Apenas amor escrita por Michely Maia


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Bom, vir aqui e postar mil e poucas palavras não era minha intenção, mas é o que temos para hoje...
Ao passo em que disse que teria mais tempo por estar de boa, só curtindo a vida, arrumei um serviço...É, trabalhar enobrece a alma e engorda a conta bancária, logo é preciso...kkkkk

Zoações a parte, galera, ainda estou me adaptando a essa primeira semana no serviço novo e o cansaço é master, por isso não tive muito tempo para digitar a fic, mas como quero postar pelo menos uma vez por semana e não deixar vocês na mão, aqui estou com um mini capítulo e apesar de curto, eu espero que "curtam".



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Emma acaba adormecendo sem uma resposta de Regina, que passa toda a noite naquele quarto, perdida entre lágrimas e recordações.

Dizem que para tudo na vida, para cada situação, há um nome.

Mas Regina não concordava com isso, para ela a pessoa poderia ser ex-esposa, ex-namorada, viúva, órfã, divorciada...mas perder um filho era algo tão terrível, tão abominável, que não tinha como se nomear. Era impossível ser ex-mãe.

Ela lembrava perfeitamente de cada trejeito de Owen, cada olhar, cada sorriso e até das manhas.

Deus, como ela sentia falta daquela dificuldade que o filho tinha para acordar pela manhã antes do colégio. Sentia falta até dos tênis ou mochila jogados pelos degraus da escada agora.

Como alguém pode superar isso?

Como todos podiam dizer que ela aprenderia a viver dessa forma?

Ela jamais se acostumaria a um mundo onde o filho não existisse. Ela ainda teria que aceitar que já não o tinha mais, mas era um martírio levantar todas as manhãs sabendo que não mais o veria e nem ouviria sua risada gostosa.

Por fim acaba adormecendo na cama do seu pequeno.



Ela acorda na manhã seguinte, ainda com a roupa do dia anterior, então vai até se quarto, se banha e faz sua higiene matinal e após se trocar desce para o café da manhã. No caminho para a cozinha ela encontra a bolsa jogada aos pés da escada e pega o telefone. Ao ligar o mesmo, recebe várias notificações de ligações perdidas e mensagens no WhatsApp, mas a única que faz questão de responder é a de Emma, enquanto liga a cafeteira.

"Oi, detetive. Desculpe-me por ontem, por sair daquela forma e por depois não entrar em contato. Eu precisava de um tempo, mas não se preocupe que agora estou melhor e um dia eu te conto o que houve. Me desculpe mesmo e tenha um ótimo dia. Beijos no seu super homem"

Ela logo recebe uma mensagem de volta, enquanto se preparava para se servir uma generosa xícara de café.

"Bom dia, Regina. Me preocupei sim, mas fico feliz e mais tranquila que esteja melhor agora. No que eu puder te ajudar, só contar comigo. Beijos e Henry manda dizer que está com saudades"

"Também estou"

E as mensagens param por aí, cada uma envolvida em seus afazeres.



Passa a quinta, a sexta e no sábado logo o após deixar seu escritório no haras, Regina se lembra de Emma dizendo mais cedo que tinha alguns detalhes ainda pendentes sobre a festa de amanhã e que estava na casa do pai, então a morena manda uma mensagem.

"Detetive, sou uma pessoa extremamente ocupada, mas como gosto de você e do seu filho além da conta, me ofereço para ajudá-los. Estarei em casa dentro de vinte minutos no máximo e como Henry disse que seu pai mora por perto, pode mandar que ele me busque lá em casa. Hoje serei sua ajudante mais fiel e empenhada"

Emma sorri com a mensagem e embora não precisasse de ajuda, trata de responder imediatamente. Por mais que Regina dissesse estar bem esses dias que passaram, ela sentia uma necessidade estranha de verificar pessoalmente.

“Combinado. Te vejo dentro de vinte minutos”

Regina realmente não demora a chegar e quando vira a esquina de casa, nota uma Emma extremamente concentrada ao celular, sentada a porta de sua casa.

Ela sorri a admirando por alguns minutos, diminuindo a velocidade, mas logo buzina de leve e para a porta de casa.

Emma abre um sorriso instantâneo ao ver Regina parar o carro. A morena estava com uma expressão abatida, mas o sorriso que lhe lançara parecera verdadeiro.

Ao mesmo tempo em que a empresária pega a bolsa e sai do carro, a detetive se levanta e anda até ela, a abraçando de imediato assim que se aproximam. Não sabia explicar porque aquela vontade tão grande, só sabia que precisava abraçá-la e sentir se ela realmente estava bem.

