Acordei no meio da noite assustada com contrações. Levantei com certa dificuldade e andei pelo quarto esperando que a dor passasse. A dor durou pelo que pareceram, 40 segundos e, logo depois, cessou. Deitei novamente e percebi que Maxon reparou minha agitação.

— America? – chamou-me em um sussurro.

— Oi, Maxon – sussurrei de volta.

— Você está bem? – perguntou virando-se para mim.

— Estou sim, eram apenas aquelas contrações de treinamento. Vamos dormir – vire-me de costas e encostei-me a ele.

Fechei meus olhos e dormi.

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Acordei com um feixe de luz que atravessava a janela. Olhei para os lados e vi que Maxon ainda dormia, concluindo que ainda seria bem cedo.

Esforcei-me para levantar e segui até o banheiro. Preparei a banheira e despi-me, entrando logo em seguida. Amarrei meu cabelo em um coque alto e encostei minha cabeça, permitindo-me relaxar por alguns instantes.

— America? – Maxon chamou-me.

— Sim? – respondi abrindo meus olhos.

— Você está aí há bastante tempo, estava preocupado – Maxon disse entrando no banheiro ajeitando os cabelos bagunçados.

Senti a água, que estava quase fria e percebi que havia adormecido.

Maxon me entregou meu roupão e me ajudou a levantar da banheira. Enrolei-me no roupão e segui para o meu closet.

Peguei um vestido azul claro e o vesti, em seguida, calcei uma sapatilha nude. Maxon estava pronto quando saí de lá.

Descemos juntos para o café da manhã. As crianças logo chegaram com Charlote. Tentei ignorar as dores que iam e viam de minha barriga durante todo o café, mas Maxon reparou os momentos que apertava com força o braço da cadeira e chegou a perguntar se eu estava me sentindo bem.

As contrações duravam entre quarenta segundos e um minuto, com intervalos que variavam de três a cinco minutos. Lembrei-me do nascimento dos gêmeos e concluí que não se tratavam apenas de contrações de treinamento e sim das contrações do parto.

— Maxon – chamei-o com os olhos arregalados.

— Oi, querida – Maxon respondeu ficando tenso ao encontrar meu olhar.

— Parece que nosso principezinho irá nascer hoje – disse contraindo meu rosto ao sentir mais dor.

— Ai, meu Deus – Maxon levantou-se rapidamente, completamente sem rumo.

Saiu apressado e pediu para que o guarda que estava por ali chamasse rapidamente o doutor Ashlar. Logo depois, pediu para outro guarda chamar Charlote para que ficasse com as crianças.

As dores eram tantas que eu não conseguia dizer nada, apenas ficar parada e respirar fundo. Soava frio enquanto apertava fortemente a cadeira.

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Estava acomodada, já com uma camisola azul, na área hospitalar do palácio e doutor Ashlar já tinha chegado com a obstetra Livia Gabriella para que pudessem ser observados os estágios do meu parto.

Minha bolsa já tinha estourado e, segundo os doutores, eu estava com quatro centímetros de dilação. As contrações já duravam mais tempo e diminuíram-se os intervalos entre uma e outra.

Maxon parecia calmo, mas, como o conhecia muito bem, sabia que se corroía por dentro. Eu estava calma, mesmo com as dores. Tentava passar segurança, respirando fundo e tentando manter-me concentrada no que estava prestes a acontecer.

A doutora Livia resolveu que já era hora de me aplicar a anestesia, para aliviar a dor. A anestesia, além de me relaxar, poderia facilitar a minha dilatação.

Após um tempo, estava enjoada e tremendo, pois as dores só aumentavam e me deixavam atormentada. A dilatação do colo do meu útero já chegava a dez centímetros. Aproveitei os intervalos das contrações – que não chegavam a três minutos – para relaxar ao máximo.

Foi aí que os doutores viram que já estava na hora do, literalmente, meu parto. Arrumei forças – não sei da onde – e tentei, de todas as formas, expulsar o bebê de dentro de mim. Tentei não prender minha respiração e concentrar-me apenas no que eu tinha que fazer.

Maxon pareceu prestes a desmaiar e vomitar todos os momentos, mas me deu forças e segurou minha mão o tempo todo. Doutora Lívia contou até dez e mandou que fizesse força. Contou até dez novamente e fez menção a força novamente. Assim durou até que eu escutei um choro agudo e o alívio tomar conta de mim.

— Henrique – sussurrei para Maxon, que olhava o bebê admirado.

Maxon olhou para mim sorrindo admirado. Sorri de volta.

— Ele é tão lindo quanto você – Maxon disse selando nossos lábios.

Logo Henrique encontrava-se em meus braços. Maxon todo tempo ao meu lado, quase babava pelo filho. Ocupava-se em fazer carinhos em nós dois.

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Acordei ainda sonolenta acordada pelos meus filhos. Amberly mexia nos meus cabelos, Cameron massageava minhas mãos e Henrique dormia serenamente no berço ao lado, enquanto isso Maxon batia vária várias fotos nossas.

— Maxon! – disse brava. – Olha meu cabelo desgrenhado, minha cara de sono e meus olhos inchados – sussurrei, receosa de que acordasse Henrique.

— Você está linda, mamãe – disseram Cameron e Amberly.

— Você está maravilhosa, meu amor – Maxon disse sorrindo e piscando.

❤❤❤ continua ❤❤❤