Impossibilidades Perina escrita por Lilith


Capítulo 68
Capítulo LXVII


Notas iniciais do capítulo

Yey olha quem voltou!!! Quase um mês depois (um mês bem difícil diga-se de passagem) pude voltar com capítulos novinhos para vocês!
Pra quem nem lembra em que ponto da história paramos (vale reler o último cap), Karina foi consolar o Pedro no quarto dele e acabaram adormecendo.
Quero dedicar esse capítulo a Mirella Gadelha, gatinha muito obrigada pelas palavras, adorei a recomendação! E também dedicar para cada um de vocês que favoritaram (já somos mais de 200) e cada pessoa que acompanha a história.
Aproveitem a leitura!



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"Um abraço verdadeiro conforta tudo"

Karina despertou. Desorientada pelo sono, sentiu que algo parecia errado. Mexeu-se na cama e percebeu um corpo quente limitando seus movimentos. “Pedro” recordou-se. Então ela estava no quarto do namorado, mas como pegara no sono? Passando os olhos pela escuridão à sua volta, encontrou o relógio que apontava a hora, piscando em vermelho: 2:30.

–Puta que pariu! – levantou-se em um rompante, despertando o namorado com o susto.

–Esquentadinha? – chamou confuso.

–Preciso ir para casa! Como isso foi acontecer? Meu pai vai me matar!

–O quê... – continuou confuso, sendo interrompido pelo incômodo da claridade quando a namorada acendera a luz. –Nós dormimos. – compreendeu por fim, coçando os olhos.

–Isso não podia ter acontecido, eu estou ferrada! – lembrou do celular no bolso e o pegou, conferindo quantas chamadas perdidas tinha de seu pai. Somente uma sms da irmã mais velha.

Onde vc tá sua maluca? Te cobri, falei para a Dandara que vc já tava dormindo. Toma cuidado quando chegar.”

Karina suspirou aliviada, aparentemente o pai não tinha descoberto sua ausência. E agora?

–Meu pai não percebeu, a Bi mentiu para me acobertar. – declarou, ainda de pé ao lado do interruptor.

–Salve cunhadinha. Por que essa cara? Deveria estar feliz que a fera não vai te matar.

–Não gosto de mentir, muito menos de fazer os outros mentirem por mim.

–O mestre sogrão não é lá muito compreensivo. E nós não tivemos culpa de pegar no sono, olha aí, dormi de tênis. – apontou para os pés.

–Ele não acreditaria. – a lutadora aceitou, penteando o cabelo para trás com a mão.

–Não. – Pedro concordou.

–E agora o que eu faço?

–Apaga a luz e volta pra cama.

–Mas Pedro...

–Mas nada, se você não reparou está chovendo. Não vou deixar você sair daqui essa hora e ainda no meio da chuva, correndo o risco de ser atingida por um raio.

–Dramático.

–Realista. É só amanhã você acordar mais cedo que o galo e ir direto para a academia. O mestre nem vai perceber que você não dormiu em casa. – explicou, mas logo em seguida encontrou uma falha em seu plano. – Ah não, para isso você precisa da chave.

–Eu tenho uma cópia da chave no meu chaveiro, você nunca reparou?

–Tem? Achei que você pegava a do seu pai.

–Não, eu tenho a minha. E eu tenho roupa de treino no meu armário, acho que pode dar certo. – comentou, ainda avaliando o plano.

Pedro tirou os tênis, meias, jeans e a camiseta e pegou um short na gaveta para dormir. A namorada o encarava, então ofereceu:– Quer algo para dormir?

–Nah, estou bem assim.

–Muitooo bem. – concordou sentando novamente na cama, sem desviar o olhar dos atributos da namorada, que deslizava o próprio jeans pelas pernas, de costas para ele. Parecia que fazia para provocar.

Karina olhou para o interruptor e de volta para ele, uma pergunta em seu semblante. Apagou a luz e voltou para a cama, entrando embaixo do edredom.

–O que foi? – Pedro quis saber.

–A luz. Estava acesa quando dormimos. Você apagou?

–Não, eu só acordei com você.

–Que estranho. Será que foi sua mãe?

–Pode ser.

Pedro distraiu-se com a melodia da chuva caindo ao fundo.

Pedro POV

Me animei assim que vi ela tirando o jeans, revelando uma calcinha branca que a deixava mais gostosa ainda. Fiquei torcendo para ela tirar a blusa também quando se virou, mas a expressão em seu rosto me distraiu. Não revelei que fui eu a apagar a luz, Esquentadinha do jeito que é não entenderia que eu só não a acordei porque queria passar mais um tempo com ela. Não temos tido muito tempo assim, sozinhos.

