The Other Side of War [HIATUS] escrita por Whis


Capítulo 3
De Pacifista à Guerrilheiro


Notas iniciais do capítulo

Nota Primária: Este capítulo irá relatar os conflitos da Primeira Guerra.
Nota Secundária: Este capítulo será dividido em dez partes; entre os cinco grandes líderes que se sucederiam na Segunda Grande Guerra, ou seja, dois capítulos para cada Líder.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/538519/chapter/3

O primeiro a subir, sem dúvidas, será o primeiro a cair.

Antes da Grande Guerra, Mussolini era um jornalista pacifista, ou seja, renegava todo tipo de conflito, não era o tipo de homem realmente nacionalista, pelo contrário, não se importava muito com seu país origem, pois pensava que estava tudo bem, por isso renegava a importância da preocupação para com a pátria mãe. Benito era considerado um bom editor de jornal, e trabalhava no cargo mais alto do jornal La mia Italia, um jornal que pregava a paz e a união, para todos os cidadãos da Itália.

— Benito. – Chamou um jovem ao longe, trajava um terno negro, com uma gravata borboleta. Sua voz era intensa, seu cabelo bem cortado. Olhos castanhos, cabelos da mesma cor. Uma gota de suor caiu de sua testa, indo de fronte ao chão. — Podemos conversa? – Mussolini o observava.

O rapaz estava do lado de fora da enorme sala de Mussolini, que era cheia de jornais antigos, um lustre se destacava no teto, transmitindo uma luz amarelada, que iluminava a sala. O homem com barba para se fazer, usava um óculos redondo, fino, de grau pequeno. Os olhos verdes emitiam uma onde de medo à quem fosse que o questionasse.

A mesa era de madeira maciça, um pequeno abajur estava sobre ela, porém, estava desligado, esperando a noite chegar para ser ligado. Onde ficava a lâmpada, era retangular e comprido, proporcional ao suporte – tal que era de quinze centímetros. A cor do abajur era prata e estava sujo. A cadeira era como um trono para a época. Era recoberta em couro, e em seu interior era madeira, o que mantinha-a firme e ereta. Não dava para ver os pés da cadeira, a mesa os tampava.

— Claro, entre e sente-se. – Mussolini trajava um terno negro, sem gravata, e uma camisa branca, meio que amarrotada, seu cabelo estava mal cortado. O homem entrou na grande sala e sentou-se na cadeira de visita, que ficava em frente à figura de Benito. O jovem o olhou duro, mudando sua forma de agir inicialmente e começou o discurso, que em breve levaria uma notícia não tão boa.

—Benito, temos um pequeno probleminha… - O jovem pensou, como poderia dar a notícia para seu chefe. —Bem, hoje é dia vinte e oito de julho. E foi declarada Guerra da Sérvia contra o Império Austro-húngaro. Alemanha também declarou guerra à Sérvia. No embalo, a França e a Inglaterra declararam guerra à Alemanha e à Áustria-Hungria. Rússia também declarou Guerra, nós também.

Logo ao final da frase, nem deu tempo de Benito comentar ou perguntar. Um alarme soou por toda a Roma. Era verdade o que dizia, a Itália estava em Estado de Guerra. O som alto foi findado com o anúncio: “Estamos em guerra! Todos os homens, maiores de dezesseis anos e mais jovens que sessenta, devem se apresentar ao batalhão da Exército de sua cidade.”, o som do alarme voltou e depois foi interrompido para passar a mesma mensagem, e assim foi até o final do dia.

Mussolini e o rapaz tentaram fugir da convocação. Saíram do prédio do jornal, para rapidamente atravessarem toda a Roma, em direção à saída. Queriam ir para Suíça, porém, não obtiveram sorte alguma. Quando estavam na fronteira, foram pegos por oficiais do exército italiano, e foram levados ao Batalhão. Seriam obrigados a lutar e como punição por tentar fugir do país, seriam jogados aos frontes de guerra.

Levados detidos até o batalhão do exército, ambos estavam atrás de um carro policial, algemados – temiam ser presos, até então, não sabia das penas. Os dois começaram a conversar, discernir planos e tentarem um golpe. O “porta-malas” do carro era pequeno, e os dois eram obrigados a se espremerem, para que ficassem o mais longe possível um do outro.

—O que, afinal, queria ganhar me contando aquela história? — Questionou Mussolini, vendo ao longe o batalhão, pela janela na qual seu rosto era espremido. Pela primeira vez, via-se dor e medo nos olhos do homem, que imaginava diversos tipos de punições.

—Era para postar no jornal, nem tinha em mente que iríamos ser todos convocados. — Mussolini o olhou com desgosto, em como o rapaz era inocente e, ao mesmo tempo, brilhante. Mussolini via nele um futuro, que nem mesmo ele sabia o que era.

Chegando até o batalhão, os dois foram jogados para fora. Até então, o que se sabia é que lutariam ao lado dos austro-húngaros, mas em breve essa situação mudaria, afinal, os austríacos não gostavam dos italianos e iriam se posicionar contra a Itália, que mudaria de lado em pleno conflito.

—Senhor! —Berrou um soldado, que obtinham um escudo na lateral do braço, símbolo do majorado, ou seja, era alta patente do exército. Coincidentemente, também era “major” do exército. —Encontramos esses dois sujeitos tentando fugir do país, que faremos? —A pergunta foi lançada. O outro soldado, para qual ele dirigiu a pergunta, tinha um brasão também. Por ser Roma, a cidade localizava os Marechais e Generais do Exército. O azar piorou: o homem era o Marechal/General Luigi Cardona – na época, ele era simplesmente general, até mil novecentos e vinte e quatro.

O homem de feição dura observou ambos, Mussolini e o rapaz que o acompanhava. Alisou a vestimenta – que era igual para todos, exceto pelos brasões e símbolos de patente –, cuja cor era verde e marrom, era difícil de identificar, fora feito para se camuflar nos Alpes Italianos.

—Mande-os para o treinamento, em seguida, jogue-os nos Alpes, vamos ver como se saem. – Os outros soldados armaram um protesto, mas a palavra final foi emitida duramente – Isso é tudo, major.

Seguindo as ordens, os soldados levaram Mussolini e o rapaz para o campo de treinamento central, chamado de Campo di Santità. Ali, seriam feito os treinamentos mais pesados, até chegarem de vez no campo de guerra. Mussolini temia não se tornar bom o suficiente, pois ali no peito dele, começava a nascer algo imensurável, tão grande quanto podia imaginar. O nacionalismo fervia em seu peito. Já não era o pacifista de antes.

Aliás, Conde Ciano, esse era o nome do rapaz de feição conturbada. Ali, iniciava-se uma amizade perigosa.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Other Side of War [HIATUS]" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.