Apenas amor escrita por Michely Maia


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Bom, nove meses depois de postar o primeiro capítulo, aqui estou eu com mais um...mas podem ficar tranquilas que o próximo não mais vai demorar assim.
Dei uma sumida por causa do trabalho e estudo, que estavam tomando todo o meu tempo, mas agora tudo se normalizou e estou de volta, com uma rotina mais de gente normal.

O que eu tinha dito no primeiro capítulo é que só daria continuidade por aqui após o término de "Desde que você chegou", mas como as coisas por lá também andaram meio paradas eu resolvi postar aqui de qualquer forma, lá ainda teremos uns bons cinco capítulos pela frente.

Relendo aqui eu achei uma similaridade com "Desde que você chegou", minha primeira fic.
A maneira como Henry conhece Emma, em DQVC e Regina aqui.
Quem mais notou isso?
Juro que não foi intencional.

Boa leitura.



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– Henry!- Emma diz em tom de repreensão ao mesmo tempo em que Regina arregala os olhos em surpresa.

– O quê?- Ele pergunta no mesmo tom da mãe.- Mas ela pode mesmo namorar você, mamãe. Eu gostei dela.

Emma não sabia onde enfiar a cara de vergonha e Regina tão pouco, então ela começa a rir.

– O que foi?- Emma e Henry perguntam ao mesmo tempo, surpresos pela reação dela.

– Garoto, você é uma comédia!- Regina o abraça e beija-lhe o topo da cabeça, depois se afasta para olhá-lo. - Então, Henry, mesmo a sua mãe sendo assim tão legal, eu vou ter que recusar, pois tenho um namorado.- Ela olha para Emma e sorri, depois volta a olhar para Henry.- Além do mais, linda do jeito que ela é, deve ter alguém especial e...

– Tem a Ruby, mas eu não gosto dela. Ela é...

– Já tá bom, Henry. - Emma corta o filho. - Dê tchau para Regina, nós já estamos indo.

– Está bem, mamãe. - Ele volta a abraçar Regina. - Vejo você no meu aniversário.

– Claro, com certeza.

– E se mudar de ideia com seu namorado...

– Henry!- Emma o interrompe novamente e lhe estende as chaves. - Pro carro. Agora!

O garoto sai correndo a procura do carro da mãe e uma Emma muito envergonhada diz olhando para Regina:

– Me desculpe por isso, não sei o que deu nele.

– Tudo bem, eu não me ofendi nem nada.

– Que bom, eu fico aliviada. - Emma sorri e mesmo que sem graça, o sorriso era lindo. Uma coisa que Regina não pudera deixar de reparar nela fora o sorriso. - E isso significa que te veremos no domingo?

– Com certeza. - Regina retribui o sorriso.

– Eu vou indo então. Até domingo e obrigada por hoje, ele se divertiu muito.

– Mas e você, não se divertiu?

– Claro. - Emma sorri mais uma vez.- E muito.

– Ótimo, porque vocês dois alegraram o meu dia. Então, eu que agradeço. Obrigada!

Emma ainda sorria e diz com as mãos nos bolsos da calça:

– Tenho mesmo que ir.

Elas ouvem uma buzina e ela completa rindo:

– Ele está pirando lá no carro. Detesta esperar.

– Vai lá, nos vemos no domingo então.

– Ok!

Regina se aproxima e beija-lhe o rosto, deixando a loira um pouco surpresa.

Então Emma vai embora e Regina volta para seu escritório. Era a primeira vez no dia que estava entrando lá e não era por falta de trabalho, porque isso ela tinha de sobra. Então coloca seu telefone para carregar e logo dá atenção a alguns documentos que Ashley disse ter deixado sobre sua mesa.


Emma diz assim que entra no carro e encontra um Henry extremamente calado:

– Tá quietinho aí porque sabe que fez besteira, não é!?

Ele a olha com uma cara de culpado e fala enquanto coloca o cinto:

– Eu não fiz besteira não, só falei a verdade. Se ela quiser, eu deixo vocês namorarem.

– Até parece que você tem que deixar alguma coisa, pirralho.
– Emma responde pegando o celular, pois tinha acabado de receber uma mensagem.

Era de Regina.

“Acho que nos veremos mais cedo do que o esperado. A bicicleta do Henry ficou no meu carro. Passo mais tarde para devolvê-la. Daqui a pouco vai enjoar da minha cara.”

Emma sorri e logo responde.

“Impossível isso acontecer. Contrariando a todas as minhas expectativas, você é mais que agradável.”

“Então tinha expectativas a meu respeito, senhorita Swan!?! :) Bom saber!”

“Não seja prepotente. Te esperamos para o jantar!?”

