Operação Proibida escrita por Liz03


Capítulo 1
A criação




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02:00  a.m  Centro de Pesquisas físicas e biológicas

 

 

 

“ Devemos ionizar a célula ainda mais, senhor?”

 

“ O máximo que conseguirmos”

 

“ Senhor, pode ser que o projeto não vingue”

 

“Tentaremos de novo”

 

“Sim Senhor”

 

 

 

O laboratório permanecia em silêncio, aguardando a reação do projeto. Apenas os cientistas mais qualificados poderiam testemunhar esse grande feito, a experiência do século. Um toque de ousadia na ciência. O cientista chefe aguardava o resultado calado, olhando atento para a tela do monitor que representava todo o processo.

 

 

 

As luzes azuis do laboratório serviam para manter a atmosfera adequada para a maioria das espécies, já que a luz branca era um fóton muito específico. Pequenos choques químicos eram o único som que se ouvia no laboratório.

 

 

 

“Senhor, podemos injetar agora?’’

 

“Sim”

 

 

 

Uma dose, duas, três, de uma substância extremamente letal para qualquer indivíduo vivo que já habitou a Terra. Uma substância cruel por seu caráter agonizante, por fazer a mais forte criatura gemer e implorar a morte rápida, com uma simples inalada. Muito pior do que qualquer droga que destrua o sistema nervoso. Essa substância foi introduzida em uma grande cápsula que estava ao centro do recinto. O momento decisivo chegara, o contato entre essa substância e o “projeto” poderia torna-se o apogeu da ciência, ou sua maior catástrofe. Os estudiosos envolvidos sabiam que caso houvesse um fracasso, nada mais poderia ser feito, mas, se pudessem minimizar os efeitos de um erro o fariam. Por isso tropas do governo norte-americano, mais secretas e poderosas do que toda a força do F.B.I, encontravam-se do lado de fora do laboratório, onde também havia um monitor, este retratava o interior do ambiente e não o da cápsula.

 

 

 

“Toda a substância foi injetada”

 

“Vamos aguarda, senhores”

 

 

 

Todos ficaram quietos, os agentes de segurança miravam o interior do laboratório para conter qualquer situação de risco e o cientistas, miravam o monitor que lhes mostrava o interior da cápsula, um lugar com pouca luz, por isso era difícil de saber o que estava acontecendo, nesse momento alguns estalos soaram de dentro do laboratório, provavelmente de dentro da cápsula.  O som era semelhante a um quebrar de ossos, e ficavam cada vez mais altos.

 

 

 

“O que está acontecendo?”

 

“Vamos esperar”

 

 

 

Já haviam ido longe demais, não havia espaço para ser covarde agora. Os estalos foram diminuindo de intensidade até cessarem. A tropa de segurança estava imóvel e alerta, os estudioso se mantinha petrificados. Uma luz vermelha piscava no monitor.

 

 

 

“Há calor na cápsula”

 

 

 

Alguma coisa produzia calor de dentro da cápsula. Os índices de água dentro do recipiente também aumentavam.

 

 

 

“Já é um organismo”

 

 

 

Os cientistas já sabiam que haviam produzido algo, a dimensão desse produto é que eles nunca imaginariam. Fortes pancadas ecoaram de dentro da cápsula.  Seja lá qual coisa estava ali, ela não estava satisfeita  com isso.

 

 

 

“O projeto quer sair...?”

 

“Ele está...vivo...?”

 

“ E agora o que fazemos?”

 

“Não sejam covardes senhores, conseguimos, nós conseguimos. Criamos a vida!”

 

 

 

Um turbilhão de pancadas atingiu a cápsula, a coisa estava enfurecida. O recinto era do mais resistente titânio, e nem isso segurara a aberração, que não demorou a romper o recipiente, empurrando todo seu volume  e facilitando sua saída de lá.

 

 

 

Silêncio.

 

 

 

A coisa parou.

 

 

 

Então tudo aconteceu muito rápido, um flash.  Um corpo saltou de dentro da cápsula para fora e atingiu o vidro de proteção, quebrando o. A tropa de segurança imediatamente adentrou o laboratório. Dois agentes protegeram os estudiosos, retirando os do local em segurança.

 

 

 

Mais silêncio.

 

 

 

A coisa estava quieta novamente.

 

 

 

Os três agentes que ainda estavam dentro do laboratório, com o objetivo de deter seja lá o que fosse isso, deixaram suas armas prontas para atirar. Armamentos da melhor qualidade e eficiência. E que mesmo assim foram pegos de surpresa. Um grande estrondo se ouviu na direção da porta, e mais dois estrondos  entre uma parede e outra. A coisa queria escapar. Um dos agentes cometeu nesse momento um grande erro, efetuou um disparo. E no exato momento obteve a resposta, um ataque rápido o atingiu no peito e o lançou contra a parede de modo que o último som a se ouvir foram o de suas costelas na parede.

