Apenas amor escrita por Michely Maia


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Como diz o ditado: Quem é vivo sempre aparece. rsrsrsrs
Depois de toda aquela demora, enfim encontrei um tempo para digitar alguma coisa e voltei á ativa.
Obrigada por não desistirem da fic e muito menos de mim.

Como o capítulo ficou um pouco grande, foi dividido, hein...as duas partes serão postadas hoje e vou tentar manter um ritmo mais regular por aqui.

Mil beijos e ótima leitura!



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Milah e Emma foram acordadas cedo pelo xerife Bowman; seus homens e ele tinham pistas interessantes e tal logo as conseguiu, tratou de ligar para a dupla. Então Emma já estava de pé a mais de duas horas e enquanto tomava o café com Milah no pequeno restaurante do hotel, não parava de checar seu celular, até que a amiga o puxa da mão dela e diz o colocando sobre a mesa, entre as duas:

— Vou ter que te tratar como uma adolescente e tirar seu telefone!?

— Deus, quanta negatividade!

— Estou falando com você, mas é como se nem estivesse aqui.- Ela leva sua xícara de espresso a boca e toma de um só gole.- Ela vai responder quando acordar, ok!? Ainda está muito cedo.

A loira pega o celular e o coloca no bolso da jaqueta, ao mesmo tempo em que indaga:

— Como assim?

— Sua amazona gata.- Milah sorri divertida. – Ou não é por causa dela que está checando essa merda a cada trinta segundos!?

— Nossa, eu nunca tinha notado o quão chata você é pela manhã, meu Deus!

— Isso é só até meu espresso fazer efeito.- Ela retira o guardanapo do colo ao se levantar e colocá-lo sobre a mesa.- Não sou nada sem café.

— Vou me lembrar disso.- Emma se levanta e a segue rumo a saída.

 

 

Regina acorda cedo com o despertador do celular.

Ainda sonolenta e com os olhos meio fechados ela tateia o criado mudo e pega o aparelho, desligando aquele alarme irritante, para logo em seguida já checar seu WhatsApp, afim de mexer com Emma, mas a loira já havia feito isso duas horas antes, mandando um Bom dia e uma carinha sorridente.

Regina abre um sorriso enorme e é assim que a responde.

Bom dia carinha sorridente madrugou, detetive.

A morena então deixa o telefone de lado e enrola mais um pouco na cama, até que ele vibra e ela o pega correndo, já recebendo uma mensagem de Emma.

O dever chamou logo cedo

Coitada, deve estar bem cansada. Regina responde com um sorriso no rosto.

Um pouco, mas seu bom dia me deu uma injeção de ânimo

A morena sorri ainda mais e não resiste á vontade de ouvir a voz dela, a ligando sem nem pensar antes.

O celular da loira toca logo quando o xerife Bowman vai a frente da sala de reuniões apresentar aos demais policiais as mesmas evidências que apresentara a ela e a Milah mais cedo.

— Me desculpe, xerife.- Ela rapidamente o silencia e se levanta.- É importante, me dê licença.- E se retira da sala enquanto o xerife volta a se dirigir a seus homens.

 

Emma espera até sair, para depois atender Regina.

— Oi!- Ela diz num tom de voz arrastado.

— Oi, Emma.- Regina diz no mesmo tom. A loira conseguia sentir o sorriso dela apenas pela voz.- Como você está?

— Deus, que voz deliciosa.- Ela fala até fechando os olhos durante seu suspiro.

— Oi?

— Nossa, eu disse isso alto?

— É, você disse sim.- Regina ri.

Emma também ri e completa:

— Olha, se acorda todos os dias com essa voz, pode me ligar a hora da manhã ou da noite que for.

 

— Ligar?- Regina se deita de bruços em sua cama, sorrindo e mordendo o lábio inferior em seguida.- Pensei que talvez gostasse de ouvir pessoalmente qualquer dia desses.

— Isso não é justo, sabia!? Me dizer esse tipo de coisa quando estou a quilômetros e quilômetros de você.

— Quando você volta? Já estou com saudades.

— Se fosse pela minha necessidade de ver você, eu voltaria agora, sem dúvida, mas as coisas estão realmente nos levando a algum lugar por aqui. Devo ficar mais um ou dois dias.

As duas ficam em silêncio por algum tempo, ambas pesando as palavras de Emma, mas logo Regina o quebra, ao dizer:

— Sonhei com você e acordei sentindo sua falta.

