Our love is like a song escrita por rosemary


Capítulo 8
Capítulo 8 - Fancy


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo pro desafio. Eu to tentando manter a classificação etária sem ser + 18, então nesse capítulo vai rolar uma pegação louca, mas sem muita descrição.
AU de strippers.
Yaoi (aka gay), não curte, não lê.



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"You should want a bad bitch like this

Drop it low and pick it up just like this

Cup of Ace, cup of Goose, cup of Cris"

Fancy - Iggy Azalea

~~

Aquilo não contava como uma despedida de solteiro. Não vale quando o casal vai para o mesmo clube de strippers para comemorar. Aquilo era só mais um rolê que acabaria em Armin e Bertholdt tendo que cuidar de Reiner, Connie e eu bêbados. Tirando o fato de que Armin não estaria lá.

Contextualizando: Armin era meu ex. Ele era o tipo de garoto tímido, bem na dele, que não bebia muito. Um lugar daqueles não era a bem onde ele gostaria de passar suas sextas de noite. Ele preferia ficar em casa, ler um livro, assistir um filme. Tipo de programa que eu também gostava, claro, mas que combinava muito mais com o relacionamento meloso que ele tinha com Eren Jaeger agora. Nós estávamos bem, não fora um fim de relacionamento ruim, ainda eramos amigos. Ele só não iria mais nesse tipo de compromisso para cuidar de mim se eu extrapolasse.

Claro, devido à minha rivalidade com Eren eu fiquei puto no começo do namoro deles. Mas depois passou um pouco.

De qualquer maneira, aquela noite era a "despedida de solteiro" de Reiner e Bertholdt, que iriam casar no dia seguinte no cartório. Fomos nós três e Connie para um bar com strip tease. Obviamente era um bar gay. Connie não reclamou da escolha, afinal: era a noite dos nossos amigos.

O ambiente escuro, cheio e palcos e canos de pole dance por todas as partes, a música alta, as luzes piscantes, as pessoas claramente bêbadas e, algumas, drogadas faziam minha cabeça girar. Pegamos uma mesa na frente de um palco, pedimos quatro cervejas. Era o tipo de mesa circular em que os assentos eram um grande banco almofadado e não cadeiras separadas. Eu adorava aquele tipo de mesa, era um quase tesão meu sentar naqueles bancos em bares ou restaurantes.

'Um brinde ao nosso casal favorito depois de Sasha e eu.' Connie ergueu sua garrafa. Fizemos o mesmo. Não podíamos negar que de todos os casais que nossos amigos formavam Connie e Sasha eram o melhor, o mais engraçado, o mais companheiro. 'E muitos anos de felicidade aí aos pombinhos, claro.' bebemos nossos primeiros goles.

Papo vai, papo vem, algumas garrafas e garrafas de cerveja vazias depois, Reiner e Bertholdt começaram a se pegar fortemente. Aquilo já não nos incomodava. Em primeiro lugar porque era normal. Desde nossos tempos de faculdade os dois faziam isso nas festas. Lembro-me de uma vez que eles começaram a tirar a roupa e Connie, Ymir e eu ficamos tirando fotos para zoa-los depois quando sóbrios.

'E aí, Connie, quando você vai pedir a Sasha?' pude ver, apesar da falta de luz, uma leve mudança de tonalidade em suas bochechas.

'Então... Sobre isso...' tomou mais um gole de sua cerveja. Aquela era sua segunda garrafa, a minha era próxima da sétima. 'Segunda. Vou pedir a Sash na segunda.' respirou fundo e sorriu.

'Ae, cara!' quase gritei de felicidade e abracei meu amigo. 'Porra, Connie! Aí sim, cara. Vocês vão ter vários filhinhos fofos e comilões e vai ser tão legal, mano! Vou ser o tio favorito deles, certeza!' talvez eu estivesse mais alegre do que eu imaginava. Meu amigo ria de mim. A iluminação do ambiente mudou de repente, o que era sinal de que algo aconteceria, rapidamente soltei Connie e comecei a prestar atenção ao meu redor.

