Não consigo deixar de te amar. escrita por Natalie


Capítulo 29
Accidentally In Love.


Notas iniciais do capítulo

Mais uma vezinha deixarei a música que desejo que escutem. Espero que gostem. Amo vocês.
https://www.youtube.com/watch?v=EQJuyIT7FLA

— Melissa Janine Dixon... — Ele dissera, e eu senti como se a lembrança me sufocasse por dentro...



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O fruto do nosso amor...

A ‘Pequena Bravinha’ como Daryl a chamara, fora levada até a residência dos Dixon; o caipira passara a criança para os braços de Carol, e ela, emocionada, beijara-lhe e abraçara-lhe o rostinho com toda a calma e a ternura de uma mãe.

Daryl mal podia conter sua fúria ao imaginar o que um pai ou uma mãe tinham no lugar do cérebro para deixar uma criança ali, àquela hora. Abandonar uma menininha que certamente estaria morrendo de fome, prestes a morrer? Essa era uma das coisas mais cruéis que um ser humano poderia fazer.

A Pequena Bravinha não tinha culpa de nada, Daryl presumia em sua consciência.

#

De maneira nenhuma Carol conseguira achar algum estabelecimento que fornecesse alimento para a pequena menina àquela hora da madrugada.

Ao chegarem em casa, tentou de tudo para fazer com que a Bravinha dormisse algumas horas até o amanhecer; mas não tivera sucesso, é claro.

Daryl se esquecera momentaneamente da perda de Joseph, tratando de ajudar Carol a cuidar do bem-estar da menina.

...

Eram pouco mais de quatro horas da manhã, quando a menina finalmente desistira de chorar e adormecera nos braços de Daryl, que havia tentado cantar para a menina; fora a coisa mais tocante que o caipira dera-se ao trabalho de realizar na tênue presença de Carol, que observava, sorrindo.

Ao colocarem-na na cama de casal, ficaram ali, observando-a; sua respiração inquieta, o rosto virado em direção à lua que banhava sua face inocente, tirando o fôlego de ambos.

Com as mãos entrelaçadas nas dele, Carol sorriu orgulhosamente para o caipira.

— Bom trabalho, Daryl. — Ela sussurrou.

Ele sorri fracamente para ela, mas mostrando-lhe o quanto estava feliz com aquele olhar.

Era uma mudança drástica, comparado aos olhares que Carol lhe lançava sempre antes da separação. O olhar de ressentimento, de saudade; de preocupação, quando o caipira chegava em casa já tarde da noite, por vezes bêbado, e se trancava no banheiro, saindo quando lhe desse vontade.

— Obrigado, Carol. — Ele sussurra, sua voz já novamente rouca. — Por hoje. Você foi incrível.

Ele a abraça, e Carol chora em silêncio, escondendo seu rosto no peito de Daryl, que faz o mesmo.

Ali, abraçados no velho quarto com a Pequena Bravinha sob vigília, Daryl e Carol sentiam-se agora preocupados com a surpresa que a noite os trouxera.

Agora tinham uma responsabilidade nas mãos. Uma enorme responsabilidade.

#

Os dias que sucederam ao encontro com Bravinha foram extremamente estressantes; obviamente, os Dixon foram até o departamento de polícia, informando ao desagradável sr. Turner onde exatamente tinham encontrado a caixa de papelão com a menina.

A ocorrência havia sido anotada friamente pelo homem, que dissera a eles que o caso seria avaliado na justiça.

O casal ficara com a criança por mais alguns dias, antes que a levassem para um abrigo provisório que a justiça havia sugerido, já que não foram encontrados os pais ou responsáveis pela criança.

Carol desistira de voltar à faculdade por alguns meses; a jovem não conseguiria nem se quisesse se concentrar em outra coisa que não fosse Daryl e a pequena menina que fora levada para longe.

