Harry Potter e o Senhor da morte escrita por Leid Jeh


Capítulo 14
A queda do Ministério


Notas iniciais do capítulo

Peço desculpas aos leitores, esse capitulo ficou um pouco grande rsrs, mas foi necessário para o andamento da historia e elem do mais eu nao queria dividir em dois! boa leitura ;*



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Harry roncava sonoramente. Estivera sentado na janela do seu quarto quase a noite inteira, pensando em tudo que havia acontecido nos últimos dias, mas principalmente pensando na fumaça branca que refletiu no espelho de Ojesed na noite anterior. Depois de tantos anos aqueles olhos azuis mesmo em um reflexo conseguia fazer Harry estremecer. Mas agora ele finalmente descansava um sono profundo e merecido. Naquele dia Hermione não os acordou cedo, ela também quis aproveitar mais um pouco de sua confortável cama, naquela manhã de domingo.

A muitos quilômetros de distância a nevoa serpenteava pela vidraça da sala do Ministro. Uma clareira iluminava todo o local aquecendo-o. Ele encontrava-se em sua estimada poltrona, lendo um livro qualquer. O silêncio daquele local chegava a ser agourento, e só fora quebrado por um leve estalo, onde uma figura magra e encapuzada se materializou na sua frente. O ministro congelou fixando os olhos assustados naquela estranha figura, atrás dele, surgiram mais duas figuras também vestidas de negro.

— Quem são vocês? O que querem? – Disse o ministro.

As duas figuras negras que estavam mais atrás, retiraram a capa, e o Ministro pôde ver seus rostos. Rabicho estava do lado direito de seu mestre, porém o ministro notou que ele não era o mesmo. Estava diferente, com os finos cabelos ralos, penteados para o lado, várias cicatrizes desenhavam seu rosto, parecia ter dificuldades para enxergar, pois Rabicho manteve penas um dos olhos abertos. Do outro lado, olhos perigosamente azuis o fitavam. Dolores Umbridge, cantarolava uma cançãozinha chata e ameaçadora.

— Ora, ora! – Disse o homem ainda encapuzado, parece que o Ministro perdeu a coragem! Não me parece agora o mesmo homem que espalhava coisas sobre mim aos quatro ventos!

O ministro encolheu-se em sua poltrona, aquela voz parecia terrivelmente conhecida, e ele temia saber o que aquele homem fora buscar.

— Sei o que quer, Disse Fugie, mas não irá conseguir!

— Há é? Respondeu o homem, e quem irá me impedir? Você?

Uma gargalhada rouca foi ouvida, o que deixou Fugie ainda mais amedrontado.

— Harry Potter! Disse o ministro.

— Harry Potter?

Os três riram da resposta daquele homem.

— Deixe de bobagem Fugie, Disse o homem encapuzado, o menino, está vivendo sua vida linda de trouxa, nem se lembra do mundo bruxo mais! E tenho reservado para ele, as minhas melhores intenções!

— Como se sente ministro? Disse Umbridge sorrindo, Sabendo que não terá tempo de ir até Potter contar os segredos que guarda com tanta estima? Ou acha que não sabemos que você ia ao mundo trouxa não só para procurar artefatos, mas também para procurar o famoso eleito?

Os olhos de Fugie encontravam-se marejados, e ele temia que ela estivesse certa, ele não teria mais tempo de encontrar-se com o menino, ele não iria conseguir cumprir sua promessa.

— Onde está; Fugie? E não ouse mentir para mim! Disse o Homem encapuzado.

— Eu não sei; como poderia saber? Respondeu o Ministro.

— Talvez eu deva te ajudar então, Crúcio!

Da varinha do bruxo emergiu um raio, e logo Fugie encontrava-se no chão, contorcendo-se de dor.

— ONDE ESTÁ? Perguntou novamente.

— Eu já disse que não sei!

Crúcio!!

