I Hate Loving You escrita por JessiSinger


Capítulo 33
Casais ♥ Clove e Cato ♥


Notas iniciais do capítulo

Hey cupcakes!
Finalmente consegui um tempinho para terminar esse cap! Que como já deu pra perceber é um bônus, um bônus aguradado por muitos, acredito eu.
Esse foi o maior cap que eu já escrevi! Quase 4.000 palavras! Acho que compensa um pouquinho minha demora né? kk'
Eu não respondi os coments, mas prometo que respondo amanha, pq estou mt cansada, nem mesmo revisei esse cap, então me desculpem os erros! Me avisem se tiver algum que eu corrijo!
Chega de enrola aki,
Enjoy!



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Você é tão mau

Quando fala sobre si

Você está errado. Mude essas vozes

Na sua cabeça

Faça eles gostarem de você dessa vez

Tão complicado

Olha como estamos conseguindo

Cheio de ódio

Um jogo tão empatado

Chega, eu fiz tudo que pude

Eu persegui todos os meus demônios

E vejo que você faz o mesmo

OOh ooh

Querido, querido, por favor

Nunca, nunca se sinta

Como se fosse menos do que perfeito pra caramba

Querido, querido, por favor

Se em algum momento você se sentir

Como se fosse nada

Você é perfeito pra caramba pra mim

Funckin' Perfect- P!nk

POV Clove

Estava saindo, finalmente, da maldita aula de sociologia, não aguentava mais ouvir falar das normas da sociedade! Que essas normas explodam! Junto com toda a maldita história de como chegamos a nossa cultura atual! Eu não quero saber disso! Por que eu tenho que estudar isso? Para melhora nenhum dos meus amigos fazia essa aula comigo, ou seja, não tinha nenhuma distração. Ninguém merece isso!

Além disso, eu não conseguia processar nada que se passa em minha frente, tudo porque teve aquela briga com a Vadia e suas cachorras ( Glimmer, Cashmere e Enobaria), e o velho (digo, diretor Snow) queria falar com Katniss, o que o Papai Noel quer com ela? Katniss nunca, repito: NUNCA, sai da linha, em hipótese alguma! Isso tá muito estranho!

Ainda tem o idiota do Cato que não sai da minha cabeça! Como ele pode ser tão hipócrita? Era a irmã dele! Custava defende-la? Mas não! Ele tem que acusa-la! Ainda se faz de inocente depois! Me deu uma vontade de bater naquela carinha perfeita até ela ficar desconfigurada!

Sou tirada dos meus devaneios um pouco assassinos com uma Annie desesperada correndo em minha direção, quase me derrubando, isso geraria uma grande discussão. Mas não falo nada, já que nunca vi a ruiva desse jeito, deve ser algo preocupante então, ou não.

–Calma ruiva! – digo a segurando pelos ombros – Tá parecendo que o mundo vai acabar! – digo debochada.

–Quase isso. – diz recuperando o fôlego.

Assim que essas palavras saem da boca dela fico tensa e atenta, desmanchando o sorriso irônico que brincava em meus lábios. Mil coisas se passam pela minha cabeça, mas todas elas giram em torno de dois irmãos, Cato e Katniss. Não me pergunte porque pensei em Cato, eu também não sei, alias nem sei porque esse maldito garoto sexy não sai da minha cabeça! Mas não é hora para pensar nisso. Aliás, hora nenhuma é hora para pensar nele! A última coisa que preciso é um loiro bagunçando totalmente minha cabeça! Volto para a realidade e apresso Annie, antes que minha curiosidade me mate!

–Fala logo! – digo a balançando pelos ombros, me preparando para correr, caso seja necessário e algo me diz que será.

–A Katniss – ela diz e respira fundo, me deixando impaciente – ela... ela tá brigando com a Glimmer no vestiário... – nem ouço o resto, saio correndo, já me preparando para matar uma vadia, ou três.

Nem mesmo pergunto a Annie porque ela mesma não ajudou, pois já sei a resposta, “Não gosto de brigas”. Então continuo correndo, desesperada, empurrando todos que estavam em meu caminho, me fazendo receber olhares fulminantes que não me importam diante a circunstâncias, até chegar ao vestiário.

