Impossibilidades Perina escrita por Lilith


Capítulo 42
Capítulo XLI


Notas iniciais do capítulo

Meus amores! Demorei, mas cheguei com a continuação da fic.
Estou muito feliz que vários leitores apareceram! Beijos para vocês!
Myrella Gadelha, minha gêmea, dedico esse capítulo para ti!
me diverti escrevendo esse capítulo, espero que se divirtam lendo-o!



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Karina e Cobra sentaram-se em uma mesa próxima da entrada, a garota de costas para o balcão onde seu namorado estava.

Delma estava indo feliz atender os amigos, mas Pedro adiantou-se.

–Pode deixar comigo, mãe. seguiu até a mesa - Boa noite! Já sabem o que vão pedir?

–Boa noite – responderam juntos e Karina ficou encarando o namorado, até que o amigo chamou sua atenção.

–O que você quer loirinha? – perguntou sem desviar os olhos da amiga, para provocar o bobo do Pedro mesmo - Deixa eu tentar: um suco de mamão e uma porção de batata frita. Acertei?

–Na mosca! E você vai querer... pensou - Um X-Tudo com o dobro de queijo e um suco de...limão! respondeu com uma cara engraçada.

–Suco de limão? Prefiro picolé de limão. – ele brincou fazendo alusão a uma conversa deles do passado.

–Picolé não tem nada a ver com X...- percebeu o que ele estava insinuando e jogou um canudo nele - Ah seu besta!

Cobra riu. - A loirinha está certa, mas o suco é de laranja.

Pedro confirmou o pedido e voltou para trás do balcão, ficou observando os amigos.

–Você fez cara de mau para ele de propósito né?

–Fiz. E devia ter feito mais, é muito esquisito ver vocês dois assim, nem quando só brigavam era desse jeito!

–Por isso não queria vir aqui.

–Foi mal, vamos mudar de assunto. Eu gosto quando você passa esse negócio no olho, fica muito gata.

–Esse é o máximo que você vai me ver maquiada.

–Te garanto que é o suficiente. Está rindo de quê?

–É só que é meio estranho você reparando logo no olho de uma garota.

–Iii qual foi? Só porque eu falei do olho não significa que não reparei no resto. – falou recostando na cadeira e cruzando os braços, com cara de safado.

–Aham.

–Vocês mulheres são engraçadas, se falo que é gostosa reclama, agora se eu tento ser cavalheiro também reclama? O que vocês querem afinal?

–Paz, amor e um pouco de sacanagem.

–Que isso novinha, tá mudada hein?

–É só brincadeira. E não, eu não estava reclamando do seu elogio, só acho que não combina contigo.

–Ah não? Por que?

–Você faz a linha cachorro e não romântico.

–Agora eu vi!–respondeu com a mão no queixo.

Pedro chegou com o suco deles e colocou o copo com um pouco mais de força que o necessário na mesa, depois saiu.

–Acho que tem gente com ciúmes. Cobra comentou segurando o riso.

–Só estou aqui conversando com meu amigo, não tem nada a ver.

–Ainda bem que eu já estou ciente da friendzone, se não esse seu comentário ia doer.

–Para de ser bobo. Cadê essa comida hein, estou com fome.– falou fazendo bico.

–Sabia que você ia acabar cedendo!

–É que batata frita é vida!

–Chegando uma porção de batata quentinha! – Pedro respondeu trazendo o pedido deles.

–Obrigada.

–Valeu fera. – agradeceu Cobra.

O garoto já estava saindo quando Karina o chamou:

–Pedro?

–Oi? - virou-se esperançoso.

–Pode me trazer mais ketchup? É que esse aqui está acabando.

–Claro. disfarçou um sorriso bem sem graça e foi atender ao pedido.

–Acho que ele esperava ouvir algo diferente. Pela cara que fez...sério K, a lutadora que eu conheci não deixaria as coisas assim, já teria colocado esse mané contra a parede. – comentou dando a primeira mordida em seu lanche.

–Talvez. Mas falar com ele e levar outro balde de gelo? Não, obrigada.

Pedro trouxe o ketchup e voltou para sua posição no balcão. Delma observando a tristeza do filho, o abraçou.

–Meu filho você e a Karina não estão bem não é? Desde que voltaram de viagem eu venho reparando.

–Pois é.

–Por que não conversa com ela? Vocês se gostam, tenho certeza que ela está sentindo sua falta.

