Apenas amor escrita por Michely Maia


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

A minha forma de escrita não mudou muito de "Desde que você chegou" para esta fic, nada na verdade, só uma estória diferente a ser contada...mas espero que gostem.Se gostarem vou dar continuidade a ela, mas somente após terminar de postar "Desde que você chegou", para ter tempo e não atrasar na postagem de nenhuma das duas.Boa leitura!



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O fim de semana havia sido cheio e nesta segunda Regina estava um pouco atrasada para sua reunião, mas ainda bem que já estava perto do haras. Ela dirigia estressada enquanto pensava nas alterações que queria naquele contrato, quando breca de uma vez ao bater em um garoto de bicicleta. O menino surgira do nada e a mão era dela. Ele pelo menos fora muito esperto e pulou da bicicleta, caindo de pé e já estava no acostamento avaliando o estrago quando Regina desce do carro.

– Ei, garoto, você está bem?- Ela anda até ele, que deveria ter uns 10, 12 anos no máximo.

– Eu estou sim.- Ele ainda olhava sua bicicleta.- Minha bicicleta é que não.- Agora sim ele a olha e sorri sem graça.- Me desculpe, eu não te vi e por isso passei. Amassei seu carro?

– Garoto, o carro é o de menos.- Regina sorri.- Você está bem mesmo? Nada doendo não?

– Não.- Ele nega com a cabeça.

– Certo!- Regina pega a bicicleta toda torta dele.- Vamos indo então!?

– Pra onde?- Ele a olha confuso.

– Vou te levar até sua casa.- Ela sai empurrando a bicicleta até seu carro.- Não é certo bater em você e ir embora assim.

– Que bom, porque eu moro um pouco longe.- Ele diz sorrindo.

Regina sorri e os dois colocam a bicicleta na carroceria do seu carro.


Emma tinha acabado de estacionar a viatura na porta de casa quando nota uma picape F 150 Atlas parar logo a sua frente. A beleza do carro não chamara tanto a sua atenção quanto o fato de Henry estar dentro dele.

Ela observa o filho e a morena descerem do carro. Não estava reconhecendo a mulher e olha que a analisava atentamente. Cabelos pretos cortados á altura dos ombros, vestido vinho acima dos joelhos, casaco preto e botas. Uma mulher que definitivamente arrancava suspiros e despertava olhares. Os olhos dela, de um castanho chocolate, brilhavam enquanto conversava e sorria para Henry com aqueles lábios perfeitamente pintados de vermelho. É, também arrancou um suspiro dela.

– Mãe!- Henry grita ao vê-la. O garoto parecia tê-la visto somente agora.

– Ei, garoto.- Emma sorri e abraça o filho, enquanto retribui o sorriso que a morena lhe lançava.- Quem é sua amiga?

– É a Regina.- Ele diz quando se afasta da mãe.- Minha bicicleta tá no concerto e aí ela me deu uma carona.

– O que houve com a sua bicicleta, Henry?- Ela pergunta confusa.

Regina sorri quando a loira faz a mesma cara de confusa que o garoto fizera quando ela falou em levar a bicicleta dele.

– Eu meio que atropelei o carro dela e...

– Você está bem?- Emma o interrompe preocupada.

– Eu perguntei, mas ele disse que estava bem e não quis ir ao pronto socorro.- Regina se pronuncia, aproximando-se dos dois.- Regina!- Ela diz estendendo a mão em forma de cumprimento.

– Olá!- Emma diz sorrindo e apertando a mão dela.- Emma.

– Emma, Henry e eu nos envolvemos em um acidente e graças a Deus não aconteceu nada sério.- Ela sorri.- Eu o trouxe para casa porque era o certo a se fazer depois de estragar a bicicleta dele.

– Na verdade eu que bati nela, mãe.- Diz o garoto.- Mas ela insistiu em me trazer em casa e levar a bicicleta pro concerto.

– No caminho pra cá deixamos ela nesse lugar.- Regina tira um papel do bolso do casaco.- Aí está especificado tudo o que foi preciso trocar e como pedi pra darem uma agilizada, tudo fica pronto amanhã a tarde.

