As mãos do caipira pousavam na cintura fina de Carol, seus lábios devorando o pescoço da amada. Havia muito tempo que queria novamente senti-la sobre si.

Trazendo a sensualidade de volta...

Carol ofegava com os beijos desesperados e famintos de Daryl. Sentia muitas saudades, e cada minuto longe dele era apagado de sua mente, conforme o caipira a tomava nos braços.

O desejo nele era evidente, e a jovem se sentia uma adolescente novamente. Era claro que Daryl estava soltando faíscas pela reconciliação, pela escolha dela.

O destino os juntaria sempre, e ela duvidava que algum dia pudessem viver longe dessa paixão que jamais se apagava.

#

Sua boca tinha marcas desenhadas em meu corpo, um fogo fumegante que invadia até a alma.

Minha calma se fora à muito tempo. Até mesmo seus abraços cheios de desejo, me tiravam do chão. Suas mãos me acariciavam, e eu já não lembrava e não via mais nada, que não fosse a essência dela sob meu corpo.

A luz fora apagada, a porta, fechada, e o escuro da casa parecia fluir a força do amor em frases e sussurros.

Nossos corpos suados de tanto anseio e vontade me deixavam fora de órbita.

Porra, mulher. O quê você faz comigo?

Me enrosco em teus cabelos, me afogo em teus beijos, me sinto teu dono novamente.

Um animal feroz, em busca da preza; que morde, fere, ataca e agarra com firmeza; é assim que eu a amo, é assim que eu sempre iria amá-la.

Se for pra sentir o amor, que seja do jeito certo.

É ela que deitaria comigo na cama para todo o sempre, e que acordaria ao meu lado.

Carol é aquela que acende meu fogo, que mantém essa chama....

Será que eu preciso gritar que te amo, porra?

É você que eu amo, é você que eu quero, Dixon. Eu digo para ela, enquanto exploro seu corpo. Te dou minha vida.

Ela sorri para mim e morde minha orelha, me deixando em êxtase.

Um louco alucinado meio inconsequente? Talvez. Mas tudo o que eu queria era ela para mim até o meu último suspiro.

Sem Carol Dixon não havia felicidade.

#

A solidão dá espaço ao amor que estava ausente.

Eu senti muito a falta do meu Dixon, do meu caipira.

A vida que escolhi, era melhor do que todos esses anos que vivi à mercê da vontade de todos.

Eu queria Daryl Dixon para sempre, e eu o teria.

Acho especial tudo nele; seu jeito inocentemente caipira de ser, a confusão de sentimentos e o modo como lida comigo. Daryl é o homem certo para mim, e sempre será.

#

Daryl e Carol Dixon estavam abraçados, deitados na poltrona puída, com o coração ainda acelerado, após se amarem tão desesperadamente; o caipira a tinha sob seus braços novamente, e isso era tudo o que importava.

Senti sua falta. Seu rosto se levanta, e beija seus lábios.

Daryl corresponde apaixonadamente.

Eu também. Daryl suspira, abraçando-a forte. Senti muito sua falta...

Você nem faz ideia.

#

A abstinência de se sentirem juntos novamente, de se sentirem novamente casados, os faz ficar em carinhos e mimos durante todo o dia.

Carol reprova Daryl pelo estado em que a casa se encontra, e o caipira ruboriza, envergonhado.

Pare de me olhar assim! Ela reclama, ao ver a expressão de vergonha em seus olhos, e ri. Eu juro! Não tem problema!

Daryl se fecha ainda mais, com seu rosto cada vez mais vermelho, enquanto Carol ri e o abraça.

Desculpe. Eu não via motivos para arrum... Seus lábios são esmagados pelos dela, que sussurra para ele:

Não se preocupe. Ela fecha os olhos e inspira seu perfume.

Carol... Ele começa. O que será de nós daqui pra frente?

Ela reflete sobre a pergunta, tantas vezes já feita.

Não sei... Mas está bom assim do jeito que está, não é verdade?

O caipira não responde, e evita olhá-la nos olhos.

Você não está feliz? Ela insiste.

Claro que estou. Ele responde, sério. Mas a sua faculdade...

O caipira deixa a frase morrer, e mais uma vez a realidade os tira do mundo da fantasia.

Nenhum dos dois sabia ao certo o que seria do futuro, mas enquanto permanecessem juntos, tudo daria certo, independente das dificuldades que viessem.