Impossibilidades Perina escrita por Lilith


Capítulo 11
Capítulo X


Notas iniciais do capítulo

Consegui postar hoje! Já estou começando o próximo, até amanhã de manhã sai ok?
Já comentei que estou muito feliz com os comentários, com a galera acompanhando a fic e as favoritações? Então, eu estou! É muito bom conseguir cativar outras pessoas, principalmente quando é a primeira fic que escrevo.
Quero dedicar esse capítulo para todas as meninas que estão sempre comentando! Obrigada pelo carinho :)
Mais Perina para vocês...



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Karina despertou com a claridade em seu rosto, estava em um sonho tão bom com Pedro. No sonho é tudo tão fácil, é só deixar rolar, é só sentir. Mas na vida ao vivo e a cores não é bem assim. Existem escolhas a serem tomadas e todas trazem consequências, cada escolha um risco, mas também um prêmio. E aí, o que fazer?

–Bom dia menina!

–Beth! Quatro dias e eu já estava com saudades!

–Eu também, não vivo sem vocês. Como foi de viagem?

Animadamente Karina contou os detalhes para Beth enquanto tomava café, deixando o detalhe Pedro de fora, obviamente.

–Já vai treinar? Ah Bianquinha me pediu que lhe entregasse isso.

Karina pegou um envelopinho cor de rosa e tirou um cartãozinho de dentro. Estava escrito:

"Não lute contra você mesmo, você será a única a perder."

–Que estranho...será que ela sabe?–pensou em voz alta.

Foi treinar com esse pensamento na cabeça, como se ela já não estivesse cheia de dúvidas.

Pegou seu equipamento no armário da academia e foi passar em frente ao banheiro, em direção à aula, quando foi praticamente sugada para dentro do banheiro.

–Mas o que...Pedro?!

–Eu precisava te ver ou minha manhã não seria completa!

Karina estava encostada na porta e Pedro estava com a mão direita apoiada na porta, ao lado de sua cabeça.

–Você poderia ter me mandado um sms. Eu viria até aqui.

–E onde estaria a emoção? Além disso nunca sei o que esperar de ti.

–Ok, agora que já me viu, será que podemos?

–Não sem antes pagar o pedágio.

Karina riu. - Pedágio é? Você sabe que eu posso te deixar no chão em dois segundos né?

–Acho que vale o risco.

A lutadora estava de tão bom humor que não conseguia não rir das bobagens de Pedro. Ela já odiou tanto esse jeito dele e aqui está ela achando tudo fofo.

Passou o polegar na bochecha do guitarrista. Pedro que sempre sorria, agora estava sério, mergulhado no azul de seus olhos. Karina o puxou para mais perto e o beijou.

Diferente das outras vezes, foi um beijo terno e doce. As línguas se tocavam em uma carícia lenta. O garoto segurava em sua nuca e acariciava lentamente sua cintura. Se separaram depois de alguns minutos em busca de ar.

–Acho bom você ir agora, ou eu não te deixo sair daqui pelas próximas horas!

–Tentador...mas preciso treinar. Meu pai viria me procurar. – comentou arregalando os olhos.

Karina deu uma rasteira em Pedro, deixando-o no chão, embora não tenha machucado.

–Só para não perder o costume. – jogou um beijo e saiu correndo do banheiro, em direção à aula.

Pedro levantou sorrindo e quando estava saindo do banheiro, Duca o flagrou:

–O que você tava fazendo no banheiro feminino?

–Cara...cê acha que dá para me ensinar alguns golpes? Até eu conseguir namorar a Esquentadinha, vou estar parecendo uma múmia, todo enfaixado. – falou colocando o braço em volta do ombro do colega.

–Já vi que perdi muita coisa nessa viagem! Você a K. estão juntos?

–Ainda não meu caro, ainda...

*****

Na escola Karina teria biologia hoje e estava um pouco apreensiva. Não tinha experiência nessa coisa de relacionamento, quer dizer, ela tinha beijado alguns garotos, mas foram apenas lances de um dia só. Ela não sabia ao certo o que Pedro queria, ele foi vê-la hoje de manhã, mas aquilo não queria dizer nada, queria? Resolveu relaxar e agir como sempre. Encontrou Pri no corredor e foram colocando o papo em dia, ela queria saber se João realmente se comportou na viagem.

–Amiga, estando comigo você nem devia se preocupar né? Qualquer olhar torto já dou um direto nele.

Elas riram e entraram na sala, os meninos já estavam lá.