— Regina, você tem noção do que está fazendo comigo!?- A loira solta o ar ruidosamente e passa os dedos pelo cabelo, ajeitando sua franja.

— Eu pensei que...pensei que estivesse gostando disso.

— Eu estou e esse é o problema.

Um silêncio um pouco maior agora e quando a morena ia falar algo, a loira a corta ao continuar:

— Eu tenho tanta vontade de sair daqui agora e ir correndo até você, sabia? Te agarrar e não soltar até matar minha vontade de você. Dessa sua boca indecente de gostosa.- Mais um suspiro.- O que você está fazendo comigo?

— Que tal a gente focar no que eu quero fazer? No que eu preciso fazer na verdade!?- Regina repete a frase que ela havia lhe dito pelo aplicativo de mensagens.

Emma não resiste e dá uma gostosa gargalhada, chamando a atenção de algumas pessoas presentes, mas logo se recompõe e confessa:

— Você não sai da minha cabeça. Eu só penso em te beijar, sabia!?- A loira fecha os olhos imaginando a cena e um arrepio percorre todo seu corpo na hora.

— Eu também.- A outra confessa num sussurro.- Volta rápido.- Ela pede.- Vem correndo pra mim.- A morena sentia um frio estranho na barriga ao dizer isso, algo que nunca havia sentido antes, mas que sabia ser bom, muito bom.

— Prometo andar o mais rápido que eu puder, meu...- Emma resiste a vontade de chamá-la de meu amor.- ...minha linda.

— Já estou esperando você.

 

Neste momento Milah abre a porta da sala de reuniões e diz botando a cabeça para fora:

— Swan!

— Um segundo, Milah.- Ela pede á amiga e logo volta a dizer a Regina:- O mais rápido que eu puder, prometo.

— Ok. Mas vê se não some, fala comigo sempre que der.

— Certo e o mesmo pra você.

— Eu não quero desligar, mas sei que você tem que ir, então...

— Eu também não quero.- Emma ri.- Mas eu falo com você de novo assim que conseguir fugir da minha colega aqui.

Regina ri do outro lado, estirada em sua cama e concorda:

— Está bem, vou ficar esperando. Beijos, detetive.

— Beijos, Regina.

Emma desliga e volta para a sala de reuniões, onde Bowman exibia um vídeo de uma câmera de segurança próxima ao local do crime e em casa, Regina enfia a cabeça no travesseiro e solta o maior grito que já dera na vida. Mal podia acreditar que fora mesmo ela quem acabou de dizer todas aquelas coisas para Emma. Seu corpo todo estava pegando fogo. Se apenas aquela conversa já havia deixado extremamente excitada, o que seria dela quando enfim se beijassem.

Ela se permite ficar divagando sobre isso por mais alguns minutos, até que se levanta rápido, a fim de se trocar e ir buscar a mãe.

 

Regina já estava esperando pela mãe há quase vinte minutos quando a vê vindo toda elegante em sua direção.

— Mamãe!- A jovem empresária diz sorrindo ao se inclinar para beijá-la no rosto, ao mesmo tempo em que a abraçava.

— Meu amor!- Cora retribui ao carinho da filha.- Obrigada por vir me buscar.

— Sou meio implicante ás vezes, mas jamais te deixaria ir de taxi.- A morena ri enquanto pega a mala das mãos da mão e começa a puxá-la.- Como foi sua viagem?

— Rápida e tranquila. Dormi o tempo inteiro.

— Eu que estou precisando dormir. Esses dias têm sido meio...

— Corridos, eu sei. Você mal tem tempo para mim, querida. Não me conta mais as coisas, não me diz como está.

— Eu vou ficar bem, mãe. Não se preocupe.- Ela sorri enquanto atravessam para o estacionamento e destrava o carro.

— O que é isso!?-Cora para surpresa ao lado do carro da filha, que está abrindo a porta de trás, do lado do motorista.

— Como assim?- Regina coloca a mala da mãe no chão, entre os bancos e volta a fechar a porta.

— Que carro monstruoso é esse?

— Você é uma piada.- Ela ri da mãe.- Este é só o melhor carro que vai andar na sua vida, mas qualquer coisa ainda posso te chamar um táxi.

— Mas o que houve com seu outro carro?

— Mãe, entra no carro.- A morena ri abrindo sua porta.

 

Elas decidem ir direto para o haras, onde tomam um rápido café e repassam as atividades do 4 de julho e Cora continua reclamando do carro de Regina, que segundo ela era um exagero. Depois do café, vão direto para a sala de reuniões, onde junto com Ashley, repassam tudo sobre o evento.

