Não consigo deixar de te amar. escrita por Natalie


Capítulo 10
Hoje a noite não tem luar.


Notas iniciais do capítulo

"O mundo pertence a nós!"...
E hoje a noite não tem luar

P.S: Nem sempre a música ficará clara nos capítulos, mas algumas palavras chave da música eu sempre colocarei, para que tudo esteja dentro dos padrões.



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— Pessoal, recebi uma ligação muito importante hoje, direto da Emory University. — Brian Blake anuncia aos operários que tomavam o café da manhã na mesa principal. — Haverá um show beneficente, e precisam de nós para o carregamento dos instrumentos e da montagem de palco.

Os homens concordam com a cabeça, e dizem em uníssono para Blake um ‘Sim, senhor!’.

...

Daryl chega cinco minutos após o aviso, e senta-se em um canto isolado.

— Tá com a gente nessa, Dixon? — Jeremy pergunta ao recém-chegado.

— Nessa o quê? — O caipira responde, mal humorado.

— Quem chega atrasado não recebe os avisos. — O outro homem, Joe Adams, o ridiculariza.

— Tô pouco me fodendo pra avisos. — O Dixon rebate.

O clima na mesa principal fica tenso, mas todos seguem com o café da manhã, normalmente.

Após alimentados, todos partem para suas obrigações. Daryl se demora um pouco mais do que o necessário, e Jeremy vem ao seu encontro.

Jeremy era um dos poucos homens que Daryl percebera que vai trabalhar todos os dias de bom humor, e ele apreciava isso.

— Teremos um trabalho fora daqui, desta vez. — Ele começa. — Cortesia da Emory University.

— Deixa eu adivinhar, teremos de transportar instrumentos caros? — O caipira pergunta, surpreso.

— Exato. Partiremos amanhã. — Jeremy se levanta. — Avise sua mulher e seus filhos! — Jeremy parte, dando tapinhas no ombro direito de Daryl, sorrindo.

O Dixon nada responde, apenas suspira, melancólico.

Que mulher? Que filhos?

Já não tenho mais nada.

#

Celebration Emory University.

Todos os alunos tinham uma expectativa eufórica para o show. Até mesmo os professores haviam relevado nos deveres para o fim de semana.

Carol Edwards se via obrigada a ir, para não correr maiores perigos sozinha na universidade.

No fim das contas não seria o fim do mundo; ela estaria rodeada de pessoas extrovertidas, muita música e bebidas...

Talvez seja interessante...

O incidente com Ed já não a incomodava tanto quanto nos primeiros dias após o trauma; ela se sentia confiante de que ele não a perturbaria mais.

Ligara para sua mãe algumas vezes, mas só para avisar que estava bem, e como sempre, perguntara de Daryl.

Ela sabia que aquele casamento fora uma estrada sem volta, e que jamais se livraria daquela saudade torturante.

Então, o que ela tinha a perder buscando sua única fonte de informações?

Janine não lhe dava muitos detalhes, apenas que não havia recebido nada do carteiro, como sempre.

Parecia até que Carol estava quase se acostumando com a falta de notícias; Daryl Dixon havia sumido no mundo, sem olhar para trás.

...

No banheiro ao lado do laboratório de ciências, Carol encarou seu reflexo no espelho; ela havia começado a reestabelecer seu peso de antes da separação, porém, estava visivelmente magra.

Seus olhos possuíam olheiras profundas que ela não se dava ao trabalho de cobrir com maquiagem, e seus cabelos castanho escuro mantinham o brilho e maciez que ela sempre conservara.

#

— Certo, rapazes. Vamos. — Brian Blake os avisou.

O grupo de dez homens se encaminhava para a traseira do caminhão.
Por sorte, Daryl havia chegado mais cedo, desta vez.

O caipira já tomava impulso para subir ao veículo, quando a voz falsamente amigável de Brian o chama a atenção.

— Onde você vai, senhor Dixon?

Daryl o encara, confuso.

— Não estamos indo trabalhar fora? — Ele lhe responde.

Nós vamos, Dixon. — O chefe resmunga, apontando para ele e os demais operários. — Você, não.

