Abri meus olhos e encontrei Percy me encarando, o lugar onde eu estava, vazio se encontrava:

– Oi Percy

– Oi Duda

Ah, é...Meu nome é Eduarda, ou, Duda...Você escolhe.

– Você aprendeu essa história de deuses que namoram com humanos e tem...

– Semideuses? Lógico que já

– Ótimo, pois os deuses existem e você é uma semideusa...

Oi? Eu ouvi direito? Semideusa? Eu? Meio-Sangue?

– Agora vamos falar com Quíron e o Sr. D...Ele é Diosinio

– Percy você é doente

– Eu S...Ei! Não sou não!

– É sim! Você quer mesmo que eu acredite que eu sou semideusa?

– Sim

– Sonhe Percy, sonhe

– Ah, venha comigo

Me levantei e fui com Percy, ignorando os olhares que um bando de meninas bonitinhas de unhas grandes me lançavam, andamos até uma casa grande e branca e Percy disse:

– Essa é a casa grande

– E agora cadê a pequena?

– Sem graça, Sr. D!

– Sim, Peter Johnson?

– Essa é Eduarda Martins

– Seja bem-vinda e blá blá blá, Maria Enevalda

– É Eduarda Sr. D

– Que seja, cria de Poseidon presumo?

– Não sabemos Sr. D - disse Percy ao meu lado

– Dionisio pare de tentar beber vinho - um cara metade...CAVALO! Disse - Olá minha jovem, sou Quíron

– S-Sou Ed-Eduarda

– Sim, eu sou metade um cavalo...E imagino que esteja se achando maluca

– Sim, estou pensando isso

– Mas não está, você é uma semideusa

– Isso...É interessante

Percy sorriu abertamente ao meu lado:

– Percy, poderia mostrar para Eduarda o acampamento

– Claro

– E depois a deixe no chalé de Hermes

– Claro

Percy me mostrou a área de treinamento, o pavilhão-refeitório, a antiga árvore da Thalia, contando sua história, a praia de Long Island e os chalés...Me deixando no tal chalé de Hermes (o deus dos ladrões e mensageiros dos deuses), dois meninos idênticos me cumprimentaram assim como o resto do chalé; guardei meu telefone (um Galaxy S4) o mais escondido o possível daqueles mãos leves. Acabei conseguindo uma beliche (a de cima) e troquei a minha roupa (uniforme escolar) por uma camiseta laranja escrito "Acampamento Meio-Sangue" e um short jeans, calcei meus tênis e deixei o cabelo (castanho assim como meus olhos, só que esses ficam esverdeados no sol) solto.

[...]

De noite fui no pavilhão-refeitório, onde tive que me sentar com os filhos de Hermes ou não reclamados. Quíron fez um anuncio sobre uma caça a bandeira ao amanhecer do dia seguinte e que Rachel Elizabeth Dare (mais conhecida como oráculo) estava de volta, por ter ido para um colégio de moças...Era uma ruiva sardenta de olhos azuis que parecia agradável.

Me joguei na beliche depois de um jantar maravilhoso e dormi, tendo um sonho:

"Um homem de blusa de praia sorria para Percy que estava de costas e o abraçava. Logo depois me encaravam e sorriam:

– Venha minha filha - uma voz fraternal saiu da boca do homem

– Quem é você?

– Sou seu pai, não me reconhece

– Não

– Sou seu pai, Poseidon

– S-Sou sua filha?

– Sim - disse Percy - Minha irmã - ele sorriu

Corri até os dois e os abracei com toda a força que eu tinha."

Acordei de manhã cedo, por Travis e Connor (os gêmeos de ontem). Tomei banho, vesti a roupa do acampamento e fui tomar café. Sentei-me com Percy e conversei sobre o sonho que eu tive:

– Sonhou que era filha de Poseidon? Que estranho

– Não é

– Não acho que deve ser filha de Poseidon, não que eu não queira ser seu irmão...É claro que quero, é só que você parece ser filha de Apolo

– Começou o bullying comigo, Jackson?

– Não - ele riu

– Hum, seu engraçadinho

[...]

Fiquei no grupo de Annabeth, com os filhos de Apolo (que me cantaram), filhos de Hermes, Ares e Atena claro. Percy ficou com os de Afrodite, Hefesto e Dionisio. A caça á bandeira começou quando a corneta soou. Corri procurando por Percy que havia sumido e senti um toque no ombro. Virei e vi Percy:

– Percy, me dá uma folga vai...

– Nananinanão "maninha"

– Ah, cala a boca

Brandi a espada que era o meu pingente contra ele que defendeu. Cortei sua bochecha e ele me acertou com uma banda. Cai e ele rapidamente pós a espada em meu pescoço:

– Pronto me venceu - falei emburrada e de braços cruzados

– Ah, não fique triste pequena

– Sou quase do seu tamanho

– Quase

– Ah, seu irritante

– Que isso

Continuamos conversando e a corneta soou. O time de Annabeth havia ganhado (sem eu ter feito nada). A loira veio furiosa em minha direção:

– Você não fez nada do que planejamos

– Na verdade você só me obrigou a fazer isso, eu não planejei nada! - disse irritada

– Você...

– Annabeth me deixa é só um jogo!

– Jogo? Argh!

Ela saiu pisando fundo enquanto Percy ria atrás de mim, com as mãos em meu ombro:

– Pare de rir!

– Não!

– Ah! PARA!

Levantei minhas mãos irritada e o lago atrás de mim se elevou, um tridente apareceu na minha cabeça e os campistas que estavam por perto fizeram reverências assim como Percy, que ainda ria sorrindo:

– Salve, Eduarda Martins, filha de Poseidon, deus dos mares e terremotos.

Eu sou irmã do Percy?