E dormir com ela em meus braços é a melhor sensação que já experimentei. Ela é toda pequena e quando deitamos parece se encaixar como se tivesse sido moldada para o meu corpo.

Suspirou. Nessas horas eu queria já ter mais de dezoito, ter meu próprio apartamento e sem o sogrão para mandar e desmandar na vida dela. Logo, espero.

Enviamos a demo para o Dinho Ouro Preto e ele prometeu dar uma força para alavancar nossa carreira. E então eu poderei ter minha própria vida. Não que a minha vida seja ruim agora, morar com os pais tem muitos benefícios. Mas ser uma estrela do rock envolve ter meu próprio canto.

A K conversava comigo, mas eu não estava prestando muita atenção, pensando como seria minha vida daqui alguns anos. Então ela mordeu meu queixo e meu corpo pareceu direcionar a atenção para ela, os pensamentos de segundos antes, totalmente esquecidos.

Narrador POV

–Em que planeta meu namorado maluco estava?

–Em um onde nós dois podíamos levar a vida como queríamos. Sem pais para nos regular.

–Parece bom, me conta mais.

–Você já sabe o que quer fazer daqui alguns anos K?

–Ai não Pê, você também? Já não basta a pressão do vestibular?

–Você vai fazer vestibular?

–Você não?

–Vou, meu pai disse que só me apoia na música se eu fizer uma faculdade.

–Pelo menos ele te apoia. O meu pai quer que eu faça uma faculdade para desistir da luta.

–Pensei que ele tinha dito que a escolha era sua.

–E é. Mas ele tem certeza que se eu iniciar uma faculdade, vou ver que a luta é só fogo de palha. E não é assim sabe, eu não consigo me imaginar fazendo outra coisa.

–Eu vou tentar Música. Você podia sei lá, tentar Educação Física?

–Ainda não sei. É que parece uma coisa tão definitiva sabe? Como se você realmente precisasse fazer isso para o resto da sua vida?

–Normalmente é assim mesmo. Mas algumas pessoas levam anos para se encontrar.

–Esse é meu medo, perder anos da minha vida fazendo algo que no fim não é o que eu realmente quero. Mas como a gente descobre isso? Por mim focaria só na luta, me graduaria e disputaria campeonatos. Você sabe que eu quero ganhar o mundo.

–Nisso concordamos. Eu quero ganhar o mundo com minha música. Será que estamos sonhando alto demais?

–Nunca vamos saber se não tentarmos. Com o dinheiro que pretendo ganhar, posso até abrir a minha própria academia depois.

–Que nem o mestre Gael? Mas você vai herdar a academia dele Esquentadinha.

–Ai Pê, meu pai é super jovem. E ele sempre se gaba de como é bom conquistar as coisas com o próprio dinheiro.

–Me parece que você tem um plano Esquentadinha. E digo mais, parece que você tem um plano B também.

–Meu pai acha que eu preciso de um plano B que não envolva Muay Thai.

–Seu pai acha coisas demais.

–Mas será que ele não tem razão? Não sabemos o dia de manhã.

–Eu acho que você é jovem para tomar todas essas decisões. A vida só tá começando agora linda, um passo de cada vez. Pode ser?

–Pode. Mas eu ainda preciso decidir da faculdade.

–Não agora. Você ainda vai fazer o vestibular, depois você vê.

–Tem razão, ainda tem alguns meses. Eu tô bem tensa. E se eu não passar?

–Você não vai saber se não tentar. Dizem que é difícil e acho que a tensão não ajuda. Deve dar aquela dor de barriga...

–Pedro!

–Que foi? Agora eu que fiquei nervoso. Sabia que uma das melhores faculdades de música fica aqui no Rio?!

–Sério?

–Sim, tem a Unirio e a UFRJ. Mas as melhores mesmo estão em Porto Alegre, BH e São Paulo.

–E você vai tentar em todas?

–Só as daqui e de São Paulo. Não me imagino morando no Sul, lá é gostoso, mas é muito longe de casa. E Belo Horizonte, você sabe que o Johnny nasceu lá?

–Não. Jura?

–Aham. Quando era moleque ia passar as férias lá direto. A cidade é top, mas não é meu Rio de Janeiro. E não tem praia.

–Nossa, o Johnny é o mineiro com mais sotaque carioca que eu já vi. E não te imagino morando longe de praia mesmo.