–Irmãozinho! A Pri estava me contando agora como foi passar o final de semana todinho com o Nathan! - Karina brincou e João olhou para Pri meio assustado, meio bravo.

–Ah é?

–É, ele é um gato! - Pri respondeu.

–Ótimo, então quando você quiser beijinho, você pede para ele!

–Não tive escolha, você me abandonou aqui sozinha, tive que me distrair com o Nathan Drake.

Ouvindo o nome João entendeu e começou a rir, aliviado.

–Tô entendendo nada, quem é esse Nathan e porque você tá rindo lek? Ela tá falando que ficou com outro! – Pedro perguntou confuso.

–Ela jogou Uncharted! Nathan Drake é o carinha do jogo.

–O fds todo? Sério isso? Agora vamos ter dois viciadinhos? – comentou Pedro.

–É irmãozinho, você está criando um monstro! – exclamou Karina.

O professor chegou e todos dirigiram-se aos seus lugares.

–Sabia que eu adoro biologia? – comentou Pedro.

–Só porque senta comigo?

–É o meu ponto alto da semana. – sorriu torto.

–Costumava ser o meu pior.

–Costumava?

Karina sorriu de volta para ele, era o máximo de confissão que ele teria dela. Ela corou, isso acontecia muito perto dele e Pedro adorava causar essa reação nela.

–Hoje vou tocar no Perfeitão com a banda, você vai? Faz tempo que não aparece por lá.

–Todas as suas fãs devem ir, você não precisa de mim lá.

–Pode ir até Angelina Jolie, sem você não tem graça.

–Eu vou seu bobo, mas antes preciso passar no QG.

–Vai ver seu amiguinho lutador?

–Vou, algum problema com isso? Oh já vou adiantando que não gosto de ninguém no meu pé não!

–Mas é muito Esquentadinha mesmo! – Pedro foi abraçá-la quando o professor chamou a atenção dos dois.

–O casalzinho tá muito de conversa hoje, venham aqui na frente explicar para a sala como ocorre a fecundação do óvulo.

Karina ficou vermelha de vergonha, queria se enfiar embaixo da carteira, mas Pedro com seu jeito brincalhão acabou chamando toda atenção e explicou tudo, ela quase não precisou falar.

Depois de biologia tiveram química juntos, Pedro ficava chutando a cadeira dela o tempo todo e ela reclamando dele.

Depois de muito tempo, finalmente os quatro amigos sentaram-se juntos no intervalo, Pri estranhou, mas pediria explicações depois, agora iria curtir o dia de paz.

Quando acabaram as aulas, João e Pedro que sempre iam embora juntos estavam conversando:

–Você é amigo daquele Cobra né?

–O Snake? A gente troca uma idéia quando jogo lá. Agora que minha mãe confiscou meu note e os vídeo-games, tenho que ir pra lá me divertir.

–Até ela descobrir né seu mané?

–Ela só vai descobrir se você contar.

–Deveria mesmo, mas não vou. Mas me diz, a Karina vai muito lá?

–Ciúmes da Esquentadinha?

–Me fala ou ganha pescotapa.

–Ah ela vai às vezes, eles ficam conversando. Não presto muito atenção.

–Cê acha que ele é a fim dela?

–Não sei, eles já ficaram né? Já ouvi ele falando pro outro cara, o Tawik que acha ela gostosa.

Pedro ficou o resto do caminho quieto, teria que ficar de olho nesse lutador.

*****

Já tinha escurecido quando Karina resolveu ir até o QG, Cobra estava estranho no treino da manhã e avisou que não poderia treinar com ela depois da aula. A banda de Pedro já deveria ter começado a tocar, mas ela iria para lá depois.

–Loirinha? Pensei que você ía para o Perfeitão, a galera toda foi. Exceto o nerdzinho ali né.

–Ah deixa ele, é meu futuro irmão e namora minha melhor amiga.

–Quem diria, os nerds também amam! –Cobra comentou rindo e Karina deu um soquinho nele.

–Vim ficar um pouco contigo, tá fugindo de mim desde de manhã.

–Não tô muito legal hoje.

–Eu percebi, mas combinamos que esses eram o momento em que ficaríamos juntos, certo?

–É, tem razão. Quer algo pra beber?

–Valeu, tô tranquila.

–Te achei mais animada hoje, algo que eu deva saber da viagem?

Karina então contou para o amigo sobre a viagem, deixando de fora os acontecimentos com Pedro.

–Seu pai é muito respeitado por todos. Eu mesmo vim pra cá só para treinar com ele. Eu quero ser o melhor Karina, aí todo mundo vai me respeitar também.

