Impossibilidades Perina escrita por Lilith


Capítulo 23
Capítulo XXII


Notas iniciais do capítulo

Como prometi, a continuação da festa!



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Bianca logo encontrou seu amado que estava com os amigos e foram dançar. Karina conversava com Pri e João - que odiava dançar, quando avistou Pedro de costas para eles, ela reconheceria aquele cabelo em qualquer lugar. Ele dançava com Guta animadamente.

Cobra se aproximou da amiga, tirando sua atenção do garoto.

–Loirinha?

–Ei! Cara, você está gatão hein?!

–Só te reconheci porque disse que não estaria de vestido!

–Isso foi um elogio?

–Hahahaha para. Você está linda, K!

–Cobrinha, vem dançar. Jade puxou o namorado, olhando Karina de cima embaixo. - Claro, a sapahetero não usa vestido!

–Vai destilar seu veneno em outro lugar, Jade. – respondeu a lutadora.

–Com prazer!

–Vamos dançar K? –chamou Pri e a amiga aceitou.

João foi tirar algumas fotos da galera enquanto dançavam por um bom tempo. Marcão, Zé, Sol e Wallace juntaram-se a elas, e todos se divertiam. A máscara os ajudava a ficarem mais soltos e aos poucos foram ousando nas coreografias.

Pedro finalmente avistou a namorada, ela dançava, sorria, parecia estar se divertindo. E estava linda. Ele até parou de dançar e se pôs a observa-la.

Começou uma música romântica para os casais dançarem e ele começou a ir em sua direção, quando Zé apareceu, a tirando para dançar.

O músico observou o casal por alguns minutos. Karina riu de algo que o lutador falou em seu ouvido, deixando o guitarrista mais enciumado. Hora de interrompê-los.

–Posso? – perguntou parando ao lado deles e estendendo a mão para a garota. Ela o olhou surpresa, nem sabia que ele a tinha visto.

–Estamos dançando, se você não esta vendo.– respondeu Zé impacientemente.

–Estou vendo perfeitamente você dançando com a MINHA namorada. –Pedro o encarou seriamente e cerrou o maxilar.

–Ela não quer dançar contigo.

–Por que você não deixa ela responder?

–Por que não vamos lá fora resolver isso, guitarrista? – falou soltando Karina.

–Parem com isso! Zé valeu pela dança, mas pode nos deixar conversar? – Pedro abriu um meio sorriso vitorioso e o lutador o encarou com raiva.– Por favor?

–Tudo bem. Qualquer coisa que precisar, me procure.– cedeu a contragosto.

–Valeu. Foi mal. - a garota se desculpou.

–Tranquilo. – encarou Pedro uma última vez e se afastou do casal.

Começou a tocar "A Thousand years" e Pedro rodeou a cintura de Karina, encostando seus corpos. Ela colocou os braços em volta de seu pescoço e encostando a cabeça em seu ombro, falou:

–Pelo visto são dos garotos que eu preciso te defender, moleque indefeso. Você sabe que ia apanhar né?

–Valia o risco.

Karina encarou Pedro, com os salto altos ficavam quase do mesmo tamanho. E reparou em sua máscara. Pegava somente o lado direito do rosto e era prateada, com um dégradé em azul. Ele estava de jeans preto, camisa preta e um blazer cinza. Lindo.

–Como sabia que era eu?

–Eu reconheceria seus olhos azuis mesmo no escuro. – a lutadora se derreteu diante da declaração e falhou em tentar não sorrir.–Você está muito linda!

–Mesmo não usando um vestido?

–Você tem personalidade, eu admiro isso.

–Você também está lindo. Sua máscara, como soube? – perguntou tocando o rosto dele.

–Bianca. Mas não brigue com ela. –Pedro virou o rosto, beijando a palma da mão da namorada.

A garota deitou novamente a cabeça no ombro dele e dançaram por mais algum tempo juntinhos.

–Pedro?

