Harry Potter e o Senhor da morte escrita por Leid Jeh


Capítulo 12
Hogwarts uma historia




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O dia amanheceu com ventos fortes e um frio que parecia aumentar. Lá fora, o vento emitia um conhecido som, parecia alerta-los que dias difíceis viriam. Os meninos levantaram cedo e foram direto ao salão principal para o café da manhã.

— Quando nos reuniremos hoje? - Perguntou Rony.

— Hoje teremos apenas as duas primeiras aulas Rony, - Respondeu Hermione, os alunos serão levados a Hogsmeade; podemos aproveitar para irmos à biblioteca!

— Hermione pensou em tudo, - Comentou Ana.

— Ela sempre pensa em tudo! - Disse Rony aos risos.

O café em um piscar de olhos sumiu da mesa do grande salão, e todos seguiram para as suas respectivas aulas.

— Sigam o olho interior, - Dizia Sibila Trelawney; através dos astros vocês serão capazes de ver o futuro... Nas estrelas! Vamos, juntem suas xicaras, quero que unam as borras de cafés de vocês, formem pequenos grupos!

O grupo formado por Harry não passara despercebido pela professora, que logo se aproximou dos seis.

— Deixe-me ver a xicara de vocês crianças!

A xicara foi entregue nas mãos trêmulas da professora, que não acreditava no que via, olhou os rostos dos seis, lembrou-se de como todos eles haviam lutado por Hogwarts, e como haviam sofrido por toda aquela guerra, tentou achar palavras menos dolorosas, menos ácidas para lhes dizer o que via.

— Ah, crianças! Vocês terão que ser tão fortes! Pois dias difíceis virão! Cada um de vocês terá uma chance de se provar, mas apenas uma chance, e será crucial fazer a escolha certa, pois se fizerem a errada, talvez não tenha volta!

Olhou para a cicatriz, viu naquele homem, o mesmo menino destemido e solitário.

— Ah, Harry, você terá grande surpresa, no futuro. E você será a chave de algo muito importante, prepare-se meu filho!

Aqueles cabelos louros não passaram despercebidos por Sibila. Os olhos não eram tão esnobes quanto antes, mas eram de um azul tão intenso, que ao olha-los ela sentia que dessa vez, podia confiar neles.

— Malfoy, você passará por momentos muito difíceis meu filho! Terás que fazer uma escolha, que partirá seu coração em dois, mas a escolha certa não só ajudará a todos, como lhe trará a paz que procura desesperadamente!

Sibila afastou-se aos poucos dos meninos, olhavam-nos com medo, porque tudo o que viria a acontecer, dependeria da escolha certa de todos eles. Hermione foi a primeira a se levantar, logo atrás, os alunos se apressavam em sair o mais rápido possível daquela aula.

— Vocês não acreditam naquela charlatona né? - Disse Hermione.

— Mione, lembre-se que foi ela que fez as previsões da primeira guerra! - Respondeu Rony.

— É meio louca, - Disse Harry, Mas nos foi muito útil quando acertava as previsões, e acredite, se ela não falou que todos nós iriamos morrer, então talvez ela não esteja blefando!

— É; só disse que iriamos sofrer, - Disse Draco aos risos; como se não estivéssemos acostumados!

Pararam por um longo período, até não mais aguentarem de tanto rir. O que Draco disse, era de fato tão verdadeiro que soava engraçado. Aprenderam no decorrer dos anos, a rir de momentos difíceis, dos que já passaram e dos que viriam. Perceberam que isso, de alguma forma, aliviava momentaneamente o fardo a ser carregado. Seguiram todos para os gramados, para os meninos a próxima aula, não seria tão exaustiva, na verdade, seria nela, que descarregariam a aflição que sentiam. Madame Hooch já os esperava com um balaço louco para ser arremessado nas mãos. As horas passaram em um piscar de olhos e a aula de Madame Hooch havia chegado ao fim deixando Harry, Rony e Draco eufóricos com o jogo. Fazia muito tempo que eles não jogavam, e dessa vez, eles não competiram, mas finalmente se divertiram. Enquanto os outros estavam agitados para o passeio em Hogsmeade, os seis seguiram apressadamente rumo à biblioteca, ainda havia muitos livros não lidos, então não podiam perder tempo. Quando chegaram à biblioteca, cumprimentaram a Professora Minerva que já se encontrava de saída.

— Fique a vontade meninos, - Disse a professora; peguem o que precisar! Estarei acompanhando os alunos a Hogsmeade, e estarei de volta no fim da tarde!

— Obrigado Professora! - Disseram todos juntos.

E acomodaram-se todos a uma pequena mesa perto da janela.

— Alguma ideia de onde começaremos Mione? - Harry perguntou.

— Claro, procuraremos em ‘’Hogwarts, uma história’’, não sei como não pensei nisso antes! Nele, provavelmente encontraremos tudo que precisarmos sobre o “tal” livro, e talvez mais algumas informações adicionais! Talvez possamos começar lendo sobre a história das casas, deve haver alguma pista!

— É; você leva a serio todas as possibilidades! - Disse Draco.

Hermione sorriu para o amigo, e se levantou. Pouco tempo depois voltou satisfeita, trazendo sobre o braço um enorme livro de couro, onde se lia o título destacado: Hogwarts – Uma história.


 — Bem, é este aqui. Penso que vocês nunca o leram não é mesmo?


  Hermione enfim abriu o livro velho e cheirando a mofo, com páginas amareladas comidas por traças que mostravam as letras mais miúdas que os seis já viram na vida.


