Alvo Potter e o Jardim Maravilhoso escrita por Yomika


Capítulo 10
Entrada do Juperus


Notas iniciais do capítulo

※ No capítulo anterior… Alvo conseguiu sua varinha no beco diagonal e conheceu novos professores em situações suspeitas: Além de Ravus, conheceu o intragável albino Kaleb Vogelweide e a jovial Adhara Aileen, que tem alguma relação com a nova família de Isobel, os Licaster. Cada um guarda um segredo intreigante. ※

※ Agradecimentos a BiaSonserina, que comentou vários capítulos e deu um gás na motivação desse escritor! Brigadão, Bia! ※

※ Espero que gostem desse capítulo! ※



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Ao fim das compras, Harry e os outros adultos levaram Al, Tiago e os primos para almoçarem em um restaurante novo que havia sido inaugurado semana passada em um espaço do Beco Diagonal, segundo a tia Audrey.

O restaurante Videira servia uma ótima comida, além de ser um ótimo ambiente para a família. Harry revelara o presente que tinha dado a Alvo um jogo de penas muito bonito. Além disso, no fim do almoço, todos os primeiranistas da mesa foram presenteados com um bolo em homenagem as suas entradas em Hogwarts.

No entanto, o pai de Alvo talvez tenha ficado um pouco magoado, sem, contudo demonstrar muito além de sugerir que todos já deviam ir para casa. O motivo fora o bocejo deveras extravagante que Alvo dera. O pai pode ter pensado que fora uma demonstração de pouco caso, porém só Tiago e Fred sabiam o quão pouco eles tinham dormido e o sono que estavam sentindo naquele momento.

Quando todos voltaram para Mansão dos Weasley (A toca), a primeira coisa que o garoto fez foi correr para a primeira cama que vira e desmaiar nela. Durante o sono profundo, ele não sentiu o beijinho que sua mãe viera lhe dar nem a visita de seu pai para lhe acariciar o cabelo cuinha. Na verdade Alvo nunca teve muita noção do quanto era amado pelos seus pais.

O menino acordou com a sensação de que tinha dormido muito tempo, como se tivesse virado duas noites e estava na madrugada do segundo dia. Uma madrugada escura, silenciosa e vazia. Demorou um tempinho para entender quem era e onde estava. Quando desceu as escadas e viu todos os primos brincando de Snaps explosivos, comendo os muitos doces que Fred tinha conseguido com o pai, notou que não deveria ter passado das oito horas da noite daquele mesmo dia.

Mas Alvo lembrava claramente por que havia descido e não continuava a dormir aquele sono gostoso na cama morna e confortável do segundo andar. Ele estava completamente acordado pois tinha que falar com a prima Rosa. Ela estava na vanguarda do jogo quando a chamou. Mas a menina foi com ele imediatamente deixando sua torre de cartas cair e explodir diretamente na cara de uma Dominique descabelada.

Ele e Rosa foram dar uma volta no jardim da Toca, que já tinha voltado ao normal - provavelmente os adultos tiraram todos os enfeites da festa naquela tarde, enquanto Alvo dormia. Ambos iam passando pelos Relvados altos e os Carvalhos mais no fundo.

Alvo contou tudo o que poderia contar para a prima. Sobre a visita ao Antiquário, a conversa com o quadro do Fineus Black... Discorreu sobre a conversa do Pai com a mãe e o pai de Rosa e descreveu com muita exatidão a perseguição ao Vice-diretor Ravus naquela manhã. A prima não falou nada enquanto o menino narrava. Eles já tinham dado umas três voltas ao redor do Coreto e já regressavam para o jardim mais perto da casa.

— ...E aí um Vogelweide apareceu, dando insinuações sobre o papai. Depois a tal Aileen brigou com ele... Ela é legal, ajudou a gente não contando pro papai nada do...

— Como você disse que ela se chamava? — foi a primeira vez que Rosa falou.

— Aileen...

— Completo, qual o nome completo dela?

— Ãnm — Alvo pensou um pouco. Tentava lembrar, mas por que Rosa queria saber o nome completo? Para saber mais dos professores? Aí Alvo lembrou-se: — Adhara, é, Adhara Aileen.

