Harry Potter e o Senhor da morte escrita por Leid Jeh


Capítulo 24
A batalha final


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capitulo pessoal, aproveitem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/539372/chapter/24

— Alarte Ascendare! – Disse Malfoy. E o corpo foi erguido e depois lançado ao chão em um baque.

— Abra os olhos Potter! Não é certo dormir em plena batalha! – Disse Malfoy zombeteiro.

Harry abriu os olhos com dificuldades não acreditando no que estava presenciando. O menino que nunca teve a chance de fazer suas próprias escolhas estava ali, erguendo sua mão a um velho amigo caído. Na vida, muitas pessoas não têm a chance de fazer as melhores escolhas. Mas Draco naquele momento esteve diante de sua segunda chance e a agarrou com todas as forças. Não foi a decisão mais fácil, mais foi a que era certa.

— Por um momento pensei que se juntaria a ele, - Disse Harry, — E... Eu lamento muito por seu pai!

— Por um momento eu também! – Respondeu, ainda olhando o corpo inerte do pai.

Mais adiante Dollores olhava com fúria todas aquelas pessoas. Toda Hogwarts a enojava. Seus olhos de lince miravam Minerva, que batalhava com um fervor incansável. Sorriu um sorriso amarelo e desdenhoso. Apertou com força a varinha na mão e mirou.

— Fogomaldito!

Uma enorme chama emergiu da varinha em direção a professora. Poucos olharam a tempo de ver quando uma sombra negra corria entre as pessoas. Severo postou-se na frente de Minerva quase a empurrando, a tempo de dizer um contra feitiço.

— Protego!

A chama se desfez no ar. Dollores olhou incrédula para Severo. Ele pareceu voar por entre as pessoas de uma forma graciosa e veloz. Fechou o punho e antes que pudesse pronunciar mais um feitiço, Severo disse alto e claro:

— Avada Kedavra!

Ninguém se importou quando uma mulher vestida de um rosa quase vermelho caiu por sobre a relva. Não houve gritos e nenhuma lagrima fora dirigida a mesma. Ninguém notou o momento exato que o azul de seus olhos deixou de brilhar.

— Obrigado Severo! – Disse Minerva cheia de emoção.

Apenas um aceno e um meio sorriso lhe foram dirigido, e Severo voltou à batalha.

— Piertotum Locomotor! – Disse Minerva, fazendo as estatuas do castelo ganharem vida e irem batalhar.

— Cumpram sua missão para com a nossa escola! Lutem! –Disse.

— Protego Horribilis! – Disse Hermione, defendendo Fred de uma maldição.

No céu Bicuço voava e em uma rajada mergulhava veloz, por vezes rasgando e arrancando as cabeças dos comensais com suas garras, em seu lombo Sirius contra atacava. Dobby, Winky e Monstro atacavam com punhais as pernas dos adversários e algumas vezes aventuravam-se em jogar feitiços mortais. Olho tonto e Flitwick competiam entre si, quantos comensais atingiam. Rony fazia feitiços desesperados de cura, pois Jorge e Simas haviam sido atingidos. Tudo parecia bem para os bruxos de Hogwarts, a batalha estava praticamente vencida e havia tantos comensais caídos quanto se podia imaginar. Mas o negror continuava. E um estranho frio os atingiu no momento em que Aberforth finalmente ficou frente a frente com Dumbledore. Seus olhares se cruzaram, e havia algo na forma como Aberforth sorria que causava a estranha sensação de perda. A princípio ninguém entendeu os motivos que o levaram a abrir o livro do Destino que estava escondido em suas vestes. Foi então que tudo aconteceu tão rápido quanto se possa imaginar.