–A gente devia ir mais à praia sabia? Aproveitar.

–Deixa só passar as provas. É guitarrista maluco, parece que você tem um plano também.

–Isso se eu passar no vestibular.

–Você vai.

–Nós vamos.

–Ainda nem sei o que quero fazer.

–Você tem cara de...Jornalismo? Já pensou, você virar Garota do Tempo? Elas são muito sexy e...

–Elas são o que Pedro? – Karina interrompeu o namorado.

–Inteligentes. Muito inteligentes.

–Babaca. Não me imagino em frente uma câmera, sou tímida esqueceu?

–Então você pode ser... veterinária!

–Veterinárias são gostosas também? – Debochou.

–Não, gostosas são Dentistas.

–Ah bom saber! Por isso você não reclama de ir ao dentista, bem que eu desconfiei. Cagão desse jeito e não tem medo de dentista. – resmungou.

–Ei, eu não sou cagão.

–Sua dentista é gostosa Pedro?

–Minha namorada é gostosa.

–Responde minha pergunta.

–Que pergunta?

–Ah Pedro! Na próxima consulta eu vou te acompanhar!

–Esquentadinha e ciumenta!

–Não me toca.

–Ficou brava? – o músico riu. –Esquentadinha?

–Me deixa.

–Ah não, deixa de ser boba. É só você que me interessa.

–Nem adianta vir com esse papinho.

–Mas é verdade! Me dá um beijo!

–Não.

–Beija?

–Não. Pede para a sua dentista!

–Você fica tão linda ciumentinha.

–Tá escuro, você não tá me vendo.

–Eu conheço bem essa cara. Amor, deixa de bobeira.

Pedro tentou puxá-la para perto, mas ela o empurrou, dando início a uma luta entre eles, onde a garota terminou com o rosto afundado no colchão, o corpo dele prendendo-a e as mãos segurando os pulsos dela.

–Me solta. – pediu virando o rosto de lado para respirar.

–Só depois que você ceder.

–Nos seus sonhos. Chegue mais perto então.

–Assim você pode me morder? Primeiro você se rende, depois eu chego mais perto.

–Isso não vai acontecer.

–Então acho que vou ter que reverter isso. – se aproximou do pescoço da namorada, passando a língua em um movimento preguiçoso. Ela se arrepiou.

–Pare. – Karina pediu e para mostrar que ele não estava brincando mordeu-a no ponto entre o ombro e o pescoço.

Karina sentiu o corpo estremecer, a raiva começando a dissipar ao sentir o calor do corpo dele prendendo o seu. Ela tentou novamente se soltar, o movimento não ajudou, fazendo o bumbum esfregar contra ele que não pode evitar endurecer. Pedro recuou o quadril, tentando esconder a reação que ela lhe causara, mas foi só ela tentar movimentar a perna para se soltar que ele ignorou qualquer timidez e desceu o corpo novamente sobre o dela, a ereção acomodando-se confortavelmente em seu bumbum. Pedro distribuiu beijos pelo ombro, indo em direção às costas, plantando beijos e fazendo um caminho com sua língua pela nuca, onde ele roçou o nariz, absorvendo seu cheiro. Ela sentiu a respiração quente contra a sua pele e sua voz saiu rouca ao protestar.

–Não está funcionando.

Ele riu e falou próximo de seu ouvido:– Eu não estou mesmo com pressa. – sua boca desceu no pescoço dela, a língua provocando a pele. E o calor entre as coxas dela se transformou em uma batida pulsante. Sem perceber, ela se viu levantando o corpo em direção ao dele, seu bumbum esfregando ainda mais, seduzindo-o.

Ao sentir que ela tinha relaxado, se aventurou a soltar os pulsos, percorrendo as mãos pelos braços em direção à lateral do corpo, onde ele deslizou até encontrar a barra da blusa, tirando-a. Encontrou o fecho do sutiã e abriu, as costas enfim ficaram nuas. Pedro percorreu com a boca todos os pontos ainda inexplorados e Karina se deliciava com a carícia. Quando ele mordiscou na região das costelas, bem próximo do seio, ela finalmente se rendeu, voltando as costas para a cama. Ele procurou o abajur ao lado da cama, preenchendo o ambiente com uma meia luz. Ao endireitar-se, encontrou aquelas duas piscinas azuis o encarando.