– Oi.- Emma diz com um sorriso, ainda abraçada a ela.

– Oi!- Embora Emma não pudesse vê-la agora, Regina tinha um sorriso enorme nos lábios e sua saudação saíra como um suspiro de alívio.

– Você está bem mesmo?

– Juro que estou melhor agora.-Regina aperta um pouco o abraço e logo se afasta, a beijando no rosto.-Mas então, como andam as coisas na casa do seu pai?

– Temos que embalar muitas coisas ainda e estou morta de preguiça.- Ela sorri.- Acho que vou jogar todo o serviço em cima de você.

– Bom, mãos á obra então.- Regina diz enquanto ativa o alarme do carro e se dirige para sua porta da frente, rindo.- Eu só preciso de um banho antes. Você me espera?

– Claro, vamos lá!

Regina a leva para a sala de estar e a deixa bem a vontade enquanto sobe para um rápido banho.

A loira fica distraída com as fotos nos porta-retratos pelo cômodo e vai explorando a casa. Agora estava aos pés da lareira, admirando as fotos; e várias de um garoto um pouco mais novo que Henry lhe chamaram a atenção e é aos pés da lareira que Regina a encontra ao voltar.

– Estou pronta!- A morena diz com um curto short jeans e uma leve blusa branca de finas listras pretas.

– Você está ótima.- Emma mostra o porta-retrato que tinha em mãos para ela, que tinha uma foto do mesmo garoto montado num cavalo e Regina sorridente ao lado dele, segurando as rédeas.- Quem é?

Neste momento a campainha começa a tocar sem parar, como se não tirassem o dedo da mesma.

As duas se encaram rapidamente e Emma diz ao colocar o porta-retrato de volta no lugar e seguir uma Regina apressada para a porta:

– Henry, com certeza.

Ao que Regina apenas responde com a mão na maçaneta da porta, sem olhá-la:

– Owen.

– Oi?- Emma não entende.

– O garoto da foto.- Agora sim ela a olha, com uma expressão triste, enquanto a pessoa do lado de fora não parava de tocar a campainha.- É meu filho Owen, ele estaria fazend...

– Você tem um filho?

Uma batida na porta começa ao mesmo tempo em que a campainha para de tocar, então Regina abre a porta.

– Henry!- Emma logo o repreende.

– Nossa, como vocês demoraram.- Ele reclama, já abraçando Regina pela cintura.

– Ei, super.- Ela o abraça de volta e beija sua cabeça, que batia no seu ombro.

– Você me chama de super toda vez.- Ele demonstrava dúvida ao olhá-la.- Eu não entendo.

– Bom.- Regina se afasta e puxa de leve a manga da camisa dele.- Das vezes em que te vi, somente em uma delas não estava usando uma camisa do Super Homem.

– Ele é o cara.- Ele afirma sorrindo.

– O Batman é o cara, garoto.- Ela ri da cara de desgosto dele.- Mas então, vamos para a casa do seu avô!?

– Vamos!- Ele concorda animado.

Regina olha para Emma e diz num sorriso forçado:

– Vamos!? Depois terminamos de conversar.

– Vamos sim.- Emma passa pela morena e pelo filho, que sai logo em seguida e Regina vem depois, fechando a porta de casa.


Regina não poderia ter tomado melhor decisão do que a de ajudar Emma.

O pai da loira, que também se chamava Henry, era ótimo, a diversão e animação em pessoa e hoje era tudo o que Regina precisava, pois o que menos tinha vontade era de estar sozinha, pensando asneiras.

Ela estaria chorando e se lamentando se estivesse em casa agora. Não que não sentisse vontade de chorar, pois isso ela sentia todos os dias, mas tinha medo de que se começasse não fosse mais conseguir parar.

Então era bom ter outras pessoas por perto, pessoas essas que não estavam cientes do que lhe acontecera e consequentemente pessoas que não a olhariam penalizadas; pessoas que não repetiriam infinitamente que ela não tivera culpa em nada, que ela não matara o filho e o marido, que fora um acidente...embora ela não conseguisse ver dessa forma.


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Notas finais do capítulo

Então, mil e poucas palavras depois, espero msm que tenham gostado e semana que vem teremos mais um capítulo...vamos tentar mais algumas palavras no próximo e relevem erros gramaticas e/ou de digitação; a senhora minha esposa e revisora está na rua no combate ao crime e eu fiquei sem quem revisasse.
Bjus e ótimo fim de semana.
Ah...não pensem que não sou grata pelos comentários só pq esqueci de falar neles...Obrigada, adorei a todos e obrigada tb pelos favoritos e acompanhamentos. Vocês são as melhores!