Harry Potter e o Senhor da morte escrita por Leid Jeh


Capítulo 22
Revelações


Notas iniciais do capítulo

O trecho "Á felicidade e a Paz são criaturas engraçadas. Elas vêm, brincam com o seu mais puro sentimento e depois partem, cantarolando zombeteiras falácias em sua cara." nao é uma frase criada por mim, mas nao me lembro o nome do autor, peço desculpas e se alguem souber, por favor me informe! kk beijos e boa leitura



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— Harry o que aconteceu? Perguntou Olho tonto, que já observava o menino em transe.

Harry buscou os olhos azuis. Agora ele sabia de onde ele conhecia aqueles olhos.

Dumbledore correu e ajoelhou-se perante o menino. Acariciou o rosto pálido e suado já sabendo que aquilo seria uma possível visão. Ele nunca presenciara uma visão que deixasse Harry naquele estado, elas estavam ficando mais fortes. Harry encarou com dificuldades os olhos azuis do Professor. Se morresse, morreria perdendo-se neles. Uma lagrima quente desceu-lhe rasgando a face.

— Diga Harry meu filho, o que viu? – Perguntou Dumbledore.

Harry observou os rostos apreensivos ali na sala o encarando. Todos mantinham uma expressão preocupada e curiosa. Queria contar o mais rápido possível o que viu o que ouviu. Procurou no rosto sereno de Dumbledore forças para dizer o que era preciso. Mas Harry temia. Temia por todos, mas principalmente temia magoar seu velho amigo.

— Eu o vi! – Disse Harry com a voz entrecortada

Todos se achegaram para mais perto de Harry, que começara a chorar. O garoto estava aos soluços, e havia uma mancha de dor estampada em seu rosto.

— Não tema Harry, - Disse Dumbledore, — Diga; o que você viu?

— Lord Araquiel, - Respondeu Harry, sua voz estava falha e rouca, — É Aberforth!

O silencio que se seguiu foi devastador. Dumbledore se atirou no chão, incrédulo, cansado, derrotado. Harry nunca o vira tão triste. Nos seus olhos havia uma grande mancha de magoa. Sentado no chão como uma criança afundou seu rosto nas mãos, como se quisesse desligar-se do mundo, ou se simplesmente tentasse absorver o que fora dito.

— Aberforth? – Perguntou Minerva, — O irmão de Alvo?

Harry afirmou com um aceno de cabeça.

— O que mais viu Potter? – Perguntou Severo, — Diga o que viu!

— Ele pegou o senhor Olivaras! Ele o levou!

— Mas como Aberforth conseguiu matar tantos bruxos e modificar a si mesmo? – Perguntou Olho tonto, referindo aos olhos vermelhos que o bruxo ganhara.

— Ele estava com a varinha de Voldemort! – Respondeu Hermione, — Na gruta, quando nos encontramos com ele, eu a reconheci, e por um momento, pensei que fosse o próprio Voldemort!

— É verdade, - Concluiu Rony, — Ele não é o mesmo! Ele é mal e, tem olhos que dão medo!

Minerva atirou-se incrédula no sofá. Olhou tristonha para o velho amigo. Pensou que ele jamais fosse se recuperar. Foi então que subitamente ele se levantou. Não havia marcas de lagrimas em seu rosto. Estava serio imponente, pensativo. Não poderia dizer que ele havia se recuperado, mas ele encontrava-se de uma forma que nenhum outro poderia estar. Harry aproximou-se devagar, tocando-lhe o ombro.

— Professor o senhor está bem?

— Á felicidade e a Paz são criaturas engraçadas, Harry. Elas vêm, brincam com o seu mais puro sentimento e depois partem, cantarolando zombeteiras falácias em sua cara.

— Professor, - Disse Harry, eu não entendo! Digo, qual é a ligação que eu tenho com Aberforth? Porque sou tão afetado, como se ele fosse Voldemort?

— Harry, a ligação que você tinha com Voldemort, não era somente por você ser uma horcrux. – Respondeu Dumbledore, — Vai muito, além disso. O núcleo da sua varinha é feita de pena de fênix, e essa mesma fênix deu origem a mais uma pena. A varinha que pertenceu a Voldemort era também irmã gêmea da sua varinha. A irmã gêmea da sua varinha tão poderosa quanto, foi responsável pela morte de seus pais e de tantos outros, também responsável por sua cicatriz. Creio que quando Voldemort destruiu a horcrux que havia em você, ele não sabia que havia uma ligação entre a varinha dele e o ferimento que ela mesma causou. Mesmo que você não tivesse sido uma Horcrux Harry, você ainda estaria ligado a ele, pela cicatriz.