Quando chego à quadra, que antecede os vestiários, vejo que tudo está estranhamente calmo, vazio e silencioso, o que só me faz pensar que a Vadia armou algo horrível para minha amiga, esse pensamento me faz correr ainda mais rápido, se possível. Nem mesmo paro para pensar na situação contraria, não estava pensando direito, tudo o que queria era matar uma certa vadia oxigenada!

Ao chegar à porta vejo que tudo está silencioso, o que é muito estranho, mas nem isso diminui a rapidez com a qual entro no vestiário, o encontrando completamente escuro e aparentemente vazio.

–Katniss? – chamo tentando ver alguma coisa.

Quando não obtenho resposta percebo o que está acontecendo, elas armaram para mim! Eu mato aquelas vacas! Quando me viro, pronta para matar uma certa ruiva, só ouço o barulho da chave rodando na fechadura e ao correr para a porta, tentando abri-la, só comprovo o obvio, eu estou presa aqui.

No mesmo instante me lembro da porta dos fundos, mas, confirmando minhas expectativas, a porta está trancada, eu estou presa aqui.

Depois de muito bater e socar as portas, xingar Annie de todos os nomes conhecidos e desconhecidos, ameaça-la de morte e tortura – quando me dou conta que morte é pouco! -bater mais um pouco na porta com a intensão de derrubá-la, finalmente desisto e encosto-me a uma parede e escorrego até o chão, esperando o momento em que me tirariam dali. Mas quando sair eu mato elas! Ah se mato!

POV Cato

Depois que sai da diretoria sabia que não conseguiria ter cabeça pra mais nada, não entendia o que Snow queria com a minha irmã, sentia que coisa boa não era, acho que qualquer um senti isso ao ser chamado na sala do Snow, mas se tratando da minha irmã essa preocupação dobra!

Toda vez que eu tentava desviar minha cabeça desse assunto me vinha uma certa baixinha na cabeça, uma que estava irritada comigo e eu nem mesmo sei o motivo! Quer dizer, o que tem de mal em eu ter dito a verdade? Eu e Peeta não estávamos envolvidos na briga!

Todos esses pensamentos não me deixariam prestar atenção na aula, não que eu normalmente prestasse, mas ficaria muito obvio e era perigoso a professora me mandar de novo para a diretoria e tudo o que eu quero daquele velho é distancia! Então ao invés de ir para sala fui para o refeitório, aonde ficaria completamente sozinho, já que todos estavam em sala, e assim, talvez conseguisse por meus pensamentos em ordem, o que é muito difícil com Clove neles.

Clove nunca sai da minha cabeça, sempre fica lá, me distraindo, me confundindo, bagunçando os meus pensamentos, me fazendo sentir coisas que nunca senti, repensar nos meus atos, até mesmo quando estou beijando qualquer outra garota!

Isso é estranho, principalmente para mim, que nunca senti nada parecido por ninguém, eu sempre tive quem eu quisesse em um estalar de dedos, graças a minha maravilhosa genética. Mas perto de Clove todas as outras, aos meus olhos, parecem comuns demais, simples demais, pouco demais, e eu não sei se é bom ou ruim eu me sentir assim. Se tratando de Clove nunca se sabe o que esperar. Ela pode ser a melhor amiga que se pode existir ou sua piro inimiga, aquela que você não imagina nem em seus piores pesadelos – acredite em mim, você não vai querer isso! – Eu nunca sei o que esperar daquela baixinha linda!

Mal percebo o tempo passar, só me dou conta de que já devo estar aqui a muito tempo quando Madge vem correndo em minha direção, e pelo seu estado desesperada é pouco para descrevê-la!

–Cato! – ela grita ao se aproximar de mim, enquanto se escora em meus ombros para tentar recuperar o fôlego, acredito eu.

–Eita! Quer me deixar surdo? – digo e ela me olha de cara feia, o que me causa certo medo – Ok, respira! Quanto desespero! – completo começando a rir de sua cara, que tentava demostrar raiva, mas estava muito desesperada para isso.

–Calma? A última coisa que se encaixa nessa situação é calma! – ela disse me deixando completamente confuso.

–Como assim?

–A Clove! – ela diz me deixando nervoso e com todos os músculos de meu corpo tensionados, o que a minha baixinha briguenta fez agora?

Espera! Eu pensei “minha”?

