Our feelings; Our Thoughts! escrita por Bibelo


Capítulo 7
#8 Autenticamente bêbada


Notas iniciais do capítulo

Aqui está o capítulo.

Bom, admito que não tive como encaixar a música com o casal. A Hinamori não é nada patricinha, luxuosa ou metida, então tive de usar ao menos dois artifícios da música: Autêntica e Bebidas.

Pelo menos tem algo da música, certo?

Esse capítulo ficou bem maior que os outros, uehueheu mas vão realmente ter uns que contem alguma cena, e outros que sejam uma narração de sentimentos.

Bom, agradeço a todos os lindos comentários. Amei ler cada um.

Espero que gostem ;)

Boa leitura.



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Capítulo 8 - Autenticamente bêbada.

By: Hinamori
Fancy

Já era quase por do sol quando Hirako-taichou resolveu se retirar da sala. Haviamos terminado algumas papeladas, mas como sempre uma ou outra acabam sendo deixadas para o dia seguinte. Resolvi ficar até um pouco mais tarde e assinar aqueles que não necessitavam da rubrica do Taichou.

Acabei saindo logo de noite. O esquadrão já estava quase vazio, somente mais movimentado nos corredores das moradas. Caminhei um pouco pelo esquadrão. Ficava tão belo a noite; iluminado pela linda lua cheia no céu.

Não me demorei muito. Já era noite e no dia seguinte a rotina recomeçaria. Apressei o passo até minha casa e entrei pela porta quase sempre destrancada. Assim que acendi a luz me assustei com a presença da Rangiku-san sentada no meu sofá — ou melhor, totalmente esparramada.

— Rangiku-san? — perguntei curiosa: — Algum problema? — para ela estar em minha casa a essa hora deveria ter acontecido algo. Mas ela somente se endireitou e sorriu largo.

— Hinamori-chan. — exclamou: — Vim chamar você para uma noite das garotas. — explicou a mesma me dando uma pontada de alívio por não ser nada preocupante.

— Noite das garotas? — repeti. A ultima noite que tivemos acabei com ressaca no dia seguinte.

— Sim. Uma noite só nossa. — avisou: — E hoje será no meu esquadrão. — por um momento senti meu coração dar um vacilo. Acabei deixando escapar um sorriso, isso significa que verei o Shiro-chan!

— Sério? — enfatizei: — Mas o Hitsugaya-kun concordou com isso? —perguntei preocupada. Geralmente ele não aprova os eventos marcados pela Rangiku-san.

— Ele não precisa. Será dentro da minha casa. — comentou incrivelmente desinteressada. Eu gosto muito da Rangiku-san, mas as vezes penso na dificuldade que o Shiro-chan tem com ela como tenente.

— Bom, porquê não? — ora, o que eu tinha a perder?

***

— Oh, ela veio mesmo. — exclamou Kuchiki-san sentada ao chão da casa da Ragiku-san. Aparentemente não colocava muita fé na minha vinda. Bom, nem mesma eu colocava.

— Eu vim. — afirmei somente para não ficar quieta.

— Provavelmente foi arrastada pela Rangiku como todas nós. — complementou Nanao. Não evitei o riso.

— Como? — exclamou: — Você não reclamou em vir pra cá! — advertiu divertida.

— Não tenho que reclamar para me sentir arrastada. — concluiu Nanao.

— Bom, não vamos discutir. — pedi.

— Claro. Porque hoje é um dia muito especial. — comentou Isane.

— Por que? — perguntei ainda meio alheia ao que se passava ali.

— Porque é a primeira vez que fazemos um encontro de garotas no décimo esquadrão. — respondeu Nanao.

— Verdade. — exclamei ao me tocar disso. Se bem que Rangiku-san havia dito isso na minha casa minutos antes.

— Bom, o que estamos esperando aqui? — indagou a ruiva: — Vamos entornar.

