Alvo Potter e o Jardim Maravilhoso escrita por Yomika


Capítulo 3
Os Licaster


Notas iniciais do capítulo

※ No capítulo anterior… Isobel é uma bruxa. Integra Waldorf também e adotou a garota a afim de introduzi-la ao mundo da magia. Como será a casa da excêntrica feiticeira? Terá ela outros filhos ou parentes?

※ Espero que gostem desse capítulo! YO!



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Música tema: Integra Waldorf

 

Isobel e Integra Waldorf saíram pela porta da frente do orfanato.

 

A garota sentia que talvez a senhorita Harrison pudesse estar de alguma forma hipnotizada, porque sustentava uma feição debilóide, dando “adeuzinhos”.

A limusine negra da Waldorf dava a impressão de ser muito maior dentro do que fora, a menina pegou-se imaginando. O motorista não apareceu para abrir as portas, que se abriram sozinhas. A mulher sentou-se em um compartimento mais a frente, deixando a menina a sós nos espaçosos bancos de trás. Isobel deu uma última olhada para o orfanato de Yellowgrape, sentindo-se excitada pelo passado que abandonava e pelo futuro que a aguardava. Pensou na coruja, no fogo da lareira monstro, na demonstração de poder da Madame Waldorf. A magia realmente existia. Isobel era uma bruxa, iria estudar bruxaria em uma escola. Sua vida ia ser repleta de coisas impressionantes, misteriosas e interessantes.

Isobel riu-se do medo que sentira antes da tal Waldorf, agora tudo parecia ridículo. Claro, ela não poderia entender e tinha medo. A mulher era uma bruxa, e ela também, agora não havia do que ter medo. Tudo se encaixava. Pensou na cara de Georgina se soubesse disso. Mas ela nunca saberia. E Isobel nunca voltaria para falar. Charlotte, senhorita Harrison, os professores, todos ficariam para trás. Ela iniciaria uma nova vida. Sorriu para a noite que passava pela janela do carro enquanto passavam pelas ruas. O céu era escuro, a lua brilhante corria acompanhando a velocidade da limusine. “Tudo parecia ser mais fascinante durante a noite”.

O motorista da Limusine deveria ser realmente muito habilidoso. Em um trânsito particularmente desesperador do centro da cidade, ele encontrava brechas e em poucos minutos tomava a dianteira dos carros sem esforço. Além disso, quando dobravam esquinas, Isobel poderia jurar que haviam guinado para uma esquiva de, porém, outro condado da Inglaterra.

A medida que os arranha-céus ficavam mais concentrados e as luzes da cidade foram ofuscando as estrelas do interior, Isobel teve certeza que tinham atravessado o país em menos de meia hora. Isso em absoluto tinha o dedo (ou a vara) de Integra Waldorf. E mais alguns minutos, Isobel notou, eles adentraram uma região afastada do centro de seja lá qual cidade eles estavam. Passaram por ruas cada vez mais ermas e solitárias. Começaram a andar mais lentamente entre casas pequeninas, obscurecidas pela pouca luz, até chegarem a borda de uma cerca longa e alta, floreada de circunvoluções elegantes. Atrás dela, um jardim imenso, cheio de arbustos altos o suficiente para mostrar a ponta da mansão que ficava provavelmente metros adentro do jardim. Fazia um silêncio sepulcral.

A limusine parou de repente e a porta do carro se abriu para Isobel, sem sequer a menina tocar na maçaneta. Ela notou, finalmente, que um par de luvas flutuantes e sem mãos havia feito o trabalho o tempo todo. Observou também que as mesmas luvas estavam dirigindo o automóvel e sentiu-se extremamente tentada de perguntar se tinha alguém invisível vestindo apenas aquelas luvas brancas. Integra já estava fora do carro. Ela meramente olhou para o portão da cerca alta, que abriu-se, com um rangido nada convidativo. As duas cruzaram o jardim escuro, seguindo uma trilha que circunvolvia os arbustos altos, como um labirinto.

Durante o caminho, Isobel constatou a mudança na qualidade das flores que cresciam entre os arbustos bem podados. No início da caminhada, encontrou orquídeas brancas que brilhavam em luz radiante e forte, que fazia de repente a noite parecer dia. Na metade do caminho, notou a cor das orquídeas mudar para vermelho escarlate. Emanavam um brilho morno, ambientando um pôr-do-sol particular. Isobel já deparava-se com a mansão poucos metros a sua frente quando notou orquídeas negras e desprovidas de luz, que enfeitavam um chafariz grande e charmoso.