– Mãe, ela aproveitou e mandou colocar aqueles freios novos que eu queria.- Henry diz todo sorridente.

– Bom, já que estávamos lá porque não trocar de uma vez, não é!?!- Regina sorri para ele.

– Não precisava.- Emma diz olhando o que havia sido trocado no papel que Regina lhe dera.

– Imagina.- Regina volta a sorrir.- Não ia deixar o garoto sem bicicleta.- Ela olha para a viatura.- E além do mais, não ia pisar na bola com ele tendo uma mãe policial.

As duas riem e Regina continua:

– Está bem mesmo, garoto?

– Estou sim. Obrigado pela carona.

– Não foi nada.- Ela sorri mais uma vez.- Mas eu já vou indo, estou atrasada para uma reunião e vão me matar quando eu chegar lá.

– Regina, obrigada por trazer o meu garoto para casa e pela bicicleta.- Diz Emma.- Mesmo aparentemente você não estando errada.

– Ninguém estava errado e ninguém se machucou também.- Ela olha para Henry.- Não se esqueça de buscar a bicicleta amanhã então, hein.

– Não mesmo.- Ele a abraça pela cintura.- Obrigado!

– Tchau, menino lindo.- Regina beija a cabeça dele e olha para a loira de lindos olhos verdes como os do garoto.- Emma, foi um prazer.

– Igualmente.- É Emma quem estende a mão para ela em forma de cumprimento agora.- Muito obrigada.

– De nada.- Regina sorri e aperta a mão dela.- Deixa eu correr agora. Tchau!- Ela vai andando, mas solta a mão de Emma aos poucos.

Emma estranha a sensação gostosa da mão da morena na sua por mais tempo e a demora em se soltarem, mas apenas a observa entrar no carro e buzinar seguida de um aceno antes de ir embora.

– Garoto, vem cá!- Emma puxa o filho o abraçando enquanto andam para casa.- Me explica isso direito.

– Não vi o carro dela naquele cruzamento do posto de gasolina perto da escola e batemos um no outro. Mas eu nem caí, fui esperto e pulei da bicicleta antes.

– Ah, esse é o meu garoto!- Emma ri enquanto abre a porta de casa.

– Ela saiu do carro e foi ver como eu estava, aí já pegou a bicicleta e colocou no carro, dizendo que ia me trazer em casa e falar com você. No caminho ela disse que ia pagar o estrago e paramos em um lugar que ela disse que era muito bom.

– E é mesmo.- Os dois já estavam na sala.- E você tinha que fazer a moça trocar seus freios!?!

– Ah, mãe, ela perguntou se eu queria mexer em mais alguma coisa e eu quis né.- Ele fala enquanto tira o tênis , sentando-se no sofá da sala.

– Seu espertinho.- Ela bagunça o cabelo dele.- Vou preparar algo pra comermos rápido, pois tenho plantão hoje.

– De novo, mãe!?- Ele reclama.- Pôxa, não tem outros policiais nessa cidade, não!?!

– Sua mãe é a melhor, garoto.- Ela ri enquanto vai para a cozinha.



O restante da semana passa de forma tranquila e natural.

No sábado bem cedo, Regina sai a porta de casa para pegar o jornal, ainda no roupão que colocara após o banho, quando vê Henry passando em sua bicicleta.

– Ei, Henry.- Ela chama o garoto.

Ele a olha e sorri ao parar.

– Oi, bom dia!

– Bom dia!- Ela responde indo até ele pelo passeio.- Está longe de casa, hein garoto.

– Um pouquinho.- Ele ri.- Era pra ficar com meu avô hoje e ele mora logo ali em cima e como ele não apareceu em casa pra me buscar eu vim até aqui, mas ele não está.

– É muito para pedalar e estou indo para aqueles lados. Quer uma carona?

Ele pensa um pouco e depois diz descendo da bicicleta:

– Eu quero sim.

– Então vamos entrar.- Regina fala rindo da expressão dele.- Eu só vou botar uma roupa e podemos ir.

– Está bem.

Eles deixam a bicicleta dele á porta de casa e Henry diz assim que entram:

– Você tem alguma coisa pra comer aí? Eu estou com fome.

