America & Maxon - Depois do casamento escrita por Giovanna


Capítulo 36
2ª temporada - Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Resolvi continuar escrevendo mesmo depois de tantos anos. Espero que se empolguem com a novidade. Obrigada pela fidelidade!! ♥



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Acordei mal humorada naquela manhã. Henrique esteve agitado durante a noite, o que nos rendeu uma noite mal dormida. Maxon teria um longo dia, o que não foi bom em todo caso.

Levantei temendo acordar o pacotinho que dormia tranquilamente ao lado do pai. Segui para o banheiro, onde enfim consegui relaxar os músculos tensos pela longa noite. Maxon deve ter despertado com o barulho da ducha, pois logo abriu a porta do banheiro ainda coçando os olhos tentando acordar. Deixou a porta aberta – o bebê podia chorar a qualquer momento – e logo se juntou a mim.

 

— Bom dia, minha querida – Maxon disse, ainda sonolento.

 

— Bom dia – disse eu, com o mesmo baixo astral.

 

Não me lembrava de que dormíamos tão mal quando os gêmeos eram pequenos assim – ele completou enquanto ensaboava o corpo.

 

— Nem eu – suspirei tomada pelo cansaço.

Saí do banheiro rapidamente, temendo que Henrique já estivesse acordado. Vesti um vestido curto azul claro que se prendia à minha cintura com a ajuda de um cinto dourado. Calçava um sapato nude enquanto seguia apressadamente para o quarto.

Henrique estava acordado, cercado por travesseiros, que Maxon cuidadosamente colocou ao seu lado por medo de que ele rolasse da cama. Ele já estava com 8 meses e já mexia com facilidade, o que nos deixava muito felizes – e amedrontados.

Peguei-o no colo, sorrindo boba. Por mais que a noite tivesse sido uma das piores, olhar aqueles olhos, tocar aquele corpo gordinho e poder amamentar aquele bebê, acabava com todo ou qualquer rastro de mal humor da minha vida. Logo Maxon se juntou a nós e nos olhava admirado.

 

— Não importa quanto tempo passe desde que te conheci, você sempre será capaz me surpreender – ele disse acariciando minhas mãos, que serviam de apoio para o meu amado filho.

 

— Você não se surpreenderia se eu dissesse que penso o mesmo de você – sorri.

A porta se abriu levemente e uma garotinha sonolenta adentrou nosso quarto. Amberly crescia com graciosidade e beleza. Temia me tornar uma mãe ciumenta, pois, só quando os tive, entendi o quanto uma mãe é capaz por seu filho. Logo atrás, Camerom entrou. Os dois, que se davam muito bem, também se admiraram com a cena.

 

— Bom dia, papai. Bom dia, mamãe – Amberly disse acariciando a pequena cabeça do irmão com delicadeza.

 

— Bom dia – Camerom dia enquanto escalava rumo ao colo do pai.

 

— Bom dia, meus queridos – disse-lhes tentando dar um beijo na testa de cada um.

 

— Como foi a noite? - Maxon perguntou enquanto ajudava o filho a se acomodar em seu colo.

 

— Boa – os dois responderam em uníssono.

Olhei para Maxon. Nossos olhares se comunicaram como se disessem “que inveja!”. Sorrimos levemente e contemplamos juntos a beleza da nossa família. A coisa mais preciosa que tínhamos, sem nenhuma sombra de dúvida. Por mais que amasse tudo aquilo, sabia que ser mãe podia ser bem mais desafiador do que governar um país. De longe, exigia mais responsabilidade e confiança.

 

Depois do café, resolvi sair com meus filhos para aproveitar o ótimo sol da manhã no jardim do palácio. Sentei-me no banco depois de ajeitar o carrinho do bebê ao meu lado. Amberly e Camerom corriam alegremente pelo pátio enquanto brincavam de pique-pegue. Fechei meus olhos, maravilhada com a beleza da manhã em Angeles.