A imensa mansão da mulher colocava Yellowgrape no chinelo. Um casarão branco-gótico se estendia em largura mais que altura, ocupando praticamente todo o terreno ermo. Deveria ter uns 3 andares, que eram tão longevos quanto o térreo. Havia muitas janelas na fachada da mansão, todas longas e pontudas, com um padrão arquitetônico de no mínimo três séculos anteriores. Uma escadaria ladeada por duas gárgulas mal-encaradas levava ao portão enorme de mogno talhado de detalhes. A Waldorf postou-se em frente a escada e para a surpresa de Isobel, os olhos de ambas gárgulas brilharam fantasmagoricamente em vermelho e elas viraram a cabeça. Uma encarou Waldorf, outra a Isobel, que não deixou de sentir um arrepio na espinha.

Não havia dúvida para a significação do olhar da gárgula da direita. Ela perguntava sem falar quem era a intrusa.

— Sou Integra Scarlett Waldorf, filha de Píramo Viridium Licaster. Esta é Isobel Cibelle Waldorf, neta de Píramo Viridium Licaster.

Isobel esperava que a estátua balançasse a cabeça, dissesse “Sim”, fizesse um sinal de O.K com o polegar, ou ao menos piscasse... Mas ela continuou fitando a menina. A Waldorf, porém, com certeza deveria ter conseguido perceber alguma reação da estátua, por que fez um sinal para a menina a seguisse enquanto subia a escada. Novamente a porta se abriu sem a mulher tocasse. Na verdade Isobel perguntava-se se a mão da mulher não tinha algum tipo de alergia a contato ou iria um dia desses necrosar por desuso.

A Wadorf, hesitou antes de entrar na casa. Voltou-se novamente às estátuas e disse:

— Drielson Ulli Derwent, marido de Elisia Azura Licaster, Nelson Ulli Derwent, neto de Píramo Viridium Licaster e Juliana Saija Licaster virão visitar Integra Scarllet Waldorf, filha de Píramo Viridium Licaster. – então virou-se novamente sem esperar resposta.

Depois desse festival de nomes esquisitos, Isobel finalmente entrou na mansão. Seu queixou desprendeu-se levemente da mandíbula. Isso destoava totalmente do aspecto que a mulher vestida de negro exalava.

O corredor se estendia longa e lindamente, iluminado por enormes lustres de centenas de velas. Os pisos eram de uma cerâmica reluzente com desenhos de padrão elegante. Vasos provavelmente caríssimos descansavam em mesinhas de traços finos, neles, algumas flores grandes e estranhas pareciam saudáveis e vivazes, apesar de não verem a luz do sol. Estatuetas de um tipo de sereia macho em tamanho natural completavam a decoração. A parede era coberta por papel-de-parede de orquídeas de todas as cores requintadamente desenhadas, intervaladas por diversas portas com arcos de molde arquitetônico.

Waldorf atravessou o corredor e pediu para a menina esperar na sala de estar que ficava na primeira porta à direita, dirigindo-se para uma escadaria de mármore no fim do longo corredor.

Se o corredor era elegante, sala era ridiculamente suntuosa. Ampla e enorme, seguia-se de poltronas com a aparência mais confortável do mundo, sofás longos. Isobel escolheu o ainda mais fofo entre eles, olhou para os lados e se jogou. Estantes com quinquilharias ricas, armários altíssimos, estátuas de animais quiméricos estranhos, um relógio de pêndulo encostava-se próximo a uma lareira muito maior e mais medonha que a lareira monstro do orfanato. O jogo de velas do lustre era no mínimo três vezes mais numeroso que o do corredor, e havia um tapete avermelhado que tomava conta de todo o solo do local. Uma escadaria em caracol levava a um andar superior que sabe-se lá para onde dava. Na parede alguns quadros de familiares (Isobel assustou-se quando um soltou um bocejo caricato) dormiam despreocupadamente.

