Patronum escrita por Camila


Capítulo 1
Patrono estúpido


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura, amores



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Eu estava tendo um sonho absolutamente agradável, quando algo bem gelado, diga-se de passagem, me atingiu. Acordei assustada a tempo de ver as duas ingratas que se diziam minhas melhores amigas soltando gargalhadas estridentes. Marlenne Mckinnon e Dorcas Meadowes.

– Lil’s, estamos bem atrasadas pra aula - Lene falou - Já tomamos o café da manhã e você ainda ai, parecendo uma morsa morta jogada na cama.

– Cala a boca - ralhei, a morena de olhos extremamente azuis me mostrou a língua em um gesto completamente maturo.

– Agora vá se arrumar, antes que te confundam com um zumbi – essa era Dorcas, viciada em seriados trouxas.

– Bom dia pra você também, Lunática - sorri inocentemente.

Lene apontou o relógio trouxa em seu pulso, indicando que estávamos bem atrasadas. Após uma sessão de xingamentos, gestos obscenos e risos, descemos correndo apressadas pra aula.

– Com licença professor - falei - tivemos um imprevisto muito sério...

É eu definitivamente não sabia mentir. Avermelhei até a raiz dos cabelos, e comecei a gaguejar, quando Lene sensatamente tomou a rédea das coisas. Ela logo deu seu jeito, como sempre, já que era a pessoa mais cara-de-pau de toda Hogwarts, perdendo apenas para os marotos. E aquele Potter inútil. Já falei que eu detesto o Potter? Não? Pois é, eu detesto o Potter. Minhas amigas juram que é tudo amor reprimido, lógico que não é. Puff, eu, Lílian ruiva Evans apaixonada por aquele brutamonte com problemas degenerativos dos grandes? Nunca.

Apesar daqueles olhos cor de avelã completamente sedutores e aquele cabelo todo despenteado e... Nada haver, o Potter nem é tudo isso. Arghh, tenho que parar de pensar naquele crápula. Que alias estava me encarando.

Droga! Por que eu tenho que ficar toda empolgada e cheia de borboletas idiotas no estômago quando ele me olha? Cadê aquela vontade de matar ele com um revolver calibre doze que nem o de papai? Rolei os olhos e me sentei, tentando prestar atenção no que o professor falava a frente. Lene sentou ao meu lado, mandando um gesto bem obsceno na direção do Black que riu e fez questão de devolver. Dorcas foi sentar com seu namorado, Remus Lupin, o único maroto descente. Aqueles dois fazem a gente querer se jogar de uma torre ou ter uma crise de diabetes das brabas. É muita melosidade pra um casal só.

–... o feitiço do Patrono é muito complexo, exige muita concentração - o professor falava - Pode nos falar mais sobre ele, Sr. Lupin?

– Esse feitiço cria um patrono, um guardião composto de energia positiva que, quando conjurado corretamente, encarna a forma de um animal prateado, de aspecto único para cada bruxo que o conjura. É feito de energia positiva, e para conjurá-lo é preciso se concentrar em uma lembrança muito feliz. A forma do patrono está ligada com o indivíduo, com os seus gostos e seus sentimentos.

– Exato Sr. Lupin. Dez pontos para a Grifinória - sorrimos - Alguém pode nos dizer por que o patrono muda de forma?

Potter, para minha surpresa, levantou a mão.

– O patrono pode mudar sua forma, caso ocorra algum vinculo extremamente forte entre duas pessoas, por uma conexão entre ambas, geralmente é por amor - sorriu, dirigindo-se a mim, idiota - É comum a forma do Patrono ter a ver com quem a pessoa mais ama.

– Muito bem, Sr. Potter, mais 10 pontos serão acrescentados a Grifinória - falou - Agora, vamos praticar. Srta. Evans venha aqui.