– Vou te fazer um sanduíche e você come enquanto espera que eu me troque. Vamos lá!?!

– Claro.

Os dois preparam sanduíches juntos, com Regina rindo o tempo todo de como ele não calava a boca e logo ela sobe para se trocar.

Quando ela desce, o encontra sentadinho na sala a esperando.

– Podemos ir.

– Nossa.- Ele a admira enquanto se levanta.- Como você está bonita.

– Obrigada!- Regina agradece sorrindo.

Ela estava de jeans, botas, camiseta e casaco, nada demais para o garoto aparentemente ter gostado.

– Ei, eu vi suas fotos com os cavalos.- Henry comenta enquanto a acompanha para a porta.- São lindas.

– Amo cavalos.

– Eu também.- Ele sorri pegando a bicicleta.- Mas nunca vi um de verdade.

– Estou indo ver o meu cavalo agora.- Regina tranca a porta de casa.- Pode ir junto se...

– Eu quero.- Ele se apressa em responder.

– Vamos ligar para sua mãe então.- Ela ri.

Os dois colocam a bicicleta na carroceria e Regina diz assim que entram no carro:

– Coloque o cinto e me dê o número dela.

Ele faz o que ela diz e Regina liga para o trabalho de Emma enquanto dá partida no carro.

– Departamento de polícia, Milah falando.

– Milah, eu posso falar com a Emma?

– Quem deseja?

– Regina, sou amiga do Henry.

– Ok! Só um momento.


Emma estava se preparando para sair em uma diligência quando Milah a grita.

– Swan, uma tal de Regina na linha. Disse que é amiga do seu filho. Transferindo aqui.

– Valeu, Milah!- Emma agradece e atende curiosa assim que o telefone em sua mesa toca.- Regina!?!

– Oi, Emma.- A morena responde.- Bom dia!

– Bom dia!- Responde a linda loira, ainda curiosa.

– Emma, Henry está aqui comigo. Estamos no viva-voz.

– Oi, mãe.- Ela ouve o filho.

– Oi, querido. O que está fazendo aí?

– Vovô não foi me buscar e eu fui pra casa dele, mas ele não tava lá e Regina mora lá perto, aí me viu e me deu carona.

– Henry, deveria ter me ligado para falar sobre seu avô.

– Não queria te atrapalhar, mãe. Sei que aquela operação importante é hoje.

– Ei, você nunca me atrapalha.- Ela diz com um sorriso.

– Emma.- Diz Regina.- Estou indo ver meu cavalo no haras onde trabalho e pensei que talvez Henry gostasse de ir junto. Se você concordar, claro.

– Não sei não, Regina.

– Eu dava aula de montaria para crianças, sabia!?!- Regina sorri.- Vou cuidar bem dele e como ainda não sabe se pode confiar em mim, senhora policial, pode puxar a minha fixa ai. Regina Mills.

– É exatamente o que eu faria, mas já rastreei seu telefone.- Emma diz rindo.- Mas só pra saber, o Mills é com dois “L” mesmo?

– Sim, dois “L”.- Regina também ri.

– Vai, mãe, deixa!- Henry pede.- Eu vi um monte de fotos dela com cavalos. E nossa, mãe, ela está gata em todas.

– Está bem.- A loira concorda.

– Ôba!- Henry comemora com um grito.

O garoto comemora tão euforicamente que arranca risos das duas mulheres, então Regina completa:

– Vou pegar o número do seu celular com ele e te envio o endereço, assim pode passar por lá quando der e me ver trabalhando.- Ela ri.- Se certificar de que não sou uma sequestradora de crianças.

– Certo!- Emma diz rindo.- Mas não vai ser preciso, eu realmente acabo de checar você.

– Ah, não acredito nisso!- Regina se finge de ofendida.

– Bom, não é porque você tem um rostinho lindo e é simpática que vou soltar meu filho em suas mãos.

Ainda rindo, a morena agradece:

– Obrigada! Eu acho.

– Vou ter que desligar agora, mas se der eu passo sim pelo Haras.

– Certo!

– E se comporte, hein Henry.