–Está brigando com a Glimmer no vestiário feminino! – a loira a minha frente diz me tirando dos meus pensamento nada adequados para o momento e me trazendo de volta para a realidade.

Assim que essas palavras são processadas pela minha mente saio correndo, nem pensando nas consequências. Preciso parar aquela baixinha antes que ela se meta em problemas! Foi por pouco hoje! Ela não precisa se meter em mais problemas! A sua cota de hoje já foi estourada!

Corro como se minha vida dependesse disso, de certa forma depende. Eu nem mesmo parei para processar onde estava acontecendo à briga, só fui pensar nisso quando parei na porta do vestiário FEMININO!

Por que raios a própria Madge não separou a briga? Ou por que ME chamou? Não tinha nenhuma menina que podia fazer isso não? Eu não posso entrar no vestiário feminino! É O FEMININO! O que as pessoas vão pensar de mim?

Fico um tempo pesando os prós e contras de entrar no vestiário. No final acabo por decidir entrar, a baixinha é mais importante. Mas que fico claro que ela vai ficar me devendo uma! Isso com certeza ela vai!

Tentei entrar pela porta da frente, mas ela está trancada. “Péssima hora para se prevenir, baixinha!”, penso enquanto tento achar uma forma de entrar. É então que me lembro da porta dos fundos do vestiário masculino, aqui também deve ter! Sem pensar duas vezes saio correndo em direção aos fundos, e para minha sorte está aberta.

Assim que abro a porta estranho, já que não escuto sons de briga, aliás não escuto barulho nenhum, e vamos combinar, a Glimmer não é nem um pouco silenciosa, principalmente em brigas! Com isso já começo a imaginar que tipo de loucuras Clove está fazendo com ela!

Esse pensamento me faz praticamente invadir o vestiário, o estranho é que não encontro nada, principalmente por tudo está escuro. Então começo a procurar por um interruptor, talvez alguma delas, ao menos, ainda esteja aqui, nem preciso dizer quem eu acho que pode estar aqui, mas com toda a certeza desacordada! Se não morta, mas prefiro não pensar nisso!

Quando finalmente encontro o maldito interruptor só consigo ouvir um estrondo e quando olho para o a porta pela qual entrei vejo a mesma sendo trancada, isso me faz correr como um desesperado, coisa que eu realmente estava, em direção à porta, tentando evitar que ela fosse completamente fechada, obviamente não adiantou nada, eu estava preso ali.

Mesmo sabendo que não mudaria nada, comecei a dar socos e chutes na porta, que só são interrompidos por uma voz rouca atrás de mim.

–Não vai adiantar nada, eu já tentei isso. – ao me virar vejo a baixinha com uma cara de quem acabou de acordar, o que explica a voz rouca.

Mas que diabos está acontecendo aqui?

POV Clove

Não faço a menor ideia de quanto tempo estou aqui, só sei que acabei pegando no sono, não tinha nada para fazer mesmo. Sou acordada por barulhos altos e repetitivos que me deixam irritada, mas graças ao sono não consigo demonstrar isso a pessoa que está chutando e batendo na porta quando digo que já havia tentado o mesmo, graças a minha voz de sono. Pelo visto meus “amigos” trancaram mais alguém aqui.

Quando levanto os olhos para a tal pessoa vejo que é loiro e alto, mas antes mesmo que possa supor quem é ela se vira, me dando completa visão de seu rosto, e sei que minha expressão está pra lá de surpresa!

–Cato? – pergunto com a meio rouca aumentada em algumas oitavas, simplesmente não acreditando que o loiro está aqui, na minha frente, e pelo visto tão confuso quanto eu.

Ao olhar nos olhos de Cato, rapidamente desvio daquela piscina azul que eu gostaria de me afogar, olho para o local onde estamos e começo a pensar em nossa situação. É então que as peças começam a se encaixar. Como não pensei nisso antes! Estava tão obvio! O olhar cumplice que as meninas trocaram aquele dia, a insistência em me fazer assumir os meus sentimentos, o fato delas estarem estranhas. Claramente estavam tramando algo!

Antes que Cato diga qualquer coisa me levanto desajeitadamente, quase caindo, e corro em direção à porta, voltando a esmurra-la com toda a minha força.

