Harry Potter e o Senhor da morte escrita por Leid Jeh


Capítulo 9
Heróis de Guerra




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A noite cobria tudo com o seu véu de escuridão. A chuva cessou, mas deixou em seu lugar, um friozinho, que conseguia penetrar por entre as frestas dos vidros do trem. A mulher do carrinho de doces já havia passado há muito tempo, mas os vestígios de doces ainda se encontravam no colo adormecido de Rony. Hermione passara quase toda a viagem lendo uma revista de feitiços não verbais, que Luna lhe deu. Draco não dormira, estava se divertindo com a inocência dos alunos novos.

— Um sonserino é sempre um sonserino! - Bufou Hermione, — Harry! Harry acorda! Estamos chegando!

Harry dormira a viagem toda. O cansaço somado com tantas noites mal dormidas finalmente o havia derrubado. Era notável a empolgação de Hermione. Provavelmente lera a revista várias vezes na tentativa falha, de o tempo passar depressa. Rony era o mesmo de sempre. Harry via naquele homem ruivo coberto de doces, o mesmo menino de 10 anos atrás. Antes, tentara resistir a regressar a Hogwarts,mas todos estavam do seu modo, ansiosos para o que lhes esperavam. O trem parava aos poucos, e os novos alunos corriam agitados nos corredores.

— Vão descer ou vão ficar ai, sentados? Disse Malfoy.

— Vem, anda Harry! Rony acorda, nós chegamos!

— Alunos do 1º ano me acompanhem!

— Alunos do 2º e 3º ano, aqui!

— Harry, Rony, Hermione!

Ao longe, na estação de trem, um gigante acenava para o trio.

— Olhem! É o Hagrid! - Disse Hermione.

O gigante passou com facilidade por entre tantas crianças, e abraçou o trio. O tempo parecia não ter passado pra ele, não ter passado naquela estação. Algo cristalino escorria pelo rosto sorridente do gigante, que parecia não acreditar no que via.

— Porque vocês não escreveram? Dois anos! Dois anos, sem saber sequer como estavam! Olhe para vocês! Já são adultos, me lembro como se fosse ontem, vocês eram do tamanho de tronquilhos!

— Ah, é uma longa história Hagrid,mas acredite, sentimos muito sua falta! - Disse Hermione.

— Vocês vieram retomar os estudos? Minerva não vai acreditar, vocês não imaginam o quanto ela tem falado de vocês três!

— Sim Hagrid,viemos retomar nossos estudos, e ficar a par de alguns acontecimentos. Sentimos falta de todos aqui, acho que temos muito que conversar com a Professora Minerva. - Disse Harry.

— Acontecimentos? Do que vocês estão falando?

— Não podemos contar agora Hagrid,depois conversamos, agora temos que ir para o castelo ou iremos congelar! - Disse Hermione.

— Esperai! Essas carinhas, eu as conheço! Vocês estão se metendo de novo em coisas que não devem se meter! Me diz, o que é ?

— Nos desculpe Hagrid,mas temos que ir, depois nos falamos! Até mais!

Alguns alunos conversavam na plataforma, outros já entravam nos pequenos barcos, que levariam a Hogwarts.Luna acenava, chamando a atenção do trio para que pudessem embarcar juntos. A noite esfriara, e o céu dava indícios de chuva, os barquinhos seguiam todos para um só lugar. Hogwarts estava iluminada, e de longe, podia-se ouvir sua música. A melodia era lenta e anunciava a chegada dos novos. O coração de Harry estava aos pulos, Hogwarts parecia ainda mais bonita, era impossível não encantar-se com ela, mesmo depois de todos esses anos.

— Chegamos! Desçam, desçam! Gritou um monitor, para os novos alunos!

As malas foram deixadas no Hall de entrada, e os seis seguiram para o salão principal, onde o velho chapéu seletor descansava em cima da cadeira. O céu do salão fora enfeitiçado, e naquele momento ele parecia tão estrelado quando se podia imaginar.

— Sempre gostei desse feitiço. Esse do céu. Faz-nos sentirmos melhores apesar da tempestade lá fora. - Comentou Luna.