“O que me diz de uma pizza? Eu levo.”

“Henry já teve besteiras suficiente por um dia. Tenho que bancar a mãe durona. Eu cozinho, você leva a sobremesa.”

“Ai meu Deus, não sei por que, mas estou com medo de morrer envenenada.”

“Olha que retiro o convite, senhorita Mills.”

“Está bem. Logo que sair do haras irei para sua casa. Até mais.”

“Até!”

Emma é tirada do devaneio por Henry a balançando pelo ombro:

– Mamãe!

– Ai, Henry!- Ela o olha o repreendendo.

– Tô falando e você não me escuta. Só fica rindo feito idiota.

– Garoto, olha o respeito. - Ela ri guardando o celular e colocando o cinto de segurança.- Mas o que você dizia mesmo?

– Que a minha opinião deveria ser a única a importar. - Ele sorri de orelha a orelha.- Eu sou o amor da sua vida.

Ela o olha admirada e fala sorrindo enquanto dá partida no carro:

– Sim, você é!

– Então, mamãe. A Regina...

– Henry, Regina é sua amiga. Muito agradável e linda, mas ela tem namorado.

Ele apenas abre um sorriso enorme e Emma diz o olhando de rabo de olho:

– O que foi agora, garoto?

– Você acha ela linda.

– Ah, Henry, pelo amor de Deus!- Ela revira os olhos.

– Mamãe, Regina...

– Henry!- Ela o repreende séria. - Regina namora e eu também, ponto final. Ruby ficaria muito chateada se te ouvisse dizer esse tipo de coisa.

– Não gosto da Ruby, mamãe e nem ela de mim. Ela só finge.

– Este assunto morreu por aqui, rapazinho. Estamos combinados!?

– Ok, mamãe! Estamos.

Eles ficam alguns minutos em silêncio, com Henry distraído ao celular e então Emma o quebra ao dizer:

– Regina vai jantar lá em casa hoje. - Henry já a olha com um sorriso enorme. - O que acha de mostrar a ela que é um mestre cuca e preparar aquela sua salada deliciosa!?

– Nossa, ótima ideia!- Ele estava eufórico. - E você pode fazer carne assada! Eu ajudo.

– Fechado!- Emma sorri. - Só tenho que passar no departamento rapidinho e depois vamos ao mercado.

– E depois podemos jogar UNO ou vídeo game e ter sorvete de sobremesa.

– Fechado, garoto!- Ela estende a mão num hi five para o filho, que logo retribui entusiasmado.


Regina estaciona na entrada da casa de Emma e de Henry, pega suas sacolas e sai do carro.

Ela mal toca a campainha e já escuta barulho de correria dentro da casa.


– Henry, cuidado!- Emma adverte o filho, que saíra correndo assim que a campainha toca e quase a fazendo derrubar o assado.

Henry olha pela lateral do vidro da porta e já vai abrindo-a, dizendo logo em seguida:

– Nossa, quanta coisa. - Ele já pega uma das sacolas que Regina tinha nos braços. - Eu te ajudo.

– Oi para você também, super. - Regina diz rindo.

– Oi. - Ele ri de volta. - A minha mãe está na cozinha.

– Então vamos lá.

E Regina o segue pela casa.

A casa não era grande, mas muito charmosa e aconchegante.

Fotos de Henry estavam espalhadas por todos os lados e algumas de Emma também. Mais uma vez Regina se perguntava sobre o pai do garoto. O que havia acontecido com ele, porque mesmo a mãe namorando uma mulher agora, era evidente que houvera um.

Fora de cogitação a ideia de ele ser adotado, pois aqueles olhões verdes, o narizinho arrebitado e as sardas em volta do nariz ele herdara da mãe.

– Regina!- Emma diz sorrindo ao ver a morena entrando na cozinha acompanhada do filho.

E aquele sorrisão dele. Era idêntico ao da loira.

– Oi, Emma!- Regina sorri de volta. Tinha se pegado fazendo muito isso hoje. Sorrir. E verdadeiramente. Passar o dia com Emma e Henry fora incrível e agora ela mal chegara a casa deles e já estava sentindo aquela sensação boa de novo. - O cheirinho está bom, hein oficial. - A morena brinca.

– Ah, eu tomei banho agora. - Emma diz rindo e indo até ela.

As duas trocam um beijo no rosto e Emma continua:

– Estou brincando. Henry e eu cozinhamos para você.

– E eu fiz a salada sozinho. - Henry completa, colocando a sacola que trazia sobre a mesa.

– Que delícia! Louca para experimentar. - Ela sorri.

– E é boa mesmo, foi ele quem inventou. - Emma confirma e pega as sacolas das mãos dela. - Minha nossa. - Ela olha para Regina.
– O que tem aqui dentro!? Só era para você trazer a sobremesa.