Sentiam uma vontade irrefreável de adotá-la; a menina havia se tornado parte dos dois nos poucos dias que tiveram sua presença na casa.

Até mesmo Daryl Dixon se emocionara ao ver Bravinha sendo levada no último dia; ela lhe trazia um conforto esquisito. Seus brilhantes olhos azuis tinham a pureza, a ingenuidade e a inocência mais adorável que Daryl já vira um dia.

#

A felicidade fora contagiante para Daryl e Carol, quando à muito custo, Bravinha voltou à sua antiga — e verdadeira — residência.

O processo que levara para conseguirem a tutela da menina fora quase impossível. Daryl tivera de justificar seu passado de passagem pela delegacia, e Carol o ajudou bastante.

A avidez de Carol para ter a doce menina novamente em seus braços era infinita; se apegara muito à ela, e tinha certeza que Daryl também a enxergava como uma filha.

A magnífica Pequena Bravinha.

#

Daryl acabara por encontrar um emprego melhor que anterior, e o dinheiro que recebia, servia para suprir as necessidades de sua nova filha...

Daryl surpreendeu-se em não assustar-se com a palavra. Sua nova realidade.

Uma filha com Carol.

O que diabos importava se era biológica ou não?

Carol estava feliz; ele estava feliz; e certamente sua pequena também estava.

Daryl Dixon estava acidentalmente apaixonado pela sua menina. Ela seria dele e de Carol, nem que precisassem sequestrá-la.

...

— Escolha o nome. — Ele dissera para Carol.

Carol fora pega de surpresa; era certo que ela sugerira alguns nomes determinados, mas esperava que Daryl desse sua opinião.

— Eu quero que você escolha. — Ele a encorajou, sorrindo.

— Melissa. — Ela disse, simplesmente. — Melissa Dixon.

Daryl admira a escolha da amada, mas balança a cabeça, argumentando.

— Melissa Janine Dixon.

Carol o encara atordoada, o sorriso sumindo e seus lábios lentamente.

Ela não trocara nem uma palavra com a mãe havia muito tempo, e sentia-se desconfortável ao tocar no assunto.

— Confie em mim. — Ele disse, beijando-lhe os lábios com delicadeza, depois a cabeça da menina, que dormia nos braços de Carol.

— Melissa Janine Dixon. — Ela sorri, mas seus olhos ainda permanecem tristes.

#

Um mês depois...

...

Está na hora, Daryl. — Carol o chama, apreensiva.

Daryl estava com Melissa em seus braços, caminhando para a porta onde Carol o esperava.

A grande visita à casa de Janine, que à muito Carol não via, colocaria um fim no desentendimento que parecia uma tortura tanto para ela, tanto para ele.

A ideia de levar Melissa para visitar sua avó fora completamente de Daryl; o homem estava a fim de resolver de uma vez por todas toda aquela situação.

Quem sabe o que a bruxa velha pode fazer? — Daryl pensara. — O melhor que pode acontecer é ela começar a chorar e aceitar Carol novamente.

O fato de que Melissa Dixon era irresistivelmente adorável e que derretia corações era certo, e o caipira tinha esperança de provar que era responsável e um bom homem para Carol, fazendo Janine aprovar tudo aquilo.

...

Ao bater nervosamente na porta, Carol tinha suas mãos trêmulas agarradas ao braço de Daryl.

— Fique calma, Carol. — Daryl disse com ternura para ela.

A segurança em seus olhos confortou Carol no mesmo minuto que a porta se abria.

Os olhos de Janine se iluminaram apenas por um milésimo de segundo ao ver Carol, mas com a mesma rapidez que aparecera, sumira, dando lugar à hostilidade.

— Pois não? — Ela disse, finalmente.

— Mãe... — Carol engole em seco. — Eu... nós, queremos resolver as coisas...

Carol mal consegue continuar, devido à sua voz que já a entrega; seu nervosismo não incomoda Daryl.