Mais de uma hora havia se passado, e Fugie manteve sua resposta. Ele encontrava-se agora debilitado e jogado no chão, perdera as contas de quantas vezes a imperdoável fora pronunciada.

— Talvez ele não saiba senhor! – Disse Rabicho.

— Hm, ou é muito fiel, ou um tolo! Sua fidelidade não me impedirá de achar Fugie! E sua tolice, o fará juntar-se com os outros! Cuide dele Rabicho, não quero sujar minhas mãos, com esse imbecil!

Lentamente o homem encapuzado retirou o adorno que cobria seu rosto, e Fugie reconheceu na mesma hora aquele rosto antes tão amigável. Olhou os conhecidos olhos, agora, tinham uma tonalidade vermelha, mas antes, antes eram azuis.

Rabicho caminhou lentamente até o ministro, para ele ser convocado por seu mestre a fazer isso, era gratificante. Viu o medo estampar-se no rosto daquele homem. Isso sempre fora algo que ele gostava de apreciar quando seu senhor os matava. O medo que ficava ali, quando sabiam que iam morrer. Em cada rosto, uma expressão diferente, em cada imperdoável pronunciada uma sensação melhor. Decidiu fazer diferente, não gastaria nem uma imperdoável da morte com aquele crápula, ele encontrava-se debilitado demais, e qualquer mínimo esforço que fizesse poderia ser o ultimo. Tocou o rosto do ministro já flácido quase desfalecido, sorriu pra ele, com seus dentes sujos e amarelos. Brincou com o corpo já mole do ministro como se fosse um brinquedo; por diversão fez vários cortes profundos no homem, seus gritos puderam ser ouvidos por longos 10 minutos, até que fora silenciado, e os últimos cortes já não doíam mais. Rabicho levantou-se e antes de ir, pisou no pobre rosto de Fugie, quis humilha-lo pela ultima vez, e aparatou, deixando-o ali para morrer sozinho.

O relógio marcava 9 horas quando os fracos raios de sol finalmente acordaram Hermione. Ainda sonolenta lavou o rosto, escovou os dentes e foi direto ao dormitório dos meninos. As leves batidas já eram conhecidas por eles, Harry e Rony logo se apressaram vestiram suas roupas e encontraram-se com Hermione. Seguiram todos para o quarto de Draco e depois para o de Ana. O salão principal estava quase vazio, com uns poucos alunos novatos da Lufa-Lufa e Corvinal, o restante provavelmente estava a aproveitar seu dia de domingo, em alguma loja de doces em Hogsmeade. Logo que se sentaram, uma fantástica mesa de café da manhã surgiu para eles.

— Quando iremos visitar o Ministro? - Perguntou Draco.

— Depois que tomarmos nosso café! – Respondeu Hermione.

— E como faremos? – Questionou Rony, Digo, não se pode aparatar em Hogwarts não é?

Hermione deu um leve sorriso ao responder o amigo.

— Fico feliz que finalmente tenha aprendido isso Rony! Nós iremos a Hogsmeade, e de lá aparatamos!

Quando o café foi retirado da mesa, todos se agasalharam, e seguiram rumo a Hogsmeade onde aparataram em frente a uma casa de pedra de dois andares sem jardins. Parecia um lugar deserto, onde só havia um lago para fazer-lhe companhia.

— Lugar estranho para se ter uma casa! - Comentou Rony.

— É, - Comentou Draco, tem muitas coisas estranhas acontecendo ultimamente!

Harry foi o primeiro a tocar a campainha. Esperaram e nada aconteceu. Tocou impacientemente novamente. Silencio total.

— Será que ele está em casa? - Perguntou Ana.

— A lareira está acesa, - Disse Hermione, Olhem a luz que ela esta emanando naquela janela!

A janela estava alta, mas podia-se ver o clarão feito somente por uma lareira.

— Parece que ele não quer visitas! - Disse Rony, O que faremos?

— Não podemos respeitar a vontade dele, - Disse Harry, entraremos mesmo assim!