As primeiras notas de Fancy, da Iggy Azalea, tocaram. Um homem alto, cheio de sardas pelo rosto, pele morena, cabelo preto dividido no meio, entrou desfilando até o poste na frente de nossa mesa. Ele vestia uma camisa branca regata, uma gravata borboleta preta e uma boxer preta. Acompanhei-o com meus olhos, meu coração bateu mais rápido. Ele esfregava seu corpo no poste, de costas para ele, subindo e descendo, senti minha calça mais apertada.

Notei que ele sorria. Começou a desabotoar a camisa lentamente, expondo seu peitoral cheio de sardas. Meu queixo caiu. Desde que eu entrara naquele lugar ninguém havia chamado minha atenção, mas aquele homem era um absurdo. Seus movimentos me hipnotizavam. Ele estava olhando para mim, com um sorriso malicioso, senti meu rosto queimar. Meus lábios ficaram secos, passei a língua por eles, o que o fez morder seu lábio inferior.

Com apenas sua dança sensual e o modo que ele passava a mão por seu corpo sugestivamente eu já estava indo à loucura. Ele se aproximou de nossa mesa. Reiner e Bertholdt, a essa altura do campeonato, haviam parado sua sessão de amassos para entender o que estava acontecendo. O homem cheio de sardas agachou, se aproximou de minha orelha e cantou bem baixinho junto com a música.

'Champagne spillin', you should taste that.' sua voz grossa e meio rouca me fez ter um arrepio. Fechei os olhos gemi baixinho, me arrepiando novamente com sua risada delicada tão perto de mim. Ele levantou e continuou dançando, voltando sua atenção para os outros caras que lhe entregavam notas e mais notas.

'Ah, Kirschtein, to sentindo seu pau latejar daqui.' Reiner riu, já completamente bêbado.

'Cala a boca, volta a quase comer seu noivo e me deixa em paz.' virei a cara, todos riram e os dois seguiram meu conselho.

'Você devia dar um trocado pro cara. Ele nem tocou em você e te deixou nesse estado, ele merece.' Connie bebeu mais um gole de sua cerveja. Vi que o dançarino lançava olhares em minha direção mesmo enquanto dava atenção aos outros clientes do bar. 'Chama ele aqui e dá alguma coisa, não seja pão duro.' assenti.

Peguei uma nota de dez e a segurei no ar, na altura de meus olhos. O homem deu um sorriso de canto de lábio, mas demorou um pouco para vir até mim, ficando de costas e balançando sensualmente. Aquela bunda... Eu estava pirando, definitivamente.

A música estava chegando ao fim quando ele veio até mim. Seu quadril bem na altura do meu campo de visão, tive de me segurar para não puxa-lo para perto e mim e não atacá-lo. Ele rebolou na minha frente nos últimos segundos da música e logo abaixou para colocar seu rosto alinhado com o meu. Pegou a nota e colocou dentro de sua boxer.

'Posso saber seu nome?' seu sorriso era amável. Como aquele cara conseguia ser a personificação da sensualidade, mas, de perto, ser tão adorável? 'Se não quiser dizer não faz mal. Eu sou Marco.'

'Jean.' minha voz custou para sair. Tentei disfarçar minha ereção, o que o fez rir.

'Relaxa, isso é normal. Não é vergonha alguma, significa que eu fiz direito o que eu tinha de fazer. Fico feliz.' meu rosto ardia em chamas. Ele tocou a ponta de meu nariz com seu dedo. 'Você é bem adorável, Jean. Que tal me pagar uma bebida? Essa foi minha última apresentação da noite.' Connie se aproximou de nossos amigos e eu dele, para deixar um espaço no banco em que estávamos. Marco sentou-se ao meu lado e pediu uma cerveja também. 'Qual eu nome?' perguntou para Connie.

'Connie. E esses são Reiner e Bertholdt, mas não acho que eles estejam prestando muita atenção na gente.' meu amigo arrancou uma risada do dançarino. 'É a despedida de solteiro deles, eles vão casar amanhã.'

'Que legal!' o moreno disse parecendo animado. 'Bom, um brinde ao casal.' disse levantando sua garrafa que acabara de chegar. Connie e eu pegamos as nossas e brindamos novamente, bebendo mais um pouco. A mão esquerda de Marco foi para minha coxa, acariciando-a lentamente. Meu amigo riu de minha reação de surpresa.

'Jean, você é tão virgem, cara.' zombou de mim.