— Porr... — Daryl começa, mas recebe um olhar de advertência. — Como assim eu não vou?

— Você, Joe e Jeremy ficarão aqui, para caso alguma carga apareça enquanto estivermos fora. — Blake sorri. — Ele está no comando.

— Mas eu pensei que... — O caipira começa, mas muda de ideia. — Ah, foda-se. Tanto faz.

Ao entrar desanimado para dentro do departamento, vê Joe se encaminhar em direção ao caminhão, lá fora.

Acha estranho o fato, já que infelizmente foram obrigados a ficarem sozinhos e juntos no fim de semana, mas não se manifesta sobre.

Ao sentar-se novamente na mesa principal de alimentação, ele se põe a observar seu local de trabalho.

Mas em que merda eu fui me meter...

Ele não suportava Blake e nenhum dos outros colegas de trabalho, com a exceção de Jeremy, que parecia decente.

Rico babaca... sorriso falso e olhares ameaçadores e intimidadores.

Palermas são os que o seguem feito um cachorro...

— Você não vai me deixar aqui com esses babacas! — Uma voz ressoa, interrompendo os devaneios de Daryl.

— Por que eu confiaria a ele a responsabilidade de um trabalho como esse? — Outra voz interrompe.

Brian Blake e Joe Adams.

Daryl podia facilmente compreender que Joe só recebera a notícia de que ia ficar no departamento neste mesmo momento.

Um sorriso cruza seus lábios.

Esses dois dias serão interessantes...

O caipira não dava a mínima para o emprego; ele sabia que podia achar outros pela cidade, então não acharia tão ruim se divertir um pouco enchendo Joe de porrada, caso fosse preciso.

Passos urgentes se aproximavam de Daryl.

— Ok, Dixon. Você vem com a gente. — Blake lhe dirige a palavra, pouco à vontade.

Novamente, Daryl se confunde.

— Mas eu não ia fic... — Ele protesta.

— Sem mais conversas. Todos já estão no caminhão. — Brian se afasta, e olhando para trás, rosna. — Agora! Pode ser?

Ao subir no caminhão, Daryl nota que Jeremy já o espera próximo à porta, e Joe se aproxima lentamente, provavelmente se preparando para subir também.

O pensamentos do caipira estão desordenados; ele não entende o por quê da súbita mudança de planos.

Dane-se.

Cada um é manipulado da forma que merece. — O Dixon pena, olhando para o nada.

#

Faixas coloridas de "O mundo pertence a nós!" estavam sendo colocadas por toda a universidade.

Carol já estava pronta, vestida de maneira simples, com um macacão branco e sandálias confortáveis.

Ela não via motivos para passar três horas se aprontando, como as garotas mais novas faziam.

Por volta das seis da tarde; notava-se que essa seria uma noite sem luar. Ela se dirigiu ao ônibus que levariam os outros estudantes não-formandos.

Sentou-se em um dos poucos conjuntos de poltronas vazios, e não demorou muito até uma estudante ter de ocupar a poltrona ao lado de Carol.

Ela parecia ter no mínimo vinte e cinco anos; Era estranho para Carol não ter notado alguém tão próxima à sua idade antes; normalmente, a maioria dos estudantes de todo o campus, tinha no máximo vinte e três anos.

— Olá! — Ela sorri, meiga.

— Olá! — Carol sorri, igualmente. — Você é...?

— Oh, me chamo Andrea White. — Ela estende a mão. — E você?

— Carol Edwards. — Carol aperta as delicadas mãos da loura.

O coração da Edwards estava ligeiramente acelerado com a nova colega.

Uma agradável companhia faz toda a diferença. — Carol pensa, lembrando-se de Gareth.


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Notas finais do capítulo

Cada dia eu tenho mais esperança que conseguirei cumprir com os 30 capítulos do desafio. Torço muito muito muito para que dê certo.
Lembrem-se: Só escrevo porque sei que vocês estão aí, lendo.
Enquanto houver pelo menos um comentário por capítulo, estarei firme e forte na realização dessa história.
EU AMO VOCÊS!
Até vocês, leitores fantasmas!