Second chance for Love. escrita por Kauany


Capítulo 18
E o tempo passa...


Notas iniciais do capítulo

NÃO ME MATEM PLS! Consegui em um momento de criatividade escrever esse capitulo no computador do meu padrasto. Perdoem-me por sumir e não postar nem pelo telefone. Mas eu não tinha mais criatividade povo, porem ela voltou o
Pretendo terminar a fanfic em 25 capítulos.
Espero que gostem das surpresas.



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“A dor pode nos fazer lembrar que estamos vivos, mas o amor nos faz lembrar por quê.” – Trystan Owain Hughs.

Zeus andava de um lado para o outro impaciente, fazia uma hora que estava naquele corredor e nada de noticias. Não aguentava mais esperar. Estava preocupado, angustiado, com medo e cansado. Só os queria ao seu lado, saber se estavam bem. Mas parece que as parcas não queriam que tudo ocorresse tão rápido.

Suspirou mais uma vez e se sentou no sofá do templo do filho. Escutou som de passos apreçados e viu seu sobrinho e sua irmã entrarem de mãos dadas. Foram os últimos de sua família a chegar, já que estavam no acampamento.

Por um momento Zeus sorriu feliz para a cena, era notável a felicidade do casal, que mesmo agora em um compromisso amoroso continuavam os mesmos de quando eram só amigos... Ou talvez eles nunca tenham sido só amigos.

Porém lembrou-se do motivo deles estarem no templo de Apolo e sua expressão logo se tornou preocupada. Sua esposa estava em trabalho de parto, mas ao que parecia algo estava errado já que fazia uma hora e não havia recebido noticias. Apolo não tinha aparecido até agora, nem mesmo a namorada tinha permissão para entrar na sala.

Lembrava-se perfeitamente do dia em que recebeu a noticia. Um dos dias mais felizes e aterrorizantes que já viveu até hoje.

[Flash Back On]

NOVE MESES ATRÁS...

Zeus andava apressadamente nas ruas do Olimpo em direção ao seu templo, duas ninfas de sua esposa lhe avisaram que a viram no vomitando e depois chorando copiosamente, pediram perdão pela fofoca afirmando estarem preocupadas com sua senhora.

Zeus somente assentiu e largou Hermes sozinho no escritório, aonde os mesmos resolviam documentos que Perseu tinha levantando a respeito do acampamento.

Percorreu todo o caminho até sua casa preocupado com a esposa quase correndo e chegando derrubando alguns Deuses pelo caminho. Por fim chegou ao templo o qual dividia com a esposa. O grande templo com estruturas gregas com pilares azuis e verdes tinha um ar majestoso e impotente, do qual o Deus lembrava-se muito bem do trabalho que deu construir.

Ao entrar na casa seguiu direto pelos corredores parando somente na cozinha indo até a geladeira e pegando uma garrafa de água. Sorriu minimamente ao olhar ao redor. Sua esposa gostava de uma casa normal, sem muito luxo porem sofisticado o bastante para ser o lar do Rei e da Rainha do Olimpo.

Procurou com os olhos o objeto que tinha resultado uma das brigas mais sem sentido deles e sorriu ao achar, a miniatura do raio mestre entalhado na madeira. (foi um presente de alguma ninfa que ele nem lembrava o nome) Mas de fato tinha gostado do presente por isso insistiu que ficaria ali. Hera concordou, depois de muita briga grito e choro, concordou.

Com as sobrancelhas unidas em sinal de preocupação subiu as escadas até seu quarto com o copo de água em sua mão, tratou de dispensar todas as ninfas de sua esposa sabia que seja lá o que ela tinha não teria cabeça para trabalhar por hoje.

Parou na porta do quarto e no mesmo momento escutou o soluço sofrido da mulher, suspirou profundamente entrando no local completamente escuro.

–Amor? – chamou carinhosamente fechando a porta e acendendo a luz.

Logo que a claridade invadiu o quarto pode a ver encolhida sobre a cama, deixando o copo em cima do criado mudo observou a mulher. Ela estava tremendo, parecia temer algo. O rosto vermelho e inchado de tanto chorar estava meio escondido pelas pequenas mãos que tremiam ao tentar, inutilmente, limpar as lagrimas que caiam.

–Hera, o que aconteceu? Esta me assustando querida. – O Deus falou chegando mais perto da mulher que se encolheu mais ainda na cama.

O Deus olhou para o quarto aparentemente tudo estava normal a não ser por um objeto branco que ele não fazia ideia do para que servia jogado não chão.

Preocupado se sentou na cama e a puxou para seu colo. Ele percebeu o modo como ela tremeu e reprimiu um soluço quando ele a pegou.

Então ele entendeu, ela estava sim com medo. Com medo dele. Ele só não entendia o motivo do medo. Ele mudou certo? Ele nuca mais desejou outra mulher, ele viu o valor que deveria a dar. Era dela, e ela era dele.