Harry concordou com um aceno de cabeça. Ele também achara isso. O salão estava extremamente limpo, e podia-se ver o brilho das taças que se encontravam na grande mesa dos professores. Aos poucos os professores foram chegando e sentando em seus devidos lugares. Na mesa estavam o professor Binns que ainda estava lecionando Historia da magia. Não se sabe ainda, se ele notou que morreu. O diretor da Corvinal professor Flitwick,Madame Hooch, o atual diretor da Sonserina, professor Horácio Slughorn, que examinava sucintamente cada aluno novo que entrava. Pomona Sprout, diretora da Lufa-Lufa, acabara de se sentar e cumprimentara a professora de adivinhação Sibila Trelawney. As portas do salão se abriram novamente, dessa vez entraram por ela, a Professora- Diretora Minerva McGonagall, trazendo os novos alunos para a seleção. Os alunos foram selecionados para suas devidas casas; o salão estava uma grande algazarra de risos e cumprimentos, Minerva levantou-se, falou algumas palavras de boas vindas, e o banquete começou. A mesa estava farta, e havia todo tipo de comida, Rony se deliciava sem pudor. Ninguém havia percebido que naquele salão havia 6 pessoas diferentes. Os meninos terminaram suas refeições, e levantaram-se rumo as suas salas comunais. Harry agradeceu em silêncio, ao menos essa noite, ele não queria que todas as atenções fossem voltadas ao regresso deles.

— Harry Potter? - Disse Minerva.

Os seis pararam repentinamente. Um murmúrio começara no grande salão.

— Harry Potter esta aqui?

— Olhem, não é só ele, são os heróis de Guerra!

Heróis de Guerra, - Pensou Rony, acho que podemos nos acostumar com isso.

Os olhos da professora Minerva estavam cintilantes, ela não acreditara no que estava vendo. Seus pupilos, em Hogwarts. Depois de tantos pedidos falhos para que eles retornassem. Finalmente! Saiu em disparada ao encontro deles, tocou o rosto de Harry com as mãos. Ele havia crescido. Todos eles. Abraçou todos, até Malfoy. Não disse nada, o momento pedira o silêncio das palavras. Seus corações falavam por eles mesmos. Só se viam sorrisos e lágrimas de felicidade. O corpo docente levantou-se e começou uma Salva de palmas, os alunos acompanharam, e logo depois toda Hogwarts festejava a volta dos heróis de guerra. Havia muitas pessoas, casas que se misturavam em meio à algazarra, risos e o barulho de taças que brindavam. Harry estava no meio de toda essa multidão, tentou afastar-se, pegar um pouco de ar, sentia-se tonto e mal conseguia distinguir quem estava falando. Em meio à bagunça, apoiou-se em uma cadeira. O suor escorria em sua face. Um mar de acontecimentos inundou a sua mente.

“ — O senhor pode precisar dela...

— Tem razão Rabicho, meu servo fiel. Ela pode nos ser útil. Ela possui grande influência!

— O que faremos senhor? Como vamos tirá-la de lá?

— Pense Rabicho.. Pense um pouco...”

“Uma risada fora ouvida, e de repente a visão de Harry muda. Agora se encontrava de frente a uma ilha, cercada por águas congelantes. Um forte estrondo fora ouvido. Uma parede desmoronou. E uma mulher de olhos perigosamente azuis estava livre.”

Hermione logo correu para amparar o amigo, Harry estava frio e pálido. As pessoas que estavam ao redor abriram um circulo para que pudessem ver o que estava acontecendo. Logo um silencio pairou sobre o grande salão. Minerva abriu caminho, e chegou as pressas, sem entender o que havia acontecido. Os olhos de Harry ainda estavam vidrados, ele sentiu um toque maternal, da velha professora tocando-lhe o rosto.

— Ele a soltou! - Disse Harry, — Ele tirou Dolores Umbridge de Azkaban!

Muitos olhares se cruzaram.

Do que você esta falando Harry? - Perguntou Minerva. — Ninguém pode tirar um prisioneiro de Azkaban!

O professor Flitwic logo percebeu que aquele assunto era delicado, e dizia respeito apenas aos meninos e a Minerva.

Monitores, levem seus alunos as suas casas comunais! Disse o professor Flitwic.

E uma frota de alunos saiu do grande salão decepcionados, alguns ainda tentavam em vão escutar algo.

— O que está acontecendo? - Perguntou Minerva, — Vocês, não voltaram aqui só para terminar os estudos, não é?

— Não professora. Definitivamente não. - Disse Harry.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram?



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