Filha de Poseidon e o Filho de Hades escrita por GreenCake
De manhã cedo, Percy e eu arrumamos nossas mochilas assim como Davi e nos preparamos para um café da manhã, comi comida azul assim como meu irmão que me passou essa mania e treinamos um pouco antes de partir, tomei um banho e prendi meus cabelos castanhos num rabo de cavalo baixo, coloquei as roupas do acampamento e roubei morangos nos campinhos e devorei alguns, despedi-me de Connor e Travis que me abraçaram com força e colocaram um cartaz em minhas costas, que foi retirado por Letícia que corava sempre que Leo percebia que ela o encarava.
Um carinha cheio de olhos, chamado Argos (o segurança do Acampamento) nos levou até o centro da cidade na van do Acampamento Meio-Sangue, ficamos parados vendo a van fazer a curva e desaparecer da nossa vista, Annabeth tossiu e disse:
– Como iremos para o Canadá?
– Voando? - sugeriu Letícia
– Nós filhos de Poseidon temos problemas com o senhor do céu - disse Percy
– Ah, hum...que tal de barco? - sugeriu Letícia novamente
– É pode ser - falei
– Mas aonde arranjaremos um barco? - perguntou Luisa
– Leo - falei sorridente para meu amigo que criava um cata-vento de papel machê.
– Sim?
– Pode construir um barco para gente?
– Claro.
– Quanto tempo demoraria?
– Sei lá, duas ou três horas. Que modelo querem?
– Qualquer um - Nico disse dando de ombros
– Hum, preciso de madeira e bronze celestial.
– Para quê, bronze celestial? - perguntou Luisa
– Para nos proteger de monstros - falou Letícia
– Isso mesmo Letícia - disse Leo sorridente, o que a fez ficar mais vermelha que a bandeira de Ares e encarar as plantas do parque nacional.
– Vamos nos separar, hum... - falou Davi - Eu fico com Leo. Letícia, Luisa e Nico vão comprar madeira e Perseu, Annie e Duda vão para o bronze celestial.
– Mas você não vai fazer nada? - perguntou Luisa, irritada de braços cruzados
– Eu protegerei Leo
– Hum, claro, cara, preciso de sua ajuda - disse Leo, encarando Davi que fumava.
Encarei Nico pela primeira vez nesse dia e seu olhar encontrou o meu, abri a boca em "O" e encarei Percy que sorria para Annabeth. Eles são lindos juntos.
[...]
Com meu pingente no pescoço vi Nico, Letícia e Luisa virarem a esquina, Leo e Davi irem para perto da praia (que era alguns metros dali, nos encontraríamos lá depois) e caminhei com minha cunhada e meu irmão:
– Será que terá monstros lá? - perguntei
– Provavelmente sim - falou Annabeth
– Sabem o que poderia ser a praga de Afrodite?
– Não - Annabeth deu de ombros, assim como Percy. Afinal, os dois não estavam com uma praga sobre os ombros.
[...]
– Como saberemos aonde tem bronze celestial? - perguntou Percy
– Ali - Annabet apontou para uma placa acima de um prédio, onde atrás dela eu via um longo e gigantesco ninho:
– O que deve ter lá em cima? - perguntei
– Só saberemos quando subirmos - disse Percy
Fomos para um beco e subimos a escadinha de emergência que tinha por lá, pulamos de telhado em telhado enquanto ouvíamos os barulhos de asas aumentarem. Ao chegar perto da placa, os barulhos das assas pararam e um animal com longas asas brancas levantou a cabeça. Era horrendo, sangue escorria pela sua boca e suas asas estavam maltrapilhas:
– É Ethon - disse Annabeth
– O que é Ethon? Ou quem é? - perguntei
– Ethon foi uma águia ou abutre filha de Tífon com Equidna. Zeus a mandava toda noite ao monte Cáucaso para devorar o fígado de Prometeu, que a cada noite se reconstituía.
– Nossa - falei junto de Percy que sacou a espada quando Ethon emitiu um som estrangulado:
– Vocês não mataram minha ave- escutamos uma voz masculina
Um garoto coberto por cicatrizes pelo rosto pálido, com olhos negros e longos cabelos cor de graxa como os de Nico (só que os de meu amigo eram bem mais graciosos e bonitos):
– Algum é filho de Hades? - ele perguntou
– Não, mas nosso amigo Nico...
– Nico! NICO DI ANGELO! - gritou o rapaz - Aquele traidorzinho que roubou meu bronze celestial com aquele fantasma maldito
– Nico era uma criança - disse Percy
– Cale a boca cria de Poseidon!