–Hera?- Questionou confuso e suplicou angustiado- Por favor, relaxe, eu sou seu marido! Não vou te fazer mal.

–Me desculpe- sussurrou tão baixo que o homem não ouviria se estivesse com ela aninhada em seu colo.

–Não precisa se desculpar, só quero entender o que aconteceu. -Explicou calmamente.

A mulher levantou o rosto para ele e o marido sentiu-se completamente angustiado ao ver o medo e a tristeza no mar castanho que tanto amava.

–E-eu não fiz de propósito. Eu juro. Por favor, não me odeie. -Gaguejou entre soluços.

–Ei calma, eu não vou te odiar! Eu te amo Hera, calma. – Zeus passou a mão nos cabelos dela tentando a acalmar.

Estava começando a ficar preocupado. Será que ela tinha o traído?

“Não! – pensou- Ela nunca me trairia!”

Então o que tinha acontecido, nuca tinha a visto desse modo... Tão instável tão frágil e vulnerável.

–E-eu...

–Shi, calma! – Ele beijou seus cabelos e estendeu o braço na direção do criado mudo pegando a água e a entregando. – Toma, beba!

Observou as mãos delicadas e tremulas pegarem o como e beberem água com dificuldade por conta do soluço. Quando não restava mais água no copo Zeus estendeu a mão para pegá-lo, assim que o colocou em seu devido lugar se deixou e puxou a esposa de frente para si fazendo carinho em seu rosto.

Observou seu belo rosto que mesmo vermelho de tanto chorar continuava lindo, seus cabelos mesmo bagunçado não tiravam sua beleza... Mas seus olhos, seus olhos estavam pela primeira vez em meses fora de sua visão.

–Esta mais calma? – questionou sussurrando enquanto limpava as lagrimas do belo rosto da mulher.

–Uhrum- resmungou sem coragem de olhar nos olhos do esposo.

–Quer me contar o que aconteceu? – questionou novamente, para logo em seguida segurar o rosto da mulher e levar ao seu encontro e selando seus lábios rapidamente fazendo ambos suspirarem pelo toque- Eu não vou te julgar nem gritar com você querida, mas estou ficando preocupado.

–Você vai me odiar – sussurrou fungando e conseguindo tirar o rosto das mãos do Deus para logo o esconder no peito do mesmo.

–Não vou – garantiu tendo certeza disso, nunca poderia a odiar. Seja lá o que ela tenha feito ele a perdoaria, se fosse preciso, a amava mais que tudo – Me diga.

–E-eu... Eu estou gravida Zeus, Você vai ser pai. – sussurrou se afastando dele e soluçando. – Me desculpe, por favor, não foi de proposito. Eu tinha esquecido de que não me precavia a tempos. Por favor, não me deixe.

O Homem somente ficou parado a olhando.

“Pai” ele ia ser pai.

Certo que ele já tinha muitos filhos, mas aquele... Esse bebê que estava no ventre da sua esposa era diferente.

Ainda em transe com a noticia ele ouviu um soluço. Só então se focou no rosto amedrontado da esposa. Levou apenas alguns minutos para poder assimilar a reação dela.

Gravidez.

Ele não lidou bem com a gravidez de Ares.

Gritou com ela, a acusou e por fim a desprezou.

E éons depois ela engravidou de Hebe. E novamente ele gritou a desprezou e a odiou.

Então veio Hefesto... A gravidez do Deus da forja foi a pior.

Uma mortal estava gravida dele também, e ele humilhou a esposa da pior maneira possível... Cuidando da mortal, e nem ao menos olhando em sua cara. E quando ela o enfrentou ele ousou levantar a mão contra ela.

Se sente um miserável até hoje só de ter cogitado a ideia de bater nela, lembra muito bem do grande mar castanho aterrorizado o olhando, aterrorizado e magoado. Durante de anos Zeus agradeceu as parcas por ter lhe dado um momento de lucidez fazendo com que ele se tele transportasse para longe dela.

Agora olhando para a Rainha dos Céus encolhida na cama esperando uma reação agressiva da sua parte se sentiu um monstro. Sentiu-se quebrado por dentro. Ela esperava isso, esperava apanhar... Esperava que ele terminasse o que começou da outra vez. Esperava que ele a abandonasse como das outras vezes.

Por isso a tremedeira, os soluços, o medo... Era medo dele. E isso o destruiu.

Isso o fez sair do transe.

Se sentando na cama o deus sorriu um sorriso triste, mas sorriu para acalmá-la.

–Eu não vou te bater Hera. – Ele sussurrou com a voz embargada, queria chorar, mas tinha de ser forte por ela. Depois mergulharia em sua amargura. – Não precisa ter medo. Eu não sou mais assim. Por favor, acredite em mim.

Ele olhava para a mulher suplicante.

Sentiu seu coração se apertar quando ela sussurrou mais uma vez “Me desculpe”.

