Harry Potter e o Senhor da morte escrita por Leid Jeh
Notas iniciais do capítulo
Capitulo tenso pessoal!
— HARRY, FALE COMIGO! HARRY! – Disse Hermione aos gritos.
Harry estava visivelmente pálido e frio. E por um momento todos que o rodeavam preocupados, acharam que ele não acordaria mais. Mas os gritos desesperados de Hermione surtiram efeito no garoto, o fazendo abrir lentamente os olhos.
— Harry! Fale conosco! O que aconteceu?
E aqueles olhos que com o repentino susto se transformaram em um azul claro pálido, mudaram instantaneamente para o azul mais intenso que eles já haviam visto.
— Hermi...one, - Disse Harry, com a voz entrecortada. – Onde está o livro? Onde está o livro do destino?
Hermione sem entender o motivo da preocupação do amigo, pegou sua bolsa, onde antes ele jazia e a revirou. Revirou por alguns minutos e depois parou.
— Eu, eu tinha colocado ele aqui! Ele sumiu! Devo tê-lo perdido na correria na floresta!
Harry fechou os olhos e entendeu. Era do livro que “ele” falava na visão. “Ele” de alguma forma havia roubado deles.
— Ah não! E agora?- Disse Rony, - Como vamos reviver o Senhor da morte, se perdemos o livro?
— Não seja idiota Ronald! –Disse Hermione, - É claro que eu arranquei as paginas que precisamos!
— Mas o que? – Perguntaram todos sem entender.
— Ai, como vocês são cabeças duras! – Respondeu Hermione, - Eu não seria idiota de andar com algo tão importante na orla da floreta à noite, sem um plano B! Era obvio que seria só questão de tempo, até que nos descobrissem! Ou vocês pensaram que passaríamos despercebidos?
— Brilhante! – Disse Harry.
— Mas o que houve? – Perguntou Draco, - Outra visão?
— Sim, mas dessa vez foi diferente! – Respondeu Harry, - Eu o vi! Digo; não o seu rosto, porque ele sempre está encapuzado, mas estive de frente com ele! Ele também me viu, e disse para que devolvêssemos os fragmentos do amuleto! E... Ele estava com a varinha de Voldemort!
— O que? – Disseram todos, - A varinha de Voldemort?
— Tenho certeza que foi ele quem trouxe aquele Nundu! – Disse Ana, - A ligação entre vocês está ficando mais forte Harry, e agora ele tem o livro e uma varinha poderosa, e só Merlin sabe o que esse louco planeja! Não podemos ficar aqui e esperar!
— Ana tem razão, - Disse Draco, - Precisamos ir agora!
A neve estava cada dia mais espessa, e os ventos estavam quase congelantes. Isso só podia significar uma coisa: O natal estava próximo, e os dias ruins também. Harry às vezes cambaleava, ele ainda estava fraco, mas era sempre amparado por Hermione. Draco seguia na frente, liderando o grupo, seguindo fielmente onde a sua marca os levava. Se por descuido eles saíssem do caminho, ela automaticamente parava de arder. Então ele retornava ao caminho certo. Quanto mais próximo do local eles chegavam, mais a marca o incomodava. Pararam umas duas vezes para descançar, e revisar o trajeto que estavam fazendo, depois andavam sem cessar, por um caminho que parecia não acabar. Quando o sol já estava quase se pondo, e suas pernas já não mais respondiam aos seus comandos, eles avistaram uma enorme caverna.
— Ei! – Disse Ana, - Mas como vamos chegar ao reino dos elfos sem entrar na caverna?
— Não há como! – Disse Harry, - E não acho que seja coincidência! Digo, os elfos não nos deixariam entrar, talvez tudo se resuma nessa caverna! Escura e fria, um ótimo lugar para se esconder um amuleto!
Adentraram os seis na caverna, um atrás do outro, atentos a qualquer ruído. A caverna estava terrivelmente escura, e a única luz que os guiavam era de suas varinhas, o ar que emava da mesma era parado e enregelante. O local era protegido por uma magia forte e antiga, todos sentiram arrepios e não conseguiam dizer se era devido ao frio, ou aos encantamentos. Quanto mais andavam mais sentiam a caverna úmida, e algumas gotículas de água, escorriam em meio às estalactites, produzindo um som que lhes causavam calafrios. Harry notara um estranho odor de enxofre que aquelas paredes produziam. Logo à frente, um lago escuro e fétido.
— Parece que a caverna termina aqui! – Disse Rony.
Hermione o repreendeu com o olhar.
— O que foi? – Continuou, Não estão pensando em entrar, nesse lago fedorento né?
— Acho que não será necessário! – Disse Draco, chamando a atenção de todos.