– Sim, mãe, sempre! Beijo.

– Outro.

Elas desligam e Henry vai o caminho todo comemorando.


Emma mal sai do departamento de polícia e o toque de mensagem do seu celular já lhe chama a atenção. Um número desconhecido no WhatsApp.

“Só para provar que não sou uma sequestradora e que pode confiar seu filho ás minhas mãos, passando para deixar meu telefone caso queira falar com ele. Tenha um excelente dia de trabalho. Regina.”

E logo depois vinha um endereço nos arredores da cidade.

– Do que está rindo, Swan?- Milah pergunta a seu lado na viatura, enquanto dirigia.

– Aquela amiga do meu filho, a que ligou agora á pouco.- Ela coloca o celular no bolso da calça novamente.- Milah, por acaso já ouviu falar em Regina Mills?

– Muito. Criadora de cavalos muito conhecida. Sem sombra de dúvidas os cavalos dela são os melhores e ela dirige o haras da família, o mais conceituado do país.- Ela sorri.- Bae já fez aulas de montaria lá antes de ir morar com o pai.

– Ela é amiga do Henry e embora tenha puxado a fixa dela, é bom ter uma opinião.

– Puxou a ficha da mulher!?!- Milah pergunta rindo.

– Claro. Não ia deixar meu filho por aí com ela sem ao menos conhecê-la.

– Não se preocupe, é uma pessoa de bem.- Milah a olha sorrindo.- Além de linda, claro.

– O linda é apelido né, porque a mulher parece ter saído de uma pintura.

– Não sei como ainda não a conhece, ela sempre está na TV e em capas de revistas.

– Milah, mal tenho tempo pra comer, vou ficar folheando revista!?!

– É por isso que quando come parece que você está dando adeus ao mundo.

– Idiota!- Emma brinca a xingando.


Regina estava no cavalo com Henry quando seu celular vibra. O garoto estava sentado a sua frente na cela e os dois seguravam as rédeas, que ela diz soltando:

– Agora é com você, hein.

– Tá bom.- Ele sorri orgulhoso.

Ela pega o celular no bolso e sorri com uma mensagem da mãe dele, que ela já havia salvado o número.

“Terminei mais cedo do que esperava hoje. Gostaria de fazer companhia a Henry e a minha humilde pessoa durante o almoço? Emma.”

Ela responde rapidamente a mensagem:

“Adoraria. Onde nos encontramos?”

Logo chega uma nova mensagem de Emma em resposta:

“Estou vendo vocês agora mesmo.”

Regina olha para os lados a procurando ao mesmo tempo em que Henry grita animado:

– Mãe!

A morena olha na direção em que o menino acenava e lá estava a loira sorridente acenando de volta.


Emma sorri ao avistar o filho, ele parecia tão feliz. Ela o observava com Regina a alguns minutos e os dois eram só sorrisos em cima daquele cavalo.

Eles acenam quando a veem e vão até ela.

– Oi, mãe!- Henry diz quando se aproximam da cerca.

– Oi, querido.

– Que bom que veio.- Regina sorri e desce do cavalo, segurando as rédeas do mesmo.

– Vim verificar se não era mesmo uma sequestradora de crianças.- Emma retribui o sorriso.

– E então, passei no teste?

– Acho que sim.- A loira ainda estava rindo.- Então, vai me deixar te pagar o almoço? Conheço um lugar ótimo.

– Nada disso, mãe do Henry.- É Regina quem ri agora.- Henry e eu vamos levar Rocinante para a baia e “EU” vou te mostrar um lugar ótimo.

– Ok!- Emma levanta as mãos como que rendida.- É você quem manda.

Rindo a morena completa:

– Não vamos demorar mais que quinze minutos.- Ela puxa as rédeas do cavalo, com Henry ainda montado.- Só vou ensinar ele a tirar a cela e escovar o cavalo.

– Ok!- A loira sorri.

– Tchau, mãe.- Ele sorri animado de cima do animal.

– Tchau, querido.- Ela acena com a mão.


Algum tempo depois, que Emma passara observando e admirando o lugar, Regina diz quando os dois voltam:

– Pronto! Podemos ir.