–É bom vocês me tirarem daqui agora! Se não eu mato vocês quando saírem! – grito enquanto bato na porta com toda a minha força.

–Desculpa, Clo. Mas tenho certeza que você vai nos agradecer depois! – ouço a voz divertida de Katniss.

–Até você Katniss? – pergunto parando de bater na porta, quando minhas mãos começam a doer.

–Claro. Você é a cunhada dos meus sonhos, e se você não corre atrás nós corremos por você! – ela diz e parece que está rindo.

–Como assim cunhada? – ouço a voz de Cato atrás de mim, me deixando arrepiada, mas disfarço, partindo para o próximo questionamento.

–Como assim nós?

–Sim, nós! – ouço varias vozes misturadas, tanto de meninos quanto meninas.

–E é o que a Clove vai ser da Katniss quando se casar com você, Cato. – ouço a voz acho que de Gale.

–Casar? – Cato grita se engasgando.

–Sim, vocês foram feitos um para o outro, como almas gêmeas. – diz Annie, que vontade de matar essa ruiva!

–Annie! – digo entre dentes e esculto a risada de todos, se me fazendo corar, por isso nem me atrevo a olhar para Cato.

–Agora é bom vocês começarem a se acertar, pois só saíram dai quando dizerem tudo o que sentem um pro outro. – diz Mad.

–E se não fizermos isso? – diz o loiro atrás de mim.

–Ai cunhadinho, vocês ficaram ai por tempo indeterminado. – Peeta.

–Vocês não podem nos prender aqui para sempre! – grito exasperada.

–Para sempre não, mas até segunda sim, já que hoje é sexta. – diz o trairia do Finnick e todos riem novamente.

–Vocês não seriam capazes! – gritamos eu Cato ao mesmo tempo, fazendo a risada deles aumentarem.

–Testem para ver! – dizem quando se recuperam um pouco da risada.

Logo após escuto paços se afastando me fazendo bater desesperada na porta, eles não podem me deixar presa aqui! Ainda mais com Cato! Obvio que a gente não vai se acertar! Cato não sente nada por mim!

–Isso não vai adiantar nada, eles já foram. – diz Cato.

Por mais que eu queira acreditar no contrario, sei que ele está certo e essa constatação me faz bufar irritada enquanto me jogo novamente no chão, local onde ficarei por “tempo indeterminado”, como disse Peeta.

(...)

É nesses momentos que eu me arrependo de não usar relógio, estou aqui a não sei quanto tempo encarando Cato, sem ter nada para fazer. Os nossos “amigos” já vieram aqui duas vezes, para ver se “finalmente estávamos juntos”, mas obviamente a resposta foi negativa.

–Cansei! – ele diz do nada se levantando e eu continuo o encarando, confusa – Cansei de ficar aqui sem fazer anda! Cansei de guardar isso! Cansei de ficar aqui trancado sem nem mesmo conversar com você! Por que isso é tão difícil? – percebo que ele está falando consigo mesmo, então não digo nada – Cansei de tudo isso! Nossos amigos querem que nos acertemos não é mesmo? Então é isso que vamos fazer! – ele diz se sentando ao meu lado.

–O que você quer dizer? – digo o olhando.

–Quer dizer que se nossos amigos nos colocaram aqui é porque demos algum motivo, agora temos que descobrir qual, mas para isso precisamos ao menos conversar! – ele diz exasperado.

–Eu sei por que eles nos colocaram aqui. – sussurro, eu sei exatamente o motivo de eles terem feito isso, mas saber o motivo só me deixa mais irritada.

–Você sabe? – pergunta incrédulo.

–Você não? – indago como se fosse obvio.

–Tenho uma desconfiança, mas não sei se é por isso. – ele diz encarando o nada.

–Você acha que é qual motivo? – pergunto ainda o olhando.

Ele excita antes de responder, mas logo diz.

–Eles nos querem juntos... como um casal. – ele sussurra de cabeça baixa.

–Acredito que seja mesmo esse motivo. – digo enquanto passo a encarar o nada.

–Mas para eles fazerem isso tínhamos que ter dado um motivo... não?

Permaneço calada encarando o nada enquanto sinto seu olhar queimando em mim, não pretendo dizer a ele que eles me colocaram aqui porque assumi que sentia mais que amizade por ele, sendo que o mesmo provavelmente não sente o mesmo.