E entre conversas e gargalhadas, mãe e filho ajudam Regina nos preparativos para a sobremesa e o jantar também segue da mesma forma.


– Como eu adorei isso!- Henry fala depois de mais uma porção da torta de maçã que Regina havia preparado, que ele comia com sorvete de creme.

– Percebi mesmo. – A mãe zomba dele. - Quase não sobra para nós duas.

– Vou querer essa torta sempre agora. - O garoto continua se levantando da mesa e começando a recolher a louça.

– Nossa, obrigada. - Regina diz sorrindo. - Me sentindo lisonjeada agora.

– Mãe, temos que encaixar a torta dela no quadro. - Ele recolhe o prato da mãe. - Podia ser na quinta, é o dia que a comida está mais ruim. Aí a sobremesa compensa.

– É mesmo!? - Emma o olha interrogativamente. - Dia da comida mais ruim!?

– Você disse que eu tenho que comer, não falou nada sobre eu gostar. - Ele fala rindo, deixando a sala de jantar.

– O que você acha de quinta?- A loira pergunta para a morena sentada a sua frente.

– Emma, eu confesso que fiquei meio perdida nessa conversa de vocês agora. - Ela sorri sem graça e ainda assim não poderia ser mais linda aos olhos de Emma.- O que é esse tal quadro de vocês?

– É um cardápio na verdade. - Ela ri.- Temos um quadro na cozinha com o menu do jantar, de segunda a sexta-feira. Aos sábados e domingos deixamos espaço para o desconhecido.

– Que legal isso. Acho o máximo essas coisas.

– Mas então. - Emma prossegue.- Podemos colocar sua sobremesa na quinta?

– Claro. Posso te dar a receita e você...

– Não!- Henry diz ao voltar à sala de jantar. - Não é pra minha mãe fazer, é pra você vir aqui todas as quintas fazer.

– Henry, eu... eu não posso, eu tenho que trabalhar.

– Pode sim. - Ele rebate. - Você disse que você é sua chefe, então é você quem manda.

Regina olha para Emma em busca de auxílio, mas diante do sorriso travesso da loira ela já sabia que não teria ajuda nessa.

– Henry, eu adoraria, mas não posso. Ás quintas eu tenho uma reunião muito importante, chamada de reunião de repasse e eu...

– Mas não é você quem manda!? Pode mudar o dia então. - Ele está de pé ao lado dela, com uma carinha de desolado que a desmontava.

Emma estava gargalhando por dentro, porque aquela cara de Gato de Botas do Shrek já o livrara de cada coisa e o fizera conseguir tantas outras também.

Ela gostara da companhia de Regina e cogitar a possibilidade de vê-la toda semana era algo que estranhamente a animava.

– Esse haras é da minha família e temos mais alguns espalhados por aí e preciso que eles repassem todos os dados financeiros para mim semanalmente. E há muito tempo ficou definido que seria ás quintas-feiras. Todas as quintas, ás oito da noite, tenho teleconferência com os outros administradores. É o dia que eu saio mais tarde do escritório, me impossibilitando de vir jantar com vocês, o que eu adoraria de fato.

– Pôxa, é uma pena. - Ele fala todo tristonho.

Nossa, como aquela carinha incomodou Regina. Ela, que nunca gostou de crianças, estava ali toda triste e derretida por não conseguir satisfazer um garotinho que vira somente duas vezes.

– Ei. - Ela segura o rosto dele entre as mãos, para fazer com que ele a olhe.- Não quero te prometer algo que eu não vá poder cumprir, por isso não vou te dizer um sim, mas vamos combinar uma coisa!?

– O quê?- Ele pergunta ansioso, com aqueles olhões verdes.

– Vou ver o que posso fazer pra mudar isso, mas vou ver mesmo, ok!?

– Obrigado!- Ele pula com tudo em cima dela, se jogando em seu colo e a abraçando forte.

Tanto Emma quanto Regina riem dele e o garoto diz se afastando da morena:

– Vou ligar o vídeo game. Você joga comigo?

– Jogo sim, mas só posso ficar mais meia hora, ok!?

– Ok!- Ele afirma rindo e sai correndo para a sala.

Emma explode em uma gargalhada e Regina diz a olhando de forma insatisfeita:

– Ao invés de ficar rindo de mim, bem que poderia ter me ajudado, né!

– Me desculpe, mas a sua cara de desolada estava ótima.

– Você não presta, detetive. - Regina fecha a cara para ela, mas logo sorri. - E aqui, tem que proibir aquele seu filho de olhar para as pessoas daquele jeito. É muito desonesto pedir as coisas com aquela carinha.