— Seus convidados.- Cora comenta com a filha.- Quantos serão?

— Não tenho certeza, mas vou dar uma conferida.- Então pega o celular e manda uma mensagem para Emma.

Olá, detetive linda. Para o 4 de julho, posso confirmar sua presença e dos seus Henrys?

 

— Daqui a pouco te dou uma resposta.

E Cora não deixa de perceber o sorriso da filha e isso era algo que nos últimos meses não a vira fazer muito, sorrir.

 

 

— Não acho que seja nosso cara.- Emma diz enquanto analisa as filmagens de uma câmera de segurança adquiridas pelos homens do xerife Bowman.

Milah e ela estavam na sala do xerife após o mesmo receber as imagens e a detetive concorda com a amiga.

— Realmente, xerife, acho que Emma tem razão. Há vestígios demais, a pessoa na sua filmagem é baixa demais e...

— Baixa demais?- Ele questiona.

— Olha, isso não foi revelado á imprensa, mas encontramos uma pegada ontem pela manhã, na nossa cena do crime.

— E ainda tem isso.- Diz Emma.- Ontem pela manhã encontraram o corpo de mais uma adolescente e pela tarde você nos procurou. Nosso cara não teria tempo de viajar até Independence e cometer esse crime.

— Não mesmo.- Milah concorda.- E segundo nossa legista, a vítima de ontem foi morta entre uma e cinco da manhã. Definitivamente não é nosso cara.

— Acham que se trata de um imitador?- Ele questiona pensativo, analisando rapidamente todos os fatos apontados por elas.

— Com certeza!- As duas respondem juntas.

O celular de Emma estava sobre a mesa e recebe uma notificação, rapidamente a loira o pega e diz se levantando:

— Eu já volto.

E deixa a sala sob o olhar zangado da parceira.

 

 

— Ashley.- Regina comenta olhando para a assistente na ponta da mesa.- Sua irmã e seus sobrinhos.- Ela pega alguns papéis a sua frente, a lista de convidados internos, dos funcionários e seus familiares.- Não estou encontrando o nome deles.

—Ah, eu adoro aqueles dois.- Cora sorri ao lembrar dos sobrinhos dela. Eram uma graça.

— Anastásia está de namorado novo e vão para a casa dos pais dele.- A jovem responde sorrindo.

Neste momento o celular de Regina toca e ela sorri ao ver que era uma ligação de Emma.

— Já vou ter a sua resposta.- A morena olha para a mãe e se levanta, indo sorrindo para a extremidade da sala.- Oi, detetive.

— Oi. Eu tenho uma boa notícia.- Emma parecia animada.

—Vou te ver hoje?

—Quem me dera.- Ela ri.- Mas acho que as coisas por aqui vão ser mais rápidas do que esperávamos e amanhã minha parceira e eu já devemos ir embora.

— Realmente uma boa notícia.

— Mas então, sobre o 4 de julho...

 

Da mesa de reuniões, Cora não tirava os olhos da filha.

—Ashley, conseguiu ver quem era?

— Não, senhora.- A moça mente, pois vira perfeitamente o nome de Emma.

— Regina ainda não falou a respeito disso comigo, mas Robin me ligou e os dois terminaram, então não pode ser ele.- Continua olhando intrigada para a filha.

— Não sei nada a respeito, senhora Mills. Sua filha...

— Você é uma péssima mentirosa.-Ela ri.

Então Regina volta para a mesa e sem perceber salva a assistente de um interrogatório, ao concluir:

— Serão apenas dois convidados.- Ela acrescenta os nomes de Emma e Henry a lista a sua frente, já que o pai da loira tinha outros planos.

Cora finge voltar sua atenção a um e-mail da empresa responsável pela decoração, mas analisava Regina disfarçadamente e embora curiosa, se sentia feliz ao vê-la daquele jeito. Sorriso nos lábios e um brilho diferente nos olhos.

Regina não era o tipo de pessoa que falava muito sobre seus sentimentos e Cora tinha que se contentar com o que conseguia arrancar dela vez ou outra ou com o que Ashley deixava escapar nas sessões de interrogatório.

 

 

— Olha o que encontramos!- Milah diz animada quando Emma retorna a sala. Ela estava parada de frente ao monitor do computador e move o cursor do mouse em círculo em uma imagem congelada.

— Isso é um rosto?- Emma estava surpresa, não havia notado aquele reflexo. As imagens eram de uma loja de conveniência do outro lado da rodovia, lado oposto ao ginásio.