Posicionado entre as pernas dela, ele percorreu com os olhos o que ele tanto queria ver mais cedo. Tão linda, pensou. Desceu as mãos pela barriga dela e brincou com o elástico da calcinha branca, os olhos voltando a encontrar os dela. Enroscando a mão naquele cabelo bagunçado, ela puxou para baixo a cabeça dele e o beijou intensamente. As mãos dele apertaram as curvas dos seios, o polegar brincando com o mamilo e quando ele separou os lábios para mover-se abaixo, ela sabia que não conseguiria impedir-se de gemer. As costas dela arquearam-se conforme ele sugava. Karina puxou novamente a cabeça e mordeu os lábios dele, engatando outro beijo. Pedro tinha uma boca maravilhosa e ela adorava sentir sua suavidade. Deslizando seus lábios ao longo da mandíbula e sobre o pescoço dele, ela tentou devolver um pouco da sensação que ele lhe causara.

Ele percorreu a coxa dela com a mão e ao encontrar novamente com a peça que restava, não hesitou em tirá-la. Ela deixou-se cair novamente no travesseiro, enquanto ele se protegia e sentiu uma mão forte apertar sua perna, separando suas coxas novamente. Para Karina esse sempre era o momento preferido, quando ele a invadia lentamente ao mesmo tempo em que se olhavam nos olhos. E ela se sentia preenchida em todos os sentidos. Feliz.

Voltaram a se beijar enquanto ele batia o corpo para dentro e fora dela. Dessa vez não houve nenhum incômodo ou dor, parece que o corpo dela finalmente tinha acostumado ao dele. O suor escorria entre eles conforme o ritmo aumentava, os gemidos cada vez mais frequentes, mesmo que baixos. Logo Karina sentiu o momento em que seu coração acelerava tanto que parecia que ia explodir, a respiração parecia insuficiente e o os espasmos internos iniciaram, trazendo aquela sensação maravilhosa que até pouco tempo atrás ela nem sabia existir. Pedro a admirava enquanto ela mordia o próprio lábio, o corpo estremecendo embaixo dele. O relaxamento se instalou e ela sorriu, buscando os lábios do namorado que mantinha seu ritmo em busca do próprio ápice.

–Posso te fazer um pedido? – Pedro se aventurou, sem fôlego.

–Claro.

–Vira novamente de costas?

Karina ficou um pouco sem jeito e insegura, eles ainda não tinham tentado uma posição diferente. Será que existiam muitas? O que será que ele ia fazer? Se perguntou, sentindo-se totalmente inexperiente.

–Relaxa, se não quiser tudo bem.

Ela lembrou-se que estava com Pedro, ele não ultrapassaria limites. E ele tinha lhe prometido ensinar seja lá o que tivesse para aprender nesse sentido. Convencida, ela se virou, deitando de bruços na cama.

Deitado sobre ela, com o peito sobre as costas dela, ele beijou a bochecha dela, o ombro e o pescoço enquanto se ajeitava para penetrá-la novamente.

–Te amo. – sussurrou no ouvido da namorada que sorriu em resposta.

No início a lutadora teve receio, por não saber qual a real intenção, mas ele só queria ela assim de costas para ter uma visão da parte do corpo que ele mais gostava, o bumbum. Então era isso que queriam dizer quando falavam que os homens eram muito visuais, Pedro estava claramente muito excitado. Enquanto ele estivesse no buraco certo, estava tranquilo. Mas ele que não viesse com a ideia de querer algo a mais, que aí sim ele veria o quanto ela é Esquentada.

Karina não sabia se era por estar sensível pelo orgasmo, ou se era a posição, mas sentiu uma sensação incrivelmente prazerosa quando ele voltou a penetra-la. Ele tinha levantado o corpo, como se estivesse ajoelhado entre as pernas dela e mantinha uma mão firme no quadril dela enquanto a outra apertava a nádega. Ele era louco por essa bundinha e vê-la, senti-la dessa forma estava deixando-o louco. Aumentou a intensidade dos movimentos e apesar da insegurança, a namorada viu-se empinando cada vez mais para recebe-lo. Depois de um tempinho ela precisou morder o travesseiro para evitar gemer alto. Pedro não aguentou muito tempo, chegando ao seu limite deliciosamente.

Deitou sobre ela, cobrindo-os e abraçou-a, fazendo carinho até que acabaram adormecendo novamente.


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Notas finais do capítulo

Quero saber o que vocês acharam do hot, comentem ok?
Devo liberar mais dois capítulos até amanhã, é que não estou muito contente com eles ainda.
Beijos e em breve respondo os comentários que fiquei devendo!



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