Aberforth convocou os inferius e o exercito deles ficou cem vezes maior. Não havia chance nenhuma para o bem. Dumbledore exibia um estranho sorriso, ainda no chão Harry pôde notar isso. Foi então que Dumbledore ergueu sua varinha e ninguém sabia ao certo o que ele tinha em mente, ele era um homem extremamente imprevisível. Ele a girou em movimentos circulares e chamas quase vermelhas saíram dela, formando um circulo de fogo, tão forte que quase era impossível olhá-la. Harry já havia presenciado isso, mas dessa vez não havia duvidas ele estava muito mais forte. E em pouco tempo aqueles mortos que estavam perto foram rapidamente incinerados. Como se Dumbledore tivesse entrado em transe, ele pronunciou um encantamento antigo, mas que não pôde ser ouvido nem por aqueles que estavam pertos. E os inferius rapidamente pararam de se mover ficando intactos, como estatuas. Os olhos de Aberforth se arregalaram, e ele não pôde entender o que estava acontecendo.

— Ataquem eles seus idiotas! – Disse Aberforth.

Mas não houve resposta, e todos os inferius continuaram imóveis.

— ME OBEDEÇAM! – Gritou.

Mas eles não mais obedeciam a ele. E apenas num balançar de cabeça de Dumbledore os inferius viraram para a tropa de Aberforth, e se dirigiram em direção a eles, para atacá-los. Foi então que todos entenderam. Dumbledore agora os controlava magistralmente, ele era o Senhor da Morte. Os inferius atacaram sem hesitar os comensais que tentavam se defender. Muitos fugiram do local amedrontados. Os que tentaram lutar acabaram morrendo. Mais tarde aquele momento seria lembrado como o maior massacre bruxo de todos os tempos. Em um bater de palmas Dumbledore fez com que todos aqueles mortos já apodrecidos desaparecessem, como se nunca tivessem sido convocados. Uma fina camada de chuva caia no momento em que Dumbledore virou-se para o irmão e ergueu sua varinha. Aberforth exalava fúria e em todo o seu ser, notava-se apenas o mal. Antes que os outros pudessem sequer piscar, suas varinhas já estavam ligadas. Os dois irmãos estavam ali, em uma batalha épica. O poder que emanava de suas varinhas era tão intenso, que rajadas de fogo e luz escapavam e pairavam no ar. Dumbledore segurava com força sua varinha, tentando aumentar seu poder. Porém Aberforth estava em vantagem, quanto mais ódio sentia, mais poder crescia em seu ser. Esse era o principio de quem possuía o Livro do Destino. E por isso era tão poderoso e tão perigoso em mãos erradas. Dumbledore desviou por um segundo o olhar e fitou Harry. E naquele milésimo de segundo ele entendeu que o Professor queria que ele fizesse algo. Um piado fino e amigável surgiu no céu ainda escurecido e úmido. No céu Orheni voava desajeitadamente carregando algo pesado e brilhante. A ave pousou próxima a Harry, lhe entregando a conhecida espada de Gryffindor. Harry a pegou, e no momento que a tocou, como se Dumbledore falasse através da mesma, ele subitamente entendeu o que deveria fazer. Ao longe um poderoso livro jazia no chão. Um menino marcado por uma cicatriz corria por entre os corpos caídos na relva. A espada parecia gritar e ter vida própria. Ele a ergueu com toda força que ainda lhe restava cravando-a bem no meio de suas espessas paginas, marcando o fim do Senhor do Destino. Aberforth sentiu-se enfraquecer, mas continuou com a varinha erguida. Logo após, Minerva ergueu sua varinha transferindo seu poder a Alvo. Um minuto depois todos de Hogwarts faziam o mesmo, fazendo com que toda aquela magia se tornasse uma só, na varinha de Dumbledore. Aberforth cambaleou e sua varinha partiu-se ao meio sendo lançada para longe. O poder de Alvo era intenso demais e o irmão não pôde suportá-lo, caindo no chão já ofegante e tremulo. Alvo aproximou-se ajoelhando ao seu lado. Naquele momento ele não era mais uma muralha impenetrável, e seus olhos azuis como o mar voltaram a serem serenos e amorosos. Aberforth nada disse nada fez, nada pensou. Seu corpo estava demasiado dolorido, e sua alma doía. Seu coração estava acelerado, mas ao encontrar-se com todo aquele mar azul, ele finalmente sentiu-se em paz. Então a morte estendeu suas mãos para ele gritando e levou em seus braços aquele que a muito já era seu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Harry Potter e o Senhor da morte" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.