***

Não sei quanto tempo se passou, só sei que estou vendo tudo rosa. Acho que exagerei um pouco no "entornar" da nossa anfitriã. Ao menos estou deitada no sofá, diferente das outras esparramadas no chão.

— Que horas são, Rangiku... — não terminei por culpa de um soluço involuntário.

— Não sei. Trinta? — respondeu. Acredito que ela esteja bem mais alta que eu. Trinta?

— O que seria trinta? — perguntei tentando me manter lúcida.

— Trinta minutos pro Taichou acordar, talvez. — exclamou Rangiku-san totalmente embriagada.

Será que bebemos por todo esse tempo? Ou acabei dormindo no processo?

— O Shiro-chan acorda de noite? — continuei. As palavras saiam sozinhas, não tinha como impedir.

— Pra mim sim. — depois disso não ouvi mais nada.

***

—Matsumoto, que bagunça é essa? — escutei uma voz ao longe. Bem baixinha, mas tão familiar.

— Matsumoto! — novamente a mesma voz.

Abri um pouco os olhos para tentar ver a situação. Assim que a imagem se tornou nítida por alguns instantes pude ver o Shiro-chan em pé de frente para a Rangiku-san incrivelmente irritado.

Dei uma olhada ao redor. Estávamos todas iguais; destruídas pelo sake. Me levantei devagar sentindo um peso monstruoso em minha cabeça. Por Deus, ressaca logo hoje?

— Hinamori. — o ouvi me chamar, mas não consegui responder: — O que faz aqui? — perguntou em tom preocupado, acho.

— Tentando me levantar. — avisei levando um escorregão da bagunça de algumas roupas que não estavam ali de noite. Acreditei ter caído no chão, mas acho que algo mais macio do que isso.

— Tsk, fala sério. Não imaginava isso de você. — repreendeu-me.

— Desculpe, Shiro-chan. — pedi: — Acho que exagerei. — O ouvi suspirar e me sustentar em seu braço.

— Matsumoto, quero que arrume isso. E tente chegar na sala inteira. — advertiu em seu tom preocupado de sempre. Não evitei sorrir com isso. Tão doce, mesmo dando bronca.

Depois disso veio o silêncio, e uma brisa gélida em meu rosto. Isso me ajudou a acordar da incrível sonolência que estava tendo. Percebi que estava sendo carregada pelo Shiro-chan. Ele caminhava bem devagar; não havia ninguém acordado, mal o sol havia saído.

— Esta bravo? — perguntei tentando, aos poucos, retomar a lucidez.

— Não. Claro que não, Hinamori. — o ouvi responder, mas não tenho certeza se foi uma afirmação forçada.

— Admita, eu sou bem autêntica. — Eu disse isso? Acho que ainda estou meio sem controle do que digo. Onde mesmo há sentido no que eu disse? Onde se encaixa?

Estranhamente senti ele rir disso.

— Pode ter certeza que você é. — ele disse: — incrivelmente autêntica.

Não entendi bem seu tom, mas pude sentir certa leveza em sua voz, e isso foi o suficiente para me fazer dormir tranquila em seus braços.

Por incrível que pareça, não me arrependo de ter aparecido. Pelo contrário, acho que pude reestabelecer uma ligação que acreditei estar perdida. Me preocupei em vão. Ele continua um doce.

Continua o meu Shiro-chan.

***

— Você disse isso? — zombou Rangiku-san quando comentei do Autêntica com ela.

— Disse. Ai, ele deve ter rido muito. — comentei, mesmo sabendo que era mentira.

— Se ele riu não foi de zombaria. — afirmou.

— Como você sabe? — perguntei.

— Instinto fe-mi-ni-no. — soletrou ela dando-me uma piscadela. Não entendi muito bem, mas não evitei de rir.

Realmente, acho que sou mesmo autêntica.



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Notas finais do capítulo

Aqui está. Não fiquei bravos, não foi igual os outros porque não tinha como encaixar a música. Juro Ç.Ç

Bom, realmente espero que tenham gostado.

Até amanhã ;)

Beijos e mordidas