Capítulo anterior

Maxon estava chegando na sala de jantar, acompanhado de August e Georgia. Todos nos sentamos e almoçamos. Após o almoço, Maxon voltou ao trabalho e eu fui andar pelo jardim. Eu estava sentada no banco em que era meu e de Maxon, quando o alarme soou.

Capítulo 7

Saí correndo sem destino, até que um guarda veio e me levou até o esconderijo real, Maxon não estava lá, fiquei um pouco preocupada. Passou longos trinta minutos e nada do Maxon, em um ímpeto desespero eu comecei a chorar. Onde estava o meu marido? Será que tinha acontecido alguma coisa? Tentei me acalmar, mas em vão. Eu escutava os sons de armas acima de mim, eu ficava cada vez mais desesperada, eram os sulistas! Passou mais umas duas dolorosas horas até que um guarda abriu a porta do esconderijo.

–Onde está o meu marido? -Perguntei com os olhos cheios de água.

–Não sei senhorita America.

–Como não sabe? -Eu gritei, mas me arrependi no mesmo instante. -Me desculpe, mas você não sabe onde está meu marido? -Eu já chorava.

–Não senhora America.

Eu saí correndo, fui até o quarto e Maxon não estava lá, fui até o escritório e não tinha ninguém lá também, perguntei os guardas e ninguém sabia dele. Onde estaria Maxon? O último lugar que eu queria ir, era o hospital, mas eu tinha que ir. Fui até o hospital, tinha muitos empregados, mas logo avistei o doutor Ashley. Fui até ele.

–Olá doutor Ashley. O senhor sabe de meu marido? -Meus olhos estavam marejando.

–Olá senhora America. Rei Maxon está lá dentro. -Eu comecei a chorar desesperadamente.

–O que ele tem? -Eu perguntei entre o choro.

–Acalme-se, por favor. Ele está bem, só caiu e se machucou um pouco. Pode ir lá, se a senhora quiser.

–Tá bom, obrigada. -Corri até onde ele estava.

Ele estava lá, sentado em uma cadeira, com a camisa rasgada, um pouco de sangue na blusa e com muitos arranhões.

–O que aconteceu meu amor? -Ele me olhou assustado.

–America, meu amor! Achei que tinha acontecido alguma coisa com você.

–Comigo? Eu que achei que tinha acontecido alguma coisa com você!

Nós nos abraçamos e demos um beijinho até que ele disse ''Ai!'', me separei rapidamente dele, preocupada.

–Maxon, onde você se escondeu? -Eu disse me sentando em outra cadeira.

–Eu estava no escritório com August e Georgia discutindo sobre a exc!lusão das castas, quando eu escutei o som do alarme, lá no escritório tem um esconderijo, só que no desespero de correr, eu caí no chão e como a entrada do esconderijo é meio pequena eu me machuquei mais ainda. Nossa America, eu não sabia o que eu fazia, eu estava quase tendo um infarto de não saber sobre você.

–Oh meu amor, eu vou cuidar de você.

Eu me levantei e quase caí, me deu uma tonteira fortíssima, girei um pouco e me sentei novamente.

–O que você tem America? -Maxon perguntou preocupado.

–Nada, só levantei um pouco rápido.

–America, não é de hoje que você está assim. Você vai fazer um exame agora, não quero te ver assim, pode ser algo sério.

–Tá bom Maxon, mas eu ainda vou cuidar de você. -Nós sorrimos.

Maxon chamou o Dr. Ashley e explicou a situação à ele, que eu estava passando mal desde Londres. O doutor disse que ia fazer um exame bem rápido. Ele fez o exame e disse que daí a trinta minutos saia o resultado. Me sentei novamente ao lado de Maxon.

–Maxon, o que eles querem? -Perguntei, já imaginando a resposta.

–A exclusão das castas, só que eles não intendem que não tem como fazer isso de uma hora para a outra, temos que trabalhar, pensar, eu só preciso de tempo, porque trabalhar eu estou trabalhando.

–Eu sei meu amor, eu sei que você vai conseguir. -Dei um beijinho nele.

Ficamos conversando sobre outras coisas durante os trinta minutos até que o doutor Ashley entrou na sala com um papel em suas mãos.

–Então, doutor, o que eu tenho?

–Como eu suspeitava, a senhora está grávida. -Fiquei paralisada.

Maxon me abraçou e eu fiquei feliz, eu estava grávida.

–Que notícia ótima, doutor! -Maxon falou.

–Sim, mas ela tem que ter muito cuidado, ela não pode se estressar, nem se preocupar. Vamos marcar uma consulta para daqui a uma semana. O que vocês acham?

–Ótimo! -Eu finalmente consegui dizer.

Eu e Maxon fomos liberados logo em seguida, os empregados ainda arrumavam a bagunça dos rebeldes, nós fomos direto para o quarto. Estava intacto, eles nunca mexiam no andar real, estranho. Chegamos no quarto, tomei um banho, coloquei uma camisola e me deitei, Maxon se deitou comigo.

–Estou tão feliz! -Disse Maxon sorrindo.

–Eu também. -Sorri e dei um beijinho nele.

Ele me abraçou e ficamos assim até na hora do jantar. Eu coloquei um vestido longo, bege e de uma alça só, coloquei uma sandália de salto médio, fiz um coque e passei um pouco de maquiagem. Maxon colocou um terno azul marinho e descemos. Fomos até a sala de jantar, Georgia e August já haviam chegado. Georgia estava com alguns arranhões no braço, deve ser na hora de entrar no esconderijo.

–Vocês estão bem? -Perguntei.

–Estamos! -Georgia respondeu sorrindo.

Maxon e eu nos sentamos em nossos lugares e jantamos, depois veio a sobremesa, torta de morango, me lembrei do primeiro pedaço que comi. Após o jantar, nós despedimos de Georgia e August e fomos para o quarto.

–Creio que merecemos uma comemoração hoje, apesar das circunstâncias.-Eu disse para Maxon, que sorriu maliciosamente.

Ele apagou a luz e veio em minha direção.

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