– Então, já que você vai escolher o lugar ótimo, é só nos guiar.

– O lugar ótimo é ali.- Ela sorri indicando um lugar mais a frente com a mão.- Temos um dos melhores chefes da cidade.

– Ele sabe fazer hambúrguer e fritas?- Henry pergunta caminhando entre as duas mulheres.

Elas riem e Regina responde passando o braço pelos ombros dele:

– Não é o que eu como no almoço, mas acredito que saiba sim.

– Ótimo. Então eu vou querer isso.


– Já lavando as mãos, garoto.- Emma fala assim que pisam no restaurante.

– O banheiro dos homens é logo ali.- Regina aponta a direção.- E o nosso é ali.- Ela vai em direção a ele e Emma a segue.

– Nossa, ele é todo sorrisos hoje.- Emma diz a Regina enquanto lavam as mãos lado a lado na pia do banheiro.

– Ele é tão inteligente. Nos divertimos muito e além do mais, estou completamente apaixonada por ele.

– Henry é um carinha muito especial.- A loira seca as mãos na toalha de papel.- O que de melhor eu tenho na vida.

– Não duvido.- Regina concorda, também secando as mãos.

Regina estava de frente para a loira e ao se virar repentinamente para tacar o papel toalha na lixeira, acaba tropeçando na mesma e só não caí porque Emma é rápida em segurá-la.

– Ôpa, cuidado!- A loira diz passando os braços em torno dela, a prendendo pela cintura, mas de costas para si.

– Obrigada!- Regina fala rindo, tocando as mãos dela que repousam entrelaçadas sobre seu abdômen.

Uma mocinha entra no banheiro e para estática a porta ao vê-las daquela forma no mínimo inusitada.

– Senhora Mills.- Ela cumprimenta com um aceno de cabeça.

– Olá, Ashley!- Regina ainda ria da situação com Emma e ainda nos braços da loira se vira para olhá-la.- Vamos!?

– Claro.- Emma a solta.- Henry, impaciente como somente ele pode ser, já deve estar enlouquecido lá fora.

Emma segue Regina para fora do banheiro e ao passar pela mocinha que cumprimentara Regina, é brindada com um sorriso e um aceno de cabeça, retribuindo o cumprimento de forma idêntica.


O almoço é divertido e descontraído, com Henry feliz por ter conseguido seu hambúrguer.

Regina era uma mulher além de linda, como Emma havia reparado, extremamente importante ali dentro, pois mais de uma vez durante o almoço foram interrompidas por pessoas querendo o aval dela para alguma coisa. Era sempre educada, mas a loira percebera que muito rígida também no tratamento com quem trabalhava com ela.

– Me desculpe por isso.- A morena pede com um sorriso constrangido quando são interrompidas por uma quarta vez. Desta vez para que ela assinasse algo, que fora bem rápido.

– Não se preocupe.- Emma a tranquiliza.- Pelo jeito você só trabalha demais.

– Nos últimos meses tem sido tudo muito corrido. Estamos mudando algumas coisas aqui no haras e estou trabalhando praticamente todos os dias.

– Até no domingo?- É Henry quem pergunta.

– Até no domingo!- Ela responde com um aceno de cabeça.

– Caramba.- Ele lamenta.- É meu aniversário no próximo e seria legal se você fosse.

– Até lá eu consigo me programar.- Regina diz sorrindo.- A que horas vai ser?

– Ás onze e vamos fazer um churrasco na piscina do vovô, a dele é maior que a nossa.

– Ideia fantástica.- Ela olha sorrindo para Emma.- Eu posso ir?

– Que pergunta.- Emma responde também sorrindo.- É claro que pode.

– Está fechado então, garoto.

Regina estava amando o almoço com os dois, Henry e sua mãe eram extremamente divertidos. Ela só não pode deixar de notar a falta de uma aliança no dedo de Emma e que o garoto não falara uma única vez no pai.

Emma também estava gostando muito da companhia para o almoço. Regina não parecia nem de longe a mulher que Milah lhe descrevera. Ela era engraçada o tempo todo, prestativa, além de incrivelmente linda.