–Clove? – ele diz tentando chamar a minha atenção.

–Sim? – digo finalmente o olhando nos olhos.

–Você deu algum motivo?

–Você deu? – rebato

–Perguntei primeiro. – ele diz levantando uma das sobrancelhas, o que o deixa malditamente sexy!

–Só vou responder quando você responder. – digo cruzando os braços, tentando não me mostrar afetada.

–Por que você tem que ser tão... tão durona? – diz exasperado, passando a mão pelos cabelos.

–Porque eu sou assim. – repondo friamente sem nem mesmo olha-lo.

Ouço-o suspirar e mesmo sem ver imagino perfeitamente quando ele passa a mão novamente no cabelo, o deixando ainda mais bagunçado. Ele respira fundo antes de finalmente começar a falar.

–Eu dei motivos sim. – ele diz tão baixo que se não tivesse atenta não escutaria – Eu disse... disse a Katniss uma vez... que eu... gostava de você... de uma forma além de amizade. – ele diz concluindo com mais um suspiro.

Ele disse tão baixo que eu quase não acredito no que ouvi, ele, Cato Everdeen, realmente gostava de mim? Por que de mim?

Antes que minha cabeça se encha de questionamentos resolvo dizer quais motivos me trouxeram até aqui, já que ele já disse o seus.

–As meninas ficaram me pressionando... a dizer que tipo de sentimentos.... eu sentia por você... então eu confessei.... que gostava de você além da amizade. – assim que termino de dizer o ouço prender a respiração, para logo depois soltar o ar com força.

–Isso quer dizer que nós podemos tentar? – ele pergunta sussurrando enquanto se aproxima de mim.

–Não Cato! – digo me levantando bruscamente e começando a andar de um lado pro outro – Eu gostar de você não quer dizer que confio em você! E como confiar? Ou você não se lembra de quem é? Um dos garotos mais desejados de Panem? Aquele que as garotas caem aos pés? E você nem pode dizer que não se importa! Por que se importa sim! Se não se importasse não ficaria com tantas garotas! Você é como o Peeta era, só que o Peeta tinha um motivo, ele tentava fugir do que sentia pela Katniss? E você qual o motivo? – pergunto e ele fica calado de cabeça baixa – Cato você é um galinha! É meu amigo, mas ainda sim é um galinha! Por mais que eu goste de você, sentimento não é tudo! Também é preciso ter confiança! Como eu vou confiar em alguém que já ficou com diversas garotas?

–A minha irmã confiou. – ele diz me interrompendo.

–Você quer mesmo comparar? – digo irritada – O Peeta passou meses sem ficar com ninguém, mesmo com a Kat namorando o Nathan, ele não ficou com ninguém, simplesmente para provar para ela que mudou, mudou por ela! E você Cato tem quanto tempo que ficou com uma garota? Uma hora? Um dia? Uma semana? – ele novamente abaixa a cabeça, sem dizer nada – Foi o que imaginei! Agora se põem em meu lugar! Se eu ficasse com um garoto por dia, fosse uma Glimmer da vida, você confiaria em mim, simplesmente por eu te dizer que sinto algo por você? Tenho certeza que não! Eu não confiaria em mim mesma! Quem me garantiria que eu não cederia à investida de alguém bonito, alguém que eu deseje? É exatamente o que eu penso sobre você Cato! Quem me garante que assim que Glimmer ou qualquer outra garota abrir as pernas pra você, você não vai ceder? Nem com os garotos mais certinhos nós não podemos ter essa certeza, imagina com os ex-galinhas? – quando finalmente termino de falar percebo que lagrimas escorrem por meu rosto, como um rio, sem que eu possa controla-las, eu nem mesmo faço questão de escondê-las de Cato, quero que ele me veja assim, frágil, para ele ver o efeito que tem sobre mim.

