Impossibilidades Perina escrita por Lilith


Capítulo 59
Capítulo LVIII


Notas iniciais do capítulo

Eu tenho leitoras muito exigentes, sabiam? Já falei o quanto vocês são especiais para mim?
Sério gente, eu não esperava por todo o carinho que recebo, nunca imaginei que teria tantos leitores, nunca imaginei que isso fosse tomar a proporção que tomou. E estou muito contente com tudo!
Revi os comentários desde o início da fic, loucura eu sei. Gostaria que ninguém sentisse ciúmes pelas dedicações, é realmente muito difícil poder agradar à todos e cada um de vocês é especial.
Esse capítulo eu preciso dedicar para a Kerow, Cá como eu conheço. Porque ela fez uma recomendação muito linda e pelo que ela sempre me fala quando conversamos. Eu sempre vou agradecer quem recomendar a fanfic, porque quando fazem isso, vocês gastam o tempo de vocês e normalmente eu me emociono com isso.
E quero perguntar, vocês acham que eu também não sinto ciúmes? Quando estou passeando por outras fanfics e vejo que um leitor que acompanha IP, recomendou uma fic e não recomendou a minha? Mas isso é algo que tem que ser espontâneo e acho que é exatamente isso que faz ser especial.
Não costumo obrigar ninguém a comentar, favoritar. Peço sim, mas não deixo de postar por isso, não acho justo. Como eu disse, vocês retribuem com carinho e eu não tenho do que reclamar.
Bom eu preciso dedicar esse capítulo também, para três leitoras que mais comentaram a fic até hoje. Elas me acompanham desde quando comecei a postar e comentam em todos os capítulos praticamente e eu nunca agradeci por isso. Então Angel of death, Mylla Thompson e Myrella Gadelha, obrigada por tudo!
Naah Barbosa, Espovato, Blímed e Agarotadoforninho também comentam bastante. Muito obrigada!
E quem não apareceu aqui, não fique triste. Ainda vai ter capítulo para você, ok?
Babi, você também moça, pela ideia que ao ler você vai saber qual foi.
E muito obrigada a cada uma de vocês, por todo o carinho! As meninas do whatsapp, do twitter e da ask!
Espero que gostem



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–Pensei que estivesse morta de cansaço, linda.

Estavam deitados de conchinha, ele fazendo carinho nela enquanto tentava pegar no sono. Mas ela parecia inquieta.

–E estou.

–Não consegue dormir?

–Existe algo que você não pegue no ar? Sei lá, meu corpo está cansado, mas a cabeça parece que não desliga.

–É pelo que fizemos? Se arrependeu?– perguntou preocupado.

Ela virou-se, acariciando o rosto dele.

–Olha para mim Pedro Ramos. Pareço arrependida?

–Não.

–Pareço o que?

–Feliz.

–That's right. - deitou a cabeça no peito dele e o abraçou. – Pê, como era mesmo o poema?

–O quê? Você não prestou atenção Karina Duarte? - fingiu-se ofendido.

–Claro que prestei!

–Prestou nada, tava concentrada em outras coisas que eu sei.

–Ah há, tipo o quê? - perguntou levantando a cabeça para olhá-lo.

–Em tudo isso! – respondendo animado, pegou a mão dela e deslizou pelo tórax dele.

–Tudo isso? - reprimiu um sorriso.

Tudo isso.

–Pois é melhor você saber. - falou rolando o corpo sobre o dele e o beijou.–Que tudo isso. - beijo. -Agora é meu!

–Seu é?

–Só meu.

–Entendemos o recado.

–Entendemos?

–É, eu e o Mick Jagger.

–Mick Jag...ai Pedro! Como você é bobo moleque!

–Você me deixa bobo. - beijou a pontinha do nariz da namorada que sorriu com a confissão. - Eu adoro isso.

–O quê?

–Como eu ainda consigo te deixar sem graça com essas minhas cantadas toscas.

–Isso é porque você desperta um lado bobo em mim. - ele ia comentar algo, mas ela silenciou-o com o dedo em seu lábio. - Isso é uma das coisas que eu mais gosto na gente. Você desperta um lado meu que eu não conhecia.

–Saquei, tipo você usar aquela lingerie cheia de frescura só para mim?

–Eu não... - Karina ficou totalmente sem graça e desviou o olhar.– Não foi para você.

–Óbvio que não, afinal é a sua cara usar renda rosa no dia a dia. - ele estava com aquele sorriso convencido, que Karina achava incrivelmente irritante.