–Shi, Hera... Amor! Olha para mim, eu não tenho que te desculpar. – Ele disse se aproximando dela devagar com medo dela fugir e seu peito se aliviou quando ela não se esquivou somente o olhou. – Eu não estou com raiva amor.

–Não…? – A mulher questionou incerta se sentando na cama o encarando. Estranhamente, todo o medo tinha evaporado.

–Prometi nunca mais te fazer chorar Hera. – Ele sorriu a puxando para seu colo e a beijando. – Pelos Deuses, vamos ter um bebê.

Zeus gargalhou feliz.

Ele a amava era só dela... Um bebê seria maravilhoso.

Viu sua esposa sorrir maravilhada.

–Sim, vamos ter. – a mulher confirmou.

–Eu te amo. – Declarou-se Zeus passando a mão em seu rosto. - E amo você também. – completou colocando a mão sobre a barriga da deusa.

–Nós também te amamos. – ela sorriu. Todos os seus medos foram esquecidos.

[Flash Back Off]

Suspirou despertando das lembranças.

Ainda se sentia um monstro por ter aterrorizado a esposa por tantos anos. No fim, depois de conversarem bastante ele explicou o quanto se arrependia por suas reações anteriores e ela mais uma vez o perdoou. Ela realmente era a melhor pessoa do mundo.

O Olimpo virou um caos quando a gravidez foi anunciada. As mulheres entraram em colapso (até mesmo as Deusas castas enlouqueceram) e durante dias tudo o que se ouvia em todos os lugares eram sobre roupas, brinquedos, sapatinhos e etc...

Durante os nove meses de gravidez o marido fez questão de amá-la de todas as formas e a mimar de todos os modos possíveis. De algum modo Zeus estava tentando a recompensar por todo o sofrimento. Conversou com Ares, Hebe e Hefesto, e acreditem ou não, o Deus pediu perdão aos três e recebeu o perdão assim podendo amar o novo filho sem a culpa por ter sido um péssimo pai aos três.

Fez questão de participar de cada parte da gravidez. Dos desejos estranhos até a construção do quarto. Fez questão de ir ao mundo mortal toda vez que sua esposa desejava algo incomum. Como da vez que o acordara às quatro da manhã lhe pedindo sorvete com feijão. [há ha Quem assiste, Eu a Patroa e as crianças vai entender!]

E agora estava ali. Esperando seus pequenos nascerem. Ele nem acreditou quando Apolo falou que eram gêmeos... Na verdade o Rei dos Deuses pirou. Praticamente surtou, e rogou as parcas para os novos gêmeos não serem como Apolo e Ártemis. Surtou mais um pouco ao saber que seria um casal. Scorpios e Aristonia, o mais novo fruto do seu amor por Hera.

Mais meia hora andando de um lado para o outro naquele corredor e com os Deuses lhe mandando se acalmar e ele piraria. Em um minuto em que a única coisa que se ouvia era o som de seus passos ele ouviu... O chorinho, forte e assustado.

Tinha nascido! Seu primeiro bebê tinha nascido.

Com um sorriso ansioso esperou o segundo choro... Mas passado alguns minutos tudo o que se ouviu foi um grito doloroso.

E ele reconhecia esse grito.

–Hera!

[...]

Ela tinha certeza de que tinha algo de errado, não sabia ao certo o que era, mas eu sentia que algo de errado estava acontecendo.

–Apolo-Chamou a Rainha se contorcendo de dor na cama. – O que esta acontecendo. Por favor, não minta.

O Deus se aproximou dela com um rosto preocupado.

–Eu não sei, eles parecem bem Hera. Mas tem algo errado. - O deus passou um pano úmido na cabeça da que o criou como mãe. –Vamos ter que induzir o parto, se esperarmos mais vocês vão acabar sofrendo mais.

A mulher apenas assentiu e fechou os olhos orando para as parcas que tudo desse certo.

–Faça força. Em 3.2.1...

A Rainha dos Céus se contorceu na cama. E logo tudo o que se escutou foi um grito.

–E o menino! Dessa vez o homem é o mais velho! – Exclamou Apolo entusiasmado entregando o bebê para uma de suas ninfas limparem.

–Meu Scorpions!- sorriu Hera feliz.

–Vamos lá mãe, e hora da pequena Deusa vir ao mundo. – Apolo cantarolou se posicionando – Força!

Novamente a Rainha se contorceu na cama, sentiu algo sair de dentro de si... Mas não escutou o choro.

–Apolo?- Questionou confusa.

–Não esta respirando... - O Deus suspirou.

–Ela está....- a mulher soluçou.

–Morta.

Completou o Deus fazendo a mulher soltar um berro de desespero.


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Notas finais do capítulo

Amores,me digam...querem a bebê viva ou não ? peçam o que quiserem, vou tentar recompensar vocês bjus.

Próxima postagem dia 17/07