–Eu sou tudo isso que você falou Clove, e muito mais. Eu sou o cara mais errado para você. Você merece alguém dez mil vezes melhor do que eu. – ele diz enquanto enxuga minhas lágrimas, e eu mantenho meus olhos em suas piscinas – Te garanto que para você não seria difícil de encontrar alguém melhor do que eu. Mas eu não posso deixar isso acontecer, sabe por quê? Porque eu sou egoísta, baixinha! – ele diz e eu vejo em seus próprios olhos algumas lagrimas presas – Eu sou egoísta e eu não quero dividir você com ninguém! Você tem que ser só minha! Eu posso ficar com mil e uma garotas, mas para mim nenhuma chega aos seus pés! Eu não consigo parar de compará-las com você! Você me perguntou o motivo para eu ficar com tantas garotas, e agora eu te respondo! Eu fico com tantas garotas para tentar aceitar que eu nunca vou te ter! Que você vai achar alguém muito melhor do que eu! Alguém que seja capaz de te dar todo o amor e tudo que você merece, coisas que eu nunca fui capaz de te dar. Eu achei que meu plano estivesse dando certo, mas Clove é só olhar pra você que as outras se tornam comuns, não despertam meu interesse! Só de te imaginar com outro eu piro! Eu posso não ser o melhor para você, mas não capaz de deixar nenhum outro te tocar! Você é minha, só minha! Mesmo sem nunca ter te beijado, eu sei que o seu beijo, para mim, é melhor do que o da mais experiente, seu corpo é mais lindo do que o corpo mais cheio de curvas, seus olhos chamam mais minha atenção do que qualquer outro, mesmo não sendo o exemplo de feminismo seu jeito me domina! Eu não sei mais viver em um mundo sem você, baixinha! – nesse momento já estamos os dois chorando - Eu quero poder te chamar de minha, te beijar, abraçar, segurar sua mão, fazer essas coisas clichês que namorados fazem, porque tudo com você Clove! Quero estar do seu lado até quando você estiver com cabelos de algodão, além disso, quero que você seja minha para sempre! Então eu repito o que eu disse, eu não sou o melhor homem para você, mas eu quero ser tudo que você precisa! Eu quero ser seu e que você seja minha!

Antes que ele diga qualquer outra coisa eu o beijo, o beijo com todo esse sentimento que eu venho guardando por anos, um sentimento reciproco. Sei que ele pode se arrepender assim que nos separarmos, me fazendo ver filmes clichês com um pote de sorvete, mas eu só quero viver o agora, aproveitar enquanto o amor da minha vida está aqui, comigo em seus braços, me beijando como se não houvesse amanhã.

Separamo-nos devagar, com selinhos, e eu continuo de olhos fechados, quando finalmente os abro vejo meu loiro com um sorriso lindo e os olhos brilhando em minha direção, tenho certeza que seu sorriso se reflete em meu rosto, mas eu não podia estar mais feliz do que agora.

–Me da uma chance? – ele sussurra me olhando nos olhos.

–Até mil se você quiser. – digo sorrindo.

–Fico feliz em saber, mas espero que só uma baste. – ele diz antes de me beijar novamente, um beijo cheio de promessas, um dos melhores beijos da minha vida.

–Cato, o que somos agora? – digo quando estou no meio de suas pernas, com a cabeça encostada em seu peito.

–Acho que namorados. – ele diz acariciando meus cabelos negros.

–Isso é um pedido de namoro? – digo me virando para encará-lo.

–Sim, mas vamos fazer isso direito! – ele diz se levantando e me estendendo a mão para me ajudar – Clove Furhman você aceita esse pobre vagabundo como seu namorado? – ele diz se ajoelhando em minha frente, me fazendo rir.

–Claro que aceito. – digo e ele se levanta e começa a me rodopiar até que ele me coloca de volta no chão colando mais uma vez seus lábios com sabor de hortelã nos meus.

Somos interrompidos por sons de comemoração, e ao olharmos para porta, ainda sorrindo, vemos nossos amigos nos olhando com brilhos nos olhos e grandes sorrisos no rosto.

É, acho que não vou matar minhas amigas.


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Notas finais do capítulo

Bônus aprovado? Espero que sim! Porque eu amei escreve-lo S2 Confesso que me emocionei em algumas partes ( principalmente no discurso do Cato ♥)
É isso amores, vou ver se consigo postar ainda amanhã o proximo cap, mas não prometo nada, como sempre kk'
É isso mesmo, por que to com sono ai eu esqueço tudo que tinha que falar....
Kisses2

P.S.: Um agradecimento ultra gigante a IngridN pela ideia da música do cap. Brigada sua gata!