 

 

 

Agora se ouvia os gritos do agente, um dos amigos partiu em direção ao companheiro e outro ficou em guarda. O plano agora não era dominar o inimigo sem feri-lo, era escapar e não permitir que o mesmo acontecesse com a coisa, para o bem de todos. Um dos agentes que socorreu os estudiosos voltou para reforçar a tropa e ligou as luzes. Estava lá, se eles pensaram em alguma coisa  semelhante a um alienígena, verde, gosmento , um corpo totalmente novo. Erraram leigamente. O que se via era um corpo abaixado, como um animal em posição de perigo, é verdade. Mas a “coisa” tinha uma pele branca, os agentes não viram pêlos no corpo, apenas no topo da cabeça, esse tinha uma coloração avermelhada, entretanto, o que mais impressionou os agentes foram os olhos, não por sua coloração azul num tom escuro, difícil de se encontrar, mas sim pelo que eles mostravam, raiva, receio, em intensidades tão fortes, que não haveria ser que não petrificasse ao encará–los .

 

 

 

- Oi? – disse o agente negro, tão alto e forte que impunha um medo natural.

 

 

 

O agente mais jovem que estava ao seu lado,olhou para ele recriminado o. A “coisa” também não respondeu , se é que tinha entendido.

 

 

 

- Nós só queremos que você não machuque ninguém – O mesmo agente ainda tentava uma negociação com o novo ser, o homem então tentou se aproximar com um ligeiro passo a frente, que não foi despercebido pela criatura, que logo recuo ainda mais, desta vez mostrando os dentes e fazendo um barulho semelhante a um rosnado.

 

 

 

O agente mais novo, recriminou o  colega profundamente com o olhar mas sem esquecer de se manter atento a qualquer movimento do novo organismo. O cientista chefe entrou no laboratório.

 

 

 

- Fantástico , fantástico! – O estudioso tentou se aproximar da “coisa”, mas foi detido pelo agente jovem. – Vou tentar contato...- O agente negou com a cabeça, o cientista ignorou e tentou avançar, mais um rosnado – Esplêndido!

 

 

 

Nesse exato instante não ouve tempo para reagir, o cientista fez um movimento brusco para tentar escapar do agente e chegar na “coisa”, que mais uma vez rosnou, o agente caído, e com costelas quebradas que aos poucos recuperava a consciência , disparou contra o novo organismo. A criatura se esquivou com habilidade, e logo saltou de uma parede para a outra, o agente que socorria o companheiro também disparou, mais uma vez a “coisa” escapou, mas agora ela partia em direção de quem a tentava atingir. O agente alto e forte disparou, o agente mais jovem também. Todos fracassaram, era quase  impossível acertá-la, com uma velocidade e uma flexibilidade sobre-humana, nenhuma pontaria era eficaz. Enfim, a criatura perfurou uma das paredes com um golpe certeiro, e escapou, ainda foi seguida pelos agentes, mas se perdeu na floresta que rodeava o sigiloso centro de pesquisa.

 

 

 

- Incompetentes – O cientista chefe estava inconformado com a perda do projeto- Vão procurá-la e encontrá-la estão me ouvindo?!

 

- Se o senhor não forçasse um contato talvez nada disso tivesse acontecido – Disse o agente mais jovem.

 

-Cale já a boca seu desqualificado...

 

- Marco! Já chega, fique quieto está bem – O agente negro parecia ser o chefe e com sua ordem o colega logo calou.

 

 

 

Agora os agentes precisavam encontrar a “coisa”, mas não sabiam por onde procurar. Com o objetivo de colher dados sobre a nova criatura os cientistas vasculharam o laboratório.

 

“Tem um fio de cabelo ruivo aqui, senhor”

 

 

 

O fio de cabelo era mesmo do novo ser, e através desse fio seu mapa genético foi traçado. A base do DNA da “coisa” até se parecia com o humano,um ser fêmea aliás, devido a presença de hormônios como estrógeno , mas parava por aí, combinações cromossômicas diferentes, até o número de cromossomos era diferente, em vez de 46 como um ser humano, a criatura tinha 51.

 

 

 

Os cientistas precisavam descobrir o que esse aumento cromossômico gerara, que aberração genética se formara. Os agentes se organizaram então, para procurar pela floresta, e trazer o projeto vivo de preferência.   


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Notas finais do capítulo

***Bem pessoal esse é o primeiro capítulo, estou muito ansiosa para postar mais. Mas preciso saber o que vocês estão pensando, se estão gostando ou não, vou continuar escrevendo para mim, e se tiver alguém gostando posto aqui também, OK?! Bjao e obrigado por ler, não esqueçam de comentar. Te mais o/