Annabeht segurava a faca nervosamente assim como eu que segurava meu pingente:
– Vocês serão meus prisioneiros - disse o menino - Prisioneiras bem gatinhas- ele encarou Annie e a mim - Talvez depois que eu matar Nico eu fique com você - ele piscou para mim - Qual seu nome?
– E-Eduarda
– O que o Nico é seu?
Corei:
– Nada. Apenas amigo
– Ele tem que vir, e, você será a isca
– Oi?
Ele brandiu a espada e fez Ethon emitir gritinhos agudos que fez meus ouvidos doerem. Percy logo caiu duro no chão o que fez Annabeth gritar, desmaiando logo em seguida. Eu me mantive em pé com uma dor insuportável:
– Mandarei uma mensagem de Íris, vai ser bom lutar com meu irmãozinho, né gata? - ele segurou meu rosto e amarrou as mãos de Percy e de Annie, assim como a minha:
– Vamos esperar um pouco - ele começou a acariciar as penas de Ethon que fez carinho nele com o bico
x-x-x POV Nico
Eu, Letícia e Luisa viramos a esquina para comprar a madeira para o Valdez, encaramos a porta que rangeu com o vento vendo a placa velha e empoeirada escrita "Madeiras de Qualidade desde 130. A.C"
Aquilo era impossível, completamente impossível, apenas se fosse por um deus ou deusa. Entramos na loja e a portinha emitiu um barulho baixo e agudo de sino, encarei ao redor (paredes empoeiradas e tudo tão velho que parecia que a loja estava fechada a ano):
– Bem-vindos - uma voz soou e Percy apareceu. Não era impossível! Percy fora com Martins e Annabeth, ele não podia estar aí:
– Percy?
– É isso o que você vê, não sou Percy, nem Drew - Letícia ficou vermelha - nem mesmo Zoe Doce-Amarga - Luisa mudou de expressão.
– Quem é você? - Letícia perguntou
– Acho que Nico me conhece
Percy, por que eu veria Percy, eu apenas tenho ressentimento por ele e...:
– Nêmesis - falei
– Sim, ele lembrou, sou eu a deusa da vingança - tudo mudou ela assumiu a forma de uma garota roqueira dos anos 70 que comeu biscoito demais. Ela sorriu e disse:
– Cuidado
Ela saiu da loja e deixou uma pena de uma águia na minha mão, eu já vi essa pena em algum lugar, a loja tremeu e um grande ciclope saiu de trás dos armarinhos:
– Nêmesis está de que lado? - perguntou Letícia pegando uma faca ilustrada de flores do bolso
– Sei lá - eu e Luisa puxamos nossas espadas negras e começamos uma batalha com o ciclope. Subi na mesinha empoeirada e pulei por cima dele, pronto para atacar seu ombro, quando a mão de outro ciclope me segurou pelo pé, me colocando de cabeça para baixo. Letícia encarou a faca e disse:
– Eu não sei lutar
– Tente! - gritei recebendo uma pancada pelo porrete do ciclope
Luisa engatinhou para debaixo da mesa e perfurou o pé do ciclope que me segurava, fazendo-o me soltar (desfazendo-se em pó) e eu cai de cabeça no chão:
– Ai!
Letícia correu até o ciclope que restou e desviou de seus braços enfiando a faca de bronze celestial na barriga dele, que se desfez em pó em cima dela, que tossiu, ficando suja. Uma imagem tremeluziu ao longe e um cara de mais ou menos vinte anos com cabelos negros e olhos escuros, pele pálida e cheias de cicatriz apareceu, ele tentava beijar uma menina de cabelos e olhos castanhos...ESPERA! ESSA É EDUARDA!:
– Eduarda!- gritei nervoso, fazendo os dois me encararem. Notei Percy e Annabeth de olhos arregalados para um Ethon que emitia sons agudos com a boca suja de sangue. Eu conhecia esse cara! É Andrew! - Solta ela Andrew!
– E por que faria isso Nico, estamos nos divertindo, não é mesmo Eduarda? - ele acariciou o rosto de minha amiga que cuspiu na cara dele, ele riu de deboche de apertou o pescoço dela com força contra a saída de emergência. Me encarou e disse:
– Se quiser sua amiguinha viva, me encontre no lugar onde nos conhecemos. Agora mesmo!
Ele abanou a imagem que se desfez, deixando a loja na escuridão, comigo, Luisa e Letícia. Levantei-me e elas me seguiram. Caminhei determinado até vários prédios sozinho (enquanto elas levavam as madeiras para Leo, e, ver se Davi tinha feito alguma coisa). Peguei minha espada e vi ao longe a placa e uma asa...Era Ethon e Andrew deveria estar lá com Eduarda, Percy e Annabeth. Salvar Eduard...Quero dizer, salvar todos.
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