– Emma, o que acha de Henry e eu mostrarmos o haras para você?- Regina pergunta após a sobremesa.

– Olha, seria interessante, pois pelo pouco que vi esse lugar é lindo, mas eu não curto muito cavalos.

– Deixa disso.- Ela diz se levantando e puxando a loira pela mão.- Pelo menos me deixe tentar te fazer mudar de ideia.

– Não sei.- Ela se levanta ainda em dúvida e ainda segurando a mão de Regina.

– Ah, mãe, está com medinho, é!?- Henry as segue, implicando com a mãe.

– Até parece que tenho medo de alguma coisa.- Ela ri.- Eu só não gosto muito.

– Já que ela não tem medo, significa que nós vencemos, Henry.

O garoto comemora e os três deixam o restaurante do haras, com Regina ainda puxando uma Emma indecisa pela mão.


Os três estavam nas baias selando os cavalos, quando Regina diz ao notar Emma ainda relutante:

– Então, Henry, você acha que já consegue ir sozinho? Deixo você montar o Rocinante.

– Consigo sim!- Ele responde animado.

– Regina...

– Emma, fique tranquila que ele não corre perigo algum.- Ela acalma a mãe do garoto.- E além do mais, Rocinante é o meu cavalo e ele é extremamente dócil.- Ela sorri.- Você vem comigo.

– Está bem.- A loira ainda estava indecisa.

Olhando-a atentamente, Regina pergunta divertida:

– Isso tudo é medo?

Antes que Emma possa responder, a mesma mocinha do banheiro diz se aproximando dos três:

– Senhora Mills.

– Olá, Ashley.

– Sua mãe ao telefone. Ela disse que é importante e não consegue falar com a senhora pelo celular.

– Oops!- Regina diz pegando o celular no bolso da calça.- Sem bateria. Ashley, diga a ela que mais tarde...

– Ela disse que a tem ignorado por quase duas semanas e que meu emprego depende ou não de eu fazê-la atender ao telefone imediatamente.

– Wow!- Emma diz zombeteira.- Parece que alguém irritou e muito a mamãe.

– Ashley, pode ajudar os dois com as selas, por favor?- Regina pede se afastando deles.- E, Emma, não se esqueça que você vai no cavalo comigo.

A morena sai rindo, deixando Henry e Ashley rindo igualmente enquanto mexem nas selas dos cavalos.

Emma, sem entender nada, pergunta á moça loira:

– Ashley, o que ela quis dizer com isso?

– Que acidentalmente ela pode te derrubar do cavalo se quiser.

Henry e Ashley caem na gargalhada depois da cara de espanto de Emma.

– E acredite, com tudo o que ela está passando, eu não duvido disso.

Emma fica intrigada com essa declaração, mas logo a moça se perde em explicações sobre os cavalos e Henry não parava de falar um minuto, a enchendo de perguntas o tempo inteiro.

Regina não demora muito a voltar, ela fala com a mãe somente o necessário sobre um novo cavalo que estavam negociando e logo volta para as baias, deixando com que Ashley volte para o escritório.

Fora que Emma arrancara algumas gargalhadas na hora de montar o cavalo, o restante do passeio fora tranquilo.

A loira, que no início estava com medo do animal, estava muito relaxada e confortável agora, entre os braços de Regina, que estava em sua garupa e cuidava das rédeas, enquanto ela e Henry mostravam o lugar.

Henry estava animadíssimo e já demonstrava saber de tudo relacionado ao haras, pelo visto a manhã com Regina fora produtiva.

Depois do passeio, que termina somente por Emma ter recebido uma ligação do trabalho, eles deixam os cavalos nas baias e Regina os acompanha até onde a loira havia estacionado.

– Eu adorei o passeio, Regina.- Henry diz rindo.- Muito obrigado.

– E eu adorei ter você aqui.- Ela retribui o sorriso, segurando carinhosamente o queixo dele e o beijando no rosto.- Pode voltar sempre que quiser.

– E você pode namorar a minha mãe se você quiser, eu deixo!


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Notas finais do capítulo

E então pessoal, o que acharam?Gostaram de alguma parte em especial?Devo continuar?