Mas o que chamava mais atenção era o papel de parede central, com o desenho enorme de um jardim de orquídeas, as quais os caules se entrelaçavam com uma certa lógica. Olhando mais de perto notou que em cima de cada flor que brotava dos caules, haviam fotos nomeadas. O desenho era intitulado mais acima como: A eternamente bela família Licaster. Após um tempinho, quando Isobel conseguiu achar o nome “Integra Scarllet Waldorf” em uma orquídea vermelha enviesada, ouviu ruídos de passos e se postou sentada de uma maneira mais respeitosa, quase derrubando um cálice que aparentava ser deveras caro.

Um homem vestido com um paletó verde floresta e um cachecol branco, pálido como sua pele, adentrou a sala, acompanhado de um garotinho e uma menina, ambos deveriam ter a idade de Isobel. Olhou ao redor até os seus olhos pousarem em Isobel. Ele fez uma expressão de delicada dúvida, depois sorriu educadamente.

— Você... Deve ser Isobel? – O homem tinha a voz aveludada e ao mesmo tempo firme. A menina fez que sim, com o olhar rígido de auto defesa. Ele aproximou-se e ofereceu a mão alva – Prazer, sou Drielson Derwent. Seu tio, para todos os efeitos – E sorriu – Esse é o meu filho e aquela é minha outra sobrinha. Integra, aí está você – Acrescentou olhando para o andar superior da sala.

Integra Waldorf postava-se no parapeito do segundo andar da sala. Fez sinal para o homem subir, sorrindo brevemente para os garotos (ignorando totalmente Isobel). Ele deu um último comprimento e seguiu para o encontro da mulher, ambos desaparecendo em uma porta do andar superior.

Os dois garotos conversavam baixinho, a menina riu-se segredante, depois ambos sentaram-se em uma poltrona próxima a Isobel.

— Nelson Derwent, prazer – O menino apertou a mão de Isobel. Ele era tão pálido quanto o pai e era um tanto gorduchinho. Tinha os cabelos negros lisos e pontudos e também vestia-se bem. Ele sorriu com simpatia comedida e depois olhou para a menina ao seu lado com significação.

— Juliana Licaster – A menina baixinha e magricela, de cabelos volumosos e muito enrolados meramente disse. Deu um sorriso automático, depois levantou-se, pegou um livro da estante (parecia saber exatamente onde ia), afundou-se no sofá e leu-o com jeito de quem não gostaria de ser interrompida. Nelson foi quem quebrou o silêncio.

— Acho que nós somos primos – disse fazendo um gesto de abrangência entre os três. Juliana, porém, pareceu concentrada no livro – fazemos parte da mesma família – e olhou para o papel-de-parede da árvore genealógica dos Licaster.

“Consegue ver meu nome ali? Nelson Ulli Derwent. Ali, mais do canto de baixo esquerdo. Viu? E aquela ali do lado é a Juju. A gente vem aqui desde criança, visitar a tia Integra. O pai da Juju é o irmão dela. Minha mãe era irmã dela também...”

Parou por um segundinho, o qual Isobel sonhou ser o fim do falatório, mas o garotinho pálido perguntou:

— Quantos anos você tem?

Onze...

— Eu também! A juju também tem onze... Isso quer dizer que vamos para Hogwarts juntos.

— Para onde?

O menino fez cara de descrença.

— Hoggy-Warts! Hogwarts! Você sabe.

— Não, não sei não – A menina irritou-se. Nelson pareceu não perceber, porque continuou com um jeito brincalhão.

— Corta essa, claro que sabe! A escola de Magia e Bruxaria que a gente vai entrar! Tia Integra ainda não te escreveu lá?

Isobel lembrou vagamente da mulher ter citado sobre uma escola e fez que sim com a cabeça.

— Legal. A gente vai estudar junto. A melhor escola do mundo, meu pai disse. Ele estudou lá, a tia Integra também, claro. Não sei como não escolheram ela para ser a diretora. Se bem que acho que ela não ia querer, ela já é a Chefa dos Inomináveis. Você sabia disso, não é?

Isobel fez que sim com a cabeça. Olhou para Juliana com inveja, que lia silenciosamente o seu livro, sem ser bombardeada de perguntas e afirmações. Quanto mais o menino falava, mas burra se sentia. Mas Nelson continuou a conversa, empolgado.