 — Vejamos... Pagina quatrocentos e sessenta e três - Disse Hermione, analisando o enorme índice. Bem aqui, - ela encostou o indicador na pagina certa, e os seis se juntaram para poder ler o capítulo.
 Harry olhou através dos óculos e leu: capítulo noventa e seis, As criações dos Fundadores.
 — Mas que diabos de titulo é esse? - Comentou Rony, Harry pensou a mesma coisa.

— Rony, - Respondeu Hermione, Rowena Ravenclaw, Godric Gryffindor, Helga Hufflepuff e Salazar Slytherin todos eles fundadores das casas de Hogwarts fizeram coisas extraordinárias para o mundo bruxo. Mas não foi só isso, eles também deixaram um pouco de seus poderes em objetos inestimáveis e de grande poder. Eu não sei ao certo o que são e onde estão, e é exatamente por isso que estamos aqui.

— Então você acha que algum deles foi o criador do tal livro? - Perguntou Malfoy.

— Eu não tenho certeza, - Respondeu Hermione; Mas há uma grande possibilidade, um livro tão poderoso só pode ter sido feito por bruxos muito poderosos!

Hermione aproximou o livro de letras miúdas para mais próximo de si, e começou a ler:

Rowena Ravenclaw

Uma bela mulher que prezava a sagacidade acima de tudo, participou da fundação da Escola de Magia de Hogwarts, onde em sua casa residem apenas os mais inteligentes. Foi à criadora de um Diadema magico, capaz de aumentar a inteligência de quem o usasse.

Godric Gryffindor

Um homem forte e justo que prezava a coragem e o passado fora marcado por nobres feitos. É considerado como "o melhor duelista do seu tempo”. Godric Gryffindor é um co-fundador da escola de Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, criador de um inestimado artefato: A espada de Gryffindor. Diz à lenda que tal objeto seria capaz de absorver apenas aquilo que o fortalece sendo indestrutível. A espada daria ao seu dono, coragem e força nas horas difíceis, e ela possui o poder de ouvir os desejos do seu coração ajudando a tomar decisões.

Helga Hufflepuff

Uma mulher doce e justa que disse que aceitaria a todos e ensinaria o que pudesse. Helga era uma mulher leal, honesta e aplicada, e valorizava essas qualidades em seus alunos. Além disso, seus alunos são justos e generosos. Foi uma das fundadoras de Hogwarts, sendo responsável por convencer os demais fundadores a criar a escola. Helga foi responsável pela criação de uma taça magica, que segundo a lenda traria poderes inestimáveis a aquele que tomasse seu cálice, mas somente um senhor da morte poderia toma-lo.

— O que é um senhor da morte? - Perguntou Harry.

— Aquele que enfrenta a morte e a vence, - Disse Hermione; seu poder vai além da imaginação, sendo capaz de trazer de volta aqueles que acolheram a morte junto com ele.

— Mas isso não é possível! - Comentou Rony, Digo, voltar dos mortos, viver outra vez!

— Bom, parece que o “senhor da morte” consegue, - Comentou Hermione com um sorriso no canto do rosto.

Hermione virou a pagina e continuou lendo seu conteúdo.

Salazar Slytherin

Um homem astuto, que procurava em seus alunos a pureza de sangue. A parte majoritária dos bruxos das trevas pertenceu à Sonserina, embora isso não seja uma regra. Sempre quis que Hogwarts fosse uma escola de puros sangues, o que causou revolta dos outros fundadores. Não satisfeito com a decisão dos outros três, Salazar construiu antes de partir uma câmara secreta onde abitava um terrível monstro. Mas não apenas isso, Salazar misturou quase todo seu poder com o poder de seu avô Merlin, em um amuleto que pertenceu ao mesmo. Porém o amuleto objeto poderoso, foi considerado extremamente perigoso, sendo fragmentado em quatro partes pelos outros fundadores, e distribuídos nos quatro reinos.

“Juntos os quatro fundadores de Hogwarts depositaram seus segredos, e magias poderosas em um livro, denominado “O livro do destino”. Quem o possuir inteiro, se tornaria o senhor do destino, um bruxo poderoso e indestrutível.”

Hermione fechou o livro, e um silencio pairou na biblioteca. Os meninos não sabiam o que pensar sobre aquilo que ouviram. Olhavam uns para os outros, não acreditando nas palavras de Hermione. Harry logo quebrou o silencio.

— Então é isso. O livro do destino; é esse que devemos procurar!

— É parece que tem tudo mesmo, nesse livro, Hogwarts uma Historia,- Comentou Rony, tentando quebrar o gelo.

— Bom, - comentou Ana, agora fica fácil, já sabemos qual é o livro!

— Não, não fica, - Disse Hermione, agora sabemos o quanto este livro é perigoso, e por isso não deve chegar às mãos de Lord Araquiel. Não sabemos o quanto ele sabe sobre esse livro, por isso será uma corrida contra o tempo! (...) T-e-m-p-o é isso!

Hermione deu um salto da cadeira, assustando todos a sua volta.

— Quantas horas são? - Perguntou Hermione.

— São seis horas da tarde Mione, - Responde Rony.

Hermione pegou o livro correndo, e já ia rumo à porta de saída da biblioteca, quando Harry a chamou.

— Hermione! Aonde você vai?

— Preciso encontrar a professora Minerva!

E, saiu em disparada rumo aos corredores de Hogwarts.

— Ela precisa decidir o que é prioridade! - Comentou Rony.

A noite caiu, e Hermione não voltou para encontra-se com os meninos. Decidiram então, descansar e conversar com ela amanha. Todos sabiam, que quando ela saia em disparada assim, era porque tinha percebido algo que ninguém percebeu. Sendo assim, enquanto não chegasse a uma conclusão concreta, não os procuraria. Procura-la agora só iria irrita-la mais, e uma Hermione irritada poderia ser mais perigosa que uma legião de vilões juntos.


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