–Não devia ter usado nada! Fica tirando onda comigo. - Empurrou-o, sentando em seus calcanhares. Ainda sobre ele.

–Estou em dúvida do que é mais adorável: você toda vermelinha ou emburradinha. - apertou as bochechas dela, que tirou as mãos dele dali.

–Eu não sou adorável! Adorável é cachorro, filhotinho de gato, aqueles ursos pandas. Não eu!

–Uh a Esquentadinha chegou!

A lutadora foi tentar sair da cama, mas ele foi mais rápido, puxando-a e girando os corpos. Deitando por cima dela, prendeu os pulsos ao lado da cabeça.

–Quem disse que você podia fugir? - perguntou, baixo.

–E desde quando eu preciso de permissão? Só queria ouvir novamente o poema e você fica de palhaçada.

–Esquentadinha. - ele encarou a cabeceira da cama que era repleta de fotos deles por alguns momentos. Suspirou e enfim a olhou nos olhos.Amar é encontrar um lar no olhar. Quer se ver no meu olho?

Se encararam e ela sorriu. Ficava brava em segundos, mas esse "moleque" às vezes conseguia fazer a raiva passar tão rápido quanto.

–Algum pensamento que queira compartilhar? - ele perguntou, achando que ela sorria "dele" e não "para ele".

–Amo você.

Pedro provocou aproximando-se dos lábios dela e recuando no último instante. Repetiu a brincadeira, roçando os lábios e recuando antes que ela pudesse prendê-lo em um beijo.

–Não me provoca. – ela pediu.

Atrevido, ele beijou o pescoço dela, depois afastou um pouquinho soprando ar quente na pele úmida. Karina se arrepiou por completo com aquela carícia. Tentou soltar-se, mas o aperto em seus pulsos permanecia firme.

–Me solta. - pediu enquanto ele voltara a beijar o pescoço, fazendo um caminho até o queixo.

–E o que ganho em troca?

–Só pra checar, você sabe que se eu quiser realmente me soltar, eu consigo né?

–Sei, mas gosto de imaginar que tenho um pouco do controle aqui.

Ela riu.

–Vou te dar esse gostinho. O que você quer em troca?

–Pergunta perigosa, essa.

–Acho que vou arriscar. - ela respondeu, adorando o ar de desafio sexy, implícito na voz e no sorriso dele.

–Assim fica difícil me concentrar. - tomou os lábios dela com vontade.

–Pedro.

–Ok. Fico feliz se você prometer que vai usar mais disso. - mergulhou o rosto no decote da regata dela e puxou levemente o sutiã rosa com os dentes.

Ficou perdida entre o tesão e a vergonha, afinal ele tinha acabado de caçoar dela exatamente por isso.

–Diz que sim? – ele pediu novamente.

–Pra quê? Pra você ficar rindo de mim?

–Rindo? Karina você tem problema de memória? Tipo a Dory?

–Que Dory?

–Do Nemo.

–Ah a peixinha! Não...

–Quando eu te vi de sutiã ontem eu comecei a rir?

–Não.

–Não mesmo. Na verdade acho que eu fiz algo como isso. - desceu a boca em seu maxilar, beijando toda a pele que estava exposta por ali. Empolgado desceu até a barriga dela, subindo meio desajeitadamente a blusinha com a boca. Distribuiu beijos molhados em toda a volta do umbigo, fazendo-a se contorcer. Depois voltou a encará-la.– Posso te fazer lembrar de mais, assim só se você quiser. - provocou.

–Aham. E aí você pode me zoar de novo depois, como fez agora pouco.

–Na verdade eu queria mesmo é dizer que você fica linda assim. Não sou muito bom com palavras.

Karina riu alto.–É um cara de pau, isso sim!

–Eu gosto de brincar contigo. É sério, quando eu vi o que você estava usando, fiquei...louco! Promete vai? E eu te solto.

–E se eu não prometer?

–Te solto também, porque meu braço já tá doendo.

Ela riu novamente. -Cadê aquele Pedro dominador?

–Você sabe que eu não vou te obrigar a nada.

–Digamos que de vez em quando eu posso usar. Faça por merecer. - sussurrou a última parte. E prendeu as pernas no quadril dele, incentivando-o para baixo. Ele soltou sua mãos, que foram diretamente para o seu cabelo, puxando-o para um beijo.