–Hum?

–Me desculpe pelo ataque na ed. física? Eu sei que é seu jeito ser agradável com todos, isso é bom e não quero que mude. Estava com raiva da garota e não consegui me controlar. Ela me disse que não sabe por que você está comigo.

–Olha para mim. -O garoto levantou o rosto de Karina com a mão em seu queixo, assim ela o olhou nos olhos. –Vou falar quantas vezes for necessário. Você é tudo o que eu quero e não tem espaço para mais ninguém. Eu gosto de você. Muito.

Pedro deslizou sua mão para o maxilar de Karina, com os dedos em sua nuca, puxou-a pela cintura com a outra mão, colando mais ainda seus corpos. Roçou o nariz da garota com o seu algumas vezes, em um beijo de esquimó e depois passou a beijá-la nos lábios, um beijo terno, calmo. Separaram-se depois de alguns minutos em busca de oxigênio.

–Eu também preciso me desculpar contigo. Eu deveria ter tido mais paciência, e não ter encerrado a conversa daquele jeito. – comentou Pedro.

–Você foi um idiota.

–Me desculpe por isso. Na verdade eu não estava bem aquele dia e descontei em você.

–Por isso estava estranho de manhã? – a garota perguntou e o músico confirmou com a cabeça.–O que aconteceu?

–Eu descobri no café que minha mãe estava brigando com meu pai porque ele a traiu.

–Sério? Seu pai tem outra? –perguntou muito surpresa.

–Ele garante que foi apenas um beijo. Não achou certo o que fez e contou para minha mãe. O resto você já sabe.

–Realmente não foi certo. Poxa isso deve estar sendo a maior barra para você. Por que não me contou naquele dia?

–Não sabia direito o que pensar sobre isso. Não quero que eles se separem, mas não posso dizer que não entendo ela.

–De qualquer forma, isso é problema deles Pê. Você não pode ajudar.

–Eu queria. É difícil vê-los assim e penso na minha irmã, não quero que ela sofra.

–Por mais que o que ele fez tenha sido errado, foi legal ele confessar para sua mãe. Ele deve estar verdadeiramente arrependido.

–É, mas minha mãe parece só pensar na decepção, ela não enxerga isso.

–E se ajudarmos?

–Como?

–Eu tive uma ideia. Vamos precisar de ajuda do João e da colaboração do seu pai, acha que rola?

–Acho que sim. Me conta?

–Depois. Agora se despreocupe e vamos curtir a noite.

Continuaram beijando-se e dançando juntinhos por um tempo. João se aproximou dos dois e pediu para tirar uma foto. Depois Pri se juntou a eles e foram até a mesa de quitutes.

A galera da banda veio chamar Pedro, pois já era hora de tocarem. Ele se despediu da namorada, que ficou com Pri e João e foi em direção ao palco.

Tocaram seis músicas, sendo duas de autoria própria. A galera curtiu e pulou muito, deixando-os felizes e animados. Nando deu uma canjinha com os alunos. Depois Lucrécia, Edgar e Dandara invadiram o palco.

–Boa noite pessoal! Quero agradecer a presença de todos vocês. - Começou Dandara.

–Fizemos essa festa para vocês, estão se divertindo? – Edgar perguntou.

–Siiiiiiiim! - gritou a platéia.

–Todos vocês - espero- já votaram no casal mais belo do baile e nós gostaríamos de anunciar o casal vencedor. –falou Lucrécia.

–O que vocês não sabiam é que terá um prêmio para os ganhadores! – contou Dandara.

–Prêmio esse que é...tchamtchamtchamtcham...uma viajem para Gramado! – Edgar concluiu e a galera vibrou.

–Como muitos de vocês são menores, devemos lembrar que o casal só poderá ir com a autorização dos pais hein. Se não puderem, podem doar para outros amigos. – avisou Lucrécia.

–Vamos lá, então? E o casal ganhador como casal mais bonito do baile foi... –falou Dandara.