— Eu já ouvi esse nome em algum lugar, não lembro de onde... — Rosa olhou para o céu noturno do vilarejo Ottery St. Catchpole. Estava muito estrelado, sem lua, sem nuvens, só estrelas. Alvo esperou, também olhando para o céu. Até que... — Onde você disse que ela trabalhava antes mesmo?

— Ela falou de um time de quadribol... Também foi aurora...

— Foi em algum local. Eu li sobre ela... — perdeu-se em desvaneios por um segundo. — Vou lembrar depois. Então...

— Então foi isso que aconteceu esses dias. Desculpe por não falar logo pra você, é que foi tudo tão rápido...

— Não esquenta, Al. — ela olhou para o primo e então desviou o olhar. Um tempo passou até ela falar novamente — Até por que tem uma coisa que tá acontecendo comigo faz um tempão... E eu não contei. Então, estamos quites.

Alvo achou aquele comportamento estranho. Ele conhecia a prima desde sempre e a considerava uma garota auto-suficiente, relaxada. Nunca falara sobre seus problemas, mas sempre apoiara Alvo... No entanto... Agora isso... Ele admitiu que estava estranha ultimamente.

— O que foi? Me conta, pode me contar...

Rosa continuou a fitar o céu por um tempinho.

— Promete que não conta pra ninguém.

— Prometo.

— Mesmo que você ache estranho.

— Eu prometo, Ro-

— Mesmo que aconteça de novo, se bem que eu acho...

— O.K — Al a imterrompeu. — eu prometo, mas me conta. Ta me deixando preocupado... O que você fez?

A menina olhou para baixo. Sentou-se em um banquinho do jardim. Alvo também o fez.

— Não fiz nada. Acontece que eu vi uma coisa. Olha eu vou te contar, até porque meio que você está envolvido com isso. Seguinte:

Alvo calou-se para ouvir a prima, como sempre ela fazia.

“Ontem, quando o quadro do seu pai caiu no chão, lembra? Aconteceu uma coisa comigo. A primeira vez que senti isso foi a uns três anos. Só que, como tinha parado, eu pensei que não ia mais acontecer. Só que nesses meses tem acontecido de novo. E ontem se repetiu. Eu já li em livros, mas parece que é diferente com cada uma, então não tem como ter certeza. Eu vejo coisas... E essas coisas acontecem de verdade.”

— Pera. — Alvo não conseguiu se segurar — você tá dizendo que é uma vidente?

— Tudo indica que sim. — disse uma rosa parecendo muito mais leve. Parece que contar aquilo tirou um peso enorme de suas costas. A menina continuou a falar descontrolada. Alvo Nunca tinha visto Rosa falar tanto.

“É... Eu tenho visões. Sei que tive uma visão em transe quando tenho lapso de memória, como os livros dizem. Mas outras foram meio que conscientes... Desencadeadas por coisas externas, entende?... Uma vez eu soube que a gente ia pra Copa na Patagônia, alguns meses antes dos nossos pais contarem. Eu olhei pro seu irmão voando na vassoura naquele feriado de páscoa, aí eu... Eu vi na minha cabeça uns caras de verde e amarelo... Vi um de vermelho voando, com algo dourado. Foi aí que eu soube... No futuro ver a final da Bulgária contra o Brasil. Não é uma visão muito nítida. A imagem é sempre meio desfocada... Na maioria das vezes eu mais sinto do que vejo.”

— Peraí — Alvo lembrou-se de repente. — foi por isso que você ganhou o bolão de apostas naquele dia! Na época todo mundo achou estranho... Você acertou exatamente o resultado da partida.

— É, a mamãe pensou que eu tinha usado um vira-tempo, só que ela sabe que era impossível eu ter um sem permissão escrita do ministério. Ou então eu teria que invadir o Laboratório do Departamento de Mistérios pra conseguir um, apesar deles serem considerados raríssimos agora...

— Rosa — riu-se Alvo. — Não acredito que você trapaceou assim tão descaradamente!

— A gente usa o que tem, Al — riu-se Rosa. — Mas o fato é que vem acontecendo de novo e não é nada legal agora… Eu tenho tido pesadelos esquisitos. Eu me vejo por um corredor cheio de portas esquisitas. Lajotas pretas. Nunca vi o lugar antes. E então um grande cachorro preto sai de uma das portas e tem uma fumaça esquisita saindo dessa porta. Aí ele some no corredor. Não falei para ninguém, porque nunca esse local e não entendo o que pode significar. E a mamãe ia pirar se eu contasse. Ela não suporta adivinhação... Vive me falando que essa matéria não serve pra nada. Conta sobre uma professora de Adivinhação e o quanto charlatona ela era...

