Não consigo deixar de te amar. escrita por Natalie


Capítulo 6
Pra sonhar.


Notas iniciais do capítulo

Quando te vi passar fiquei paralisado
Tremi até o chão como um terremoto no Japão
Um vento, um tufão
Uma batedeira sem botão...



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A esperança de senti-la, de vê-la e de tomá-la nos braços novamente, definhou dentro do caipira.

Ele se amaldiçoava por sequer considerar que poderia pedir desculpas e retomar com sua vida antiga, ao lado dela.

Acabou, de verdade. É o fim...

O homem se encontrava lamentando a visita à casa de Janine, por duas semanas inteiras; após deixar o banco solitário da praça, percebeu que já não havia mais nada.

A esperança se fora. Com o que mais ele poderia viver?

Se Carol realmente arrumara outro alguém, ele não podia fazer mais nada.

Sua vontade era de voltar novamente e dizer o que realmente queria dizer face a face com Janine, e perguntar-lhe com quem Carol e estava, e por quê, já tão cedo preenchera o vazio de seu coração com outro alguém.

O caipira não enxergava mais a possibilidade de viver ou se envolver com outra mulher; Carol foi e sempre seria a única que despertaria a paixão poderosa que ele descobrira ser capaz de sentir.

Seu único e eterno amor.

Carol Dixon.

#

Faltavam pouco mais de cinco dias para Carol finalmente retornar à universidade.

Ela se sentia aliviada por estar voltando para sua antiga ocupação, visto que não tolerava mais conviver com as lembranças e sonhos com Daryl.

Ela também notara que sua mãe apresentava-se de maneira estranha, desta vez; nervosa quase todo o tempo, e com comportamento alterado quando Carol lhe perguntava sobre qualquer coisa.

#

A primeira vez que ele a viu...

Quando te vi passar fiquei paralisado; tremi até o chão... como um terremoto no Japão...

Um vento, um tufão, uma batedeira sem botão;

Me vi na sua mão, imediatamente.

Como se naquela época eu soubesse o que era a porra do amor.

O caipira simplesmente colocara os olhos na jovem, e o canto de seus lábios se levantaram em um sorriso torto, charmoso e tímido.

Após as primeiras conversas e os primeiros encontros, Daryl sentia-se como nunca antes; agradável, distraído e estranhamente comunicativo com as pessoas ao redor.

Casamento?

Essa palavra não existia em seu vocabulário.

No entanto, por vezes ele se flagrava imaginando uma vida ao lado dela, dividindo uma aliança e unido eternamente à ela. Porque era exatamente isso que ele queria. Para sempre.

Louco por ela ele era, e não precisava usar as palavras para demonstrar.

Seu olhar sempre o entregava; sua atitudes confusas e mãos trêmulas quando seus corpos roçavam denunciavam o sentimento desconhecido.

Tentei me proibir de pensar em você
Mas como desistir do que eu mais quero ter? Era o que ele lhe escrevia, quando Carol por ventura precisava se ausentar.

O homem não tinha medo algum de escrever-lhe cartas; era um modo que ele encontrava para expressar para a amada o quanto a mesma era importante para ele.

Daryl Dixon não fora educado para ser um homem romântico ou um cavalheiro; isso só mudara dentro de si quando Carol entrara em sua vida.

...

Finalmente decidido a conseguir um emprego decente, Daryl saíra de casa para procurar algo que lhe seria últil na cidade.

Alguns trocados extras lhe sobravam para uma condução; através da janela do ônibus, observava as avenidas movimentadas, onde tantas vezes saíra para namorar com Carol.

Suas pequenas mãos delicadas entrelaçadas às dele, e beijos apaixonados em público; momentos assim valiam por todo o sofrimento que o Dixon já presenciara.

Por entre os carros que passavam, ele procurava seu rosto.

Todas as vezes o mesmo inferno.

Quando se está apaixonado, jamais terá controle algum sobre si novamente. — A frase que um dia Axel lhe dissera, viera à mente.

O semáforo faz o ônibus parar, e à esquerda do caipira, era possível visualizar o cartaz de exibições no cinema. Mesmo à esta hora, casais entram abraçados para as salas de cinema.

E eu perdido e sozinho, querendo entender porque esse maldito assento está vazio, sem seu corpo colado ao meu.

O caipira leva alguns segundos para perceber que não havia ninguém para culpar, só a si mesmo.

#

O dia da ‘liberdade’ chega para Carol, após uma longa espera.

O que era irônico, já que sua liberdade que Carol ansiava, estava dentro da universidade.

As malas já estão no táxi, já se despedira do cãozinho Brooke, e sua mãe lhe pergunta pela milésima vez se não esquecera nada.

— Está tudo aqui, mamãe. — Ela lhe diz, abraçando-a.

— Eu te amo. — Ela sussurra em seu ouvido, enquanto a abraça na calçada.

— Eu também. — Carol diz, abraçando-a forte.

A jovem entra no carro e informa ao taxista seu destino, mas antes que o carro dê partida, ela murmura à sua mãe:

— Se ele der qualquer notícia, a senhora...

— Não se preocupe com isso. — Janine lhe diz, soprando-lhe um beijo.

O carro avança lentamente e Carol registra uma última visão de sua mãe, atrás de si.

...

Poucas horas depois, o taxista faz uma breve pausa em um posto de abastecimento próximo à Atlanta.

Ao estacionar o carro, o taxista informa à Carol que precisa ir ao banheiro, e entrega as chaves ao atendente do lugar.

A jovem aproveita a deixa para comprar algum lanche na loja de conveniência do posto de abastecimento.

Caminha distraidamente até a fila para a lanchonete dos fast-foods, e mal nota a voz familiar que lhe chama, perplexa:

— Carol Dixon?

A jovem paralisa seus pés no chão e arregala os olhos para o homem à sua frente.

— Não acredito. — Ela diz, com sarcasmo. — Axel?


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Notas finais do capítulo

Olhe só, pouco mais de uma hora para as 23:59! Oh my God!
HAUHAUAAUHA. Mas aí está. Comentem e me façam uma vez mais feliz! Amo vocês, os comentários estão me fazendo contente o dia todo! Até amanhã.