–Foi... –Lucrécia repetiu.

–Bianca e Duca! –concluiu Edgar. - mas me sinto na obrigação de dizer que foram pouquíssimos votos de diferença para Jade e Ricardo.

O pessoal vibrou com a vitória de Bianca e Duca, que estavam realmente lindos. Quando a garota foi subir no palco, Jade que já estava ao lado da escada- pois tinha certeza que ia ganhar - enroscou seu pé intencionalmente no de Bianca, fazendo-a cair e bater a boca no degrau. Inchou instantaneamente. Duca ajudou a namorada e todos observavam a confusão. Karina queria ir bater em Jade, mas Pedro a segurou.

–Calma aê Esquentadinha! Sua irmã resolve.

–Me deixa ensinar uma coisinha para essa recalcada!

–Não. Fica aqui, comigo.– O garoto a abraçava por trás e apoiou o queixo no ombro da garota, cruzando os braços em sua barriga.

Aos poucos as coisas foram se acalmando e todos voltaram a dançar.

–Preciso ir ao banheiro, me espera aqui? –Pedro perguntou.

–Espero. Vai lá.

Karina observava a porta do banheiro masculino de onde estava. Pedro saiu do banheiro e trombou em Guta; Ela não tinha visto o rapaz com a namorada naquela noite. Achando que eles ainda estavam brigados, agarrou-o, o beijando. Pedro logo a afastou e avisou que estava namorando, que ela não repetisse aquilo.

A lutadora que observava a cena de longe, estava coberta de raiva da garota. Pedro se aproximou dela, sabia que ela tinha visto pela cara que estava e tinha medo de sua reação. Fazia pouco tempo que se reconciliaram e já brigariam novamente.

–K, não é o que parece.

–Eu vi. Vocês estavam dançando juntos hoje. –falou entredentes.

–Como amigos. Ela confundiu as coisas e me beijou, mas eu não continuei o beijo.

–Eu sei, eu vi.

–Então por que está assim?

–Estou tentando me controlar para não ir lá partir a cara dela. Me dê alguns minutos. – respondeu pressionando a ponte do nariz.

–Desculpe por isso. – pediu a puxando para um abraço. Karina o abraçou apertado e inalou seu cheiro.–K, você está chorando?

–É que por um momento eu pensei que você fosse corresponder ela. Doeu muito ver isso.

–Não fica assim, minha Esquentadinha. Juro que eu não sabia que ela faria isso.

–Já vai passar.

Ele lhe deu vários beijos no rosto, tinha tirado a máscara dela para secar as lágrimas. Beijaram-se e ele a puxou para a pista de dança.

Gael encontrou Karina e avisou que já estava indo embora, mas sairia com Dandara e chegaria tarde em casa. Bianca tinha ido embora depois que se machucou e ele pediu que a filha não abusasse muito do horário. Tinha que descansar para o exame.

Depois de alguns minutos Pedro sugeriu:

–Agora que seu pai não está mais nos vigiando, que tal se sairmos um pouco dessa bagunça?

–E ir para onde?

–Vem comigo!

Pedro a levou pelo corredor da Ribalta e encontraram aquela mesma porta a qual revelou-lhe outro dia.

–Hum. Faz tempo que não venho aqui! - a garota comentou.

–Acha ruim?

–Acho ótimo. Vamos.

Entraram e trancaram a porta. Tiraram as máscaras e Pedro logo a puxou para um beijo.

Beijavam-se a vários minutos, o músico percorria as costas nua da garota com as mãos e ela acariciava lhe os cabelos, arranhando levemente sua nuca. Karina tirou o blazer do garoto, jogando-o em cima da mesa. Precisaram interromper o beijo em busca de ar.

Pedro lembrou que tinha levado um lençol ali alguns dias atrás, para momentos como esse. Foi até onde tinha escondido, e estendeu em cima de um sofá que tinha ali. O sofá estava em bom estado, apenas empoeirado.