'C-cala a boca!' disse carrancudo, Marco riu. Encarei-o a fim de dizer que eu não era virgem, mas me perdi em seus olhos cor de chocolate ao leite. Ele me deu um selinho e apertou minha coxa. Não consegui aguentar e aprofundei nosso beijo, ele correspondeu instantaneamente.

O mundo a minha volta não existia depois disso. Cada toque de Marco me fazia perder ainda mais a razão, cada vez que ele sugava ou mordiscava meu lábio inferior eu gemia baixinho. Nos separei e ataquei seu pescoço, dando vários chupões e mordiscando, arrancando dele os gemidos e suspiros que estavam, até então, vindo de mim. Sua mão subiu por minha perna. Virei rapidamente em direção ao meus amigos, encontrando-os me encarando e segurando o riso.

'Vai na fé, cara.' disse Reiner como se lendo meus pensamentos. Eu estava bem afim de sair de lá com Marco. 'Suas brejas ficam por nossa conta, pode deixar.'

'Quer ir pra outro lugar?' ele assentiu, o rosto extremamente corado.

'Vou pegar minhas coisas no camarim e a gente pode ir pro meu apartamento. É duas quadras daqui.' foi minha vez de assentir.

O caminho até lá foi torturante, tendo que me segurar para não pular em cima de Marco no meio da rua. Podia notar que ele também estava nessa situação. Assim que chegamos lá ele me levou até seu quarto e me jogou na cama. Nossas roupas logo estavam esparramadas pelo chão e nossos corpos unidos, fazendo uma bagunça gigante.

Acordei no dia seguinte sentindo cheiro de café. A pouca luz que entrava pela cortina me fez xingar baixinho. Minha cabeça doía. Tentei me situar, colocar em ordem o que havia acontecido na noite passada. Marco entrou no quarto com uma bandeja cheia de coisas. Ele estava só de cueca e eu completamente nu.

'Bom dia.' sentou ao meu lado de pernas cruzadas, cruzei as minhas também, e colocou a bandeja na cama de casal. 'Trouxe isso pra você.' estendeu um remédio.

'Você é um anjo, valeu.' tomei o comprimido com um gole de café. 'Não precisava ter feito tudo isso, viu...'

'Você foi a primeira pessoa que não foi embora no meio da noite. Achei que merecia uns agrados, vai.' ele riu. 'Se não quiser não precisa comer.' peguei uma torrada e passei requeijão.

'Jamais eu negaria comida.' sorri para ele. 'Você não vai ter problemas por ter ido embora ontem?'

'Não, eu não trabalho lá oficialmente. Vou só às vezes, quando minha floricultura não tá dando dinheiro o suficiente pra eu comprar algumas coisinhas extras que eu gosto. O dono é meu amigo, então ele abre as portas pra mim porque quando eu vou eu acabo lucrando bastante, o que é bom pra nós dois.' explicou, também pegando uma torrada para comer.

Ficamos em um silêncio meio constrangedor até acabarmos de comer. Levantei com o lençol enrolado em minha cintura e recolhi minhas roupas do chão. Virei de costas e me vesti novamente. Olhei para Marco, que já estava de pé ao lado da cama.

'Bom... Vou pra casa então. Obrigado por tudo, desculpa qualquer coisa.' ele assentiu sorrindo e me acompanhou até a porta. Estendi meu telefone para ele. 'Viu... Não quer passar seu número? Caso, sei lá, tenha sido tão bom a ponto de você querer repetir a dose.' sorri para ele sugestivamente, ele fez o mesmo. Pegou meu aparelho, digitou e o devolveu. 'Te mando uma mensagem depois pra você anotar o meu.' ele assentiu.

'Até a próxima, então.' lhe dei um selinho.

'Até.' comecei a andar, mas antes de sumir de vista virei para ele, que ainda estava na porta e gritei. 'Da próxima vez vou querer um show particular.' ele riu animado. Dei as costas a ele e voltei para meu dia a dia.

Afinal, precisava me arrumar para o casamento de meus amigos que seria de noite.


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Notas finais do capítulo

Bom, gente, foi isso aí. Tentei não descrever nada muito tchans por pura falta de vontade de mudar a classificação etária MESMO ahahhaha



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