Impossibilidades Perina escrita por Lilith


Capítulo 18
Capítulo XVII


Notas iniciais do capítulo

Oi! Desculpem eu não ter postado mais cedo, como comentei antes eu não estava muito legal e aproveitei esse momento para desenvolver uma outra parte da fic, mais lá na frente. Mas já voltei a escrever os próximos capítulos, então não se preocupem.
Esses últimos dias muita gente favoritou a fic, isso é tão gratificante! s2
Bell dedico essa capítulo para você, adoro seus comentários!



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Karina e Pri estavam conversando enquanto treinavam, Duca quem ministrava a aula, ele costumava ser menos duro que o mestre Gael.

–O que você tem hoje Pri? Está quieta e eu sei que isso é bem raro.

–Não estou muito legal.

–Quer conversar? Cê sabe que não sou muito boa nisso, mas por você...

–Você não existe K. Sabia que eu adoro seu jeito?

–Sentimentalismo agora não né. Vai, desembucha.

–Estou meio mal com o João. Nós brigamos ontem depois do show.

–Por que?

–Ele está passando por uma fase ruim com o pai dele. E aí meio que tá me deixando de lado.

–Sério? Não percebi nada no churrasco e nem ontem.

–É porque eu convenci ele a ir, mas aí que tá o problema. Ele me falou que não anda muito a fim de sair, nem de ir na escola...acredita?

–Achei que ele tinha faltado aqueles dias porque estava doente.

–Ele mentiu. Sabe eu tento animar ele, mas para conseguir tirá-lo de casa é sempre uma briga. Ele não era assim. Sem falar que se eu não vou na casa dele, a gente não se vê.

–Complicado. Mas assim, pode ser só uma fase, se ele brigou com o pai mesmo. Tenta conversar com ele sobre isso.

–Ele diz que conversa com a analista e já tá de bom tamanho. Não sei o que fazer.

–Pede ajuda do Pedro. Eles são primos afinal e deve saber melhor como lidar com ele.

–Olha até que não é má ideia. Vamos subir quando terminar aqui?

–Pode ser. Agora bora concentrar.

O treino seguiu um pouco mais puxado que de costume. Conforme ía se aproximando a data do exame de grau, era essa a tendência.

–K posso falar contigo rapidinho? – pediu Duca.

–Claro. Você e a Bi estão meio brigados né?

–Estamos. Hoje vamos sair para jantar, aí a gente se resolve. Mas não é isso que estou querendo falar contigo, é sobre o exame de grau.

–Está chegando né.

–Está, você vai participar?

–Claro, eu conversei com o seu Gael e ele autorizou.

–Que bom. Bom, se você quiser podemos treinar no ringue quando o mestre não estiver aqui. Eu tenho fechado a academia todos os dias.

–Eu agradeço Duca, mas na verdade eu já tenho treinado bastante.

–Mas no ringue você sabe que é diferente.

–Eu sei. Mas eu passo.

–Olha se isso ainda for por causa daquela história entre a gente...

–Não, não. Quando eu disse que isso já foi eu falei sério.

–Só achei estranho, você nunca recusa treino.

–Agora eu recuso. Não se preocupe. - na verdade a lutadora recusou porque já treinava com Cobra todos os dias, mas Duca não sabia disso e era melhor que continuasse assim.

–K você não vai subir comigo? - Pri chamou da escada que dá acesso à Ribalta.

–Já vou! Preciso ir, a gente se vê.

–Falou. -Duca desconfiou da reação de Karina, mas pensou que talvez a garota ainda estivesse chateada com ele.

–Pri, podemos tomar uma chuveirada antes? Tô toda suada.

–Tá bom. Vamos.

Após se limpar e se secar, Karina vestiu uma calça de ginástica, um top e uma regata limpos. Estava toda de preto.

As meninas subiram até a Ribalta, no topo encontraram Mari sentada com seu violão e ensaiando baixinho.