— Mas o que foi que você viu ontem quando o quadro do papai caiu? — Alvo retornou ao assunto inicial.

Rosa ficou um pouco mais séria. Demorou um tempo para falar, finalmente:

— Quando o quadro do seu pai se quebrou, eu vi fogo e senti pânico. Eu vi o seu pai no meio de um lugar que pegava fogo... Fiquei muito assustada, pensei em avisar você, mas...

— Mas isso aconteceu. É... Meu pai ficou no meio do fogo.

— Exato. Hoje, na loja daquele Gorgento, quando a varinha se descontrolou... A visão se realizou... Em parte.

— O que quer dizer com isso? Como assim em parte? — quis saber Alvo.

— É que uma coisa que eu vi não aconteceu. Na visão o seu pai estava rodeado de fogo e usava um feitiço chamado “Abaffiato Maxima”. E ele não usou isso hoje. Ele só usou o “Ignis Exumai”. E tem mais... Eu procurei horas na Enciclopédia oficial dos feitiços e não encontrei nenhum chamado Abaffiato, muito menos um máxima.

— Você poderia testar. — sugeriu o primo.

— Eu não resisti e tentei uma vez. — Revelou Rosa, com um sorriso de quem fez coisa errada. — Mas não funcionou, então desisti. Eu não vi qual era o movimento de varinha, porque não vi o efeito do feitiço. Difícil de saber e eu fiquei com receio de ser algo perigoso demais. Eu posso ser uma experimentadora, mas não sou burra a esse ponto.

— É, tem razão. Mas, tipo, tem tanto problema as visões não saírem exatas?

— Nos livros não diz nada... E aconteceu só cinco vezes comigo. Pode ter acontecido mais enquanto eu durmo, só que em transe eu não tenho como saber, já que, segundo o livro, “o vidente em transe não se lembra de nenhuma palavra que disse durante o episódio”

Alvo olhou admirado para a prima. Vidente?

— Sério, Rosa? Vidente?

— É... Dá pra acreditar? Mas eu não quero que você conte para ninguém. Isso é hiper raro de acontecer, então eu não espero que se torne um problemão...

— Mas eu acho que sua mãe devia saber... tia Hermione ia entender...

— Não, Al. Por favor, não conta pra ela. Jura que não conta.

— Tá eu não...

— Jura?

— O.K, juro.

— Jura o que? — A voz do tio Rony apareceu do nada.

O pai de Rosa tinha acabado de abrir a porta da casa, encontrando os garotos sentados no banco do jardim. Os garotos ficaram calados, em choque. Alvo teve que acionar todos os neurônios para dar uma desculpa aceitável, pois Rosa parecia estar petrificada de susto.

— Eu juro... Juro que entraremos juntos na Grifinória!

— É... Tá vendo, filha? Corvinal não... O lugar dos Weasley é na Grifinória! — sorriu largamente o tio Rony — Agora entrem. A janta está pronta e a avó de vocês está muito preocupada com você, Alvo. Ela acha que você hibernou hoje a tarde e precisa recuperar as energias o quanto antes...

 

O verão estava em seu clímax, mas de alguma forma o clima era ameno, talvez pelos ventos confortáveis. O céu em tom azul turquesa era claro, sem nuvens, com um sol alegre e convidativo... Era de fato um verão muito bonito. Os Potter passaram alguns dias a mais na Toca. Podia-se ver Tiago, Fred e Ted voando pelos céus, em disputas acirradas de corridas, ou torneios de arremesso de goles. Ted levava a melhor no quesito reflexos e manobras, fazendo-o um grande goleiro, mas Tiago era sem dúvida o mais rápido, conseguindo pegar as goles que eram lançadas até o infinito pelo deveras forte Fred. Os priminhos menores assistiam-os, batendo palmas entusiásticas aos loops e desenhos complicados que Tiago descrevia com maestria no céu límpido. Roxanne e Dominique também pareciam mais interessadas em quadribol que qualquer outra coisa.