E aparataram todos para dentro da casa de Fugie. Nenhum alarme tocou nenhuma armadinha, tudo estava terrivelmente silencioso.

— Isso não está quieto demais? – Perguntou Rony.

Harry caminhou até uma porta próxima e a empurrou bem devagar, uma friagem estranha vinda de uma fresta aberta o atingiu, com a varinha em punho Harry deu uma espiada no local — Pessoal vem ver! - Disse Harry.

Lumus.

A ponta da varinha de Harry acendeu, iluminando toda a sala, a cena que se depararam foi de total devastação. Vários cristais que antes enfeitavam a estante jaziam no chão, um relógio de parede, estava no canto estilhaçado, o piano de calda, estava virado de cabeça para baixo. Almofadas rasgadas espalhadas por todo lado, o que restou do lustre foram apenas pequenos cacos de vidro. Harry ergueu a varinha iluminado a parede, onde havia pequenas manchas de um vermelho intenso que imaginou ser sangue.

— Mas o que aconteceu aqui? - Perguntou Hermione.

Não demorou muito para que descobrissem, seguindo a manchas de sangue logo se depararam com um corpo jogado no chão desfalecido.

— Oh, meu Deus, é o Ministro! – Disse Ana.

As roupas de Fugie estavam rasgadas e sujas, e seu rosto apresentavam marcas de uma terrível tortura. Os cabelos, que sempre eram tão bem penteados agora estavam um emaranhado de sujeira, sangue e suor. Harry foi o primeiro a se aproximar, ajoelhou-se próximo ao ministro, tocou seu rosto e o virou para si. Um suspiro arrastado foi dado por Fugie ao sentir o toque quente em sua face gelada.

— Ministro? – Disse Harry.

Lentamente Fugie, foi abrindo os olhos com dificuldades, como se aquele simples ato doesse ate a alma.

— Sr. Fugie? O senhor pode me ouvir?

— Sr, Potter, o Senhor veio! Disse o ministro, com a voz entrecortada.

— O que aconteceu Senhor?

— Harry, escute-me, vocês precisam ter cuidado, ele está procurando o livro, os itens, ele matará qualquer um que entrar em seu caminho, você precisa saber onde está...

— Onde está o que senhor?

Com um esforço enorme Fugie apontou para um pequeno pedaço de cristal, que antes fazia parte do lustre, agora aos olhos do menino, era apenas mais um de vários cacos de vidro que ali jaziam. Hermione o pegou, examinou-o, primeiramente ele não parecia mais do que um caco, mas seus olhos não deixaram de perceber, o momento exato que Draco deixou soltar um grunhido de dor, segurando seu braço. Hermione aproximou o objeto a Draco, e o pequeno cristal começou a vibrar intensamente.

Revele seus segredos! E de dentro do cristal, surgiu, um pedaço de um amuleto, tão verde quanto se podia ser; reluzindo imponente.

Quase se podia notar, um mero brilho no olhar de Fugie, enquanto ele fitava Draco. O garoto não entendia, o porquê sentia aquele desconforto, e ainda esfregava seu braço. Tão logo Draco foi pego de surpresa, ao sentir uma mão gélida o puxar para baixo, para mais próximo do desfalecido.

— A marca! Disse Fugie com dificuldades, Somente aquele que leva a marca, e o arrependimento, poderá achar os outros.

E apontou para o pedaço de cristal na mão de Hermione.

— Outros? – Perguntou Rony, Tem mais?

— Procurem os outros, ele depositou sua confiança em vocês!

— Quem Senhor? – Perguntou Harry, Quem depositou a confiança em nós?

— Dumbledore. – Disse o ministro, com a voz falha.

— Quem fez isso Senhor Fugie?

