Não consigo deixar de te amar. escrita por Natalie


Capítulo 26
Way Back Into Love.


Notas iniciais do capítulo

Carol havia beijado outros lábios...



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Daryl Dixon respirava com dificuldade, sua cabeça estava girando; suas mãos trêmulas estavam inertes sob a grama.

O campus tinha um ar puro, limpo; mas ainda sim, o caipira sofria para respirar normalmente.

Carol havia beijado outros lábios.

O maldito — seja lá quem fosse — merecia muito mais do que aquilo, porém a dor emocional que abatera Daryl ali, naquele instante, era maior do que qualquer vingança estúpida.

Sua doce Dixon parecia assustada quando chegara, mas o caipira mal teve tempo para processar qualquer coisa.

Preso no passado traumático, simplesmente não conseguia seguir em frente; seu medo de ser abandonado, traído, machucado novamente era forte demais.

Com o modo e o ambiente em que fora criado, cheio de brigas, discussões e violência, ele pensara que só poderia achar um alguém para dormir com ele à noite, e no outro dia agir como se nada houvesse acontecido; uma simples transa, mais nada.

Com Carol, parecia ser diferente, realmente.

Ela era a luz que viera para mostrar que todos mereciam ser felizes e amados, independente de tudo.

Ele queria ir embora, fugir dos problemas, esquecer o acontecido e esperar por Carol na velha casa, mas sabia que não podia ir embora daquele lugar sem receber uma explicação por parte da amada.

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Carol sabia que ele estava lá fora; a outra metade de sua alma estava por perto, ela podia sentir.

As pessoas passavam por ela, e a mesma via tudo em câmera lenta; os últimos acontecimentos foram desordenados demais.

Carol não sabia o que Daryl estava pensando, que conclusões chegara. Porém, sabia que devia deixar as coisas claras, pondo fim àquela tormenta.

Precisava achar o caminho de volta para o seu amor.

Ed não havia estragado o que eles tinham; jamais poderia estragar.

Nem Ed nem ninguém.

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Quando eu achava que não suportaria ficar mais ali com a angústia e maldita dúvida me queimando como brasa, sinto seu inconfundível toque sob meus ombros, hesitante.

Me viro em sua direção, respirando fundo ao encarar seus olhos.

Carol estava tão assustada quanto eu, a julgar por sua expressão perturbada.

— Daryl, eu... — Ela começa, parando, hesitante, temendo ser interrompida. — Eu juro por Deus... Não tive nada a ver com...

— Ele machucou você? — O caipira pergunta, simplesmente. Sua voz não está zangada, apenas preocupada.

Suas mãos examinam cada traço dos braços, pescoço e rosto de Carol, procurando qualquer hematoma.

Nada de traumas físicos, apenas sentimentais.

— Obrigada por chegar naquele momento... Eu não sei o que poderia ter acontecido se... — Seus olhos estão transbordando agora; as lágrimas que ela lutara para não derramar na frente dele, fluíam livremente, banhando seu rosto.

— Você devia ter me contado! — O caipira explode, a voz cortante.

— Eu achei que ele me deixaria em paz! Não tive culpa se ele... — Ela é interrompida pelo choque de ver Daryl tremendo de fúria.

Ele estava com um sorriso esquisito nos lábios; um ar possessivo, ciumento, rancoroso.

Carol nunca havia o visto daquela maneira.

— Qual o nome do desgraçado? — Daryl pergunta, andando de um lado para o outro. Carol nota que os estudantes estavam começando a observá-los, ali.

— Ed. — Ela respira fundo. — Ed Peletier.

— Eu o mato. Juro por Deus. Eu o mato! — sussurrou, desesperado, se aproximando de Carol, querendo confortá-la, agora que enxergara a gravidade da situação, se amaldiçoando por ter julgado seu grande amor.

À essa altura, muitos dos universitários já deviam estar sabendo, e Carol não deixaria que Daryl entrasse em problemas novamente.

— Não faça nada, por favor. — Ao ver que o caipira não lhe dava muita atenção, olhando ao redor a procura de algo, decidiu mudar o rumo da conversa. — Eu li a carta, Daryl.

Aquilo faz com que Daryl se feche, encolhendo-se ao lado dela.

— Eu deveria ter lido para você, mas... — O caipira parece envergonhado.

— Daryl, você é tão cabeça-de-vento! — Ela o abraça forte, se jogando em seus braços, aliviando um pouco do peso e do aperto em seu coração.

Daryl retribui, sem jeito, mas apreciando o momento, urrando de felicidade por dentro, ao ver que tudo ficaria bem.

— É, porra, talvez eu seja. Deve ser por isso que eu não consigo deixar de te amar. — Ele sussurra em seu ouvido.

Carol ri, e pisa com toda sua força — que não era muita — no pé esquerdo de Daryl, fingindo estar ofendida.

— Eu te amo demais, caipira, e nunca seria capaz de te deixar novamente. — Carol diz, agora séria.

— Eu te amo, mulher. Nunca duvide disso.


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Notas finais do capítulo

Daryl, você é tão cabeça de vento, homem!
HUAHAUHAUHAUAHA. Espero que tenham gostado! Estamos próximos do fim! Oh my God! Comentem, favoritem! ♥ Amo vocês! Obrigada por me fazerem feliz!!!