– Você não imagina o quanto eu sofro com isso. - A loira controla o riso. - Ainda não aprendi a lidar com aquela carinha.

– Duvido muito que aprenda, mas mudando de assunto... Depois que vocês vieram embora esta tarde eu pensei em um presente de aniversário para ele, mas para isso você precisa concordar, assinar alguns papeis.

– Não sei por que, mas estou começando a ficar preocupada com este seu presente, Regina.

– Não precisa. - A morena ri.- Só estou fazendo um drama básico.

– Então vamos lá, solte a bomba!

– Não é bomba, detetive. Quero apenas presenteá-lo com aulas de equitação lá no haras e antes que você diga não, lembre-se do quanto ele se divertiu.

– E quem disse que eu iria dizer não!?

– Não vai!?- Regina se surpreende.

– Não, não vou. - Ela ri.- E pode ir tirando essa expressão surpresa do rosto.

– Desculpe, mas é que hoje cedo você estava meio reticente em deixá-lo me acompanhar até o haras.

– Mas ter ido até lá me ajudou a perder o medo e obrigada por isso, pelo presente. - Emma sorri abertamente e mais uma vez Regina vê o sorriso de Henry ali.- Ele com certeza vai adorar.

– Seu sorriso é incrivelmente lindo, sabia!?

Emma sorri de forma envergonhada agora, não sabia por que, mas aquilo a deixava sem jeito.

Regina a estava achando ainda mais linda daquela forma envergonhada, não sabia por que, mas queria que Emma soubesse disso, sentia essa necessidade de dizer isso a ela, então continua, olhando bem dentro dos olhos dela:

– Ele acabou de ficar ainda mais lindo.

– Pare com isso, está me deixando envergonhada.

– Vai me dizer que uma mulher bonita assim... - Ela apontou para Emma.- ...não está acostumada a receber elogios!? Elogios não, verdades. Vou ter uma conversa séria com a senhora sua namorada.

– Regina!- Henry grita da sala, quebrando a sintonia entre as duas e não dando a Emma a chance de formular uma resposta.

Regina apenas fala se levantando da mesa:

– Você quer ajuda com algo?

– Não precisa, vai lá. Só vou retirar o resto da mesa e me junto a vocês.

– Ok!- E ela deixa a sala de jantar sorridente.

“Deus, o que foi isso!?” Emma se diz mentalmente.

Por mais que não tenha tido a intenção, Regina a deixara extremamente sem graça.

Assim que a loira entra na sala alguns minutos depois, Regina diz a olhando:

– Acho que ele não está jogando limpo comigo.

– É claro que estou!- Henry ri, porque ele estava mesmo.

– Isso não está certo. Ele fez sete gols e eu nem um. Tá roubando!

– É futebol, no vídeo game, não tem como roubar. - Ele ainda ria.- E presta atenção, vou acabar fazendo outro gol.

– Eu cansei disso. - Ela larga a manete.- Quero um de corrida. Em corrida eu arraso.


E os três se divertem muito no jogo de corrida que Regina tanto queria. O corredor que perdesse sedia lugar para que o outro entrasse.

E a meia hora que Regina poderia ficar se transforma em uma, duas e ela só se dá conta de quanto tempo passara quando Henry pausa o jogo.

– Gente, estou com sono.

– Deus!- Regina diz olhando seu relógio. - Quase meia noite.

– Já passou e muito da sua hora de dormir, rapazinho. - Emma diz ao filho. - Já escovar os dentes e depois cama.

– Vem comigo, aí você conhece meu quarto. - Henry diz de pé, na frente de Regina.

– Claro.- A morena responde.

– Então vai logo escovar os dentes e botar o pijama. - Diz Emma.- Que ela sobe em cinco minutos.

– Ok!- O garoto fala disparando pela escada.


Emma e Regina começam a recolher os copos e vasilhas de pipoca pela sala e Regina diz a acompanhando até a cozinha:

– Eu aluguei mesmo vocês hoje, hein. Desculpe-me por isso.

– Pelo contrário, devo agradecer. Foi tão divertido que nem notamos o tempo passar. Nem me lembro a última vez em que nos divertimos assim. - Emma sorri.- Ah, me lembro sim. Esta tarde, com você.


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Notas finais do capítulo

Então...o que acharam?

Comecinho ainda né!?
Não aconteceu quase nada ainda, mas prometo uma estória leve, gostosa e bem fofa, bem romântica.

Até o próximo capítulo e obrigada pelas mensagens e posts no face. Bom demais saber que sentiram falta.

Amor, linda da minha vida, obrigada por todo apoio e pela ajuda com o repasse do capítulo.
Amo você demais, Branquela.