— ... E nós ainda não fomos ao Beco Diagonal fazer as compras. Papai esteve muito ocupado, eu entendo claro, a gerência do Hospital St. Mungus para Doenças e Acidentes mágicos é de muita responsabilidade. Ainda mais com – Nelson começou a sussurrar, misterioso - “você-sabe-o-que” que aconteceu “Você-sabe-onde”... – e olhou para Isobel, percebendo sua expressão de inteira dúvida.

— Não sabe? Não brinca... Pensei que, talvez, a Tia Integra pudesse ter comentado... Você é a nova filha dela, e tal...

Isobel pensou em levantar-se e ir embora, mas ponderou que não deveria fazer desfeitas em uma casa que não era sua. Se bem que, na teoria, era filha de Integra, mas não se sentia, tampouco, dona de nada. Resolveu apenas fazer que não com a cabeça, fingindo displicência.

— O roubo no ministério da Magia – Nelson começou – Só os mais importantes sabem, claro, não é Juju? — A menina virou a cabeça sem tirar os olhos do livro e fez que sim. – Recebi a notícia de primeira mão. – Continuou parecendo muito satisfeito consigo mesmo.

“Claro, ninguém sabe realmente tudo o que aconteceu, a não ser ele. Mas o Potter, como Chefe dos Aurores, deu uma declaração muito vaga, papai disse. Meio que alguém entrou na sessão de mistérios e pegou o... Ouvi o papai dizer o que era hoje de manhã, quando tia Integra veio em casa... mas é claro que eu não posso contar, informação confidencial. Mas a tia Integra estava possessa. Bem na sessão que ela chefia, debaixo do nariz de todo mundo. É muito impressionante o ladrão conseguir ainda estar foragido. Todo um exército de Luduans caçando ele e nada

— Nelson, acho que você já tá falando demais... – disse uma voz delicadamente repreendedora vindo atrás do livro.

O menino sorriu-se divertido para a Juliana.

— Ela é nossa prima!

— É – disse a menina ainda sem baixar o livro – mas como você mesmo disse, é confidencial. A gente não sai por aí falando...

Isobel sentiu vontade de dizer para a menina não se preocupar, por que não tinha entendido nadinha do que o menino tinha falado. Era só uma tagarelice irritante, que a fazia cada vez mais antipatizar com o jeito sorridente e sabe-tudo do garoto. Ele, porém, parecia acreditar que a expressão de sono hipnótico de Isobel era uma inteira concentração em seu falatório, porque continuou.

— Soube que cabeças rolaram lá na sessão dos mistérios. Muita gente foi demitida... Ela realmente está botando pra quebrar com o ...

Mas o menino foi interrompido por uma presença estranha. Um gato saltou no colo de Juliana e ficou aninhado ali. A menina colocou o livro em uma mesinha ao lado e começou a fazer carinho no bicho.

— Oi Conde lindo – disse a menina com trejeito de carinho.

Isobel fugou quando tentou disfarçar a risada. Isso por que ela nunca tinha visto um gato mais feio. Ele era branquelo, magro e todo enrugado. Tinha os olhos azuis esbugalhados que agora fitavam estranhamente a Isobel.

— O nome dele é Conde Lindo? – Isobel não resistiu e teve que perguntar.

— Não - disse a menina massageando distraidamente a cabeça do animal, fazendo a pele da testa enrrugar e desenrugar de uma maneira engraçada – Ele se chama Conde Capis... Quer segurar? – Juliana o segurou por baixo dos braços e ofereceu para Isobel.

A menina mal mostrava as mãos para agarrar o gato quando ele fez um grunido ameaçador para ela, deixando bem claro suas intenções quando deus duas agatanhadas no ar, bem na direção que a menina pensou em posicionar as mãos. Isobel retirou de última hora, assustando-se com a reação de ódio puro e simples do felino, que agora aninhava-se novamente no colo de Juliana, olhando fixamente para Isobel, numa ameaça nítida de fazer várias marcas de unhas onde ele conseguisse pôr as patas.

— Acho que ele não gostou de você – Concluiu Nelson, pegando o gato de Juliana e pondo-se a massagear a pele mole da testa do bicho. Conde Capis acompanhou os olhos de Isobel desde o colo de Juliana até o de Nelson e continuou a fitá-la, desafiando a menina também tentar colocá-lo em seu colo – Estranho... Ele ama a Deby.