–Ela parece bem feliz, vendo daqui.

–As mulheres nem sempre transparecem o que sentem de verdade. Fala com ela.

–É complicado mãe.

–Às vezes somos nós quem complicamos, filho.– deu um beijo nele e voltou ao trabalho.

–Ei! Minhas batatas!– Karina implicou dando um tapa na mão furtiva de Cobra.

–Oh! Deixa de ser egoísta, tem um monte ainda!

–São minhas! – falou fazendo cara feia para ele.

–Mimadinha! Sou legal contigo e o que ganho em troca? Nem uma batatinha!

–Ok, pode pegar. Mais saiba que isso eleva o nível da nossa amizade!

–Tipo ter que te acompanhar para fazer as unhas? – brincou pegando uma batata.

–Eu não faço as unhas! Coisa de menininha...

–Me situa, você é o que?

–Você entendeu!

–Ainda acho que você devia colocar uma cor nessas unhas. Tipo pink! brincou imitando mulher.

–Vou colocar uma cor nessa sua cara! Que tal um olho roxo?

–Isso se você conseguir me acertar né loirinha, na maioria das vezes não consegue!

–Consigo sim, é só que não quero te fazer passar vergonha.

–Está aprendendo a dar desculpa esfarrapada com o guitarrista?– perguntou e eles riram.

–Olha só quem está aqui!– saudou Zé chegando com o Max (aquele loirinho da academia).

–E aí cara! Senta aí. – Cobra convidou.

–Não vamos atrapalhar o casal? –Zé perguntou.

–Que casal, tá doido? Senta logo moleque! – foi a vez de Karina convidar.

–Você pedindo assim, com tanta delicadeza!

Zé sentou-se ao lado de Cobra e Max de Karina.

–Max, faz o pedido lá no balcão que é mais rápido. Tô cheio de fome! – pediu Zé e o garoto foi pedir para os dois.– Finalmente hein K, uma noite com os brothers.

–Como assim? Estou sempre presente!

–Desde que você começou a namorar não desgrudou mais do guitarrista, vai.

–Aí eu tenho que concordar. - Cobra comentou.

–Vocês só reclamam porque não pegam ninguém. - a garota brincou.

–Olha isso, cheia de marra. - comentou Max voltando para a mesa e pegando a conversa andando.

–Eu pego sim, só não saio anunciando que nem vocês.–Zé defendeu-se.

–Ele pega K, pega o Marcão! – Cobra brincou com o amigo.

–Pego sua mãe!

–Agora que eu reparei, cadê o Marcão? Acho que eu nunca vi vocês separados.– Karina notou.

–Pasme, está com uma garota.

–E você não foi com ele?

–Espero que pelo menos para isso, ele não precise da minha ajuda. brincou roubando uma batatinha da K, movimento que o Max copiou e ao tentar roubar uma segunda, ela bateu a mão dele para longe.

–Leave minhas batatas alone! – ela brincou puxando o prato para longe deles.

–Não faz isso cara, só avisando. – Cobra falou.

–K é a louca das batatas?–Zé perguntou.

–Foi mal, quer que eu gorfe ela de volta para você? – Max fingiu colocar o dedo na garganta.

–Blergh! Seu nojento!– Karina comentou empurrando-o para longe.

Pedro chegou com os pedidos e perguntou para a K se ela queria mais alguma coisa.

–Obrigada, estou bem.

O garoto voltou para o balcão.

–O que? Sem minha Esquentadinha, linda ou qualquer putice? – Zé estranhou.

–Estamos brigados. – respondeu brincando com o canudo do suco.

–Ah é? debruçou–se para pegar a mão dela, mas Cobra impediu:

–Não estou entendendo essa animação.

–Agora você é guarda-costas da K?

–Protejo ela de idiotas. Não que ela precise, mas sabe como é.

–É, porque de idiota já basta o guitarrista. – Max brincou aliviando o clima.

–Ei! Não fala assim, o Pedro é legal. Não sei por que vocês implicam com ele.

–Porque ele é seu namorado.– Zé respondeu.

–Só estou brincando K.– Max desculpou-se.

–Brinca sem ofender meu bebê.

–Oh bebezinho! Que gay. – Max apertou a bochecha da lutadora.

–Gay é você que pede arrego lutando com a K. – Cobra implicou.

–Toma! – brincou Zé.

