like heaven to touch
I wanna hold you so much
At long last love has arrived
And I thank God I'm alive