O beijo foi ganhando intensidade e rolaram na cama, Karina ficando por cima. Mãos passeavam pelo seu corpo e logo a blusa do pijama foi atirada para longe. Ele sentou e a arrastou consigo, as mãos forçando o quadril dela contra o seu. Apertou, fazendo-a suspirar. Ela jogou a cabeça para trás enquanto sentia ele beijar toda a extensão do seu pescoço.

A lutadora resolveu provocá-lo e o empurrou para trás, deitando-o novamente. Sentada sobre ele, percorreu com seus dedos peito e barriga. Beijou a boca dele e desceu para o queixo, mordendo suavemente. Desceu a boca pelo peitoral dele, depositando alguns beijos e sugando levemente enquanto rebolava quase discretamente, roçando suas partes íntimas.

Em um certo momento, ele prendeu a mão nos cabelos, a puxando para sua boca e a agarrando avidamente. O suor escorria por seus corpos e a boca dele parecia inchada pelo tesão.

–Te quero. Tanto.

–Sou teu. –soltou o sutiã e percorreu as mãos pelas costas dela, que mordeu o ombro dele. Ela moveu-se e ele sentiu os seios esbarrando em sua pele, perdendo totalmente o controle. Ficando novamente por cima, ele empurrou contra ela enquanto descia a mão para tirar-lhe o short. Congelou. –Não podemos. Eu não tenho mais.

–O quê? Por quê?

–Não achei que faríamos de novo. Nem me toquei que precisava de mais.

–Mais? Camisinha?

–Desculpa. Eu sou um idiota!

Karina levantou da cama, indo até o guarda-roupa.

–K não fica chateada, por favor. - pediu.

Ela não respondeu, no momento estava com metade do corpo dentro do móvel, enquanto buscava por algo.

–Eu sei que está aqui em algum lugar. -comentou mais para si mesma. Abaixou e começou a fuçar gavetas, ele olhava sem entender nada.–Yeah! Agradeça a Bianca. – falou virando para o namorado enquanto tirava uma camisinha de uma bolsinha.

Ele sorriu, pegando-a no colo e levando-a de volta para cama. Beijaram-se e finalmente livraram-se do short que ela vestia. A calcinha indo em seguida. Ele tirou a cueca e se protegeu. Deitando-a na cama, ele afastou suas coxas, ficando no meio. A lutadora não pode evitar ficar um pouquinho tensa quando sentiu a leve pressão.

–Tudo bem? - ele perguntou e embora estivesse já dentro dela, estava totalmente parado. Sabia que ainda devia doer e não queria machucá-la.

–Aham.– respondeu, o coração acelerado e o corpo pedindo por mais. -Mova-se.

Ele riu.–Você é muito mandona!– com uma mão no quadril dela e a outra apoiada na cama, ele passou a mover-se, ainda lentamente. Ela buscou seus lábios e fecharam os olhos, embalados pelos movimentos.

Doendo? quis saber por sentir que ela não estava totalmente confortável.

–Sob controle. Isso tá bom, não para! – ela pediu, a respiração descompassada.

Agora sem a música no fundo, eles conseguiam ouvir a respiração um do outro. Pedro foi aumentando o ritmo conforme o corpo pedia. Ela era incrível e ali, naquele momento, ele só conseguia pensar que estava dentro dela. Sua Esquentadinha.

Karina apertou o ombro dele e abriu os olhos, encontrando-o olhando-a de volta. Trocaram sorrisos e ele aumentou novamente o ritmo. Ela acariciava a nuca dele, massageando os lábios dele com os seus. Aquela língua quente deslizou para dentro de sua boca e ela se apertou mais contra ele, ajudando nos movimentos. Não demorou muito, ela sentiu que ele chegava ao ápice. Ela estava quase.

–Só mais um pouquinho! - pediu, mas ele já tinha parado. Entendendo, ele desceu a mão e passou a acariciar o clitóris em movimentos circulares. Até que sentiu-a contrair-se.

Ela fechou os olhos e mordeu o próprio lábio, enquanto sentia os espasmos dominarem-na. Suspirou, tentando acalmar a respiração. Ele retirou-se com cuidado e beijou sua testa, deitando ao seu lado. Ambos tentando acalmar as reações do corpo e totalmente relaxados.

Alguns minutos depois, ela já estava deitada em seu peito e ele acariciava seu cabelo.

–Sou um idiota. - constatou.

–Relaxa Pê. Deu tudo certo.