–Se o mestre deixasse eu lutar sério com vocês, qualquer um pediria arrego.– Karina defendeu=se

–Aham, no seu sonho loirinha!

–Aí, vamos tirar uma selfie? – Zé pediu.

Cobra e Zé juntaram suas cadeiras e a lutadora sentou entre eles, com Max posicionado atrás dos amigos. Pedro os observava de longe, lutando com o ciúme que sentia. Ele sabia que a namorada era somente amiga dos lutadores, entretanto não esquecia que o Zé costumava dar em cima da garota.

Até uma hora atrás não sabia o que fazer em relação ao que estava sentindo, entretanto agora tudo o que conseguia pensar era como ele foi idiota.

Quando Karina foi voltar ao seu lugar, Zé comentou olhando para as pernas dela:

–Que isso hein K, agora eu valorizei.

–Que foi?

–Você devia usar mais shortinhos assim, principalmente na academia.

–Claro, porque é super confortável treinar de jeans. Não viaja!

–Quero dizer curtos. Que pernas!

–Reclama dos olhos agora! Cobra debochou dela, que lhe mostrou a língua.

–Que olhos? – Zé perguntou. – Seus olhos ficam sexy com esse negócio preto!

–Os homens não sabem falar delineador? Pelo amor!

–A K sexy? Não viaja. – Max comentou meio alheio a conversa, pois postava a foto que tiraram.

–Max, olha para mim! - virou-se para o amigo que deixou o celular na mesa e olhou para ela. Karina pegou o copo de suco, capturando o canudo com a língua e sugando-o com uma boca provocativa.– O que você estava dizendo mesmo?

–N-nada. – respondeu com cara de bobo.

–E vocês?

Cobra respondeu levantando as mãos e negando com a cabeça.

–Completamente seduzido! – Zé babou.

–Agora deletem essa imagem de suas mentes, ok?

–Nada feito. – Max negou.

–Você não pode sair seduzindo as pessoas e depois pedir para esquecerem. – Zé argumentou.

–Posso sim!

–Me dá um bom motivo para eu esquecer isso, porque sério, não consigo pensar em nenhum. - Max continuou.

–Sou filha do mestre Gael.

–Ótimo argumento.

No balcão, Pedro estava perdido em pensamentos, recordando uma conversa que tivera na noite anterior.

FLASHBACK

O skatista estava voltando de um ensaio com a banda quando encontrou Gael na calçada de sua casa.

–Seu Gael? Meus pais estão ali no restaurante.

–Estava esperando por você. Podemos levar um papo?

–Claro, entre. – respondeu abrindo a porta.

Sentaram-se frente a frente na sala.

A Bianca me contou sobre o que aconteceu na viagem. Eu bem que desconfiei, a Karina mal-humorada, você não apareceu lá em casa essa semana. Quero saber porque você ainda não se resolveu com ela.

–O que a Bianca te contou exatamente?

–Sobre a briga com o outro garoto, tem algo mais que preciso saber?

–Não senhor.

–E então?

Pedro suspirou.

–Eu não sei se o senhor vai conseguir me entender.

–Não vai saber se não tentar.

–Karina fez amizade com um lutador que estava hospedado no mesmo hotel que a gente. Ele beijou ela, eu fui para cima dele.

–E apanhou. Isso eu já sei. O que não entendo é: se você mesmo assume que foi o tal garoto que a beijou, porque está culpando minha filha?

–Não estou. Gael, antes de aprender a lutar, o senhor já apanhou?

–Vish, muito. Eu com meu sotaque de paulista, implicaram muito comigo na escola. Foi por isso que meu pai me levou para conhecer o Muay Thai, para aprender a me defender. Pedro, você está com vergonha por que apanhou?

–Não só por isso, mas porque a Karina me defendeu também. - confessou olhando para os pés.

–Agora eu estou entendendo. – falou levantando-se e sentando ao lado dele, colocando a mão em seu ombro. - É vergonhoso precisar de uma mulher para se defender, você se sentiu um maricas.

–Exatamente! Finalmente alguém que entende.

A Bianca disse que você acertou um soco no cara, então não é tão maricas assim. Preciso te dizer, violência não é a resposta.

–No meu lugar o senhor não faria a mesma coisa? Pensa num cara beijando a Dandara na sua frente?

–Não quero nem visualizar isso, não estou condenando a sua atitude. Mas você precisa entender que tem um coração bom e isso não é nenhuma vergonha. Nem todas as pessoas sabem lutar, se dão bem em brigas. O ideal é resolver as coisas com palavras e não com os punhos, entende?