Levantei-me e fui até o professor. Estava nervosa

– Posicione a varinha... Isso, desta forma - Lene percebeu meu nervosismo e sorriu para mim, sussurrando um "você consegue" no ar - Não se preocupem se não conseguirem de primeira. Geralmente saem faíscas na primeira tentativa - ele falava com todos e ao mesmo tempo me encarava, James me olhava muito peculiarmente, com certo interesse - Feche os olhos, concentre-se, lembre-se de seu passado. Deixe que tome conta de você. Isso mesmo, agora relaxe e diga o feitiço "Expecto Patronum", ao mesmo tempo em que se foca na sua lembrança mais feliz.

– Expecto Patronum - falei ao mesmo tempo em que saiam apenas faíscas. Concentrando-me em quando recebi minha carta de Hogwarts, não adiantou.

– Essa não passou nem perto - o professor falou - Tente outra, mais forte.

Tentei desta vez, quando Marlenne me salvará de um quase afogamento no lago negro, foi ai que nossa amizade começou - Expecto Patronum.

Desta vez sairá bem mais forte, mas mesmo assim não adiantou. Eu não conseguia me focar em nada mais, já usará minhas duas lembranças mais fortes. Ah não ser que... Não, deixa pra lá.

– Ainda não foi forte o suficiente Srta. Evans - bradou - Sr. Potter venha até aqui.

O que ele queria chamando a besta do Potter? Hein? Arghh.

– Já presenciei o Senhor executando tal feitiço certa vez, no fim do terceiro ano - o professor falou para surpresa geral, Potter já sabia realizar o Patrono desde o terceiro ano? Fiquei boquiaberta -, e devo dizer que se saiu muito bem - Potter sorriu, provavelmente estava inflando seu ego já gigantesco, francamente professor, tinha que ser o Potter? Ele deve estar achando o máximo saber fazer algo que eu não sei. Aquele energúmeno azedo - Pode nos fazer uma demonstração?

O idiota assentiu ao mesmo tempo em que pegava sua varinha do bolso e concentrava-se.

"Expecto Patronum" falou, enquanto saia uma luz de sua varinha, em seguida um cervo majestoso saltitando entre nós. Todos ficaram admirados.

Socorro, ego enorme me sufocando.

– Muito bem Sr. Potter - sorriu - Agora tente do mesmo modo Srta. Evans, usando a sua lembrança mais forte. Mais marcante ok?

Tentei buscar em minha memória todas, mais todas as lembranças possíveis, porém nenhuma era forte o suficiente.

Veio uma em minha mente, como um flash, uma que estava tentando negar. Balancei a cabeça no intuito de que a lembrança besta saísse mas ela continuava em minha mente. Intacta. Droga, porque logo essa? Com ele? Nunca odiei tanto um feitiço em minha vida.

"Expecto Patronum"

Quando percebi o feitiço já tinha saído de minha boca naturalmente. Primeiro uma luz forte e para minha total surpresa e desespero: uma corsa.

Meu patrono era uma corsa, meu patrono era a fêmea do patrono do Potter. Meu patrono era a fêmea da droga do cervo.

Encarei todos da sala, a maioria grifinórios, meu amigos. Todos, assim como eu, pareciam estupefatos demais para falar alguma coisa. Lene sorriu pra mim, claramente querendo dizer que tinha razão.

Tomei coragem para olhá-lo, Potter parecia surpreso tanto quanto eu e muito feliz, ao mesmo tempo. Em seus lábios um sorriso bobo brincava. Dorcas ria mais ao fundo, aquela traidora.

Encarei seus olhos avelã enquanto percebia o óbvio. Eu Lílian Evans sou completamente apaixonada por James Potter. Minhas amigas tinham razão, eu que era cega e orgulhosa demais pra admitir e precisei de um patrono para me esfregar na cara a realidade. O patrono, as lembranças com ele, os sinais. E pra completar meu estado de total desespero, o professor filho da mãe tinha que comentar:

– Parece que temos alguém apaixonado.


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Notas finais do capítulo

Me perdoem os erros, não tive tempo de revisar corretamente, mas amanhã mesmo farei isso. Se tiver comentário posto amanhã mesmo o segundo capítulo. Beijos babys.



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