–Oi Mari, tudo bem?

–Oi meninas! Tudo e vocês?

–Tá meio sumida, não foi no Perfeitão essa semana e nem no churrasco. – comentou Pri.

–É eu passei mal, mas agora já estou bem. O que vocês fazem aqui?

–Vamos falar com o moleque. Quer dizer, o Pedro.

Mari riu. -Vocês estão namorando né? Quando o Jeff me contou eu fiquei tipo "como assim?". Era pior que gato e rato!

–Ali era UFC constante minha amiga! – brincou Pri.

–É, mas agora é só amor e nada mais. Você viu ele por aí?

–Deve estar na aula do Edgar. Ali no auditório.

–Valeu Mari.

As amigas foram ao auditório e sentaram na arquibancada. Como estavam todos compenetrados demoraram a notar a presença delas.

–Jonny aquela ali não é sua namorada?

–Onde? É. Pedro olha quem está com ela.

Pedro sorriu e acenou para elas.

Em poucos minutos a aula de Edgar terminou e eles foram até elas.

–Não aguentou esperar até a tarde? Não que eu esteja reclamando. – questionou Pedro.

–Na verdade a gente só queria conversar, né Pri?!– respondeu Karina.

–É. Oi João. – Pri confirmou.

–Oi. Aí tenho que ir, depois a gente se fala.

–O que foi isso? - Pedro sem entender a atitude do primo.

–Então, era disso que a gente queria conversar. Vou ali falar com a Sol enquanto vocês conversam. - respondeu Karina.

Pri explicou para Pedro que estava preocupada com o primo dele e contou sobre as discussões que tiveram por conta dele querer faltar da escola e ficar fechado em casa. Pedro por sua vez, respondeu que já tinha reparado a mudança de comportamento do primo e que tentaria ajudar.

–Valeu Pedro. Vou voltar para a academia então, só vou chamar a K.

–Não, pode deixar. Eu ainda quero falar com ela.

–Bom então eu vou indo. Beijo.

–Beijo.

Karina viu a amiga indo embora e se despediu de Sol.

–Poxa, vim aqui com a Pri e ela nem me esperou?

–Eu falei que ela podia ir. Quero ficar um pouco com você. – falou puxando a garota para si.

–Mas o sr. tem outra aula agora!

–É da Lucrécia. Hoje não estou no clima para colocar malha. Fica entrando no...

–Pedro! Aposto que você fica lindo de roupa de bailarina!

–Fico lindo de qualquer jeito.

–Convencido!

–E aí topa?

–Eu quero, mas não posso. O exame de grau está chegando.

–Já treina o tempo todo, precisa relaxar também.

–A luta me relaxa.

–Consigo pensar em algo melhor para relaxar.

–É mesmo? O quê?

Pedro lhe deu um beijo.

–Hum não sei...

A beijou novamente, caprichando um pouco mais.

–Ainda não estou convencida...

Deu-lhe um beijo que a deixou sem fôlego.

–Você venceu. Onde vamos?

–Eu tenho um lugar.

Andaram pelos corredores da Ribalta até chegarem em uma porta meio escondida.

–Que lugar é esse?

–Tipo um depósito. Teremos privacidade. – respondeu abrindo a porta e a puxando para dentro.

Karina olhou em volta, o cômodo era pequeno e empoeirado, com alguns móveis e coisas empilhadas.

–Então era aqui que você trazia as suas musas?

–A única musa que eu trouxe aqui está bem na minha frente.

–Então como descobriu esse lugar?

–Eu estava procurando o Nando, ele dorme aqui na Ribalta, sabia?

–Pior, teve um dia que pegamos ele dormindo, no meio do tatame abraçado a um saco de pancada. Foi hilário, meu pai jogou água nele.

–O Nando É hilário. Ele me ajuda pra caramba.

–Que tal agora trabalhar no meu relaxamento?

–Você quem manda, Esquentadinha. – respondeu puxando-a para um beijo.