–Na verdade eu não sei se fico feliz ou chocado por vocês terem isso aqui.

–Chocado por quê? Machismo agora não.

–Não, nada disso! Mas sei lá, se eu fosse filha do Gael morreria de medo dele encontrar algo assim.

–Meu pai é meio linha dura, mas ele nunca mexe nas nossas coisas.

–Sorte sua, minha mãe encontrou uma vez, acho que ela tava arrumando minha gaveta. Levei o maior sermão.

Karina riu. -Quantos anos você tinha?

–Acho que quatorze.

–Você levou um sermão, eu ficaria de castigo para sempre. - brincou. – Mas quem arruma as gavetas é a Beth e ela jamais contaria algo assim para o meu pai. Falando nisso, vou ver se o lençol já secou. Se não amanhã esquecemos e eu não quero deixar nenhuma dica.

–Podemos aproveitar e fazer um lanchinho? Tô cheio de fome.

–Boa. Vem comigo. – levantou em busca de suas roupas.

Na cozinha...

–Pê o que você inventou para seus pais sobre não dormirmos lá hoje?

–Não inventei.

–Você contou? – desesperou-se.

–Não, só falei para o meu pai que queríamos ficar sozinhos. O que ele falou para minha mãe, eu não sei.

–Você é doido.

Depois que terminaram de comer, Pedro lavou toda a louça que estava na pia e Karina guardou. Inclusive a do jantar que tiveram mais cedo.

–Está com sono agora? – ele perguntou.

–Pior que não. Você está?

–Mais acordado que nunca.

–O que acha de jogarmos vídeo game?

–Você tem? Como eu nunca soube disso?

–Não deixo instalado porque a Bianca vive estragando o controle. Sou meio ciumenta com isso.

–Se fosse só com isso!

–Com tudo o que é especial pra mim, tá bom?

–Ok. O que vamos jogar?

–Guitar Hero?

–Coitadinha! Pronta para ser destruída?

–Eu? Cuidado moleque, você não sabe, mas está falando com uma lenda.

–Essa eu quero ver!

Ela correu para buscar o vídeo game e instalaram na sala.

Jogaram por horas e quando Pedro decidia cantar junto com a música, Karina xingava porque errava para tampar os ouvidos. Foi divertido porque ela era realmente boa e as disputas foram acirradas.

–Já pensou em aprender a tocar, K?

–Não.

–Você leva jeito, só acho.

–Claro, porque tocar pelo controle tem tudo a ver com as cordas né.

–Ah sei lá, coordenação você tem.

–Você me ensinaria?

–Quando você quiser amor.

–Na verdade tem algo que eu sempre quis aprender.

–O quê? Se eu puder te ensinar...

–Andar de skate.

–Skate? Sério?

–Aham.

–Acho maneiro garota que anda. Com certeza precisamos tentar!

–Vamos amanhã?

–Não podemos. O mestre pediu para não sairmos e eu vou cumprir a promessa.

–E se chamarmos o Cobra para ir junto? Ele ajuda caso algo aconteça.

Pedro ficou sério e se levantou.

–O que foi? Não tá com ciúmes né, porque...

Ele a interrompeu.–Apenas obrigado por me lembrar que eu não sou capaz de te proteger.

–Não é por você Pedro, é para o meu pai ficar tranquilo. Estamos falando do Lobão e isso não é qualquer coisa. Você sabe.

–É, eu sei. Desculpa. Isso ainda me machuca.

–E se eu te ensinar defesa pessoal?

–Você? Não sei se é uma boa ideia.

–Por que não? Acha que eu não sou capaz?

–Na verdade eu só consigo me imaginar te derrubando no tatame e... - brincou.– Olha a sua cara, você realmente está imaginando isso sua danada!

–Para Pedro! Você que fica falando essas coisas.

–Não te reconheço mais, em outros tempos eu levaria um chute no Dênis.

–Se te machucar sou eu quem perco, então...

Ele gargalhou.

–Manda uma mensagem para aquele minhoca e vê se ele topa ir ao parque amanhã. O que eu não faço por você?!

–Yeah! - falou pulando sobre ele - Meu cel tá lá em cima. Me leva de cavalinho?

–Sobe aí gata!


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Notas finais do capítulo

Achei tão amorzinho esse capítulo. Amanhã (que na verdade é hoje né kkk) tem mais postagem, quem está ansioso para ver a K aprender a andar de sk8?
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BEIJOS