— Isso aí.- A outra detetive sorri orgulhosa.- Horário condiz com o que nossa testemunha alega ter visto alguém correndo.

— Fantástico!- Emma estava animada.

Na filmagem mostrava uma pessoa de sobretudo atravessando a rodovia às pressas, vinda do ginásio, mas como estava com capuz, não conseguiram ver o rosto, o que Milah não deixou passar ao analisar as imagens mais detalhadamente, enquanto a tal pessoa passava pela loja de conveniência...um reflexo na vidraça salvaria o caso. Agora era só passar a imagem pelo software de reconhecimento facial e torcer para encontrarem algo.

 

 

Regina passa seu dia entre seus afazeres no haras e ajudar a mãe com o evento, e claro, de conversa com Emma sempre que possível.

No fim da tarde a loira acaba lhe contando que o assassinato em Independence não tivera nada a ver com o assassino do coração, era apenas um imitador, um professor que terminou de forma muito mal um relacionamento com uma aluna e graças ás câmeras de uma loja de conveniência, conseguiram chegar à identidade do mesmo e seria questão de horas até colocarem as mãos nele.

 

Cora havia inventado a dedetização na casa dos vizinhos para poder ficar mais perto de Regina, checar pessoalmente como a filha estava, já que aquela época nunca era fácil para ela e se como passar o dia com uma filha sorridente e disposta já não houvesse a surpreendido muito, ver o quarto que fora de Owen vazio, com certeza o fizera. Depois de todos aqueles anos tentando convencer Regina a pelo menos guardar na garagem ou em um depósito todos os pertences do pequeno, nunca achou que aquele dia realmente chegaria. Depois de um banho, se sentaram na sala para uma conversa e um lanche e foi aí que a filha contou que havia doado todas as coisas para a igreja de Ashley e também começou a contar sobre o fim de seu relacionamento com Robin e como sabia o gênio que a filha tinha, a senhora Mills preferiu não contar de sua conversa com o jogador e mesmo com Regina negando falar mais, ela sabia que havia uma outra pessoa envolvida, mas preferiu deixar isso em aberto, até que conseguisse tirar algo mais dela.

 

— Querida.- Cora fala depois de uma rápida checada ao celular.- Eu vou ter que dar uma saidinha. Se importa de ficar sozinha por algumas horas?

— Onde a senhora vai?- A morena estava curiosa, pois a mãe era o tipo de pessoa que tinha tudo planejado, nada na vida ficava fora de sua agenda.

— Acabei de receber uma mensagem de um amigo e vamos beber alguma coisa, conversar um pouco.

— Um amigo, hein!?!- Regina diz risonha.- Posso saber de quem se trata?

— Querida, você não conhece todos os meus amigos, assim como eu não conheço os seus.- A senhora ruiva se levanta do sofá, onde esteve confortavelmente deitada pelas últimas duas horas.- Vou me trocar e não demoro. Se alguém buzinar, não precisa atender, é só para avisar que chegou.

— Meu Deus, quem é você e o que fez com a minha mãe!?- Regina se levanta a seguindo.

E pelos minutos que a mãe passa se arrumando e maquiando, a jovem não consegue arrancar nada dela e ao olhar pela janela do quarto de visitas após uma buzina na frente de casa, ela não consegue ver nada, o carro tinha vidros escuros e as janelas estavam fechadas.

Cora não demora e desce rindo do interrogatório da filha.

 

— Bela!- Killian diz animado ao atender o telefone assim que Regina liga.

— Kill, seu pai por acaso está na cidade?

— Graças a Deus não, esse ano ele conheceu uma loira desmiolada mais nova do que eu e saiu em viagem pela Grécia.- Ele ri.- Atendendo os caprichos da criança.

Regina o acompanha na risada e continua:

— Peguei minha mãe no aeroporto hoje cedo e ela passou o dia me enchendo com aquela festa chata dela e agora, de repente, alguém manda uma mensagem e ela sai toda saltitante. O pior, o cara nem veio até a porta, buzinou da rua e ela desceu.

— Olha só, Cora Mills aprontando por aí. - Ele ri ainda mais.- Mas sério, graças a Deus nossos pais não continuaram com aquela história. Já pensou aqueles dois juntos.

— Jesus, que horror!- Regina tinha uma sensação ruim só de pensar.- Mas aqui, me conta essa história do seu pai e a namorada nova.- Ela ri.- Se esqueceu de me falar isso, seu doido.


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