Skyfall. escrita por Lê
Mac e Stella estavam de volta ao hotel, eles estavam no quarto dela e Mac podia ver o quanto ela estava nervosa andando de um lado para o outro.
Mac – Você esta bem?
Stella – Eu não sei. – parando de frente pra ele.
Mac – Eu vou deixar você lendo a sua carta e ver finalmente o seu presente. – apontando para os embrulhos em cima da cama. Ele da um beijo na testa dela e já saia do quarto.
Stella – Mac. – o fazendo parar. Ele vira-se pra ela. – Prefiro que você fique comigo. Por favor. – ela faz uma carinha de cachorrinho sem dono que Mac não resiste.
Mac – Você tem certeza? – ela apenas balança a cabeça a positivamente e Mac da meia volta e tira o paletó e senta-se na cama. Stella sorrir e senta em frente a ele e abre o envelope da segunda carta que o professor havia deixado pra ela.
“Minha filha,
Será que você já perdoou esse velho?
Acho que tem várias duvidas em sua cabeça, várias perguntas e acho que a mais pertinente é: Qual o nome da sua mãe?
E o nome dela é Esther, Esther Bonascera. E tem o mesmo significado do seu nome, ESTRELA.
Esther é a forma persa de Stella.
O sobrenome Bonascera ainda é da minha família, sua mãe escolheu para que ninguém pudesse achar vocês e eu sim. Quando ela chegou em Nova York teve que tirar documentos novos, ela inventou uma desculpa e os tirou com outro sobrenome.
E se quiser saber como ela era basta apenas se olhar no espelho, você é muito parecida com ela. Isso que te deixei de presente foi um quadro que ela pintou, um autorretrato e acho que deve ficar com você.
Um grande beijo minha filha!
Papakota.”
Stella termina de ler a carta já com lagrimas nos olhos e imediatamente ela abre o outro embrulho retirando a tela mas ela não tinha coragem de abrir.
Stella – Ai Mac eu estou com medo.
Mac – Eu te ajudo. – ele começa a abrir e os dois se maravilham com aquela pintura. As pinceladas eram suaves e no meio de uma mistura de tintas nascia um rosto, com um sorriso e cabelos esvoaçantes meio encaracolados, com grandes olhos verdes e pareciam que aqueles olhos estavam olhando na direção de Stella e ela cai no choro. Mac coloca a pintura sobre a cama a abraça e ele não sabia o que dizer, realmente a pintura se parecia com Stella.
Stella – Mac olha, olha essa é a minha mãe. – ela fala ainda abraçada a ele. – É ela Mac, eu queria tanto saber como era o rosto dela e agora eu sei. – Stella não sabia se ria ou chorava de tanta emoção. Ela levanta da cama e anda de um lado para o outro.
Mac – Calma Stella. – levantando-se também. – Vem cá. – ele a coloca diante de um espelho que havia no quarto e em seguida pega a tela e posiciona ao lado dela.
Mac – Você sempre quis saber como era o rosto da sua mãe, Stell, e você sempre soube, você é muito parecida com ela. – Stella olha o próprio rosto e depois a tela que ainda estava nas mãos de Mac. Então ela se vira e olha a tela de novo, tira das mãos de Mac e continua a olhar.
Mac – Ta vendo Stell, você é igualzinha a ela.
Stella – Eu sou Mac. – olhando com lagrimas nos olhos mas com um sorriso. – Eu sou. – andando até a cama, ela senta-se e em seguida coloca a tela sobre a cama novamente.
Mac – Você esta feliz? – ela o olha com um sorriso que faz nascer outro na boca de Mac.
Stella – Muito. – ela levanta-se e o abraça.
Mac – Eu fico feliz por você. Então que tal a gente almoçarmos?
Stella – Acho uma ótima ideia.
...
Mac e Stella almoçam e depois andam pela cidade afim de conhecer e Stella não cabe em si de felicidade.
Mac – Vejo que você esta muito feliz, Stell. – vendo o sorriso fácil dela.
Stella – E estou, Mac, muito. – o olhando, eles estavam de frente a uma vitrine olhando algumas joias. – Uma parte do meu passado que era totalmente desconhecido pra mim de repente vem a tona. Eu passei tanto tempo sonhando com isso, querendo saber como ela seria, Mac, como meu pai seria e agora eu sei, sei o nome deles, sei da minha origem.
Mac – Você quer um sorvete? E continuamos a nossa conversa?
Stella – Ok. – eles vão até um carrinho de sorvete que tinha do outro lado da rua. Mac e Stella pedem os sabores de suas preferencias e voltam a caminhar.
Stella – Quando eu era criança eu ficava imaginando o que teria acontecido para os meus pais terem me deixado naquele orfanato e eu dizia as outras meninas que eles voltariam pra me pegar, que eu tinha sido roubada deles e depois de um bom tempo elas ficavam perguntando quando eles iriam me pegar e eu não sabia mais o que responder e saia correndo para o quarto chorando e elas ficavam perguntando sempre e um dia eu gritei bem alto que ninguém mais iria me pegar porque eu não tinha mais ninguém e eu não queria mais ninguém e eu iria me virar sozinha. – eles param um de frente para o outro. – E então desde esse dia elas param de me bater e eu deixei de falar nesse assunto. – ela termina de falar com lagrimas nos olhos e Mac faz um carinho no rosto dela enxugando a lagrima que escorria.
Mac – Eu mais do que ninguém sei como é isso Stell. Deixar de falar num assunto que te machuca.
Stella – Eu sei que sabe. – eles voltam a caminhar em direção ao hotel. – Por isso você nunca fez muitas perguntas sobre o meu passado.
Mac – Assim como você também não foi bisbilhotar meu passado e sempre se contentou em saber apenas o que eu dizia e sei o quanto você é curiosa.
Stella – Eu curiosa, Mac?! – batendo de leve no braço dele. Eles riem.
Mac e Stella entravam no hotel quando um dos funcionários os abordam.
Funcionário - Srta. Bonascera.
Stella - Pois não?
Funcionário - A senhorita tem uma visita que a aguarda no restaurante.
Stella - Me esperando? Quem será?
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