–Seremos os melhores, Cobra. Junto com o Duca, claro.

–Não tem espaço para dois caras na mesma categoria. Além disso não curto esse cara, você sabe.

–O Duca é legal Cobra, deixa de competição boba.

Nesse momento Lobão entra no QG, ele é o mestre da academia Khan e inimigo declarado de seu pai.

–Olha se não é a filhinha mais nova da Ana! Que surpresa agradável.

–Não posso dizer o mesmo, Lobão.

Ele abre seu sorriso cruel para a garota.

–Você parece tanto o seu pai, e não é só na marra.

–Sério? Engraçado, você é o único que me disse isso. – Karina baixou a guarda diante do elogio.

–Ah não, não estou falando do Gael.

–O que quer dizer com isso?

–Lobão eu posso te ajudar com alguma coisa? –interrompeu Cobra.

–Só vim ver se você já está pronto para ser um vencedor e fazer parte da Khan. Onde seu talento vai ser reconhecido de verdade! Sabe Karina, seria um prazer integrar você também.

–Nunca! – a lutadora respondeu.

–Estou com o mestre Gael, Lobão. Isso não vai mudar.

–Por enquanto. – deu uma última olhada e saiu do local.

–K tudo bem? Você tá tremendo.

–Esse cara me tira do sério, você ouviu o que ele falou?

–Besteira dele, não acredita em qualquer merda que ele fala.

–Sei não, sinto que ele sabe algo que eu não sei. Mas eu vou descobrir.

–Não se mete com esse cara, loirinha. Você pode se machucar.

–Não se você me ajudar a descobrir.

–Desculpa K., mas me deixa fora dessa.

Na verdade Cobra já sabia qual o mistério, Lobão contou para ele como uma prova de confiança, mas ele se recusou a ir para a academia dele. Agora ficava o atormentando toda semana. Ele não diria nada para a garota, a verdade poderia machucá-la. Era melhor evitar que ela soubesse.

–Bom, vou lá no Perfeitão. A gente se vê.

–Vem cá.

Eles se abraçaram e João observava tudo, ficou intrigado com a conversa com Pedro e achou que não faria mal prestar um pouco de atenção nos dois.

–Cheiro bom. Peraí, você está usando perfume????

–Claro que não, a Bianca que tomou banho de perfume no quarto, o cheiro deve ter ficado em mim. – Karina disfarçou e saiu andando.

–Volta aqui! Me conta essa história da viagem direito, que aí tem! – Cobra falou sorrindo.

Mas a loirinha já tinha saído correndo.

–Tá olhando o que ô viciadinho?

–Nada Snake. Você tem um lance com ela? –apontou o queixo em direção a porta.

–A loirinha? Somos apenas amigos. Mas já vou avisando que se tiver a fim dela vai ter ralar muito para conseguir.

–Eu? Não, já tenho a Pri.

–Então por que o interesse?

–Nada não.

–É aquele seu amigo guitarrista né? Avisa que eu estou na cola dele. Aquele pela saco do Duca já fez ela sofrer, se ele fizer o mesmo, vai se ver comigo.

*****

Karina chegou ao Perfeitão e sentou-se com o pessoal da academia, ao lado de Pri. Pedro já estava triste achando que ela não iria aparecer.

–Demorou K., onde você tava?

–No QG. A propósito seu namorado estava lá.

–Eu sei, ele disse que já teve o suficiente do seu pai com a Dandara na viagem e não quis ficar aqui.

–O que eu perdi?

–A minha pretinha arrasando, como sempre né! – comentou Wallace e todos zoaram.

Pedro pegou o microfone:

–Boa noite! Quero agradecer a presença de todos, ao Sr.Marcelo e a Sra.Delma que já nos consideram a melhor banda do Perfeitão. Agora para fechar, quero aproveitar e dedicar a próxima música para alguém em especial. A música é Fogo do Capital Inicial.

Pedro anunciou olhando diretamente para Karina, Pri deu uma cotoveladinha nela e o pessoal vibrou com o anúncio, alheios de que era para a lutadora.

A música foi tocada em acústico, Pedro no violão e o baixista da banda que também tem uma voz legal quem cantou.