Já Alvo e Rosa passavam suas tardes no laboratório do vô Weasley. Enquanto Rose tentava zerar Resident Evil, Alvo ia lendo sobre os feitiços mais variados no “Feitiços: um guia preliminar para a expressão mais pura da magia”; as azarações mais engraçadas em “Varinha risonha” e as poções mais complexas do “Poções muy potentes”. A tentação corria solta. Ele tinha vontade de pegar a varinha e lançar só um feitiçozinho que estava no livro... Mas resistira bravamente, contentando-se com a promessa de Rosa, quando chegassem em Hogwarts, azarariam o maior número de sonserinos que ousassem chatear algum deles.

 

Antes de se preparar para irem para o Largo Grimmauld, Alvo conseguiu convencer os primos a irem todos juntos ao Juperos, o circo dos bruxos. O pai de Alvo concordara em levá-lo, pois achava que o garoto merecia uma distração antes do primeiro de setembro, pois começara a se preocupar quando notou que os pesadelos oriundos de ataque de ansiedade tinham alcançado decibéis acima do nível permitido para uma madrugada tranquila.

Os dias, como de costume, se arrastaram no largo Grimmauld. Alvo achara que ia morrer de tédio. Passava a maioria do tempo lendo o livro de feitiços. Ele conseguiu identificar alguns que tinha visto sendo usados no incêndio que Isobel causara na loja. Wingardium Leviosa, Finite Incantatem. Não encontrara no livro o feitiço que seu pai usara para dar fim às chamas, o Ignis Exumai... Devia ser deveras avançado para o Guia preliminar de Feitiços de Daliléia Sandermoore. Lia também alguns ingredientes das poções. Estava familiarizado com a pedra de estômago da cabra, a qual chamavam de Benzoar. Mas estranhava os efeitos da Uruyandir.

De fato, achava interessante os fatos históricos, as guerras e revoltas contidas no História da Magia, porém tinha coisas demais na cabeça para apreender 100% do conteúdo lido, de maneira que sentia certa culpa por ler um parágrafo e esquecer completamente dele ao ler o próximo.

O olhar de Alvo sempre escapava para o quadro vazio que jazia na parede de seu quarto. De vez em quando vencia o orgulho e chamava pelo habitante dele, Fineus Black. Porém o quadro continuava silencioso e indubitavelmente vazio. Ele queria conversar com alguém sobre o pai, sobre o tal roubo... Suas suspeitas que envolviam o Vice-diretor Ravus e o Professor Vogelweide. Deveria ele contar para seu pai o que tinha presenciado? Mas se contasse, teria que delatar a grande amiga de Harry, a Professora Aileen. E ela fora tão legal dando os convites para o show do Juperos...

O garoto se tranquilizava com o pensamento de que seu pai era inocente e que o fato dos adultos irem ao Ministério no dia do Beco significava que estavam trabalhando para resolver tudo. Mas Alvo estava decidido em ajudar, mesmo que em segredo. Não estava brincando quando disse que iria investigar Ravus. O garoto era covarde, verdade, mas tinha certeza que podia descobrir alguma coisa, caso se esforçasse na missão de espionar os professores envolvidos. É, ele primeiro tinha que investigar para depois acusar... Do contrário, poderia piorar as coisas.

Pensava também na revelação de sua prima Rosa, sobre sua vidência. Isso ainda lhe soava surreal. Alvo tinha nascido em uma família bruxa, logo, estava familiarizado com muitos ramos da magia. Porém adivinhação sempre lhe soou algo cômico, distante e difícil de palpar. O máximo que conhecia sobre eram as previsões climáticas e alguns signos do zodíaco...

Na noite anterior ao dia que iriam para o circo, Al soltou Lude da gaiola pois parecia desejosa para ver o céu noctívago. A coruja era reservada, mas de fato, ao todo, uma companhia para Alvo. Dentro de seu quarto com ela, o menino se sentia menos só, porém tinha noção de que a gaiola deveria fazer o animal se sentir tão tedioso quanto Al, então seria deveras egoísta da parte de Alvo mantê-la presa só para o garoto ter com quem conversar. Então a soltava sempre à noite, vendo-a desaparecer no horizonte do céu noturno...