Mas dessa vez não houve resposta. Harry ousou chama-lo novamente, queria saber mais, queria saber quem esteve ali, porque fizeram isso, e várias outras questões que talvez somente ele pudesse respondê-las. As lágrimas de Harry teimaram em marca - lhe o rosto. Quase não se notava que Fugie, não estava mais ali. Ainda havia um estranho brilho naqueles olhos. Um brilho que só se tinha, quando se havia cumprido uma missão. Hermione virou o rosto, e afundou em prantos nos ombros de Rony. Não queria olhar para aquele pobre homem, que havia sofrido tanto em mãos inimigas e agora estava ali, jogado no chão, morto. Harry sentiu um toque amigável em seu ombro.

— Temos que ir, - Disse Draco. Estaremos em perigo aqui se eles voltarem.

E aparataram todos de volta a Hogwarts. O dia de domingo seguiu calmo e pesaroso. Todos estavam muito abalados com os últimos acontecimentos. Mesmo cansados, ainda ficaram uma boa parte da tarde e noite juntos, em frente à lareira.

— Foi ele. - Concluiu Harry. Ele matou o ministro, eu só não vejo o porquê ele fez isso!

— E pela aquela bagunça, ele não estava sozinho, - Disse Rony.

— Vocês não entendem não é? – Disse Hermione, não é somente isso, é muito maior que nós! Essa pedra que o ministro nos deu, provavelmente o Lord Araquiel estava atrás dela, mas o ministro preferiu morrer a dizer onde estava!

— E o que é essa pedra Hermione? – Perguntou Ana.

— Imagino que seja um dos quatro pedaços fragmentados do amuleto de Merlin, o livro do destino falava dele, Dumbledore provavelmente esteve à procura dos outros, mas só teve tempo de achar esse! Ele confiava muito nesse ministro. E... Odeio admitir isso, mas acho que a professora Sibila, tinha razão!

— Do que esta falando Mione? - Perguntou Harry.

— Em uma de suas aulas, ela previu algumas coisas sobre nós, e disse algumas coisas sobre o Draco que acho que já esta acontecendo!

Todos se entreolharam sem entender, então ela continuou:

— O ministro disse, que somente aquele que possuía a marca e estivesse arrependido acharia as outras partes do amuleto. Ele se referiu a Marca negra que Draco possui, andei notando que ele é sempre afetado, por algo ligado aos fundadores de Hogwarts. Primeiro foi o Livro do Destino, e agora o pedaço de cristal!

Draco suou frio ao ouvir aquelas palavras. Jamais imaginou que algo tão repugnante como aquela marca um dia os ajudaria. Sentiu um leve toque em sua mão, que o fez corar e sair de seus devaneios.

— Acalme-se Draco! – Disse Ana, Vai dar tudo certo!

Ficaram ali, até que as chamas começassem a se apagar, e o frio os obrigou a ir para os seus dormitórios. O sono lhes pegou tão rápido, que mal deram para concluir seus pensamentos. No outro dia os meninos seguiram para o salão principal, para tomarem café. Hermione havia acordado mais cedo, encontrava-se concentrada lendo o jornal, os meninos se sentaram e começaram a conversar enquanto comiam.

— Harry, olha isso aqui!

— O que foi Hermione?

Hermione estendeu o jornal para Harry, que leu com atenção:

Dolores Umbridge é eleita Ministra, pelo ministério da magia!

No jornal, ela sorria; um sorriso amarelo, contente pelo novo cargo. Seus olhos brilhavam com azul intenso, tão intenso que parecia transparecer o papel. Disfarçado de um rosa escuro, escondia o caráter duvidoso daquela mulher.

— Então foi por isso que ele o matou, - Concluiu Harry. Já estava tudo planejado. Ele o matou para por essa mulher no ministério, tudo se torna mais fácil pra ele agora. Ele esta fechando o circo a fogo, e nós estamos no centro!

— Não creio que seja somente isso Harry, o Ministro sabia mais coisas, e de alguma forma Lord Araquiel sabia que o Ministro poderia nos contar algo, ou a Minerva; isso afetaria seus planos! Desde que o ministro se dispôs a falar a verdade de tudo ele já havia se tornado alvo de Araquiel!


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