–Eu não consegui me controlar. Mas no fim acabei me sentindo mal.

–Você é um garoto sensível e não estou falando em um sentido ruim. O que te faz especial Pedro, é a forma como você leva a vida, sempre com alegria, sempre vendo o lado bom mesmo no que acontece de ruim. Isso não faz de você um maricas. Além do mais a minha filha não precisa que você bata em outro cara para protegê-la, eu a ensinei a se proteger sozinha. Quando eu perdi minha primeira luta, meu pai me falou algo que sempre vou recordar: “Um guerreiro não desiste do que ele ama. Ele encontra amor no que faz. Ser guerreiro não exige perfeição. Ou vitória. Ou invulnerabilidade. Ele é a vulnerabilidade absoluta. Essa é a única coragem verdadeira.”

–Se importa de repetir? Quero gravar para ouvir novamente depois. Não ri mestre, é sério, sabedoria chinesa, é importante.

–Se é chinesa eu não sei, mas tudo bem vai. - Gael repetiu e depois retomou a conversa.

–O senhor está querendo dizer para eu lutar com as armas que tenho?

–Exatamente, até que você não é tão tapado. Pedro a Karina é esquentadinha como você fala, desde pequena. Ela não ia ver um cara te bater e ficar parada, ela não deixaria ninguém apanhar na frente dela. Por mais que eu dizia para ela não se envolver nos problemas dos outros, ela sempre se envolvia. Esse é o jeito dela, se você não puder conviver com isso então não conseguirão ficar juntos.

–Eu não sei porque fiquei tão incomodado.

–Você gosta da minha filha mesmo?

–Claro Gael, eu sou louco por ela.

–Se gosta de verdade, então deixa de ser frouxo e esquece essa história. Eu não quero minha filha triste pelos cantos. Decorou?

–Valeu. Eu vou achar uma forma de consertar isso.

–Muito bem garoto. Ouve esse negócio e pensa no que te falei.

*****

–Aí vamos conversar ali na praça? O guitarrista não para de olhar para cá, já está me irritando. - Zé pediu.

Karina virou-se para olhar para o namorado, que parecia perdido em pensamentos embora olhasse em sua direção.

Os garotos acertaram a conta e foram para a praça do outro lado da rua. Zé ligou o rádio do seu carro e ficaram ali conversando.

–Ainda triste loirinha? – Cobra reparou.

–Uma hora passa.– respondeu desanimada.

–Mas eu quero um sorriso nesse rosto agora, vê só! – tinha começado a tocar Wigle wigle e ele lembrou-se que Jade tinha lhe ensinado a dançar essa música outro dia. Não era a praia dele, mas para animar a amiga valia o mico.

Max o acompanhou na dança e Karina e Zé choravam de rir dos amigos.

–Vem dançar com a gente K!

–Essa dança bizarra?

–É só se mexer, vem. – falou puxando-a e os três passaram a dançar juntos, rindo muito no processo.

Pedro observava-os da porta do Perfeitão e não gostou de ver Karina rebolando com os garotos, enfim resolveu tomar uma atitude.


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Notas finais do capítulo

Ainda não terminei o próximo capítulo, tenham um pouquinho de paciência tá bom? :)

Comentando da novela, vi o resumo que saiu hoje e estou ansiosa com o campeonato. Lembra que comentei que o Eriberto (Gael no caso) aprovaria o namoro dos dois se eles não fossem tão desobedientes? (aliás para quem perguntou eu vi ele falando isso no vídeo do ShippoPerina que está no site da novela) então agora que saiu o resumo desconfio que seja pelo lance do campeonato, que o Pedro vai ajudar ela a desobedecer ele. Será?
Gente essa semana eu me diverti até com a Lucrécia e o Edgar, núcleo que eu não gosto muito. O que foi ela falando para ele levar o lixo? Morri de rir.
E o Cobra sendo o amigo mais fofo do mundo? E o Pedro gente? Viram como não é só aqui na fic que ele é perfeito? Aquele menino deve ser a perfeição na vida também, quero um Rafa Vitti para mim!
Não consegui ficar com raiva da Jade, mas gostei da sambada que o Duca deu nela.
Já o capítulo da novela hoje não curti muito, achei tudo muito forçado
Comentem muito tá?



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