Ele sentia que a coruja entendia as suas atribulações e teorias ditas em voz alta, pois Lude o fitava, concentrado, com aqueles olhos âmbar-avermelhados e, de vez em quando, até piava, demonstrando interesse. Ele já tinha se apegado a coruja, por isso ficou um tanto apreensivo quando ela não voltou pela manhã para dormir no quarto de Alvo, como sempre fazia quando o garoto a soltava para caçar à noite.

Mas a coruja parda-avermelhada de Tiago, Pepp, havia chegado na hora do café da manhã do dia 29 de agosto, com a resposta dos primos, confirmando de que iriam se encontrar antes do crepúsculo, às cinco, quando o circo abriria as portas. Todos iriam ver o show juntos. Isso realmente animara o garoto.

Alvo vestiu sua melhor roupa para ir ao Juperos. O espetáculo atraía bruxos de muitas partes, pois era a primeira parte da turnê pela Europa do famosíssimo circo, então o garoto deveria estar apresentável. Os pais tinham convites especiais, pois Aileen era um membro do corpo organizacional.

Na hora marcada, todos entraram na lareira, dizendo “Juperos!”. O departamento de transporte mágico permitiu as ligações das lareiras com o espaço do circo. Muitos outros bruxos chegaram no local aparatando. Os Potter se viram em uma catacumba cavernosa e espaçada, iluminada por archotes, cujo quais iluminavam os desenhos rupestres nas paredes. Os bruxos iam saindo de uma lareira improvisada (Um buraco alto na parede, delimitado por pedras em um arco rústico. Vários estalidos que ecoavam na caverna, marcavam as desaparatações. E todos os bruxos, uma grande maioria com seus filhos, iam atravessando a saída da catacumba.

Estavam em uma floresta muito fechada. Mas uma marca luminosa púrpura do céu ainda podia ser vista entre as frestas das árvores, ela mostrava o caminho para o local onde o circo deveria estar. Após caminharem um pouco, Alvo, Tiago e seus pais atravessaram os limites da floresta. A frente, havia um campo largo com grama bem cortada. E bem no meio...

O local delimitado por muros com cortinados vermelhos. Eram altos e o espaço que ele cobria era enorme (talvez dentro dele coubesse uns trinta jardins da Toca com folga). Tais cortinados eram todos desenhados por figuras de criaturas estranhas, olhos enormes e símbolos esquisitos. A entrada majestosa da cortina aberta era sobrescrita por Três arcos delimitados por perolas cintilantes. Nele, um texto que brilhava em uma Luz que mudava de cor a todo momento:

“Marvelous Cirque Du YUPERUS

Incantatem Nunquam finitus est

Magica Nunquam tu oblivius est”

Acima das letras, Um desenho emplacado de uma Cartola com uma estrela, dentro olho amarelo (que piscava para os transeuntes). Do fundo da cartola saía um par de braços finos, cujas mãos aracnodáctilas apoiavam-se no arco, digiteando de uma forma que lembrava horrivelmente o andar de aranhas. Alvo ouviu uma menina perguntar assustada:

— Mãe, o que é aquilo em cima das letras?

— É um Mímico. Mas não é o monstro de verdade, não se preocupe, é só um desenho...

Alvo não sabia o que eram Mímicos, mas teve a certeza de que preferia se manter a distância daquele movimento de dedo repulsivo e o olhar amarelo focado da cartola. Não entendia o porquê de colocarem aquela imagem como símbolo do espetáculo. Queriam apavorar as pessoas?

As luzes púrpuras eram como holofotes múltiplos, que disparavam alto até as nuvens e mesmo a tarde estando ainda clara, elas eram fortes o bastantes para serem vistas da floresta.

— Eles devem ter feito um feitiço anti-trouxa muito poderoso. — disse a mãe de Alvo, observando as luz púrpuras cortarem do chão ao céu.

— Eu gostaria de conhecer o bruxo que lançou esse feitiço. — comentou o pai — Não vejo nada parecido desde Hogwarts. Dá até para sentir a redoma de energia do Feitiço... Isso não é trabalho de um bruxo comum.

Os Potter juntaram-se a multidão que ia em direção a entrada. Atravessaram o portal, com uma curiosidade cada vez mais crescente. Alvo já achara a fachada do Circo muito intrigante, mal podia esperar para ver como era o Fantástico Juperos por dentro.


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Notas finais do capítulo

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