Draco se aproximou da parede da caverna e acariciou-a levemente. Sua marca estava ardendo, mas com o toque parecia lhe queimar a pele. Uma estranha vibração o atingiu, no momento do seu toque fazendo-o afastar-se assustado. Foi surpreendido com um toque quente e inebriante em sua mão. Ana o segurava com força, dando apoio ao amigo. De uma forma ou de outra, ele sentiu que ela estaria ali por ele. Draco apontou a varinha para a parede, sua respiração era pesada e descompassada. Um vento frio o atingiu no momento em que da parede surgiu um pequeno fragmento verde, que parecia emanar sua luz própria. Talvez fosse o poder daquela caverna, mas aquele último fragmento pareceu-lhes mais imponente. Todos correram para perto de Draco, eufóricos com a pedra. Ana de tanta felicidade pulou no pescoço do loiro, dando-lhe um beijo na bochecha, estavam felizes demais para notarem que não estavam sozinhos. Passos ecoaram na caverna, e uma risada aguda e sarcástica os fizeram virar para a escuridão. As pessoas encapuzadas não puderam ser vistas no negrume daquele local, mas suas vozes puderam ser distinguidas.
— Ora, ora, ora! – Disse Lorde Araquiel, - Vejam quem está aqui! Harry Potter, “O menino que sobreviveu” e sua turma!
— APAREÇA SEU COVARDE! – Disse Harry, - Estamos cheios de seus joguinhos!
— Olhem meus amigos! – Disse Lorde Araquiel, - Harry me chamou de covarde!
Sons de várias risadas puderam ser ouvidas, Harry sabia, ele não viera só. Todos estavam com suas varinhas em punho, confusos pelo eco que a caverna produzia, olhavam para todos os lados.
— Vejamos! – Disse Lord, - Que interessante, o filho de Lucio aqui!? Ele não gostará dessa noticia, que darei pessoalmente!
— CALA A BOCA! – Disse Draco, - Deixem meu pai em paz!
— Comovente esse amor familiar! – Disse Lord, - Mas vamos ao que interessa me entreguem o amuleto!
— Nunca! – Disseram todos.
— Me entreguem o amuleto e eu os deixo sair vivos!
— Lord Araquiel apontou a varinha para os seis, seu ódio era crescente.
Cruciatus!
— Protego Horribilis! – Disse Harry.
— Flipendo! – Disse um dos bruxos encapuzados, acertando Rony o fazendo cair pelo chão.
— Impedimenta! – Disse Hermione, acertando um dos seguidores.
— Sectumsempra! – Disse Draco, quase acertando um dos seguidores.
Lord Araquiel de repente parou. A conhecida varinha branca foi retirada do bolso. Ele a apreciou por alguns segundos, alisando-a como se pudesse sentir seu poder. Aponto-a para Draco, hoje ele levaria um presente para Lucio. Nada fora pronunciado, mas de sua varinha emergiu um estranho e poderoso raio. Ana pôde ver a tempo o que iria acontecer, subitamente sem pensar pulou na frente no garoto o derrubando no chão. O raio a atingiu no peito, e uma corrente elétrica passou por todo o seu corpo, gerando convulsões.
— Alarte Ascendare!
E o corpo mole da garota subiu e depois desceu em um estrondo.
— NÃO! – Gritou Harry desesperado indo de encontro à amiga, quando sentiu seu corpo resetar.
Alguém o segurava forte por trás, o pressionando. Harry pôde sentir o hálito quente, em sua orelha, e uma risada rouca, quando ouviu:
— Antes que a noite termine, todos aqueles que você ama, estarão mortos.
O rosto de Harry fora bruscamente virado para o lado, permitindo que visse os Inferius saindo da lagoa, vindo em sua direção. Harry escutou os pés descalços daquele homem virando para frente de si, e viu rostos emaciados de fome naqueles mortos. Seu coração naquele momento era como um pêndulo entre ele e seus amigos. Ele não soube com que força se livrou daqueles olhos vermelhos se safando de seus braços. Correu para perto de seus amigos, e fez o que sua mente naquele momento chamou de sensato, aparatando com todos perto dos terrenos de Hogwarts.
A neve pareceu macia para os joelhos de Draco que estavam fincados nela, velando por Ana. Os olhos vidrados da garota, agora lhe pareciam sem vida, cinzas como o céu naquele dia. Seu rosto pálido, não contrastava com a neve, mas para Draco, ela nunca esteve tão bonita. Ele chorava, como se fosse sua primeira perda na vida, ou a mais importante, e talvez fosse, mas ele não teve tempo de dizer isso a ela. Luna chegou mais perto e ajoelhou-se junto à amiga. Tocou levemente suas mãos nos olhos de Ana fechando-os.
— Pronto! Agora parece que ela está dormindo! – Disse Luna, recebendo um leve sorriso de gratidão do loiro.
Harry correu para dentro do castelo, gritando por ajuda, para que algum professor ao menos a levasse para dentro. Quando finalmente Hagrid chegou, os meninos afastaram-se um pouco dando passagem para o gigante. Ele pousou aquele pequeno e frágil corpo em seus braços e a levou para dentro, onde ela estaria finalmente em casa.
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