Eles beijaram-se intensamente por aproximadamente dez minutos e ao soltarem-se estavam ofegantes.

–Você realmente sabe como beijar.– elogiou Karina. "E tocar com força. E tocar levemente. E apertar só um pouquinho." pensou.

–Você também não é nada mal.

–Eu sei, tenho habilidades loucas de beijo.

Eles riram. Pedro a adorava por isso, ao contrário das outras com quem já ficara, ela não era previsível. O que tornava qualquer troca de palavras em algo para ser lembrado mais tarde.

–Como você consegue ser sexy, mesmo com regata masculina?

–Não sou sexy.

–É sim. Muito.

Pedro reparou em uma mesa por ali e ergueu a namorada, a sentando no móvel. Assim ficaram da mesma altura, sem contorcionismo para beijar. Envolveram-se em outro beijo, Pedro manteve uma mão na cintura dela e com a outra segurava com firmeza a lateral do rosto da garota, que manteve uma mão em seu ombro e a outra arranhando suavemente sua nuca. Karina sugou levemente o lábio inferior do garoto e aplicou uma mordidinha sensual, fazendo com que ele gemesse baixinho.

Ele encarou aqueles lindos olhos azuis, da cor do céu e contornou lentamente os lábios dela com sua língua, fazendo-a sentir um friozinho na barriga. Beijou lentamente o cantinho direito da boca dela em seguida sugando seus lábios iniciando outro beijo apaixonado.

Pedro percorreu suas mãos pela parte de cima das coxas da garota, apertando levemente, desviou o carinho para as costas dela, por baixo da regata. Karina puxava levemente os cabelos da nuca dele e correspondia ao beijo com empolgação. O beijo foi ganhando maior intensidade e estavam começando a suar.

Após longos minutos o garoto já estava com a mão mergulhada pela lateral da regata, acariciando levemente e pressionando o seio por cima do top, fazendo Karina se contorcer deliciosamente com o toque. Quando Pedro deslizou sua mão por debaixo do top da garota, ela interrompeu com delicadeza o beijo.

–Acho que precisamos parar. –falou depositando vários selinhos em sua boca.

–Ok. Desculpe por isso.

–Ei, você não era o único empolgado aqui.

–Eu sei, mas não quero que pense que estou me aproveitando de você ou tentando levar as coisas rápido demais.

–Eu não permitiria que você se aproveitasse de mim. Eu estava bem com isso e quando não estive mais eu interrompi. Ok?

–Você não é como nenhuma outra garota, Esquentadinha.

–Isso é uma coisa boa ou ruim? –perguntou receosa.

–Na maioria das vezes é mais uma coisa boa do que ruim. E, às vezes, é algo muito, muito bom. - respondeu ganhando um sorriso de sua musa.

–Que horas são? Ah! Temos algum tempo ainda.

–O tempo voa quando estou contigo.

–Eu perco noção de tempo e espaço quando estou contigo, moleque.

Pedro encostou sua testa na dela e ficaram perdidos um no olhar do outro.

–Você vai ajudar a Pri com o João?

–Claro. O Jonny sempre foi meio antissocial. O pai não foi muito presente na vida dele e agora minha tia meio que está forçando eles a conviverem. Ele não está legal com isso, não posso dizer que não o entendo.

–Mas não é justo ele descontar isso na Pri.

–Diz a garota que desconta suas frustações em um saco.

–É a única maneira que eu sei, desde pequena.

–Conversar é uma boa também. Por que você não conversava com sua irmã, seu pai?

–Normalmente minha raiva tinha a ver com algo que a Bianca fez e meu pai sempre apoiava ela. Não tive minha mãe, então...

–Deve ter sido difícil.

–Foi...olha já está na hora de ir. Temos escola ainda.

Trocaram outro beijo e em seguida foram para suas casas, para depois irem para a escola


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Por favor, comentem mais! Eu adoro ler as opiniões de vocês.



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