–Agora podemos sentar!

–Você pensa em tudo né?

–Eu tento.

O garoto sentou-se e Karina sentou-se ao lado, mas virada de frente para ele, apoiando o braço na perna dele. Beijaram-se loucamente e quando se deram conta, já estavam deitados no sofá, com Pedro por cima. Continuavam vestidos, estavam apenas se beijando e trocando algumas carícias.

As bocas estavam vermelhas e inchadas de tanto beijar. O garoto sentou-se, puxando-a junto. Esperaram alguns segundo para regularizar o coração, que batia descompassado.

–Quer conversar? – perguntou Pedro para Karina.

–Para que conversar, se podemos fazer coisa melhor?

–Tipo o que? – perguntou brincalhão.

–Tipo isso! - respondeu beijando-o empolgadamente.

Esse beijo foi mais sensual, as línguas dançavam em uma carícia lenta, a garota mordendo-lhe o lábio e puxando seus cabelos levemente. Pedro desceu os beijos para o pescoço dela, dando alguns chupões, arrepiando-a. Quando ele mordeu o ponto que fica atrás da orelha, a garota sentou em seu colo, uma perna de cada lado, ainda sem interromper o beijo.

Pedro a segurou pelo quadril e deslizou a mão por suas coxas. O clima foi esquentando e ele passou a acariciar os seios dela por cima do tecido. Karina mordeu-lhe o pescoço e voltou a beijá-lo, dando mordidinhas às vezes.

Ela abriu os botões da camisa dele, um a um e percorreu a mão por seu peitoral. Ele pressionou seu quadril contra si, arrancando um gemido baixinho da garota. Ela mordeu o ombro dele e quando o garoto tentou alcançar o zíper lateral do macacão, subindo a mão pela sua cintura, ela o barrou.

–Não. –disse entre o beijo.

–Você gosta de me torturar. – respondeu ainda a beijando, voltando a mão para as costas e quadril da garota.

–Você gosta disso! – ela respondeu sorrindo nos lábios dele.

–É, eu gosto! – ele sorriu de volta e retomou o beijo com mais ardor.

Pedro escorregou um pouco a alça do macacão e passou a beijar-lhe o ombro. Subiu os beijos pelo pescoço novamente e apertou-lhe levemente a bunda. Karina sentia a ereção dele, pressionada contra ela.

–Pedro precisamos ir.– disse entre beijos.

–Mais um pouquinho.– o músico pediu.

–Está ficando tarde.

–Então para de me beijar.

–Não consigo.

–É porque eu sou muito gostoso. –ele brincou e a lutadora não se aguentou de tanto rir.

–E muito modesto também! – respondeu ainda rindo.

–Você não me acha gostoso? Porque eu te acho bem gostosa! - falou com uma carinha assanhada.

Karina riu e deu um tapinha em seu braço, respondeu em seu ouvido Acho! – e mordeu-lhe o lóbulo da orelha.

–Não provoca, se não eu não paro!

–Então vamos.– pediu a lutadora.

–Vou poder te ver amanhã?

Hum acho que não. Preciso descansar para o exame, meu pai não vai me deixar sair.

Pedro fez bico e a garota deu um selinho nele.

–Mas você pode me ligar. E aí te conto meu plano para reconciliar seus pais!

–Já que não tem outro jeito.

O namorado acompanhou-a até a porta de casa e se despediram.

–Pensei que você fosse desistir de mim. - comentou Karina.

–Eu não desisto fácil daquilo que é importante para mim.

Trocaram um último beijo de boa noite e a lutadora subiu.

Pedro foi caminhando lentamente para sua casa, sentia-se completo novamente.


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Notas finais do capítulo

Me contem, gostaram da festa? E da cena hot?
Devo postar mais alguns capítulos antes de Malhação, aguardem. Beijinhos! E obrigada por sempre comentarem, mesmo!