Você é tão acostumada
A sempre ter razão
Você é tão articulada
Quando fala não pede atenção
O poder de dominar é tentador
Eu já não sinto

Nada sou...todo torpor


É tão certo quanto o calor do fogo
É tão certo quanto o calor do fogo
Eu já não tenho escolha
Participo do seu jogo
Eu participo

Não consigo dizer se é bom ou mau
Assim como o ar me parece vital
Onde quer que eu vá
O que quer que eu faça
Sem você, não tem graça

Você sempre surpreende
E eu tento entender
Você nunca se arrepende
Você gosta e sente até prazer
Mas se você me perguntar
Eu digo sim
Eu continuo
Porque a chuva não cai
Só sobre mim
Vejo os outros
Todos estão tentando

E é tão certo quanto o calor do fogo
Eu já não tenho escolha
Participo do seu jogo
Eu participo

Não consigo dizer se é bom ou mau
Assim como o ar me parece vital
Onde quer que eu vá
O que quer que eu faça
Sem você, não tem graça

É tão certo quanto o calor do fogo
É tão certo quanto o calor do fogo
Eu já não tenho escolha
Participo do seu jogo
Eu participo do seu jogo

Karina não tirou seus olhos do músico, que sempre que conseguia devolvia o olhar e até deu uma piscadinha. Quando a música terminou, a lutadora foi até Tomtom no balcão.

–E aí Tomtom, tudo tranquilo?

–Tudo K. Que bom que você voltou, eu tava com saudade.

–Eu também. Vai lá em casa amanhã depois da escola, quero te mostrar umas músicas que descobri na viagem.

–Vou pedir para o meu pai, mas ele deve deixar. Eles gostam de você.

–Que bom! Pede um lanche natural pra mim? To morrendo de fome.

–Quer um suco também?

–Quero! De maracujá.

Tomtom fez o pedido para Lincon e voltou a conversar com a amiga que sentou-se no banquinho.

–Essa última música foi para você não foi?

–Parece que sim...mas o que te faz pensar isso?

–Meu irmão voltou diferente da viagem, até começou a compor uma música ontem, nada de "sou maluco, doidão." Acho que é por sua causa.

Elas riram e Karina comeu seu sanduíche enquanto conversavam. Pedro chegou do outro lado do balcão:

–E aí Esquentadinha, gostou?

–Opa, o lanche do Perfeitão é o melhor da cidade!

Pedro riu. - Não estou falando do lanche e você sabe disso. –eles se encararam e Karina sorriu.

–Só não foi perfeito, pois você não cantou.

–Eu sei, mas meu pai me proibiu de cantar aqui. Tem medo que eu afaste a clientela. – respondeu fazendo bico.

–Ele tem razão. – respondeu e Tomtom e ela riram.

–É assim né? Vem me pedir música antes de dormir pra você ver!

–Dizem que quem está apaixonado fica cego, pelo visto surdo também.

Karina ao perceber o que confessara ficou muito sem graça, parou de sorrir e abaixou a cabeça. Ela não queria expor o que sentia antes que ele o fizesse e até o momento ele não dissera nada do tipo. Somente que a desejava. Mesmo essa música que acabou de tocar, não era nenhuma confissão de paixão.

Pedro que adorou o que ouviu, levantou o rosto da garota pelo queixo e olhando em seus olhos disse:

–A gente faz muita coisa boba quando está apaixonado. Tipo apanhar todo dia e mesmo assim não desistir.

–Preciso ir para casa, ainda estou cansada da viagem. – comentou ainda envergonhada, colocando o dinheiro sobre o balcão.

–Vai não, tá cedo ainda.

–Pedro! Vai ajudar seu pai com as mesas, meu filho! - chamou dona Delma.

–Prometi ajudá-los quando terminasse de tocar. Não posso te acompanhar até em casa...

–Não tem problema, é pertinho.

–Mas e meu beijo? Fiquei o dia todo perto de você e mal pude te tocar. - disse capturando a mão dela sobre o balcão.

–Não vai rolar. Meu pai está bem ali. - apontou com os olhos.

–Pedro! Vamos! - chamou novamente a mãe.

Boa noite moleque!

–Boa noite...Esquentadinha.

Karina se despediu do pessoal da academia e foi para casa.


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Notas finais do capítulo

Respondendo a pergunta de uma leitora: Sim, terá cenas hot, mas vou tentar não fazer nada vulgar. Mas será um pouquinho mais para frente. Como o Pedro falou, esses dois soltam faísca!

Falando em hot, tem uma série de livros que eu amo, chama-se Psy Changeling, da Nanili Singh. Quem ainda não leu, procure. E quem já leu, quero saber qual casal vocês mais gostam? O meu preferido é Mercy e Riley.
Todos os casais são apaixonantes!



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