— Sei que me acha um irresponsável, que não sou bom o suficiente para ela, e que a decepcionarei novamente. — Daryl assume a voz, falando diretamente com Janine em um tom firme. — Carol me mudou. A separação me mudou. Melissa me mudou, e eu não sou idiota para deixá-las. Sou um homem de honra, e a perdoo, mesmo tendo mentido para mim sobre Carol, e vise versa. Então se você for uma mulher inteligente, vai largar essa implicância idiota, e vai aceitar sua filha de volta.

Janine os encara pelo que parece uma eternidade, e por fim diz:

— Quem é Melissa?

Daryl estende a criança para seus braços, cuidadoso, enquanto Janine a segura, confusa.

— Melissa Janine Dixon. — Carol declara. — Ela recebeu seu nome, mamãe.

Janine surpreendentemente começa a chorar na frente dos dois, inesperada e descontroladamente; a revelação sem dúvidas a deixara sem reação. Seus olhos admiram o rosto calmo e sereno da criança.

— Quando foi que isso...? — Ela diz, entre soluços. — Carol, você...?

— É uma longa história. — Carol sorri para a mãe, se permitindo ter esperança.

Janine devolve a criança para os braços do pai e enxuga as lágrimas que teimam em cair.

— Entrem. — Ela os convida.

Daryl e Carol trocam um olhar significativo, e acompanham Janine pela sala.

Havia muito tempo que estivera ali, e as lembranças que lhe invadiram não foram tão boas quanto esperava. Acreditava que agora tudo seria diferente.

Daryl senta-se no grande sofá de Janine, sendo acompanhado por Carol, que não se separara dele um só minuto, as unhas arranhando nervosamente a pele do caipira.

Janine se senta em uma poltrona de frente ao sofá, as mãos trêmulas.

— Peço que me perdoem. — Sua voz falha, e ela respira fundo antes de continuar. — Me perdoe, Dixon, por tudo. Por ter mentido e trapaceado, te mantendo longe. — As lágrimas voltam novamente, fazendo-a estremecer com os soluços. — A felicidade da Carol é você, e eu deveria já saber disso.

O caipira esperava exatamente aquele tipo de reação, mas não esperava o toque firme de suas mãos em seus ombros. Janine manteve sua mão ali pelo tempo que foi necessário, e Carol começou a chorar baixinho copiosamente, ao seu lado.

— Carol. — Janine se vira para Carol. — Me perdoe, querida. Por tudo... Eu... fui uma idiota em te fazer passar por tudo isso... — Janine para de falar devido às lágrimas e ao descontrole, e Carol a abraça.

Daryl as observa, sentindo-se leve de repente, como se um peso enorme tivesse sido removido de seus ombros.

Era importante para o amor de sua vida ficar com Janine, e ele faria o possível e o impossível para fazê-la feliz todos os dias.

Afinal, não era isso que ele dissera em seus votos do casamento?

Ele sorri.

— Vão ficar chorando até que horas? — Ele pergunta.

Carol ri e troca um olhar significativo com Janine.

Vai começar tudo de novo! — Janine sorri.

Ambas riem e Janine segura novamente Melissa nos braços, apreciando a nova neta.

— Ela é inacreditável. — Janine sussurra, perdida em amor.

— Nós sabemos disso. — Daryl entrelaça suas mãos nas de Carol, apertando-a forte.

Seu olhar para a esposa era de que tudo ficaria bem.

E Carol acreditava nisso, sem dúvidas.


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Notas finais do capítulo

Esse ficou grande, em? OMG!
Aí, gente. Eu estou muito insegura quanto à este capítulo. Já sei o que farei no gran finale de amanhã, mas o de hoje... não tenho certeza. Eu queria de todo o coração não postar o final desta fanfiction. Estou mais insegura do que nunca. Espero que gostem, de verdade. Amo vocês, deixem sua opinião sincera. :/