— Nunca me dei bem com gatos. – Isobel pensou em voz alta. Pensou em perguntar quem era “Deby”, mas era melhor deixar se desenvolver a chance de Nelson se calar. Isobel mal conhecia os primos e já os considerava dois retardados.

Eles ficaram por um tempo em silêncio. Juliana havia voltado para seu livro. O gato desceu do colo do menino e foi-se embora sem olhar para trás. Nelson devia ter se sentido entediado, porque voltou o papo sobre a tal escola Hogwarts.

— ...Milenar, é o que dizem. Estou louco para conhecer o Castelo, cheio de passagens secretas e coisas do tipo... – E o menino continuava a falar, Isobel sentiu-se desligar por alguns segundos...

“... Realmente ansioso para começar as aulas. Poder estudar Transfiguração, Feitiços, Defesa contra as artes das trevas. Já tenho um pouco de noção em Herbologia, por que o papai é Medibruxo e me mostrou algumas coisas, claro. Disseram que a gente só vai ver Trato de criaturas mágicas no terceiro ano, parece que é uma matéria muito interessante. Tem vôo, também, que eu tenho um pouco de prática. Mas os alunos do primeiro ano não podem ter vassouras particulares. Soube que vai ter o lançamento de uma vassoura nova na Artigos de qualidade para Quadribol semana que vem. Papai deu a entender no caminho daqui que nós três iríamos juntos ao Beco fazer as compras, vou pedir para a gente ir no dia do lançamento. E, claro, a chegada do Arcanus no fim do mês vai ser demais... Eu quero entrar na Sonserina, mas não reclamaria de ser da Corvinal, mas se quiserem me castigar, me coloquem na Lufa-lufa...”

Um tempinho depois as três visitas foram embora e Isobel foi apresentada aos seus aposentos no segundo andar. Seu quarto era no fim do corredor. Integra Waldorf não tinha dado as caras desde a sua aparição na sacada da sala, por isso a menina deixou-se guiar pelas luvas eficientes. À porta de seu quarto, que era no fim do corredor, Isobel notou também outro aposento a frente do seu. E alguns barulhinhos esporádicos saiam de lá.

Era como se alguém jogasse algum tipo de bola na parede e ela quicasse para bater de novo na parede. Será que aquele quarto era o de Integra e a mulher gostava de brincar de “baseball” sozinha? Isobel riu-se ao pensar nisso. Provavelmente a única brincadeira que Integra Waldorf tinha sucesso em participar na vida era “Estátua”. E deveria ter medalha de recordes e honra ao mérito nisso.

A Luva tocou na maçaneta e destrancou a porta. O barulho de destrave fez os baques de bola cessarem imediatamente. Um tempinho após isso a porta do aposento à frente se abriu e a coruja morena que havia visitado o orfanato saiu a voar pelo corredor, de forma tão repentina que Isobel pensou que ia ter um ataque de coração.

Uma menina mais velha (deveria ter a idade de Georgina) pôs a cabeça para fora da porta. Ela tinha o cabelo negro, longo e lisíssimo com uma partilha brilhosa e impecável.

— Ah, é você – depois que disse isso, voltou ao quarto e fechou a porta.

Isobel piscou três vezes. Quem era essa menina? Seria a tal de Deby que o Nelson havia citado? Sua irmã? Bem, era tão hospitaleira quanto a madame Waldorf.

— Prazer em conhecer você também...

O quarto de Isobel era enorme, com muitos móveis lustrosos e uma cama padrão vitoriano, na qual a menina se jogou sem pudor. Ela era tão macia...

Apesar de não ter entendido a maioria das coisas que Nelson falou, Isobel sentia-se ansiosa para começar a aprender a fazer mágicas. Hogwarts, a tal escola, parecia de fato muito interessante. Quando pensava nas coisas que lhe aguardavam daqui para frente, ficava com dor de cabeça na tentativa de prever tantas maravilhas. Um mundo literalmente mágico descortinava-se para a menina... E foi assim que Isobel dormiu, sem aviso, pensando feliz em como sua vida havia mudado tanto em tão pouco tempo...


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Notas finais do capítulo

※ Obrigado por ler!
※ Se puderem dar uma força pra história, comentem e favoritem!
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※ Até o próximo e YO!