Ainda relaxava os músculos quando escutei o som que, sem sombra de dúvidas, mais me assustava. Enquanto levantava correndo tomando Henrique nos braços, gritava para que Amberly e Camerom me acompanhassem. Vários guardas corriam ao nosso redor, também alarmados por aquele som que há tempos não ouvíamos.

Enquanto alguns soldados nos escoltavam às pressas para o esconderijo mais próximo, o terror tomava cada vez mais cada músculo do meu corpo. Não escutava mais nada que acontecia ao meu redor, mas sabia que havia funcionários correndo assustados e muitos soldades armados de um lado para o outro.

Quando adentramos o local e vi que era seguro, comecei a entrar em pânico internamente, preocupada com Maxon e com os membros do conselho, que participavam naquele momento de uma reunião em cima de nossas cabeças.

Amberly e Camerom seguravam um no outro com força e faziam um grande esforço para não chorarem. Henrique voltara a dormir, mas estava inqueito. Sentei-me ao lado de meus filhos, tentando manter a calma, para que não chorassem ou se traumatizassem.

 

— E o papai? - Amberly foi a primeira a perguntar, tropeçando em suas próprias palavras.

 

— Ele está seguro, querida – respondi sem ter certeza das minhas próprias palavras.

As crianças se acalmavam na medida em que o tempo ia passando, enquanto comigo acontecia absolutamente o contrário. Observando meus lindos filhos admirando o irmãozinho dormindo na maca ao fundo do abrigo, dei-me conta de que roera todas as unhas.

Não conseguia parar de pensar em Maxon. Será que ele estava correndo perigo? Será que tinha fugido a tempo? Quando dei por mim, lágrimas escorriam pelo meu rosto e duas crianças muito amadas afagavam meus cabelos.

Poderiam ter se passado horas ou minutos quando abriram a porta do abrigo. Não sei ao certo. Estava aflita com meus próprios pensamentos. O pior passava na minha cabeça. Não sabia o que faria sem Maxon. Não sabia que rumo tomar.

 

— Majestade, felizmente não correm mais perigo. Por favor, acompanhe-me – o soldado disse depois de prestar uma breve reverência e apontar a direção com as mãos.

 

— Onde está o meu marido? - cuspi a pergunta, aterrorizada com as possibilidades.

O soldado não respondeu. Percebi que fez sinal para que Charlotte levasse as crianças para cima.

Sem pensar muito, entreguei-a Henrique e pedi brevemente para que as crianças fossem boazinhas.

Só então me dei conta do quanto aquele ataque traria consequências. As paredes estavam todas manchadas com muitos escritos que não conseguia decifrar. Elas também traziam muitas marcas de bala, prova de que havíamos estado esse tempo todo ao lado do perigo.

 

— Por aqui, senhora – o guarda disse, guiando-me para a área hospitalar. Meu coração acelerava cada vez mais.

Adentrei o local aflita. Muitas pessoas ocupavam os corredores, enquanrto vários enfermeiros e médicos caminhavam pelo local apressadamente, sem nem notar minha presença.

 

— Onde está Maxon? - perguntava a todos que passavam por mim. Tudo o que recebia era apenas uma negação com a cabeça em sinal de desconhecimento da resposta.

Foi quando vi o doutor Ashlar passar correndo com uma maca. Sem demorar muito, reconheci o homem deitada nela. Era Maxon. Seus cabelos castanhos claros tinha sido coberto por uma mancha escura. Eu sabia que era sangue. Arfava com dificuldade de respirar. Sua blusa branca estava rasgada, então eu via em seu abdome um corte enorme, que jorrava sangue. Então eu soube naquele momento que não podia fazer nada a não ser rezar muito para que meu marido escapasse com vida.

 

— Maxon – gritei sentindo as lágrimas borbulharem pelo meu rosto.

 

— Vamos fazer o possível – escutei o doutor gritar quando já estava longe demais para que pudesse ter a chance de perguntar alguma coisa.


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Notas finais do capítulo

E aí?? Comentem se devo continuar!!
Até a próxima, bjss.



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