Não consigo deixar de te amar. escrita por Natalie


Capítulo 18
Say Something.


Notas iniciais do capítulo

Eu te seguiria para qualquer lugar...



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Daryl Dixon encara a figura à sua frente. Não conseguia identificar nenhuma emoção em seu rosto.

Carol o observava, e ele imaginou que estava esperando respostas.

— Eu... — Ele começa, e Carol levanta as sobrancelhas, esperando.

Parecia que todas as vezes que Daryl começava a falar, seu coração se acumulava de esperança; como se esperasse alguma coisa dele. Algo que a mesma vinha esperando à muito.

Nós dois parados aqui, há muitas coisas que eu queria dizer...

Eu sempre a amarei... Eu nunca a deixaria sozinha...

Carol, eu... Perdi a cabeça... — Ele começa. — Mas aquele maldito... Mereceu... e...

— Eu já sei de tudo. — Carol interrompe. — Turner me deixou a par de tudo.

Fez-se um silêncio desconfortável entre os dois.

— Me perdoa... — Foi só o que sua voz conseguiu dizer, antes de falhar.

Os olhos de Carol estavam cheios de lágrimas, e ela mesma não sabia o por quê.

Bem ali, com as grades da terrível cela os separando, ela não se enxergava com uma vida feliz. Não se enxergava feliz sem ele.

— Será que eles não podem abrir a droga dessa cela? — Inesperadamente a voz doce de Carol se eleva.

O caipira fica surpreso, chocado.

Carol nunca se manifestava com palavras profanas, mas essa era uma exceção. Uma exceção única, a qual ela não se importou nenhum pouco com sua grosseria para o delegado.

O delegado se arrastava pelos corredores, nenhum pouco a fim de estar ali.

— Lamento, mas não é permitido. — Ele lhe diz, tedioso. — Em geral, é perigoso para o visitante.

— Ele é o meu marido, pelo amor de Deus! — Carol se manifesta.

Daryl fez uma careta. Aquilo não era real.

Sua mente deveria ter adormecido, e aquilo deveria com toda certeza ser um sonho. Porém, se fosse mesmo, estava a fim de se torturar um pouco mais, observando Carol.

— Na ficha, vocês estão divorciados... — O delegado se interrompe, ao olhar hostil de Carol sob ele.

— Tudo bem. — Ele resmunga, mal humorado. — Mas só por dez minutos, no máximo, senhorita Edwards.

Ao abrir as grades, Carol entra para dentro do pequeno espaço, e novamente a cela é fechada atrás de si.

O caipira imediatamente se levanta, e a abraça forte, aninhando-a em seus braços.

A sensação era maravilhosa.

E se não for um sonho?

— Você é um cabeça-de-vento. — Ela sussurra em seu ouvido.

O caipira não sorri, está envergonhado demais.

— Me perdoa por isto... — Ele indica para a cela em si. — Eu não queria que...

— Sorria para mim. — Ela interrompe sua fala.

O caipira não entende muito bem o que está acontecendo com sua amada, mas obedece, com o sorriso fraco, porém sincero.

— Eu vou engolir meu orgulho. — Seus olhos estão sérios agora. — Você é o homem que eu amo, e eu vou te seguir, Daryl.

Diante disso, com o calor do corpo dela sob o seu, ele tem certeza que está presente no mundo real. Carol estava ali. E sempre estaria.

Sua mãos pousam sob as bochechas dela, aproximando seus lábios mais e mais.

O coração de Daryl bate acelerado em seu peito; borboletas em seu estômago e uma sensação que só que está profundamente apaixonado é capaz de sentir, se apossa dele.

Finalmente, seus lábios tocam os dela novamente.

O beijo entre eles representava mais que amor; um amor acumulado há tempos, mas nem um pouco frio.

Apesar de ela estar nos braços dele, ele ainda não acreditava nisso, e temia que aquele sonho acabasse de novo, de modo não resolvido, como tinha acontecido tantas vezes no passado e lhe causara tanta dor e agonia.

O tempo, a duração do beijo, era o fator mais insignificante. O que eles queriam eram apagar aquele fogo dentro de si.

Carol queria decorar lembrar o cheiro e a textura do pescoço dele. Nessa hora, nenhum sentia mágoa de nada, nem de ninguém; só o que demonstravam eram as coisas boas que sentiam, a pureza do amor. As mãos e os braços dele agarravam sua cintura, seu rosto. Lembravam-se do quanto esperavam por isso, o quanto sonharam com esse momento, o momento da paz, da felicidade.

— Senti saudades. — Ele sussurra, finalizando o carinho com um beijo em sua bochecha, carinhosamente.

Daryl não percebera, mas lágrimas banhavam o rosto de Carol; a emoção fora muito forte para ela. Partia-lhe o coração vê-la chorar, por qualquer motivo que fosse.

Daryl não queria perdê-la; sem ela, nunca teria conseguido vencer seu passado.

— Eu vou engolir meu orgulho. Você é a mulher que eu amo. — Ele repete suas palavras, mergulhando seu rosto no pescoço da Dixon, sentindo seu aroma.

Os dedos dela acariciavam seus cabelos, fazendo com que o caipira derretesse de amor e carinho.

Nunca, em um milhão de anos, outra mulher o faria se sentir tão completo.

#

— Carol Edwards, por favor, o tempo está esgotado. — O delegado a chama.

— Pode tirá-lo também, pagarei a indenização. — Ela lhe responde.

O delegado não fica nenhum pouco surpreso, já estava contando que a mulher assumisse a responsabilidade de libertar o caipira.

— Carol... — Ele protesta.

— Você disse que ia esquecer seu orgulho. — Ela encerra a discussão, puxando-o para longe da cela claustrofóbica.

O caipira apenas assente, derrotado, porém aliviado. Era contra seus princípios que Carol usasse seu próprio dinheiro para livrá-lo de uma coisa estúpida, mas ele já não considerava a possibilidade de deixá-la longe dele por mais nenhum segundo.


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Notas finais do capítulo

Nossa, esse foi o capítulo que mais me dera borboletas no estômago para escrevê-lo. Espero que gostem! Beijos! ♥