— Mas porque estou sendo mais afetado agora do que antes? As dores, elas só aumentam!

— Eu temo que, quanto mais pessoas são mortas pela varinha, mais você será afetado Harry. Ela esteve adormecida todo esse tempo, por isso você não sentira nada. Mas no momento em que o mal, tomou conta novamente às dores começaram a serem mais fortes, quanto mais pessoas ele matar, mais vocês estarão ligados.

Dumbledore sentou-se na escada de seu escritório. Ultimamente andava extremamente pensativo. Ele sempre se questionou o porquê dessas visões. Mas agora pôde ter a confirmação, que Harry esteve e está ligado intimamente à varinha.

— Mas professor, se Voldemort não sabia, não tem como Aberforth saber né? Digo, não há possibilidades dele saber disso, há? - perguntou Hermione.

— Eu temo que sim, Hermione. Aberforth sempre foi um homem muito observador e engenhoso. Não deixaria passar esse detalhe. Lembro-me que quando éramos crianças, gostávamos de adivinhações.

Rony deu um pequeno sorriso, “como um homem de mais de 150 anos poderia se lembrar da infância?” Mas logo é retirado de seus pensamentos ao sentir uma forte dor no braço ao ser atingido por Hermione.

— Presta a atenção Rony! - cochichou a garota.

— Pode parecer bobo, - continuou Dumbledore, mas isso sempre aguçou nossos sentidos, e nossa capacidade de raciocínio. Aberforth sempre foi melhor em adivinhações, sempre montava o quebra cabeça de uma forma, que me fazia sentir-me tolo. Ele sempre chegava à resposta mais rápido do que eu. Queria eu não ter chegado a essa conclusão tarde de mais.

— Mas, era isso que impedia Voldemort de lutar comigo, não era? As nossas varinhas por possuírem o mesmo núcleo não podem nos afetar. Não faz sentido Aberforth ter pegado a varinha de Voldemort sabendo disso. Não há como lutarmos. Ele... Ele não poderá me matar!

— Na verdade ele poderá sim. - Comentou Snape, Trata-se de uma magia muito antiga. Magia negra. Fazê-la é quase tão difícil quanto produzir Horcruxes, mas não é impossível. Reunindo os itens necessários, ele conseguirá fundir o núcleo de qualquer varinha com a de Voldemort, fazendo assim, uma varinha que pertencerá somente a ele, com um poder acima do imaginável. Dessa forma o menino poderá ser atingido.

Hermione lembrou-se de quando leu Livro do Destino, de um titulo que havia chamado sua atenção: Fundindo Núcleos, parte 1: Varinhas, isso lhe causou arrepios.

— Mas que tipos de itens, ele teria que reunir professor? - perguntou Hermione.

— A magia certa do livro do destino, Sangue de unicórnio, lagrima de centauro, e sangue de um servo fiel. - disse Snape.

— Espero que Aberforth não tenha chegado nesta conclusão. - Disse Dumbledore, — Espero que possamos ser mais rápidos, e possamos recuperar o livro.

De repente Harry sentiu-se ofegante, o suor escorria até o queixo. Seus olhos estavam vidrados, e uma forte dor de cabeça o atingira. Apenas fleches vieram a sua mente. Primeiro viu Aberforth com seus olhos vermelhos, sorridente pela informação que Olivaras lhe havia concedido. Depois o viu reunindo todos os ingredientes. Ele tinha todos, menos um. Harry viu quando Aberforth olhou com luxuria para Rabicho. Apontou sua varinha para ele, e não houve tempo para que Rabicho implorasse. Um feixe de luz o atingiu, deixando apenas um corpo flácido no chão, fazendo companhia a Olivaras. Aberforth acariciou a varinha, agora ele tinha todos. Harry deu dois passos para trás tonto, e caiu no chão. Todos olharam assustados e viraram a tempo de vê-lo cair. Um mar de olhos azuis se cruzaram. Então Harry disse:

— Tarde demais professor. Ele já sabe.


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